Contos de Ninar do Tio Emmett: Como A Rose Roubou O Natal - por Julyte

Era um dia bastante colorido aqui em casa. Bem, na verdade, tricolor… Verde, vermelho e dourado. Guirlandas, sininhos, azevinhos, bolas, velas, pinheiros…

Sim, o Natal havia chegado. Imaginem só a minha felicidade. Eu adoro o Natal. Presentes, músicas, neve e Jingle Bells, a música especial de Natal que eu fiz pra Bella em seu primeiro Natal com a gente.

O bom do Natal é que as pessoas ficam boazinhas. Ou seja, Edward, Rose e Bella não me castigariam. Por isso eu cantei a música de Bella o dia inteirinho e ela não deu a mínima. Mas sei que, se eu cantasse em qualquer dia do ano, ela naturalmente faria alguma perversidade. Então, Natal pra mim tem outro nome também: O Dia do Jingle Bells.

- Jingle Bells, Jingle Bells, minha cunhadinha… Tropeçou e caiu à nossa portinha. A humana é mara, mas é tão lerdinha, quem ainda não ama é minha Ursinha. Jingle Bells, Jingle Bells, que nome esquisito, não tem nada que rime com esse apelido, o pai dela é bobo, teve a quem puxar, não repara Edward em sua janela a pular…

- Emmett, er… – Bella tentou interromper, mas eu continuei com a minha musiquinha.

- Jingle Bells, Jingle Bells, como teria sido, se não tivesse conhecido o nosso vampiro? Eu estaria muito triste, triste de montão, pois eu não teria uma linda canção…

- Emmett, você não acha que está na hora de atualizar essa música, não? Eu já deixei de ser humana há muito tempo. – Bella me chamou atenção, cortando o clima da música.

- Puxa vida, vocês subestimam a minha criatividade e vivem limitando. Carlisle não disse que era pra vocês me deixarem expressar minha genialidade de forma saudável? – eu perguntei, fazendo beicinho.

- Tecnicamente, – Nessie disse, vindo de algum lugar da sala, nas costas de Jacob. Sim, era Natal e, apesar de neve ser água, tivemos que abrir essa exceção. Rose não está com um espírito natalino muito bom. Diria até que ela está comemorando o Halloween de tão macabro que parece. – ele não disse a palavra “genialidade”. Ele apenas disse: “Melhor em palavras do que destruindo coisas.”

- Bom… Sim… Enfim. Eu estive trabalhando em algo esse mês. Uma nova historinha, um conto de Natal.

- Oh-oh. – a família disse em coro, menos Renesmee.

- Isso não vai acabar bem. – Alice, a sabichona, falou.

- Alice, você não sabe de nada. – eu disse, virando para a minha monstrinha preferida. – Eu adoro essa historinha, é um clássico.

- Jane Austin, tio Emmett? – ela perguntou.

- Não. Melhor! – eu respondi.

- Maquiavel? – ela perguntou novamente.

- Nãoo… melhor ainda.

- Stephenie Meyer?

- Han? Quem é essa? – eu quis saber, mas deixei pra lá. – Não, o maior poeta que já existiu.

- Quem, titio? – ela perguntou.

- Seuss.. – eu disse, lembrando-me das lindas rimas que eu já li. – Eu vou contar a história de como o Grinch roubou o Natal.

- Ah, titio… Não. Não entendeu ainda como as coisas funcionam? Tem que trocar os personagens pela nossa família, se não, não terá graça alguma.

- Mas quem da nossa família seria tão rabugento, ranzinza e egoísta ao ponto de roubar o Natal? – eu pensei…

Bella? Não, muito lerda pra roubar algo tão grande quanto o Natal. Iria tropeçar e deixar o Natal fugir.

Carlisle? Muito correto.

Edward? Não, estaria ocupado compondo uma música sobre quem roubou o Natal.

Esme? Nada… Ela não deixa a gente trapacear em baseball, vai roubar logo o Natal?

