Eternamente Jovem - Capítulo 03

O sol primaveril estava quente na minha pele. Balançando lentamente na cadeira na varanda, eu sorriaassistindo Renesmee perseguir uma borboleta no quintal da frente. Olhando meus arredores, um observador normal pensaria que éramos uma familia comum. Apesar de eu parecer um tanto jovem para ter uma filha de 4 anos. Pensando na idade de Renesmee, eu não podia deixar de perceber o quão lento o crescimento dela havia se tornado. Faziam 4 meses desde que os Volturi haviam vindo para destruir o núcleo da minha existência. Desde então, na minha percepção, ela não havia crescido mais do que alguns centímetros de lá até agora. Carlisle andava ocupado realizando mais pesquisas porque Renesmee parou de crescer em seu ritmo acelerado. Nós sabíamos que ela estava desacelerando porque Carlisle insistia em medí-la todos os dias desde que ela havia nascido.

Eu pensei a respeito das palavras de Nahuel, o gracioso meio-vampiro meio-humano que ajudou a salvar a vida da minha filha. Ele havia contado para Aro que ele estava completamente desenvolvido em apenas sete curtos anos após seu nascimento. Eu olhei para Renesmee de novo, rindo para mim mesma por ela ter desviado sua atenção para um esquilo que subiu em uma árvore enquanto ela o perseguia. Ela soltou uma risada alta e aguda enquanto corria ao redor da base da árvore.

“Onde está Claire?”, Renesmee me perguntou vindo para sentar na cadeira de balanço comigo. Nos últimos meses Jacob havia levado Renesmee para La Push para ajudar Quil a manter Claire distraída. Claire agora tinha 4 anos, e então as duas acabaram tornando-se amigas próximas. Apesar de a maneira das duas falarem ser imensamente diferente, quando elas estavam juntas nenhumas delas notava a diferença. Eu sabia que elas seriam amigas por toda a vida, levando em conta com quem elas acabariam casando quando ficassem mais velhas.

“Jacob e Quil chegarão aqui em cerca de uma hora,” eu respondi, inalando o doce aroma da primavera. Os aromas ao meu redor eram novos, pois eu havia me tornado uma vampira no outono. O cheiro da floresta era muito diferente na primavera. A floresta inteira cheirava como uma floricultura gigante, com um forte toque de pinho fresco. Eu podia ouvir vários coraçõezinhos de animais recém-nascidos batendo ao redor da minha pequena cabana.

“Isso é muito tempo.” Resmungou Renesmee, trazendo-me de volta dos meus pensamentos.

“Olá, moças”, entoou Edward caminhando através da abertura entre as árvores.

“Como está Carlisle?”, perguntei, enquanto ele levantava Renesmee da cadeira para poder se sentar. Ele a acomodou em seu peito e começou a nos balançar devagar, e eu apoiei minha cabeça em seu ombro.

“Confuso. Ele quer fazer mais testes.”

“Por quê? O que há de errado?”. Minha voz soava preocupada, mas eu não tinha a força necessária para tentar disfarçar. O rosto de Renesmee espelhava o meu, enquanto esperávamos que ele respondesse.

“Ele acha que ela parou de crescer. Ela não cresce desde antes…”. Ele deixou sua voz morrer, não querendo terminar a sentença.

“Mas, para sempre?”, eu perguntei, sem compreender. “Mas Nahuel atingiu…”

Edward me interrompeu, “Sim, mas Renesmee regrediu para um ritmo de crescimento igual ao de um humano. ” Ele disse as três últimas palavras lentamente.

“Então… ela vai continuar crescendo agora em um ritmo normal?”, perguntei, tentando juntar as peças do que ele estava me dizendo.

“É o que o Carlisle acha.”

“Mas como?”, eu comecei, mas não sabia exatamente o que era que eu queria perguntar.

“Ela é especial.” Disse Edward dando de ombros e beijando o topo da cabeça de Renesmee.

Eu pensei a respeito dessa nova informação por um tempo que pareceu uma eternidade. Será que eu seria realmente capaz de ver minha filha crescer num ritmo normal? Eu amava a idéia de que ela permanecesse pequena por mais tempo, mas isso ao mesmo tempo me preocupava. Nahuel havia dito que suas irmãs cresceram no mesmo ritmo que ele. Eu não via diferença nenhuma em Renesmee. Ambos tinham um pai vampiro, e na época uma mãe humana. Eu fiz uma nota mental de conversar com Carlisle eu mesma. Percebendo que eu estava sozinha na cadeira, eu olhei ao meu redor para ver para onde todos tinham ido. Eu ouvi Edward lá dentro, falando com alguém no telefone.

