Verde, Vermelho, Dourado - Capítulo 12: Rebelião Vermelha – Montreal, Canadá, 1928

Nota da Autora: Violência e censura racial, mas, não se preocupe, Edward toma conta disso :)

A primeira experiência nunca pode ser repetida, pois só pode haver uma única primeira vez.

Aquele primeiro humano, um monstro vil, foi simplesmente delicioso. A melhor refeição que eu havia provado até aquele momento. Foi similar a jantar no mais fino restaurante e comer o item mais caro do menu. Então depois que você esteja satisfeito, você sai andando sentindo-se como um milhão de dólares.

Claro, eu não podia dizer com certeza. Eu havia há tempos esquecido o gosto de comida humana. Ainda assim, eu ouvi tal sentimento no pensamento de alguém certa vez. Parecia uma comparação adequada. O máximo que eu podia comparar com algo de humanidade.

Me recusei a refletir sobre meu primeiro assassinato. Eu sabia que se pensasse demais, eu desenvolveria sentimentos perturbados sobre o que estava fazendo. Estava me agarrando a meus sentimentos rebeldes. Sangue humano era minha fonte natural de alimento, portanto eu estava certo e Carlisle errado. Esta era minha assim chamada lógica.

Enquanto passava por pequenas cidades americanas, eu encontraria a vítima perfeita e rapidamente seguiria meu caminho. Não fiquei em um lugar por muito tempo, mas também não fui longe. Então, um dia, avistei a pior chamada em um jornal que pudesse ter visto, enquanto passava por uma pequena cafeteria em Nebraska. Humanos desaparecidos, a única evidência eram algumas gotas de sangue. Eu sabia que eram minhas vítimas.

Eu havia sido tão descuidado assim? Achei que tinha limpado meticulosamente no final de tudo. Foi uma das primeiras lições que Carlisle me ensinou. Destruir evidências. Se ele visse as notícias desse artigo. . . Balancei minha cabeça, banindo aquela linha de pensamento. Eu havia feito minha escolha. Eu seguiria minhas regras, não as dele.

Me mudei para o Canadá, era melhor deixar o país por enquanto. Eu estava morando em Montreal por quase um ano. Uma grande cidade com milhares de humanos. Na época, a censura estava em pleno vigor na América, fazendo de Montreal um paraíso seguro para aqueles que queriam continuar sua devassidão. Desnecessário dizer, eu não precisava procurar longe por minha presa. Era irônico, um paraíso seguro para humanos, ainda assim uma coleção de humanos monstruosos, prontamente disponíveis para serem tomados. Seguro, ainda assim perigoso.

Admiti para mim mesmo que a primeira vez havia sido dramática demais, mas não continuei aquele drama. Caí em uma rotina fácil. Passando por um humano desavisado enquanto eu andava pela rua, na escuridão da noite. Um momento, eles estariam pensando coisas que não deviam, admitindo seus cometidos crimes em suas mentes. No momento seguinte, eles eram carregados para um beco, seus corpos completamente drenados de sangue. Depois, eu destruía evidências.

Fiz bem meu papel. Me vestia agradavelmente. Era educado com todos. Nunca levantava suspeita. Eu era o assassino perfeito.

Quando eu tiver terminado, a matarei. . . Ninguém pode descobrir. . . O que eu faço. . .

Ah, aquela era minha deixa. Nunca deixava de me impressionar como tais humanos vis consideravam-se verdadeiros assassinos quando seu trabalho era desleixado e patético na melhor das hipóteses. Um verdadeiro assassino nunca, jamais é pego. Mas então, eles eram apenas humanos e tinham suas limitações. Eu não podia esperar que eles tivessem minhas habilidades de força e velocidade. Indiferentemente, eu era orgulhoso em minha busca por monstros humanos. Os considerava como nada mais que baratas meramente dignas de serem esmagadas pela sola de meu sapato.

Eu era arrogante e ridiculamente cheio de orgulho. Eu era um tolo.

