Quando acordei uma manhã, senti de repente que algo tinha mudado. Quando abri meus olhos cansados de sono, imediatamente percebi o que era.
“Está nevando!” Gritei pulando para fora da cama, eu estava na janela em uma fração de segundo. Apertando minhas mãos e nariz no vidro (e começando a embaçá-lo com o calor do meu corpo), olhei a transformação da natureza. Tudo - as árvores, a estrada, a grama, areia, os telhados, os topos dos carros - foi coberto com uma camada grossa de neve não tocada. A palidez da neve teria me cegado se eu fosse humana, mas meus olhos especiais de meio-vampira me permitiam ver todo o branco. Não era nem tão brilhante como a pele da minha família na luz solar.
Falando em luz solar, houve outra surpresa nos esperando: o sol brilhava fortemente, refletindo abaixo nos cristais microscópicos de água. Uma coisa ruim sobre isto é que nenhum dos vampiros puros poderia ir à escola comigo. Carlisle e Esme me disseram antes que eu podia faltar com a minha família se eu quisesse, mas Edward e Bella foram um pouco relutantes porque eles queriam que o meu primeiro ano fosse o mais normal possível. Rapidamente tomei a decisão de ir hoje; afinal só tinham sido algumas semanas desde que comecei no colégio, e não queria perder qualquer momento dela. Ou dar aos meus ‘amigos’ humanos qualquer possibilidade de perceberem que eu era uma aberração e que eles não quisessem ser mais meus amigos.
De maneira bem interessante (diferente dos estudantes humanos que constantemente se queixavam de ir à escola), de fato eu gostava um tanto dela. Sim, era entediante de vez em quando. Sim, eu já sabia todo o material. Mas não era nada em comparação com a sensação de ser aceita pelos meus colegas.
Gradualmente, os humanos se acostumaram comigo e para minha surpresa tentavam ser meus amigos.Eles me pediam para sair com eles depois da escola ou durante os fins de semana, sentar com eles durante o almoço, etc. Os mais insistentes eram os garotos que conheci no meu primeiro dia, em particular Derek, Kevin, Sophie, e Jay. Rachel, a menina quieta, não era tão persistente, mas podia ver nos seus olhos o quanto ela queria ser minha amiga também.
Eu não queria que esses humanos chegassem à conclusão de que eu era diferente dos outros…muito diferente. Não queria voltar no dia seguinte depois de faltar à escola a uma cena como aquela nos meus sonhos. Estava muito insegura sobre mim.
Realmente rejeitei cada convite que eles me faziam, cada vez esperando que não fosse o último. Primeiro, por minha insegurança, não tinha certeza de como os seres humanos reagiriam se eles tivessem uma chance de estar perto de mim por períodos de tempo extensos (embora minha família e Jake repetidamente me dissessem que não tinha nenhuma razão para me preocupar; eles estavam todos apaixonados por mim). Segundo, estava incerta se tinha a capacidade de controlar os meus traços de vampiro na frente deles (embora Alice constantemente me dissesse que nada aconteceria se eu saísse; mas não estava segura se podia confiar nas visões dela já que eu ainda era só um borrão para ela). E terceiro, eu tinha o pressentimento que Edward e Jacob arrancariam as gargantas de qualquer (macho) humano de quem eu aceitasse um convite (embora eles se recusassem a admitir). E o resto da minha família era tão protetora quanto eles (embora talvez não tão extremo). Assim eu estava feliz que a ‘paixão’ deles por mim não enfraqueceu.
Interessante que os humanos ainda evitavam os membros vampiros da minha família. Pensei que eles teriam de repelir os montes de pessoas que queriam amizade, mas parecia que isso só tinha efeito para mim. Eu não sabia o que os humanos pensavam nas suas mentes estranhas para decidir que eu era mais fascinante do que a minha família.
Jacob, no entanto, era um pouco como eu. Exceto pelo fato de que só as meninas o perseguiam.Garotas dando risadinhas, babando, flertando. Cada vez que outra delas metiam suas garras nele pedindo atenção, algo dentro de mim se apertava dolorosamente e sentia a necessidade de arrancá-lo para longe de todas. Ele era MEU Jacob. Então me agradava em ver que toda vez, ele se afastava educadamente delas. Meu Jacob.
