O Dia das Mães - Capítulo 01

Havia poucos meses, relaxar em minha cama, ao lado de meu marido, era simplesmente impossível. As incertezas que nos rondavam consumiam cada espaço de minha mente: se continuaríamos vivos, se Jake conseguiria levar Renesmee para longe, se Alice e Jasper os encontrariam depois. Mas, naquele momento, eu podia simplesmente pensar apenas em um dia de cada vez. Nenhuma preocupação com o futuro. Eu tinha uma ideia bem clara de como seria a eternidade.

Era o segundo sábado de maio. Aquele dia, em especial, me deixava tanto feliz quanto apreensiva. Não apreensiva de um modo ruim, mas o Dia das Mães chegaria em poucas horas. Meu primeiro Dia das Mães como mãe. Sabia que não seria fácil, principalmente porque já tinha percebido que Edward e Renesmee estavam cheios de segredinhos. Não queria nem pensar nas surpresas que eles estavam preparando. Apesar de Renesmee ser bastante parecida comigo, ela também tinha muitas semelhanças com Edward, não só físicas. E o gosto em me dar presentes, definitivamente, era algo que eles compartilhavam.

Edward percebeu que eu estava perdida em meus pensamentos e me abraçou com força, puxando-me para junto de seu corpo silenciosamente. Provavelmente já soubesse o que me afligia. Me aconcheguei sobre o peito de Edward e permaneci de olhos fechados. Agora era só uma questão de tempo, e isso foi mais rápido do que eu esperava. Quando percebi, as mãos de Edward estavam em meu queixo, puxando meus lábios de encontro aos seus. Um beijo de me fazer buscar por ar. Ele sorriu com a minha surpresa.

- Você está tensa, amor. É seu dia. Não se preocupe com nada. – Edward me tranquilizou. – Sei que o problema é a novidade, mas não há nada a temer, ok? – E me beijou novamente. Edward se ajeitou de modo que não houvesse qualquer espaço entre nossos corpos. Ele sabia o quanto eu gostava de sentir sua pele junto à minha. Uma de suas mãos estava na base de minhas costas, me pressionando de encontro a ele. No mesmo instante entendi o que ele queria. Sorri. Seria apenas como mais uma noite comum para nós dois? Imaginei que tudo começaria com o meu presente... Imaginei errado, é claro. Imaginei tudo errado.

Os primeiros raios de sol iluminavam discretamente nosso quarto. Nós continuávamos deitados, abraçados um ao outro, quando Renesmee acordou. Fiquei em silêncio apenas a ouvindo se movimentar de um lado para o outro em seu quarto - o que não era usual. A primeira coisa que Renesmee fazia de manhã era vir nos desejar um “Bom Dia”, com direito a muitos beijos e abraços. Então Edward a levava para o banho. Renesmee adorava tomar banho, especialmente com o papai, já que logo que nossa filha nasceu, ele decidiu que cuidaria dela pessoalmente até que eu mesma pudesse assumir esta responsabilidade. Leu muitos livros sobre o assunto. Um deles dizia que o contato estreitava vínculos. Ele era desajeitado com Renesmee. Temeroso. Achou melhor criar suas próprias técnicas e durante a primeira noite que ficaram sozinhos, ela estava muito agitada. Ele se lembrou de quando eu era humana. Que o banho sempre me acalmava. E foi o que ele fez. Quando me contou, achei difícil imaginar. Depois pude presenciar. E foi a cena mais linda que vi em minha vida. Edward a despia e a abraçava em seu corpo gélido, entrando embaixo do chuveiro. Começava lavando seus cabelos. Ao mesmo tempo em que passava sabão em seu pequeno corpinho, Edward a massageava. E em seguida, mais uma vez, Edward a levava para debaixo da água quente do chuveiro. Era impressionante como Renesmee gostava daquilo e não me surpreendeu saber que Edward era tão bom em ser pai como era bom em todas as outras coisas que fazia.

Mas naquela manhã, Renesmee não estava interessada no banho. Outra coisa tomava sua atenção. Ameacei me levantar, mas Edward me segurou.

- Bella, não estrague tudo. – seu tom era divertido. – Apenas espere um instante.

- Edward... – tentei argumentar e ele me calou com um beijo rápido. Quase no mesmo instante ouvimos duas batidas na porta. Edward já estava com a mão na maçaneta, abrindo-a. Vi aquele rostinho angelical me procurando com o olhar.

- Posso entrar? – disse Renesmee suavemente. Edward a pegou no colo e deu-lhe um beijo no rosto. Foi aí que vi algo em suas mãos. Tinha o tamanho de uma caixa de sapatos e estava embalado. Era o que Renesmee estava fazendo. Embrulhando meu presente.

- Pronta? – Edward sussurrou em seu ouvido. Ela balançou a cabeça para cima e para baixo, sempre com um sorriso torto e lindo nos lábios. Isso ela puxou do pai. Renesmee praticamente se jogou em minha direção. Eu a recebi nos braços em um apertado abraço.

- Feliz Dia das Mães. – minha filha me cumprimentou ao mesmo tempo em que me dava um carinhoso e molhado beijo na bochecha. Tentei segurá-la junto a mim por mais tempo, mas ela se afastou me entregando o presente.

- Eu escolhi sozinha o seu presente. O papai ajudou só um pouquinho. – ela olhou para Edward, sorrindo, mostrando suas covinhas. – E eu paguei com o meu dinheiro.

- Ah, é mesmo? Hummm... Vou precisar adivinhar? – Edward sentou na cama conosco.

- O papai disse que eu poderia dar uma dica. – olhei para Edward. – É para você se lembrar de mim sempre. - olhei de volta para Renesmee.

- E você acha que não está em cada pensamento que tenho?

- Abre, amor.

Peguei o presente das mãos de Renesmee e a sentei com Edward. Tirei a embalagem que ela tinha colocado há poucos instantes e percebi que havia uma caixa. Tirei a tampa e mais um embrulho surgiu. Contei sete papéis de presente, retirados um a um cuidadosamente. Ainda não tinha chegado ao que quer que Renesmee tivesse comprado para mim. A esta altura, ela e Edward riam descaradamente de minha aparência a cada novo embrulho a ser desfeito.

- Foi ideia do papai. - disse Renesmee entre risadas.

Outra caixa e dois papéis depois, enfim, vi uma pequena caixinha vermelha de veludo. Pude perceber que se tratava de uma joia. Abri cuidadosamente. Em princípio, vi apenas o pingente. Uma menininha. Uma gargantilha com o pingente.

- Toda mãe deve ter a representação dos filhos.

Aquilo me emocionou. Em outros tempos, eu estaria transbordando em lágrimas. Hoje, só o que pude fazer foi abraçar as duas razões de minha existência por um longo tempo. Não havia palavras que demonstrassem o que eu estava sentindo. Edward e Renesmee perceberam isso.

6 comentários:

Lary C Monteiro disse...

finalmente posso comentar. já li muitas fics aqui outras diretamente no foforks ou no nyah, mas as daqui principalmente ones nunca dava pra comenat .
p.s amo o site,

Deise disse...

Renesmee é tão fofa quanto o pai!Bella é muuuuuuuuuuuuuuuito sortuda!...

Bebetty_rp disse...

ai q fofo!a Nesse é linda!

Nickthomas_cullen disse...

Oh, que fofinho.

flavia disse...

eu achei muito bom vou ler todos os dias

Mevis disse...

muito fofo! adorei!

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