Sol Ardente - Capítulo 50 - Parte 2

Nota da autora: Vocês podem acreditar 3 capítulos em 3 dias. Mesmo que os dois ultimos foram curtos…Esse está de volta ao tamanho normal, mesmo que é parte do capítulo 50, então espero que satisfaça vocês. Por um tempo ao menos. Espero que esses dois capitulos (em 3 partes desde que o cap. 50 foi dividido em duas partes) mantenham vocês felizes por um tempo…porque não acho que terei tempo de escrever até o natal, e quem sabe nem no natal, eu posso estar ocupada. Então, aproveitem enquanto podem! ;)

Ponto de vista do Aro

Andei vagarosamente, deixando cada passo formar o próximo. Era como eu achava melhor, essa geniosa mente minha. Lutando com as remessas de conhecimento que obtive de um singular toque, não havia dúvida que eu um dos – se não o – mais inteligente e engenhoso ser a pisar nesse planeta patético. Apenas pensamento modesto, claro.

Viver – se é isso que fizemos – por séculos me deu mais discernimento sobre o mundo que a maioria das criaturas tem. Eu testei os limites de virtualmente tudo, e qualquer coisa que permanecia sem ser testada era certa de ser em algum tempo próximo com todos os planos sendo manipulados em minha mente. Sempre pensando eu estava. Sempre pensando – e na frente dos demais. Ou então eu achava.

Seis anos atrás, quando a existência dos meio-vampiros chegou à minha atenção, eu percebi que havia tão mais sobre esse mundo que eu não sabia. Quão ignorante eu era para pensar que outra pessoa não iria testar o slimites como eu mesmo o fiz? Esse Joham… Eu podia ver um pouco de mim nele. Aquela determinação, a imaginação. Mas ele não tinha nenhuma da minha cautela ou planejamento cuidadoso. Ele deveria ter coberto sua trilha melhor. No entanto, eu tinha de lhe dar crédito. Era com ele com quem eu poderia extender os limites ainda mais. Ele disse ter criado um super-ser com esses mestiços: metade-humanos e metade-vampiros. Mas eu acreditei que ele não o havia feito, não, o humano neles os faziam mais fracos que nós certamente. Mas ele tinha criado uma abertura para um verdadeiro super-ser.

Seria possível que poderia existir uma criatura melhor que nossa própria espécie? Suponho. Era isso que eu estava tentando descobrir. Eu montei esse plano em primeiro lugar, apressado pela descoberta de Mika e a voluntária, mesmo que relutante, junção das criações de Joham. As três fêmeas estavam dispostas a me seguir como as pequenas criaturas obedientes que elas se tornaram com seu pai. Mas o macho…ele era um pouco mais difícil de se controlar. Ele tinha aquele lado rebelde nele, independente e querendo fazer coisas da sua maneira. Mas eu consegui, ah, persuadí-lo tomando também Joham e dizendo à ele que minha guarda amaria uma pequena prática ao alvo.

Mas aquele pequeno ato que ele ocasionou mais cedo hoje…e pensar que eu estava começando a acreditar que estava me aproximando dele. Pensei o que aquela pequena mestiça Cullen era para ele. Obviamente ela significava algo para ele desde que ele estava disposto a colocar seu pescoço na linha para ganhar a liberdade dela. Mas novamente, ele também tentou libertar aquela criança lobo. A consciência dele o estava alcançando? Espero que não. No nosso mundo, não havia espaço para consciências e morais. Apenas poder e força.

Minha linha de pensamento foi quebrada pela chegada do meu irmão Volturi. Caius. Eu podia ver por sua máscara de indiferência que ele lutava para manter seus sentimentos escondidos, ele estava furioso comigo. Mas isso não era nada diferente.

“Ah, irmão. A que devo esse prazer?” Amigavelmente o cumprimentei, fingindo ignorância. Eu sabia muito bem sobre o que ele estava furioso.

“Você sabe a que,” ele quase rosnou, como se ele pudesse ler minha mente.

Olhei tristemente para ele. Ele nunca seria capaz de ver além das realizações do presente e olhar para que o futuro reservava? “Meu querido irmão, você deveria saber porque deixei Renesmee ir,” disse gentilmente disse à ele. Sua mandíbula se apertou por um milisegundo antes que ele se forçou a relaxar. Eu sabia que ele odiava quando eu usava meu tom condescendente nele, mas a culpa podia cair apenas em mim quando sua ignorância me obrigou a fazê-lo?

“Me ilumine,” ele sibilou baixo, olhos queimando vermelho de irritação.