Jasper? Não, ele tem alergia ao Natal. Muito vermelho lembra sangue humano.

Alice? Talvez o réveillon, uma festa mais sofisticada, mas o Natal, com a desculpa de dar um vestido caríssimo à Bella no amigo secreto, que ela sabe que vai tirar Bella? Não!

Nessie? Muito inocente.

Jacob? Muito canino, e não é da família… Hunf.

Antes que a resposta saísse da minha boca, o cachorro já havia dito.

- Porque não a loira psicopata? É a cara dela roubar a cena e a felicidade alheia.

- Lave essa boca imunda e cheia de baba pra falar de mim, seu saco de pulgas fedorento. – ela disse.

- Bom, Ursinha… Seria uma boa oportunidade de colocar você como personagem principal da minha historinha… – eu disse, sabendo que havia ganhado a causa. Seus olhinhos brilharam lindamente. Ela não era tão exibida quanto Edward, mas adorava ser o centro das atenções.

-Emmett, quer parar de pensar que eu sou exibido? – Edward pediu.

- Desculpe, man… Então, Ursinha, você aceita? – eu perguntei, sabendo que se ela não aceitasse, eu estaria encrencado.

- Claro, meu amor. – ela disse, sorrindo.

- Bom, agora precisamos de um cachorro para a história, para ser o Max, o fiel cachorrinho do Grinch. – eu disse.

- O Jake poderia… – Nessie sugeriu.

- NÃO! – Rose e Jacob gritaram ao mesmo tempo. – Qual é, Nessie. Me chamando de cachorro e ainda quer que eu seja bichinho de estimação da psicopata?

Nessie tocou o dedinho no rosto dele e assim ele pôde ver. Ele gargalhou e Edward também. Até hoje eu quero saber o que raios ela falou pra ele.

- Por mim tudo bem. – ele disse.

- Mas pra mim não. Eu não quero estar na mesma história que o pulguento ai. – Rose disse.

- Por favor, tia Rose… É Natal, sei que tio Emmett não vai ser contra se você não se opuser… Por mim. – Nessie disse, fazendo beicinho. Caramba, uma tarde com Jasper e essa menina aprendeu a manipular os sentimentos das pessoas. Se eu fosse Edward e Bella jamais deixaria Nessie com Jasper. Por quê? Oras, Nessie tem sangue. Se ela cortar os pulsos, ela não vai morrer, mas será que ninguém lembra o estrago que foi o último aniversário de Bella. Contarei a Nessie quando ela crescer mais uns… Dois meses.

Mas, enfim, eu sabia que Rose fazia de tudo por Nessie e nem esperei a resposta, antes que ela voltasse atrás.

Assim, toda a família se reuniu para ouvir a minha historinha. Isso era único em nossa rotina e eu achei lindo, mas também me preocupei. Bella adorava me interromper. Edward leria meus pensamentos. Teria que ser mais cauteloso.

“Era uma vez uma criatura delicada, linda, vampírica e dourada, mas muito mal compreendida chamada Grinchlie…”

- Nem vem, não mescle meu nome com o daquele negocinho não. Só Rose e pronto. – ela reclamou.

“ …chamada Rose que vivia no alto da montanha de Forkenlândia. Rose vivia com o seu inseparável amiguinho, o cão Jax.” – Ta bom pra você, cachorro?

- Por mim, tudo bem. Sem frescuras! – ele disse, provocando minha musa.

“Mas vamos deixar de lado a linda criatura e vamos aos arredores de Forkenlandia, onde havia uma pequena menininha chamada Nessy Lou e morava com seus pais, Edward e Bella. Um belo dia, andando com seus pais, ela olhou o alto da colina e perguntou:

‘Mamãe, quem mora no alto daquela colina?’

‘É uma criatura solitária e mal humorada, Nessy Lou.’ Ela explicou.

‘Igual ao papai antes de te conhecer?’ ela insistiu.