Quil e Jacob estavam aparecendo e desaparecendo dentre as árvores, brincando de esconde-esconde com Claire e Renesmee. Eu olhei para o sol que começava a se pôr atrás das montanhas e me levantei. “Vocês estão com fome?”, eu disse chamando os quatro.

“Morrendo!”, disseram Quil e Jacob ao mesmo tempo.

Eu virei os olhos para eles. “Típico”.

“Ei, Bella?”. Eu me virei na direção da casa, seguindo a voz de Edward. Ele me passou o telefone, sorrindo. Eu levantei minhas sobrancelhas para ele hesitando. “Seu pai”. Eu relaxei e peguei o telefone de sua mão.

“Oi, pai”. Eu não tinha mais que me preocupar em disfarçar minha voz perto dele. Ele havia lidado muito bem com as minhas mudanças, com sua atitude de “saber apenas o necessário”.

“Oi, Bells… er…você tem um minuto?” Ele perguntou hesitante.

“Sim, claro. Ainda estou mal começando o jantar. ” Eu omiti a parte em que o jantar era apenas para alguns poucos selecionados.

“Eu meio que, hmm… preciso falar com você…pessoalmente. Eu preferiria que não fosse por telefone”. Seu tom era o mesmo de quando ele tentou conversar comigo sobre sexo há mais ou menos um ano. Eu ri por dentro, pensando que era um pouquinho tarde demais para conversas como essa.

“Por que você não vem pra cá então? Eu estou preparando alguns hambúrgueres e hot-dogs, eu faço alguns a mais. Traga a Sue. ” Sugeri.

“Parece ótimo! Nós estamos indo praí já. Oh, e o Seth e a Leah estão com a gente. ” Ele hesitou em dizer o nome de Leah, sabendo que ela e eu nunca havíamos nos dado bem.

“Tudo bem, pai”, eu lhe assegurei, tirando outra embalagem de carne do freezer. “Os vejo em breve”, eu disse antes de desligar o telefone. “Quais são as novidades?”, eu perguntei, virando-me para Edward. Ele apenas deu de ombros, fingindo trancar seus lábios e jogar a chave fora. Eu revirei os olhos. “Bem infantil, Edward”. Ele soltou uma gargalhada antes de sair da cozinha. “Você realmente não vai me contar?”, eu choraminguei, seguindo-o.

Ele continuou a andar em direção à porta de entrada, parando para virar-se e piscar para mim. “Ugh!”, eu me virei de costas para ele, caminhando na direção do fogão com passos pesados, tentando fazer o máximo de barulho que eu conseguisse. Eu ouvi a porta se fechando e os passos de Edward pelo pátio de pedra. “Covarde”, eu disse por cima do meu ombro, alto o suficiente para que ele ouvisse. Eu ouvi uma risada vinda do lado de fora, e sabia que era dele.

Enquanto eu moldava a carne em hamburgueres, eu pensei sobre o que meu pai poderia querer me dizer. Teria Sue contado à ele sobre o segredo da minha família? Saberia ele que Seth e Leah são lobisomens como Jacob? Eu tentei espantar os milhões de pensamentos que estavam correndo pela minha cabeça, mas não consegui. Eu decidi cantarolar a canção de ninar que Edward havia escrito para mim há o que parecia décadas atrás.

“Alguma coisa está cheirando absurdamente bem. ” Eu ouvi a voz de Seth se aproximando. Eu me virei contra o fogão no exato momento em que a porta se fechava detrás dele.

“Ei, Seth,” eu disse enquanto ele beijava minha bochecha. Seth sempre havia sido meu favorito dentre o bando de lobos. Eu sabia que ele também era o de Edward. Seth foi um dos primeiros lobos a realmente respeitar nós vampiros. Eu lhe devia minha vida, que ele havia salvo durante o ataque dos recém-nascidos no último inverno. Eu fiquei feliz quando sua mãe começou a namorar o meu pai. Apesar de sua irmã, Leah nunca ter gostado de nenhum de nós. Mesmo tendo o fato de sua mãe estar saindo com o pai dessa vampira aqui.