Suspirando, expliquei. “Caius, pense além dos objetivos para hoje. Eu sei que com isso parece que estamos dando passos para trás ao devolver Renesmee para seu clã – “

“Sim,” Caius rosnou em um baixo tom, claramente não capaz de evitar. Era por isso que acabei saindo como o líder dos três. Caius agia muito em suas emoções, no entanto, Marcus não agia o suficiente.

” – mas pense em nossos objetivos futuros, irmão,” eu continuei, como se ele não tivesse me interrompido. “Algo que temos mantido entres nós três.”

“Criar o ser mais poderoso de todos,” ele pareceu recitar, mas sua conduta ficou consideravelmente mais leve, ombros baixos em complacência.

“Sim,” eu respirei, um brilho em meus olhos pelo pensamento. “Nosso plano anterior em experimentar com Renesmee e aquela criança lobo, Seth, teria terminado em destruição. Primeiro, iria consumir muito tempo, esperar que eles acasalassem e produzissem descendentes. Além do mais, seus descendentes ainda teriam parte humanas neles, eu acredito. Uma criatura metade-humana metade-vampira e um ser metade-lobo metade-humano produziriam uma criatura metade-humana 1/4 vampira 1/4 lobo. O humano nela a levaria à ruina.”

“Então, qual é o novo plano?” Caius respirou, inteiramente se relaxando em submissão. Eu sabia que eventualmente ele veria de minha maneira.

“Vampiros são bem fortes. E eu sei que você os odeia, mas verdadeiros lobos são tão fortes quanto nossa espécie, se não ainda mais forte. Pense em quão poderosa seria uma criança de sangue metade-vampiro e metade-lobo,” Eu imaginei, uma expressão sonhadora cruzando meu rosto. “Iríamos criá-la para ser nossa. Então ninguém, nem mesmo os Cullens, seria capaz de nos parar.”

Caius ficou tenso no momento que mencionei os lobos. “Aquelas porcarias,” ele sibilou. “Como você pode esperar que um deles se acasale com um de nós? Detestável. Mataríamos uns aos outros.”

“Ah, sem acasalamento dessa vez, irmão. É aí que o humano entra.” Agora ele entenderia?

Um olhar de entendimento foi rapidamente substituido por surpresa. “Você está sano, irmão?” ele sussurrou. “Nosso veneno não coopera bem no mesmo hóspede. O humano morreria.”

“Veremos,” foi minha simples resposta. Eu não estava preparado para dividir esse segredo ainda. Mesmo que eu soubesse que Caius nunca diria uma alma sobre nossos planos para sua própria auto-preservação, era melhor ser cauteloso. Ele pareceu finalmente aceitar minha resposta, apesar que curiosidade ainda moldeava suas feições.

“Então, por que você não mantem Renesmee aqui com a criança lobo?” ele perguntou, e um fraco sorriso brincou em meus lábios como resultado da questão que eu tinha altamente antecipado dele. “Você ainda seria capaz de continuar com seus planos e talvez até começar seu anterior caso ele fracasse.”

Precisamos de Nahuel,” afirmei simplesmente, embora eu soubesse que teria havido modos mais fáceis de mantê-lo aqui e continuar aprisionando Renesmee. Mas a verdade era que não via nada muito especial nela. Eu já tinha quatro mestiços em minha coleção. Suponho que só a escolhi para os meus experimentos para ofender seu clã. “Quanto a Seth, imaginei que mantendo uma parte do Cullens pode dar-nos uma vantagem em caso de eles tentarem retaliar.” Essa não era a verdade completa, mas teria de servir por agora. Virei para longe de Caius, e ele respeitosamente tomou o ato para significar a sua dispensa. Bom homem.

Enquanto ele andava com passos largos de volta em direção à entrada, ele fez uma pausa durante um momento se virando. Levantei uma de minhas sobrancelhas em questionamento enquanto ele falou baixo, “Ah, o humano chegou há alguns minutos atrás. Nahuel o deixou e está em seu caminho para levar Renesmee de volta.” Tive de dar-lhe o crédito. Eu sabia totalmente que ele desaprovava aquelas ações, ainda assim ele era capaz de informar-me sobre elas sem um único olhar de repugnância. Acenei com a cabeça e ele saiu rapidamente da sala.

Sentei-me no centro dos três tronos de pedra no meio da sala circular, apoiando meu cotovelo no braço da poltrona e esfregando minhas têmporas com a mão. Às vezes desejava que tudo simplesmente sumisse. Deixar-me em paz durante um minuto com os meus próprios pensamentos. Graças a Deus tinha séculos de prática para separar os meus próprios pensamentos dos daquelas criaturas que tocava. Mas tinha de continuar pensando. Era a única coisa que me mantinha são.

Refleti o que fazer com Nahuel. A fraqueza que ele expôs mais cedo era inaceitável. Como posso confiar que ele não me trairá? Descendo o dedo indicador pela pele semelhante a papel de minha face, deliberei. Devo saber os seus pensamentos. Agora.