‘Sim… Mais ou menos. ’ Bella respondeu, olhando para a cara do seu marido que tinha se irritado levemente com a afirmativa. A conversa acabou, mas Nessy Lou estava curiosa para saber quem era a figurinha que morava tão longe. Então, quando resolveu caçar sozinha naquela manhã, pois seus pais haviam se trancado na cabana, Nessy Lou decidiu escalar a grande colina para visitar a criatura loira. Era uma longa caminhada e Cindy Lou resolveu seguir mesmo assim. Quando estava se cansando, Cindy Lou olhou para o lado e viu uma coisa estranha… Uma grande bota onde estava uma pata chamada Alice…”

- Que marca era a bota? – Alice perguntou.

- Isso importa? – eu perguntei.

- Lógico que sim… A cor, o tipo de couro, o cano, a marca, o design. Eu não vou morar em qualquer bota. De preferência Gucci… De cano médio, verde e de couro de cobra. E eu também não quero ser uma pata. Patos são extremamente desengonçados. Se tiver que ser um animal, eu quero ser um animal mais astuto, e também fofinho. Por que não uma gata, Emmett? Uma gata persa e branca é tão fofinha. Eu teria uma se não sentisse vontade de devorá-la depois, pois vocês sabem né, uma vampira vegetariana não pode ter animais de estimação…

- CALE-SE! – Eu gritei. – Pelo amor de Deus, fecha essa matraca, se não de pata eu te cito como uma gralha, que não tranca a boca. Se for pra você ficar quieta, eu te coloco como uma gata… Nossa, mas que criatura desagradável, não pára de falar, meu Deus, eu tentando contar uma historinha para a monstrinha e Alice ficar repetindo, repetindo, como um disco riscado…

- Emmett, pare de falar. – minha ursinha disse secamente. – Termine essa história logo.

- Han, tudo bem.

“Então, a gata persa e branca chamada Alice, que vivia numa bota Gucci de cano médio, verde e couro de cobra estava sentada na frente de sua ‘casa’, quando a pequena Forken chegou.

‘Olá.’ Nessy Lou disse. ‘Sou…’

‘Nessy Lou, eu sei. Eu sei de tudo e todos que passam por aqui, meu bem. Eu sou a Gata Alice.’

‘Mas a caixa de correios diz: Mamãe Ganso.’ Nessy Lou falou a ela.

‘Estou fazendo um favor a ela, cuidando de sua bota até que volte. É época de Natal e ela foi visitar sua cidade natal.’

‘Onde fica?’ Nessy Lou, curiosa do jeito que é, perguntou.

‘Lá em Pato Branco…’ Alice respondeu. ‘Mas me responda, porque está atrás da Rose, que vive no alto na Colina mais alta de Forkenlândia?’

‘Dizem que ela é bastante solitária, ranzinza e sem amigos. Meu pai era assim antes de conhecer a minha mamãe. Talvez se eu for alegrá-la com o espírito natalino, ela fique mais contente. ’

‘Entendi… Enfim, boa sorte. Não posso sair daqui agora, talvez te veja no final da história… Mas segue o caminho da neve amarela… ’”

- De novo com esse caminho amarelo, tio? – Nessie interrompeu.

- Qual é Nessie? – eu perguntei. – O que você tem contra o caminho amarelo?

- É Nessie, amarelo é Mara, principalmente amarelo canário, num Porsche novinho… Acho ótimo o caminho ser amarelo, mesmo que neve amarela não exista, pois você sabe que neve é água condensada devido ao clima frio da época, mas que em alguns países não neva no natal, pois estão em zonas tropicais e…

- Pensando bem, amarelo está legal. – Nessie disse, tocando meu rosto. Vi seus apelos de “continue a história antes que ela comece a falar de novo.”

“Mas segue o caminho da neve amarela… até o topo da colina mais alta e você vai encontrar a Rose.”

‘Como vou saber que a encontrei?’ Nessy Lou perguntou.

‘Segue os gritos… Você vai encontrá-la.’