“Precisa de ajuda?”, perguntou Seth, inclinando-se por cima do fogão para sentir melhor o cheiro da comida.

“Não, está quase pronto. Você pode chamar os outros?”, perguntei, puxando pratos de papel e os colocando numa pilha em cima da mesa.

“Claro!”, disse ele, já a caminho da saída. “Comida!”, eu o ouvi gritar da porta.

“Finalmente!”. Eu sabia que essa tinha que ter vindo de Jacob.

“Você sempre pode caçar sua própria comida,” eu disse sarcasticamente enquanto ele entrava pela porta da frente com Renesmee pendurada em suas costas. Ele rosnou para mim antes de me mostrar o sorriso Jacob que eu sempre amei.

Eu permaneci na porta, assistindo à fila de pessoas entrando em minha casa. “Ei, pai,” eu sorri enquanto meu pai entrava. Eu o abracei com delicadeza, beijando sua bochecha.

“Como vai você, garota?”, ele perguntou, colocando as mãos em meus ombros. Ele passou os olhos por mim rapidamente, um flash de confusão em seus olhos. “Não mudou nada.”

Eu ri nervosa. “É bom te ver também, pai”. Eu olhei para Sue, atrás dele, e sorri.

“Olá, Bella”. Ela sorriu educadamente, apertando o topo do meu braço antes de caminhar até os outros. Vasculhei a sala, percebendo que Leah não estava ali. Eu inclinei a cabeça para ver lá fora, e certamente era ela sentada na cadeira na varanda olhando para as árvores.

“Não vai entrar?”, eu disse seca, mas tentando soar educada. Eu era agradecida a Leah por ela ter ficado na linha de frente para proteger minha filha, mas eu sabia que ela fez isso estritamente seguindo ordens do seu alpha. Mas eu nunca a perdoaria por ela ter me ferido do jeito que ela fez quando eu estava grávida.

“Eu acho melhor não.” Ela nem tentou ao menos esconder a raiva em sua voz.

“Que seja. ” Suspirei batendo a porta, só um pouco forte demais. As paredes tremeram, e todos se viraram para olhar para mim. Edward refletia a aparência espantada do meu pai. “Desculpe.” Murmurei, indo sentar ao lado de Edward. Eu nem podia me jogar no sofá e me esparramar. Meu novo corpo gracioso não me deixava. Então eu fiz um biquinho e cruzei os braços.

“O que foi?”, murmurou Edward baixo o suficiente para que apenas eu ouvisse. Não querendo falar em voz alta, eu coloquei o braço ao redor dos ombros de Edward com indiferença, descansando minha mão em sua bochecha. Eu derrubei meu escudo facilmente; não era difícil lidar com meu escudo quando fico irritada.

Aquela vira-lata lá fora está acabando com minha paciência. Eu senti Edward tenso quando ele percebeu minha raiva através dos meus pensamentos. Ele colocou sua mão em meu joelho, me tranquilizando. Ele se inclinou no encosto do sofá, segurando-me no lugar com o ombro, seu cotovelo esmagando minhas costelas, o que provavelmente as quebraria se eu fosse humana. Ele olhou para mim pelo canto dos seus olhos, e eu sabia que ele estava esperando que eu saltasse. Mesmo que eu fosse adorar fazer isso, eu olhei ao redor da sala tomando consciência de que nós éramos uma minoria frente aos lobos, e também que meu pai estava ali.

Eu estou bem. Pensei, soltando um suspiro alto enquanto deixava Edward continuar me segurando onde eu estava. Para todos os outros parecia que ele apenas estava descansado a mão na minha perna, então ele sabia que nós não iríamos chamar a atenção de ninguém.

Charlie pigarreou enquanto se levantava, colocando seu prato na cadeira em que ele estava sentado.

7 comentários:

luana disse...

ameuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii mt mt mt mt mt mt
sem palavras

luana disse...

ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
mt mt mt mt mt
sem palavras para descrever o tanto que adorei esse capitulo

Vitoria disse...

tambem ameii

dani_edward disse...

ameiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!! ja é a segunda vez que tou a ler a fic e nao me canso

Gleiziany disse...

To lendo pela segunda vez e amando como sempre...

Taiane Black disse...

E a quarta vez que leiu e sinceramente nao me canso!!!

kety disse...

E a segunda ves que leio e nao me canso!!!
Ainda mais quando e um fic assin maaaaaaaaaaaaaaaravilhoso!!!!!!


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