- Um Mercedes Benz E-Guard. – foi tudo que Rosalie conseguiu dizer ao ver aquele lindo carro preto estacionado na garagem entre minha Ferrari e o Porsche de Alice. De fato, era impressionante. Até mesmo eu que não compartilhava dessa paixão por carros que minha família tinha fiquei encantada com aquele carro. Imagina Rosalie, e Emmett, e Jasper, e Alice. Edward simplesmente estava cheio de si. Tudo o que o fazia feliz era ver os outros felizes, e neste momento todos eles estavam felizes.
- Por que não experimenta, Rose? – disse Edward.
- Posso ir com você, titia?
Rosalie, enfim, conseguiu sair de seu estado de torpor e moveu-se até Renesmee, em pé, na frente de Edward.
- É claro, meu anjo. Alice? Jasper? Emmett?
Nem foi preciso dizer nada além de seus nomes. Todos já estavam dentro do carro antes mesmo de Rosalie. Nós rimos.
- Rose, traga minha filha antes do anoitecer. – essa foi uma ordem de pai.
Assim que todos partiram para o Test Drive do novo carro de Rosalie, Carlisle nos olhou com curiosidade. Edward sorria porque sabia qual era a pergunta.
- Bella, todas as homenagens foram muito bonitas, mas a verdadeira mãe aqui é você. O que você ganhou de presente?
- Uma gargantilha de Renesmee e uma presilha de Jacob.
Esme me olhou incrédula. – Só isso?
Estranhei a pergunta. – Foi o suficiente. Ao que parece, enfim, Edward resolveu respeitar meus pedidos e não me deu nada. Para seu próprio bem.
Edward soltou uma gargalhada, que me assustou. – Estou enganada?
- Completamente, amor. Não sei se você percebeu, mas ainda restam algumas horas de Dia das Mães, então não se anime. Apenas saiba que eu não estou com pressa, a menos, é claro, que você faça muita questão de ir para casa agora receber seu presente.
Carlisle me incentivou. – Vocês não vão ficar a sós por muito tempo.
Edward me abraçou. – E aí?
- Tenho outra opção? Uma hora teremos de ir para lá.
Esme e Carlisle riram e se afastaram. Edward e eu corremos para nossa cabana. Travei quando ele entrou pela porta. Eu não podia, nem conseguia dar mais nenhum passo adiante e é claro que Edward riu da minha reação.
- Não se preocupe, Bella. Você vai sobreviver.
- Você me fez acreditar que seria como eu sempre quis. E agora está tirando isso de mim, Edward.
- Amor, você só pode estar de brincadeira. Em que mundo eu não lhe daria um presente na primeira oportunidade? Em que mundo eu não te mostraria o quanto é importante para mim?
- No meu mundo imaginário? – Edward riu. Não pude deixar de sorrir em retorno. Edward entrelaçou seus dedos nos meus e me conduziu até nosso quarto. Agora eu estava muito confusa. Será que meu presente estava no nosso quarto e eu não tinha percebido? Pode até ser que sim, mas naquele momento, não era o meu presente que Edward queria me dar. Era amor. E isso eu não hesitava em receber, ou retribuir.
Sabia que desde a noite passada ele estava descontrolado. Ok. Isso acontecia com muita frequência. Durante o dia, nos contínhamos bastante, principalmente por causa de Renesmee e em respeito a Esme e Carlisle. À noite era outra estória. Mas me pareceu que o Dia das Mães, meu primeiro Dia das Mães como mãe, tinha deixado Edward com mais desejo. Ele não perdeu nenhuma oportunidade de me amar sempre que estávamos sozinhos. Sempre com muita volúpia, intensidade, energia. Às vezes eu me surpreendia com Edward. Como naquela tarde. Achei que ele fosse arrancar as roupas que eu vestia, que fosse rasgá-las em mil partes. Não foi assim. Ele me despiu com toda calma do mundo, admirando cada parte do meu corpo que estava descoberta. Primeiro minha blusa. Em seguida minha calça. Estiquei minha mão atrás de minhas costas para abrir meu sutiã e ele me segurou antes que eu o fizesse.
- Não, Bella.
Eu o encarei.
- Eu estou no controle. Tudo no meu tempo.
Eu tinha uma maneira muito peculiar de distinguir nossos momentos mais íntimos. Edward não gostava quando eu falava sobre isso, mas ele sabia que era uma verdade. Havia momentos, como as nossas noites na Ilha de Esme, ou as primeiras noites logo que me tornei vampira, em que fazíamos amor. Havia noites, como a noite passada, por exemplo, ou as várias noites em que “diversificávamos”, em que fazíamos sexo. Ele não gostava desta segunda definição. Para ele, sempre fazíamos amor, não importava a intensidade.
- Quero fazer amor com você, Bella.