Então Nessy Lou seguiu o caminho na neve amarela até o alto da colina onde começou a escutar os gritos.

‘Ô Loira, você sabe por que as loiras gostam tanto de BMW? Pois elas conseguem soletrar o nome. ’ O grande cachorro falou e antes que certa monstrinha diga que Jake não fala quando está transformado em lobo, isso é apenas uma historinha.

‘Cale a boca, saco de sarna, eu estou pensando.’

‘Pensando? Por isso estou sentindo esse cheiro tão ruim, devem ser seus neurônios queimando…’

‘Talvez seja sua boca imunda muito perto do seu nariz.’ Ela revidou.

Então, o cão Jax ouviu um barulho.

‘Não vai revidar?’ ela perguntou.

‘Shhhh…’ Jax disse.

‘Não faça shhh pra mim.’ Rose falou.

‘Caramba, loira, eu tô tentando escutar a garotinha que está escondida atrás daquela pedra e você fica ai falando. Pode sair daí, menina, a gente não vai fazer mal nenhum a você.’

‘Fale por si próprio… ’ Rose disse.

A pequena criaturinha de cabelos bronze saiu de trás da pedra. Ao ver aquele serzinho pequeno e indefeso, o cão Jax sentiu uma onda tomando seu interior, como se Nessy Lou fosse agora seu mundo e sentiu a necessidade de esperar que ela crescesse para…”

- EMMETT!- Bella gritou.

“…que eles fossem melhores amigos por toda a vida.

‘Srta Rose, eu sou Nessy Lou. Muito prazer. Eu vim aqui trazer um pouco da minha solidariedade nesses tempos de festa e paz. Vim te fazer companhia para que possamos estar juntos nesse Natal e chamar para ir à ceia da minha família. O senhor está convidado também, senhor cachorro.’

‘Olha aqui, criancinha. Você é muito bonitinha, fofinha e se a história fosse outra, com certeza eu estaria com você no colo te paparicando e não deixando meu marido maluco chegar perto de você. Mas eu não estou nem um pouco a fim de ir ver sua mãe lerda, seu pai exibido, então… Se pique!’ Disse Rose, puxando uma alavanca de algum lugar e mandando a menininha novamente até Forkenlândia.

‘Isso não foi nada educado. A garotinha só quis trazer um pouco de alegria pra você. ’ Jax falou.

‘E o quico?’ Ela perguntou.

‘Como assim, o quico?’

‘Quico tenho a ver com isso? Vai-te catar, cão, vá chupar manga! Eu vou dormir, pois amanhã é véspera de Natal e véspera de Natal é o ó do borogodó!’

Então a loira linda foi dormir. No meio da noite ela ouviu alguns baques na porta.

‘Ô cão, pare de bater seu tamborzinho… Deixa esse negócio de índio para uma próxima historinha, ta? Talvez Pocahontas, Iracema, O Guarani…’

Mas não obteve resposta.

‘Ô cão, estou falando com você…’ ela repetiu. Mas novamente, o silêncio foi a resposta. ‘Mas será que esse vira-lata foi pro forró e esqueceu de levar a chave? Eu vou trancar a porta da próxima vez e ele não entra em casa nem soprando… ’

Ela levantou-se de sua cama e foi até a porta quando avistou a figura pálida que se encontrava em sua porta. Tinha cabelos caramelos e ondulados, caídos sobre seu rosto delicado…”

- Essa sou eu? – Esme perguntou.

- Até você, interrompendo minhas historinhas, mãe?

- Ah, só queria saber se eu ia aparecer na história. Nas últimas eu apareci tão pouco… – ela confidenciou. Já sabia quem havia contado: Nessie e seu donzinho mágico…

- Sem problemas, Esme, você vai aparecer…

- Eu também quero, filho. – Carlisle pediu.

- Mais alguma coisa, pessoal? Mais alguém? Anakin, Mario, Volturis, Tan…

- TANYA NÃO! – todas as mulheres do clã Cullen gritaram.