Olhei de relance em um beco escuro. Um homem estava pressionado contra uma mulher, a bochecha dela empurrada contra uma parede. Seu rosto contorcido de dor. Agachei-me e saltei. Um vulto branco e uma leve brisa foi tudo que a mulher sentiu, enquanto eu agarrava o homem e voávamos beco abaixo. Drenei-o rapidamente e depois quebrei seu corpo em pequenos pedaços. Despejei a evidência em uma lixeira próxima e escondi os pedaços debaixo dos escombros de um açougue. Ninguém jamais saberia.

Cheirei o ar. A mulher ainda estava no mesmo local, não tinha se movido um centímetro. Uma compulsão absurda impulsionou-me, para ter certeza de que ela estava ilesa.

“Oh, ” ela suspirou enquanto olhava para cima. Bonito. . . Perigoso. . . Preciso do dinheiro. . .

Ignorei seus estranhos pensamentos e perguntei gentilmente, “Você está bem?”

Ela ergueu a mão e disse “Vinte dólares. ” É melhor ele não me roubar como o último cara.

Levantei uma sobrancelha. “Perdão?”

Ela bufou impaciente. “Eu cobro vinte dólares. Pagamento adiantado. “

Com a outra mão, ela ergueu sua saia até seu peito. Rapidamente desviei o olhar, fixando meus olhos na parede a seu lado. Claro que ela era uma prostituta, eu não pude acreditar que não havia notado antes.

“Você não quer?” ela disse, sua saia balançando conforme caía. “Oh, eu sei o que você quer. Quinze dólares. ” Ela ficou de joelhos em minha frente.

Levantei-a por seus ombros e a pressionei contra a parede. Coloquei minhas duas mãos em ambos os lados de seu rosto e fixei meus olhos nos seus.

“Acredito, ” murmurei, “que você precise de ajuda com sua memória. “

“Minha. . . memória?” Seus olhos brilharam.

“Sim, sua memória parece estar com falhas. Você não me viu aqui esta noite, correto?”

“Mas – o outro homem – e então você. . . ” ela gaguejou.

“Sim, havia um homem, mas ele foi embora. Eu nunca estive aqui. “

“Havia um homem. . . “

“Sim, havia apenas um homem. “

“Apenas um homem, ” ela repetiu deslumbrada.

Satisfeito, removi minhas mãos e dei um passo para trás. Eu a observei cambalear para fora do beco. Eu poderia tê-la atacado, bem aqui e na hora. Ela era uma testemunha, tomá-la teria sido um dano colateral. Mas, afinal, ela foi a vítima nessa situação, indiferente de sua profissão escolhida.

Nojento. . . Embolsando todo nosso dinheiro. . . Ele não merece isso. . .

Hmm, intrigante. Com as mãos em meus bolsos, caminhei até uma pequena loja de penhores. Três homens, em sujas calças e camisetas de trabalho, estavam batendo incessantemente em um velho homem. Encostei-me em uma parede e observei. .

Judeu imundo, todos eles pensavam.

“Vocês não acham que isso é um pouco hipócrita, ” anunciei minha presença, “considerando seu próprio vestuário. ” Apontei para suas roupas.

Em toda comparação, roedores possuíam mais inteligência que esses homens. Na verdade, eu diria que roedores eram possivelmente mais espertos, considerando seu forte senso de auto-preservação. Mas, estes homens humanos não pensaram, apenas agiram e me atacaram. Levantei minhas duas palmas. Eles imediatamente caíram para trás ruidosamente. O velho senhor se arrastou para o fundo da loja. Bom, pensei, menos dano colateral.

Seriam três pelo preço de um esta noite. Sim, a presa era abundante. Eu era um tubarão tropeçando com um grande cardume de peixes, indefesos e a minha mercê. Ainda assim estive lá por quase um ano. Eu nunca poderia ficar em qualquer região por muito tempo sem inevitavemente levantar suspeitas. Era hora de mudar de lugar. Novamente.

3 comentários:

Kah disse...

Nossa, qe Edward é esse???

Giullia disse...

Aii q fofo e meio violento kk

Júlia Karolyne disse...

UAU, COM EDWARD É ASSIM, MUDANÇAS CONSTANTES!

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