Sol Poente - Capítulo 12: Salvem Os Vampiros!

"Ah, vamos! Faltam apenas quatro minutinhos para o almoço... Anda, reloginho lindo! Não quero fazer o trabalho da semana. Por favor..." - É isso que eu penso, toda sexta-feira, na minha aula de biologia, antes do almoço. Por que o Sr. Molina tem de passar um novo trabalho toda semana? Daqui a algumas décadas vou voltar para essa escola mesmo... Mas parece que implorar para o relógio nunca funciona. Ele sempre passa o trabalho - relógio antipático.

- Turma, acho que vocês estão ficando cansados de pesquisar sobre o que eu mando para vocês, a julgar pelas suas notas. Hoje, não vou pedir para vocês procurarem sobre como isso ou aquilo evoluiu. Podem escrever sobre o que escolherem. Planta, animal, parasita, molécula, vírus, bactéria... Desde que - ele aumentou seu tom de voz - seja um trabalho bem feito, de alto nível.

Então, eu percebi que ele nos desafiara. Era mais fácil quando tínhamos que pensar apenas nos melhores sites de pesquisa.
Muitos já sabiam o que escrever. Tyler, iria escrver sobre os patos - típico -, Sue, sobre a evolução dos seres humanos, e Charles, algo bem difícil... Mas logo, percebi que eu era a única sem um tema definido. A única confusa ainda. Excluída novamente, pela lei da natureza. Excluída por ser da minha espécie.

A ideia surgiu daquela frase - "Excluída por ser da minha espécie". Iria escrever sobre o animal mais parecido conosco. Meus parentes, meus "priminhos": os morcegos-vampiro.

* * *

Chegando em casa, fui logo para o computador. Pouco me importou quem queria utilizá-lo. Meu laptop estava quebrado.

Depois de fazer a pesquisa, me senti bem, simplesmente por fazer algo o qual eu desse o melhor de mim. Por saber mais sobre nós. Coisas simples assim, que fazem bem. Eu imaginava segunda-feira, quando fôssemos nos apresentar:

"Bom dia, sou Rosalie Cullen, número da pauta 19. Apresentarei uma pesquisa que fiz sobre os morcegos-vampiro. Seu nome científico é
Demostus Rotundus, vive em torno de trinta anos. Porém, espera-se que a espécie continue existente apenas até o ano de 2015. Vive principalmente em cavernas úmidas, se alimentando de mamíferos, de médio e grande porte; sua saliva possui uma substância anticoagulante, o que permite que depois de sua "refeição" o sangue não continue escorrendo. Se locomove principalmente voando, pois tem a capacidade de voar.

Ao todo, o morcego tem seis sentidos: visão, olfato, paladar, audição, tato e ecolocalização. Este último, se resume em gritar; as ondas sonoras se encontram com algum objeto, e voltam para eles, assim, podem saber se tem de desviar.

Seus inimigos naturais são gatos, falcões, gambás, cuícas, corujas, sapos, lacraias e parasitas.

Aos dois anos de idade, já estão maduros sexualmente.

Em alguns lugares, o morego é considerado um animal sagrado, como na China, onde se afirma que é um sinal de longetividade e alegria."

* * *

O grande dia chegou. Sue fora brilhante, e com certeza ganhara uma quantidade interessante de pontos. Todos estavam brilhantes, e eu seria a melhor.

Mas... A nossa família é tão isolada... Somos extremamente pálidos e frios. Será que uma pesquisa sobre morcegos-vampiro não iria levantar alguma suspeita? E quais seriam as consequências? A minha família iria sofrer, se as consequências fossem mais sérias... Iriam sofrer por incompetência minha. E se alguém sofresse por incompetência minha, eu iria sofrer também. A angústia e o nervosismo se estenderam até o último instante.

- Srta. Rosalie?

Eu caminhava lentamente, pensando nas possibilidades, qual a repercução que minhas palavras poderiam ter nas vidas das pessoas que eu mais amava?

- Srta. Rosalie, poderia começar a sua apresentação por favor?

Todos me olharam. Poderiam não ter percebido, mas acho que passei um longo tempo pensando. Pensando na melhor opção.

- Sr. Molina, me desculpe. Eu não fiz a pesquisa da semana.

- Moça, você sabe que as consequências serão sérias, certo?

- Sei.

- Sente-se.

Obedeci a sua ordem, sorrindo. Claro que eu teria que estudar para as provas, mas eu não me importava. Estava feliz comigo mesma por ter feito a coisa certa. Estava feliz comigo mesma por ter feito a melhor opção. Feliz por saber mais. Às vezes, precisamos fazer coisas do tipo, por uma causa maior. Essa foi apenas mais uma prova disso. A prova de que eu precisava para provar a Edward que não sou tão ruim. Mas não precisava falar isso com ele, pois eu sabia, e minha consciência também. Eu estava feliz.

Um pequeno sacrifício, por uma grande causa.

2 comentários:

Bella Ads disse...

eu estou gostando muito da sua fic pois vc é criativa esta escrevendo pelo pensamento de rosalie e e a primeira vez que eu leio o ponto de vista dela acredite em vc vc é muito boa
bjos posta logo mais capitulos

Bebetty_rp disse...

concordo plenamente Bella Ads:)

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