- Você também, Esme? – Carlisle perguntou.

- Melhor prevenir, meu amor… – ela disse, meio sem jeito, com vergonha de falar uma coisa que até eu já sabia: Tanya é uma piriguete.

- Será que eu posso voltar a minha historinha? É sempre tão mais fácil só com Nessie… Vocês me interrompem demais.

“Então a figura de cabelos ondulados e caramelos disse à Rose.

‘Olá, eu vim te trazer um aviso. Essa noite você vai receber a visita de três figuras que irão te mostrar a importância do Natal. Quando terminar, você terá uma nova visão sobre essa data tão linda. Agora me deixe ir, pois minha participação na historinha já acabou. ’ Ela disse, desaparecendo no ar.

‘Era só o que me faltava, visita no meio da madrugada pra me falar da importância do Natal? Porque eles não vêm no domingo pela tarde? Poupariam-me de ver aqueles programinhas chatos que o cão adora assistir, só pra ver as cadelinhas sendo adestradas e…’

‘Olá’ disse uma criatura de cabelos loiros, vestida de jaleco e pele bem branca.

‘Hm… deixe-me adivinhar, você é um fantasma ou algo assim, né?’ ela perguntou.

‘Não! Eu sou o vampiro do Natal passado e vim te lembrar como era a sua vida antes, quando você era apenas uma criaturinha loira em seu antro familiar. ’

De repente, eles foram parar em um tempo em preto e branco. A pequena loira brincava ao redor de sua árvore de natal com sua melhor amiga, que tinha um boneco de cabelos pretos e cacheados e covinhas. ’”

- Emmett, fala sério, você vai mesclar a minha história com a sua história maluca? – Rose perguntou.

- Ah, Ursinha, mas assim é que é legal e a Nessie gosta. Misturar verdade com ficção. – eu disse a ela. Com seu consentimento, eu prossegui.

“As duas estavam brincando ao redor da árvore de Natal quando a pequena Rose teve que ir para casa. No caminho, ela encontrou uma criaturinha cujo nome estou proibido de falar e o que ele fez também, então vou falar que ele empurrou a pequena Rose no chão e lá ficou deitada na neve até que um ‘anjo’ a salvou da morte e a transformou no que ela é hoje.

Logo ela identificou o anjo salvador: era o próprio vampiro do Natal passado.

‘Então, eu estou assim por sua causa?’ ela perguntou.

‘Sim, minha filha, mas não precisa agradecer.’ Ele respondeu, sorrindo.

De repente, uma ira inundou a criatura loira, que voou para cima do vampiro loiro, gritando ‘MISERÁAAAAVEL!’

‘Êpa, calma, sossegue’ outro personagem apareceu acalmando os ânimos de Rose.”

- Esse é o Jazz, não é? Ai, viu só Jazz, é você, meu amor, olha que lindo, você apareceu na historinha do Emmett, não é formidável? Talvez você nem seja apontado como melancólico, pois ultimamente você só faz o papel do personagem emozinho… – Alice disse, mas de repente todos nós sentimos uma enorme vontade de ficarmos calados, sem dizer nada. Apenas levantei meu dedo, agradecendo meu irmão por ter feito sua esposa calar a boca. Apontei para a minha para que ele pudesse me liberar e assim ele o fez.

- Obrigado, man!

“ ‘Quem é você? O vampiro do Natal Presente?’ Rose perguntou.

‘Até que você espertinha, o cachorro me disse que você era mais burra que uma porta. Mas, sim… Estou aqui para te mostrar o presente.’

‘Cara, estou vivendo o presente. Acho que eu estou vendo. Não tem sentido um vampiro do natal presente…’

Levando um baque na cabeça, Rose caiu e levantou alguns instantes depois.

‘Porque você fez isso, seu inseto?’ ela perguntou, mas ele permaneceu calado, contemplando a cena diante deles. Pessoas felizes, alegres, cantando, comendo peru, bebendo vinho, abrindo presentes.