Enquanto eu continuava olhando para fora, hipnotizada, um redemoinho de flocos de neve passou varrendo minha janela na sua descida, e senti o impulso de tentar pegar todos eles.
Amava o Inverno; era a minha estação favorita, especialmente com jogos na neve. Jogos entre vampiros se tornam bem interessantes (ou meio vampiros… ou lobisomens falando nisso). Sorri pensando na nossa ultima aventura na neve. Teria que me lembrar de instigar uma guerra de bola de neve mais tarde esta noite.
Me troqeui rapidamente, e fui escada abaixo para a sala de estar onde a maior parte da minha família estava reunida.
Alice deslizou para o meu lado imediatamente. “Posso ver algo sobre uma guerra de bola de neve. Legal. Estou dentro.” Sorri para ela e as suas visões; ela não podia me ver exatamente, mas podia dizer o que acontecia em um sentido geral. “E também não a vejo conosco hoje, portanto vou dar um chute e direi que você está indo à escola?”
“É.” Olhei em volta. Carlisle e Esme pareciam contentes com a minha resposta. Edward e Bella pareciam satisfeitos ainda que ligeiramente preocupados. Provavelmente porque eles não seriam capazes de me ‘proteger’ hoje. Rosalie agiu indeferente com minha decisão, sorrindo para mim enquanto olhei para ela. A expressão de Emmett me chamou mais a atenção. Ele parecia francamente desapontado. Eu ri.
“Não fique tão triste, Emmett. Eu irei ter certeza em derrotar você em uma guerra de bola de neve depois da escola.” Com as minhas palavras, ele se animou imediatamente, um sorriso malicioso no seu rosto.
“Não esteja tão certa disso, baixinha.”
* * * * *
Minutos depois, estava na garupa da moto de Jake mais uma vez. Eu queria correr até escola para aproveitar a beleza da floresta cristalizada de neve, mas meus pais me lembraram da necessidade de não chamar atenção. Certo.
Jake habilmente manobrou por cima da estrada mal limpa, ainda com gelo, se desviando entre travessas e carros. Embora ele não fosse vampiro, ele certamente pilotava como um de vez em quando.
O dia de hoje na escola foi quase o mesmo de sempre, exceto que houve um pequeno falatório sobre a neve. Especialmente sendo sexta-feira, então parecia que todo mundo fazia planos de ir andar em trenó, esquiar, ou fazer uma guerra de bola de neve.
Kevin tinha se virado em minha direção como um cachorrinho feliz, tagarelando sobre a neve. Sorri para ele compartilhando sua excitação. Jake parecia um pouco tenso com Kevin, mas tentou não demonstrar.
Logo antes do intervalo, Kevin me pediu para sentar com ele, Rachel, Sophie, e Jay no almoço. Eu já tinha explicado a ele como o resto da minha família decidiu começar o fim de semana mais cedo e ir em uma viagem para esquiar nas montanhas, inventei uma história sobre como Jake e eu deveríamos alcançá-los depois. Não realmente querendo sentar em uma mesa só nós dois, concordei com sua oferta. Ele parecia ter uma felicidade extra em seu andar quando deixamos a sala de aula.
Encontrei Jake nos nossos armários e disse para ele do convite para o almoço e como havia aceitado. Ele ficou tenso imediatamente, e vi um flash de algo em seus olhos.
“E claro que você está se sentando conosco, certo?” Terminei.
Deu para notar que ele se relaxou, possivelmente chegando à conclusão que com ele lá estaria mais segura. Atirando seu braço em volta dos meus ombros, ele sussurrou no meu ouvido, “Eu vou onde quer que você vá Ness, lembra? Como seu cão de guarda pessoal.”
Eu o empurrei brincando e cruzei meus braços fingindo uma falsa raiva. “Não preciso de um cão de guarda.” Então o abracei forte. “Mas preciso de um amigo.” Senti seus braços me envolverem suavemente, e percebi que estava desculpada por aceitar me sentar com Kevin.
* * * * *
O almoço foi…estranho. Nenhuma outra palavra para descrever.
