Coração Inquieto - Capítulo 14

Esta semana voou com toda a minha família aqui. É sexta-feira, e meu pai queria que nós tivéssemos o fim de semana para conseguir nos estabelecer na nova cidade. Sim, eu estou indo de uma cidade pequena, para uma ilha deserta, e agora uma cidade enorme. Isso deve ser divertido. Eu começo na minha nova escola segunda-feira, e estou um pouco assustada. Eu não coloco os pés numa escola há 3 anos. Quando eu saí da escola, estava no primário. Agora estou começando no meio do ano escolar!

“Acalme esses pensamentos aí.” Meu pai disse quando colocou as mãos sobre minha cabeça e beijou o topo.

“Eu não consigo”. Suspirei, chutei a caixa que eu estava empacotando para o lado e caí no chão. Estávamos apenas levando o que precisávamos, pois tudo o que poderíamos precisar já estava na casa em Boston. Meu pai e eu finalmente convencemos minha mãe a mudar para a grande casa que meu pai estava falando. Ela realmente não teve escolha porque meu pai já tinha comprado.

“Você vai ficar bem. Este é um bom começo para você. Saia e faça alguns amigos humanos. Não amigos que vivem no oceano.”

“Eu tenho amigos humanos. Claire e Alyssa.”

Meu pai balançou a cabeça. “Amigos que são alheios ao nosso mundo.”

Dei de ombros. “Acho que isso seria legal.” Eu gemi.

“Esse é o espírito.” Meu pai bagunçou meu cabelo e saiu do meu quarto.

“Ei, bobinha.” Jacob disse enquanto entrava no meu quarto.

“Ei”, murmurei. Eu ainda estava sentada no chão, fazendo biquinho.

“Fale comigo, linda”. Ele disse, e atirou-se sobre minha cama. Ele rolou de barriga para cima, descansando sua cabeça em suas mãos enquanto olhava para mim.

Eu respirei fundo e cruzei as pernas. “Você tem certeza que não pode ficar comigo por um tempo?”

“Ah, querida,” ele estendeu sua mão e tocou meu rosto, arrastou o polegar em meu lábio inferior, que tremeu. “Você sabe que não quero nada mais do que ficar com você, mas eu tenho que voltar para o bando. Logo você estará voltando para Forks. Boston é a última parada em seu caminho para casa.” Ele parecia estar lutando consigo mesmo para colocar as palavras para fora.

“Eu sei, mas a mamãe vai para a universidade por pelo menos quatro anos e então ela tem que fazer a sua residência.”

Os olhos de Jacob brilharam e ele sorriu o meu sorriso aberto favorito. “Você vai estar com quase 17 anos quando você voltar para Washington.”

“Você diz que eu vou ter quase 17, mas meus pais vão dizer que tenho 13″.

“Não, eles não vão.” Ele riu uma vez, beijou minha testa e deixou cair a sua mão do meu rosto.

“Você não sabe disso.”

“Veremos”. Ele balançou as sobrancelhas e riu.

“O que é que isso quer dizer?” Eu perguntei.

Jacob olhou para a minha porta e de volta para mim. “Só me prometa uma coisa.” Ele disse rapidamente.

“Qualquer coisa.” Eu sabia que parecia muito ansiosa, mas não me importei.

Jacob abriu a boca para falar, mas meu pai correu para o quarto.

“Jacob”, ele rosnou. “Lá fora, agora.”

“O quê? Eu não estava…”

“Agora”. Os olhos de meu pai se cerraram e suas narinas inflaram.

“Tô indo.” Jacob murmurou. Ele não parecia assustado de modo algum.

A nova casa era ainda maior do que eu pensava. Eu realmente tinha um andar inteiro para mim. Assim que você entra na casa, entra em um solarium. Era iluminado e e aberto, flores se alinhando nas paredes. O cômodo cheirava como uma floricultura. Uma vez dentro, o longo corredor levava a uma sala de estar aberta, e uma linda escadaria que conduzia ao segundo andar. À direita da escada era a sala de jantar. Os móveis em toda a casa eram muito elegantes, e você poderia dizer apenas de olhar para eles que eram caros. As portas duplas circulavam na cozinha ampla, e voltavam para a sala de estar.