Levantando-me, fechei meus olhos e inalei profundamente, procurando por aquele cheiro. Embora eu não fosse nada em comparação a habilidades de Demetri em rastreamento, ainda tinha os sentidos básicos de vampiro que me permitiram apontar a posição do cheiro distinto de Nahuel. Ah. Ali estava ele.

Na minha idade e posição, raramente eu tinha a necessidade de usar minha máxima velocidade. Duvidava que até algum dos meus guardas alguma vez me viu correndo, salvo por poucos seletos. Eu não era vampiro que fosse de ser apressar, afinal. Eu tinha todo o tempo do mundo. Paciência era uma virtude.

Andando ao longo dos túneis, segui o cheiro de Nahuel. Enquanto sua fragrância tornava-se mais potente, senti Felix se aproximando confuso. Seus olhos mostraram uma breve surpresa ao ver-me aqui sem nenhum dos meus guardas habituais, mas foi escondida rapidamente enquanto ele brevemente acenava em respeito. O cheiro de Renesmee estava nele, portanto supus que Nahuel estava com ela neste momento. Ah, sim, podia sentir o cheiro dela naquela sala com ele.

“Felix, meu filho!” Chamei, e ele foi imediatamente para o meu lado.

“Sim, Aro?”

“Por favor, abra esta para mim. Desejo falar com Nahuel antes que ele parta,” solicitei amavelmente. Mas enquanto Felix abria sua boca para responder, ouvi um resmungo leve além da parede de pedra, inconfundivelmente a voz de Nahuel, tão baixo que até eu tive problemas em captar as palavras com a minha audição de vampiro. Minha testa franziu durante meio segundo antes que relaxasse; não devo mostrar nenhum sinal de aflição.

“Apresse-se, meu querido,” falei enquanto Felix agarrou a maçaneta da porta de pedra e abriu-a com força, obedecendo minha ordem sem questionar. Houve um rosnado distintamente feminino enquanto um palavrão foi expelido. Meus olhos alargaram-se, repentinamente sentindo como se a paciência não fosse uma virtude neste momento e eu tinha de entrar naquela sala neste instante—

CRACK!

Tarde demais.

O perdi.

Suprimi o impulso animalesco de rasgar algo, minha raiva pulsando por mim antes que eu tivesse uma chance de controlá-la, e Felix agora estava em frente da porta aberta que conduzia para a câmara abandonada e vazia, parecendo confuso, e os cantos da minha visão foram tingidos de um vermelho raivoso —

Tão rapidamente como a minha raiva tinha vindo, ela tinha desaparecido, meu autocontrole tendo sucesso em dominá-la. Felix não mais parecia confuso com a minha expressão desde que ela estava em minha usual agora, pensando que ele a tinha imaginado.

“Obrigado, Felix querido. Você está dispensado,” eu disse aereamente, entrando com passos largos na sala sem olhar para trás. E agora?

Tinha de manter o controle. Eu podia consertar isto.

Mas não pude deixar de amaldiçoar-me pela minha ingenuidade, disposto a acreditar que Nahuel não me desobedeceria. Então novamente, não tinha nenhuma prova que ele planejava. Eu estava sempre pulando em conclusões, não estava?

Eu esperaria até que ele voltasse antes de solicitar sua presença. Daí eu descobriria seus pensamentos ocultos e então determinaria o resultado. Eu seria capaz de consertar qualquer traição que ele tivesse cometido — se ele realmente cometesse alguma. Não havia nenhuma necessidade de pressa. Tudo estava bem.

Virei minha mente para assuntos mais urgentes. Onde Caius tinha dito que Nahuel colocou o humano? Senti uma gota de preocupação; a minha recente desconfiança descoberta naquele mestiço me deixou atento. Onde ele colocaria o humano?

Rapidamente fechei meus olhos mais uma vez, procurando por aquele apetitoso cheiro de sangue humano. Andei com passos largos para frente, procurando até que eu captasse uma brisa dele. Ah. Delicioso.

Abrindo os meus olhos, comecei a fazer meu caminho em direção ao humano quando parei meus passos. Oh céus…

O cheiro do humano estava misturado com o cheiro de outra distinta criatura. Uma que não mostraria piedade a ele. Amaldiçoando Nahuel por colocar o frágil objeto de meu experimento naquela sala – aquela de todos os lugares que pudesse colocar – apressei o meu passo. Hoje simplesmente não era um bom dia para paciência, era?

2 comentários:

GLYUCE disse...

COISA MAIS SEM SAL ISSO E RIDICULO

Ana Lúcia Ferreira da Silva disse...

POR QUE LEU ATÉ AGORA ENTÃO?

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