‘Sim, sem dúvida isso é Natal… Mas onde estou?’

‘Exato! Você não está. As pessoas comemoram o Natal, mesmo sem a sua presença. As pessoas continuam felizes mesmo sem a sua presença. Enquanto você está lá em sua montanha, sozinha e sem ninguém, as pessoas estão se divertindo…’

‘Hum… Menino, não é que você tem razão? De que adianta ser amargurada se todo mundo está feliz, Né?’

‘Pois é’ respondeu o vampirinho.

‘Só há um jeito de resolver as coisas. Está claro como água: EU TENHO QUE ROUBAR O NATAL!’

O vampiro olhou incrédulo para a coisinha loira que estava em sua frente.

‘É o quê, mulher?’

‘Ora… Vou roubar o Natal, assim todo mundo poderá se juntar à minha melancolia. Perfeito! Agora vaza que eu preciso achar o cachorro…’ ela disse, subindo a colina e indo em direção à sua casa. Ao chegar lá, abriu a porta e viu que o cachorro estava dormindo. Com um chute ela o acordou e disse ‘Bora, carnicinha, tenho um trabalho pra você. Eu vou roubar o Natal e você vai puxar o treinó. ’

‘Tô fora, louca.’ Ele falou.

‘A gente passa lá na casa da guria. Rapidinho, pois eu não quero ser cúmplice dessa pedofilia.’ Ela disse, vestindo uma roupinha de mamãe Noel e colocando um nariz vermelho no cão.

‘O que sou eu, Rudolf, a rena do Nariz vermelho?’

‘Não, é um palhaço mesmo.Vamos logo.’

Então eles partiram sorrateiramente para Forkenlândia, a fim de roubar o Natal – menos o cão, ele queria ver a pequena Nessy Lou.

Rose pegava tudo o que via e colocava dentro do saco: peru, luzes, pinheiros, …”

- Como é que cabia tudo dentro do saco? – Bella perguntou.

- Era o saco do Papai Noel. – eu respondi.

- Como Rose tinha o saco do Papai Noel? – Alice perguntou.

- Ela roubou. – eu respondi.

- Como foi que ela … – Bella começou a perguntar, mas eu interrompi.

- Mas será? Nessie quem poderia perguntar não está perguntando, vocês, duas burras velhas, não têm vergonha disso não?

- Titio, olha o vocabulário! – Nessie me repreendeu.

- Desculpe, monstrinha. – eu disse.

- Então… Como a Rose roubou o saco do Papai… – ela começou a perguntar.

- Não interessa! Roubou e pronto. Eu vou terminar essa história e não quero interrupções. Ouviram?

- Sim. – todos os presentes falaram.

“Então Rose passou e roubou tudo. Só não percebeu que o cachorro tinha colocado a pequena Nessy Lou dentro do saco, levando a criancinha para casa junto com ela.

‘O que esta coisinha está fazendo aqui? Jax, seu imprestável, eu disse que não vou ser cúmplice dessa pedofilia.’

‘Sossegue, loira. Nessy Lou queria falar com você.’

‘Feliz Natal, Srta. Rose.’ Nessy Lou disse, entregando um embrulho para Rose. Ao abrir, Rose ficou admirada em encontrar uma pequena bonequinha de cabelos cacheados e bronze. Seus olhos brilharam, mas ela não deu o braço a torcer.

‘Eu ainda vou manter o Natal como refém.’ Ela disse.

‘Tudo bem… Mas você poderia ser a Grande Anfitriã do Natal.’ A pequena falou. ‘Se você devolvesse o Natal e fizesse uma grande festa, seria o centro das atenções.’

Os olhos de Rose duplicaram o brilho… Sim, ser o centro das atenções era tudo o que ela queria. Então, naquela noite, houve muitos sorrisos, muita paz para todos…

‘Pera lá… Faltou eu aparecer.’ Disse uma figura máscula, bonita, alta de cabelos cacheados e negros com covinhas no rosto.