“Vamos, vamos encontrar o seu quarto!” Alyssa puxou meu braço.

“Último andar! Meu pai nos chamou enquanto corríamos para cima pelas escadas de mármore que estavam cobertas por um tapete de veludo cor de vinho. A grade era uma cor de bronze brilhante. O segundo andar parecia com a sala de estar quando você andava pelo corredor. Dois quartos se alinhavam no lado direito da parede, e uma porta estava bem no final do corredor.

Claire abriu a primeira porta e espiou dentro

“Este deve ser o escritório do meu pai.” Imaginei, quando vi um computador contra a parede oposta. A parede do lado direito da sala estava forrada com estantes de livros. A parede esquerda estava cheia de fotos do dia em que nasci até agora. Um retrato enorme com moldura de meus pais no dia do casamento estava pendurado no meio. Saímos da sala e continuamos com a segunda porta.

“Acho que este é o escritório da sua mãe”. Alyssa adivinhou. Entrei na sala e com certeza uma mesa de madeira estava de fronte a janela com uma cadeira de couro enorme. Caminhei até as estantes que revestiam a parede da esquerda. Estavam cheias de qualquer tipo de livro médico que você poderia imaginar. A sala estava toda decorada com as cores da universidade de Harvard. A parede da direita estava decorada com imagens da vida humana da minha mãe, seus amigos do colegial, fotos dela e do meu pai, então um monte de nós três. Algumas eram dela e de uma mulher que nunca conheci antes. Estiquei a mão e tracei os planos do rosto da mulher, então da minha mãe. Elas se pareciam muito. Movi para uma foto de, penso eu, uma imagem muito jovem da minha mãe, ela não poderia ter mais de três anos, a mesma mulher e vovô Swan. O bebê nos braços da estranha parecia exatamente do jeito que eu era quando tinha esse tamanho. A única diferença era a cor da nossa pele e nossa cor do cabelo. Eu fiz uma anotação mental para perguntar à minha mãe sobre a mulher.

“Vem, vamos ver como é o quarto dos meus pais.” Eu corri para fora da sala enquanto Claire e Alyssa me seguiam. A porta no final do corredor abria-se para um quarto enorme. Portas de vidro abriam-se para uma varanda com vista para o parque do outro lado da rua. A cama enorme deles estava colocada no canto do quarto. Dois closets estavam em ambos os lados da outra porta que levava ao banheiro deles, que era do tamanho do meu antigo quarto. Por que eles precisavam de um banheiro grande assim estava além da minha compreensão. O chão era um azulejo branco pérola que combinava com a banheira que era quase tão grande como uma piscina. Se o quarto deles era assim, eu não podia esperar para ver o meu.

Nós três corremos de volta para as escadas até o terceiro andar. A primeira porta era o meu quarto. Uma enorme cama de dossel estava em frente à porta, um tapete rosa claro cobria o chão. Eu também tinha um banheiro logo fora do meu quarto. Não era nem tão grande como o do meus pais, mas era perfeito. Como meus pais, eu também tinha um closet cheio de roupas novas para a escola. Eu tinha uma janela de sacada com uma almofadas e travesseiros para que eu pudesse sentar e olhar para a rua.

Continuamos pelo corredor até a minha sala de informática. A última sala do corredor tinha todos os jogos de tabuleiro, com uma TV de tela plana e um sofá de couro preto em vez do meu pufe. Meu Xbox estava no chão ligado a uma TV que cobria a parede inteira. Isso me lembrou de um cinema. Exceto que as cadeiras desconfortáveis foram substituídas por um enorme sofá e poltronas reclináveis. Meu pai tinha colocado os alto-falantes na parede, para o sorround system.

Esta casa era uma casa ideal para quem gosta de luxo. Tínhamos uma garagem de dois carros com um Volvo preto novinho para o meu pai, e tio Emmett trouxe a Ferrari da minha mãe. Eu implorei ao meu pai para me levar na escola com ela. Minha mãe estava mais do que disposta a dirigir o Volvo. Ela simplesmente não compreendia a beleza dos carros rápidos.

“Você acha que seremos capazes?” Minha mãe perguntou entusiasmada.

Ela estava conversando com meu avô enquanto eu descia as escadas e entrava na cozinha. Ele estava sentado na mesa pequena, enquanto minha mãe estava empoleirada no balcão com meu pai em pé ao lado dela, apoiando-se em sua perna.