Sorri e me deixei levar. Eu sabia que ele não ia se segurar por muito tempo, não hoje, mas quis ver até onde ele ia - eu usaria isso algum momento depois. Ele tirou a própria blusa. Com muita calma, Edward começou a beijar o meu pescoço. Sempre era o primeiro lugar onde ele me beijava. Nunca perguntei a razão, mas desconfiava que era porque agora não havia mais a tentação do meu sangue para ele. Escorregou os lábios para o meu ombro. Suas mãos percorreram toda a pele nas minhas costas. Edward me beijou e foi o único momento que ele parecia estar sedento. O beijo foi intenso. E foi durante este beijo que ele tirou meu sutiã. Senti sua respiração em meus seios. Apenas o observei. Tudo no tempo dele, ele me pedira. Edward se ajoelhou na minha frente e beijou minha barriga. Parou os lábios sobre minha grande, porém discreta, cicatriz do parto de Renesmee. Uma linha mais clara que minha pele e que atravessava minha barriga na horizontal. Ele beijou cada milímetro desta eterna marca. Segurou minha cintura com mãos firmes e fechou os olhos, encostando seu rosto em mim.
Conhecendo meu marido como eu conhecia, sabia do esforço que devia ser para ele controlar-se daquela maneira. Passei os dedos por seus cabelos e ele olhou para mim. Levantou-se sem tirar os olhos dos meus e me beijou novamente, ainda demonstrando estar dominando a situação. Eu passei as mãos por sua barriga e desci até sua calça. Abri o primeiro botão e ele não me impediu. Quando abri o segundo, ouvi um rosnado vindo de sua garganta. Foi o que bastou para romper o seu auto-controle. Já estávamos na cama, Edward deitado sobre meu corpo, me beijando com desejo. Mas, em poucos instantes, Edward voltou a si. Deu um sorriso e simplesmente se conteve.
- Ainda estou no controle, meu amor. – ele sussurrou no meu ouvido, sorrindo orgulhosamente e notei que eu não tinha ideia do que se passava em sua mente. Estava realmente curiosa para saber de onde vinha aquilo tudo. Não podia ser somente pelo Dia das Mães, não mesmo. Ele estava calmo demais comparado ao que fora durante todo o dia. Este pensamento me fez desistir de tentar adivinhar. Passei a apreciar cada momento de cumplicidade absoluta. Algum tempo depois, a curiosidade voltou e resolvi esclarecer as coisas. Fiz uma pausa em nosso beijo e me afastei um pouco. Ele me puxou de volta para seu peito.
- Edward?
Ele apenas me olhou.
- Não que eu não esteja amando isso tudo, mas tem algo a mais, não tem?
Ele abriu o sorriso torto que eu amava. – Não necessariamente. Bom, na verdade, eu tentei. Juro que eu tentei não comprar nada para você. Pensei que esse seria um bom presente. Assim como Renesmee e Jacob decidiram fazer os seus gostos por hoje, eu também faria. Mas não seria eu, não acha?
- Faz sentido. Mas mesmo assim. Não é só por causa do presente, que aliás, nem sei o que é.
- Nada de mais. Só quero que você aproveite seu dia. Sei o quanto você adora ficar assim, juntos – ele me apertou.
- Não posso reclamar desta parte do dia, ou melhor, dessas partes do dia.
- Acabei comprando uma lembrancinha para você. Mais para mim do que para você, mas tecnicamente é o seu presente de Dia das Mães.
- Não estou entendendo nada, Edward.
- Em princípio eu queria te dar algo grandioso, o que, definitivamente, não seria nada fácil. O que você não tem? Decidi que faria você aproveitar. Só isso. Aí passei em frente a uma loja e...
Edward levantou as sobrancelhas, dando um sorriso malicioso, e foi até o armário. Ele praticamente desapareceu lá dentro. Voltou com uma caixa retangular, larga e fina. Parecia uma caixa de camisa.
- Então esse é o nosso presente? – eu brinquei, abrindo a caixa. Arregalei os olhos quando vi o que era. Edward sentiu minha tensão. Ele estava se divertindo às minhas custas?
- Quero ver você usando. – Edward me desafiou.
- Se eu fosse humana, neste momento eu estaria em choque. – Edward jogou a cabeça para trás, gargalhando.
- Mas você não é mais humana, não fica mais ruborizada e, aparentemente, nem em choque. Portanto faça seu marido feliz.
- Ah, Edward... – ele me calou com um beijo.
- Vá se trocar. Vou esperar pela surpresa.
Vencida, segui com a caixa do meu presente para o banheiro do nosso quarto. Perto da porta, me virei para Edward.
- Quer escolher a cor?
- Confio em você.
Edward sorriu meu sorriso preferido. Entrei no banheiro fechando a porta. Imediatamente me olhei no espelho de corpo inteiro. Bufei. Olhei para a caixa em minhas mãos. Vi dois conjuntos de lingerie de renda, com direito a espartilhos. Um preto e outro vermelho. Somente Edward para me colocar em uma situação como aquela. Respirei fundo e vesti o conjunto preto. Ao me olhar no espelho novamente, gemi. Aquilo sim foi uma grande surpresa. Eu estava sensual. Apesar de eu estar casada e ter uma filha, sempre me considerei uma adolescente. Mas não para Edward. E a partir de agora, não mais para mim.
3 comentários:
aewww amei o cap. com erotismo mas sem lemons, eu leio lemons mas cansa, assim é bem mais fofo.
Huuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...quente!
Legal kkkkk
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