Não pensei que seria por minha causa (esperava), mas um tanto por causa da atitude de Jake.
Quando entrei no refeitório, com Jake se arrastando atrás de mim, olhei pela sala buscando meus amigos humanos, vi Kevin se levantar e acenar para chamar minha atenção. Caminhei em direção a eles.
“Oi. “Sorri, mas então meu sorriso se apagou quando percebi que eles estavam encarando. Mas então se registrei na minha mente que eles olhando algo atrás de mim. Me virando, vi Jake todo tenso e de punhos fechados com força. Cutuquei ele tão suavemente quanto podia para tirá-lo de seu devaneio. Nos sentamos, eu ao lado de Kevin e Jake no meu outro lado. A conversa fluiu mais uma vez mas ouvi por acaso Jay murmurando para o cara ao lado dele, “Não sabia que ele tinha sido convidado também.”
Péssimo que ele não sabia que tínhamos uma audição ultra-sensível. Olhei para Jake - se eu ouvi aquilo, então ele certamente ouviu também - e o vi tremer ligeiramente. Discretamente coloquei a minha mão em seu braço, lhe enviando imagens tranqüilas - arco-íris, cachoeira, uma clareira silenciosa, um pequeno córrego passando pela floresta- para ajudá-lo a se acalmar. Talvez isto tivesse sido uma má idéia.
“Não está com fome?”
Virei para Kevin que gesticulava para o lugar vazio na minha frente. Sorri. “Não, não no momento.” Percebendo que Jake não havia pegado comida nenhuma também - pobrezinho deve estar morrendo de fome - perguntei para ele, “Você quer ir pegar algo para comer?” Ele me surpreendeu balançando a cabeça duramente em um não. Hmm, estranho. Talvez ele estivesse muito concentrado em não explodir em um lobo para pensar em comida.
O falatório a minha volta continuou enquanto era puxada em conversas diferentes. Reconheci alguns rostos que se sentavam aqui, todos garotos que eu tinha visto antes na aula ou nos corredores. Mesmo Jake começou a se soltar, mais ainda quando Jay mencionou carros. Ambos se lançaram em uma discussão profunda e complexa sobre os diferentes motores e qual era o melhor.
Me aliviei também, decidindo que talvez isso não tivesse sido uma tão má idéia no fim das contas. Jake parecia gostar muito de Jay; talvez ele faria alguns amigos também. Mas falei isso um pouco cedo demais.
“Ei, novata.”
Jake se congelou imediatamente com essa voz, e seus olhos se endureceram como pedras negras, ele virou para encarar o recém-chegado. Me virei também, me preocupando com a reação de Jake, mas sorrindo para figura que se erguia como uma acima de mim. Afinal não via nenhum perigo nele.
“Ei Derek, ” respondi indiferentemente e notei que toda a conversa tinha feito uma pausa, os olhos em nós. Sophie e Rachel pareciam um pouco maravilhadas enquanto os meninos tinham expressões incomodadas nos seus rostos.
“Por que você está se sentando com esses perdedores? Tenho uma cadeira especialmente para você na nossa mesa.” Ele lançou os olhos para Jake e os outros. “Desculpe, só tem uma vaga.”
Meus olhos se estreitaram; o que deu a ele o direito de falar com eles assim?! Fiquei tensa para sair do meu lugar, arranquei meu braço do aperto refreante de Jake. Me levantei encarando ele diretamente nos olhos, minha visão se escureceu ligeiramente de raiva e se tingiu de vermelho nas bordas. Podia sentir o instinto de vampiro de avançar nele me levar, mas esmaguei aquela necessidade. Embora eu só atingisse até seus ombros, senti ele se encolhendo um pouco para atrás com meu olhar assassino. Com meu dedo indicador o cutuquei, tão suavemente o quanto conseguia com toda minha raiva, embora ainda o mandei para trás com a força.