‘Você é o vampiro do Natal Futuro?’ Rose perguntou.

‘Bom… Sim.’

‘Não era pra você ter aparecido, tipo assim, no meio da história?’ Edward perguntou, apenas para ele ter uma fala e poder se exibir.

‘É que é Natal em Nárnia também, depois que as quatro crianças chegaram lá, aí eu fui na casa de Sr. Tumnus e…’”

- Emmett, chega de meter Nárnia em todas as suas historinhas. E chega de historinhas por hoje, é hora do amigo secreto e eu quero ganhar meu presente. – Rose disse, acabando de vez com meu conto e chamando a família – e Jacob – para a outra sala.

O amigo secreto foi bem simples:

Alice tirou Bella. Na verdade, eu tinha tirado, mas como ela previu que eu ia tirar, trocou de papelzinho comigo. Bella ganhou um vestido novo e de seda.

Bella tirou Jacob, que ganhou uma nova moto. Jacob tirou Rose, que ganhou uma camisa de força rosa. Não preciso dizer que minha ursinha odiou o presente, mas ganhou um vestido vermelho da Alice, então não ficou tão chateada. Rose tirou Jasper, e deu uma camisa preta do Simple Plan. Ele adorou!

Jasper tirou Carlisle, que ganhou uma maleta nova. A última eu sem querer destruí. Como? Prefiro não comentar! Carlisle me tirou e me deu um Barney igual ao da Nessie, só que maior e mais bonito. Eu amei! Eu tirei Nessie e dei uma boneca réplica da Rose, que anda e fala mais de 3.000 frases. 2.500 são do tipo: ‘Não encoste em mim, cachorro.’ ‘Humana idiota’ e essas coisinhas. Nessie tirou a Esme, que ganhou um quadro feito pela própria: um retrato perfeito de toda a família para pendurar no lugar do quadro dos Volturi.

Esme tirou Alice e deu um Porsche rosa para ela, para que possa variar com o amarelo.

Edward? Não quis brincar. Primeiro, pois seria injusto, ele saberia quem cada um de nós tirou. Segundo, ele queria ter tirado Bella e quando viu a falcatrua de Alice, resolveu que não queria mais brincar.

Todos nós nos despedimos e fomos para os nossos respectivos quartos. Sabia que minha ursinha ainda estava chateada, então resolvi fazer uma surpresa pra ela. Fiz um gorrinho de Papai Noel e entrei no quarto com o presente que eu comprei pra ela: um colar com um pingente de rosa.

Não sei o que deu de errado. Talvez foi a rosa que a fez lembrar de Royce King ou quem sabe o fato de eu ter destruído seu vestido novo para costurar o gorrinho…

- Quer brincar de Papai Noel? – ela perguntou.

Então, estou eu aqui, vestido de Papai Noel, amarrado em uma placa em qualquer lugar do Pólo Norte. Ela disse que eu não apareça em casa até o Ano Novo.

Pelo menos aqui tem ursos… Ursos polares não são tão bons quanto os normais, mas dá pra me alimentar até o Ano Novo. Falando nisso, quando é o Ano Novo?

Elfinhos e Elfinhas (pois são os monstrinhos do Natal), aqui eu me despeço, com muito amor, neve, ho-ho-ho e ainda assim absurdamente lindo e musculoso.

Papai (tio) Emmett!

Ho ho ho!

6 comentários:

Bela Talbot disse...

Um dos melhores Contos de Ninar do tio Emmet!

Ylaínne Silva disse...

Ai, adoro ler essas historinhas do Emmet... Tá na hora de escrever mais... | E a guria aqui embaixo? Bela Talbot? NUNCA SERÃO!! Deixe Supernatural fora disso, meu bem..! x

nadia disse...

D+ muito engraçado adorei

Bebetty_rp disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,muito boa!

Bella_** disse...

kkk Muito legal essa história!

Giulia Gabrielle disse...

KKkkkkk

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