“Que diabos isso quer dizer?” Rosnei para ele, as mãos agora em meus quadris para impedir de machucá-lo fisicamente. Aos poucos senti que todos os olhos abismados e surpresos foram atraídos para o nosso confronto, mas eu estava muito envolvida no meu aborrecimento para notar ou me preocupar. “O que no mundo lhe dá o direito de falar com os meus amigos assim?” Derek abriu sua boca para falar, uma pequena ruga de preocupação na sua testa, mas o interrompi. Este mortal estúpido tinha de ser posto no seu devido lugar. E eu faria isso alegremente. Afinal como ele podia insultar pessoas que me aceitaram? Senti um tipo estranho de instinto maternal para protegê-los dele.
“O que? Você pensa que é melhor do que os outros só porque você corre em volta de um campo rolando na lama? Isso te faz legal?” Cuspi essa palavra última. A minha mente subconscientemente buscando para alcançar a informação que meus pais uma vez me disseram sobre valentões, continuei furiosamente, o tom vermelho no meu olhar se tornando mais escuro. “Só porque você pensa que é tão gostoso e atlético e encantador e espertinho, você pensa que te faz melhor do que outros? Isso não faz! Você simplesmente é tão inseguro sobre si mesmo e como você se sente sobre si mesmo que tem de colocar os outros para baixo para se sentir melhor! E isso só te faz um valentão!” Respirei profundamente com a cara fechada.
Então fiquei totalmente consciente de todos os olhos que estavam grudados em nós. Me inclinei para frente para rosnar quietamente emseu ouvido, “Você não é nada além de lixo. E estou muito bem sentando com os meus amigos que sempre serão melhores pessoas do que você. Saia com a pouca dignidade que ainda te sobrou.” Me endireitei e cruzei os braços enquanto a minha visão de cor de sangue desbotava, o vi tropeçar para trás confuso, e depois se ajeitar antes de virar e marchar de volta à sua mesa com a cabeça erguida. Os seus amigos do futebol tremiam segurando risadas silenciosas.
Olhei em volta, e vendo que todo o mundo agora me encarava, sorri angelicamente, silenciosamente me repreendendo por chamar toda essa atenção para mim. “Desculpe pela perturbação. Continuem com o almoço.” E me sentei de volta.
Esperei durante alguns segundos, fitando um buraco no meio da nossa mesa, escutando o silêncio rugindo. Pude sentir as minhas bochechas ficando quentes com toda a atenção. Então os sussurros estouraram, aliviando o ambiente. Uns quarenta e seis segundos completos depois, o refeitório estava tão barulhento como normalmente é. Ignorei os olhares ocasionais de toda a sala. Bom trabalho, Renesmee, pensei de mau humor. Belo modo de se encaixar normalmente.
Incerta se eu queria ver as expressões dos meus colegas de mesa, olhei para cima e me encolhi. Estavam todos me encarando boquiabertos, como se eu tivesse galhas brotando. Senti uma mão quente apertando a minha embaixo da mesa e olhei para minha esquerda, tentando sorrir com a expressão de conforto de Jake.
Olhando de volta aos meus amigos humanos que não tinham movido um músculo, relaxei e sorri, e tentando derreter a tensão disse indiferentemente, “O que? Vocês estão me olhando como se tivessem crescido asas em mim ou coisa parecida.”
Isso pareceu tirá-los de seu devaneio, mas eles ainda tinham expressões de choque misturadas com…admiração.
“Hmm, Renesmee, ” Sophie disse se engasgando, “você simplesmente acabou de dar um fora no cara mais gato e mais popular da escola. Ele basicamente domina tudo aqui.”
Movi meus ombros. “E daí? Isso deveria significar algo para mim? Ele não tinha nenhum direito de falar com vocês daquele jeito.”
Os seus olhares se transformaram em pura admiração agora. Kevin me deu um abraço apertado (Jake ficou tenso ao meu lado).
“Você é tão maravilhosa, ” ele sussurrou.
Senti minhas bochechas ficarem quentes, e então me afastei dele o mais educadamente que poderia. Mas enquanto eu sorria para meus amigos a minha volta, podia ter jurado que um flash de uma outra emoção sinistra cruzou o rosto de Sophie. Quase como…uma inveja perigosa
2 comentários:
é isso ai ness, mostra pra ela qm vc é, bota pra quebrar é por isso q eu te admiro com tanta intencidade
ae coloca o grandão pra correr msm nessie mostra quem vc é, e por favor beija o jake logooo to doida pra isso acontescer
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