“Acabei de sair do telefone com o hospital e o conselho de escola. Eles estão mais do que felizes em aceitar.”

“Isso é ótimo!”

“O que é ótimo?” Perguntei quando tirava três refrigerantes da geladeira, entregando um tanto a Claire quanto a Alyssa.

“Eu posso ser capaz de conseguir um emprego de professor na universidade, e trabalho no hospital onde sua mãe terá que fazer sua residência”. Meu avô me informou.

Meus olhos se arregalaram e eu cuspi meu refrigerante. “Isso quer dizer…”

“Sim”. Meu pai riu.

“Você vai morar aqui!” Gritei e joguei meus braços ao redor Alyssa. Nós duas pulamos em torno da cozinha.

“Ness”. Meu pai falou com cautela. Eu olhei para ele, meu sorriso desaparecendo à medida que segui o seu olhar para Claire. Ela estava olhando para sua lata de refrigerante, rodeando o topo com seu dedo indicador.

“Você ainda pode vir visitar e, além disso, você quer realmente deixar Quil?” Eu cutuquei seu braço e ela sorriu com a menção do nome dele. Debrucei-me para sussurrar em seu ouvido. “Quil”. Eu sussurrei.

“Pare”. Ela ficou vermelha e me empurrou. “Estou feliz por você, sério.” Ela disse para Alyssa. “Eu tive você pelos últimos três anos, é a vez de Nessie agora”.

“Onde é que vamos morar?” Alyssa perguntou quando subia no colo do meu avô.

Caminhei até ficar na frente do meu pai, e ele passou os braços ao redor dos meus ombros.

“Você e seus pais estão na casa ao lado. Tia Alice, tio Jasper, vovó e eu estamos duas casas além de vocês.” Ele a respondeu. “Já que vamos morar aqui apenas por um punhado de anos, vamos parecer um pouco mais velhos do que costumamos começar.”

“Isso é muito legal! Quando você decidiu isso?”

“Há alguns dias atrás. Eu precisava mudar para um hospital diferente de qualquer maneira. Estava na hora de começar de novo. Além do mais, quero ver em primeira mão como tia Bella se sai na faculdade.”

“Claro, eu amo a pressão extra do meu sogro como meu professor, e então eu fazendo residência no hospital”, minha mãe gemeu, então sorriu. “Mas estou feliz por ter vocês aqui.” Ela acrescentou.

Foi difícil dizer adeus a Claire, mas era hora de eles partirem. Quil me abraçou e desejou tanto a Alyssa quanto a mim boa sorte em nossa nova escola. Alyssa e eu abraçamos Claire ao mesmo tempo. Ela iria falar com sua mãe sobre vir a Boston logo que a escola a liberasse para o verão.

Jacob ajoelhou-se diante de mim, “Boa sorte, linda.” Ele forçou um sorriso. Não era o meu favorito.

Eu passei meus braços firmemente ao redor de seu pescoço. “Eu vou sentir sua falta”.

Ele virou a cabeça para sussurrar em meu ouvido. “Você não faz idéia”. Ele esticou o pescoço e beijou meu pescoço. “Te vejo nas férias de Natal.” Ele prometeu.

Jacob estava voltando com vovô Swan, Sue, Seth e Leah para o Natal.

“Mal posso esperar.” Eu segurei as lágrimas.

O anúncio de seu vôo soou pelo aeroporto. “Eu tenho que ir.” Jacob alcançou por trás dele para soltar meus braços de seu pescoço. Ele pegou meu rosto suavemente em suas mãos e beijou minha testa. “Se cuide, garota.” Ele disse, e virou as costas para mim.

Eu deixei as lágrimas caírem silenciosamente enquanto assistia os três se afastarem. Meu pai descansou a mão em meu ombro, para me confortar, e eu virei, enterrando meu rosto em sua camisa.

“Eles irão voltar.” Ele me tranquilizou.

“Eu sei”. Suspirei.

Ambos os meus pais colocaram seus braços em volta de mim quando saímos do aeroporto. O dia seguinte era o início do próximo capítulo da minha vida.

5 comentários:

Laura Castro' disse...

Nossa, ficou bem bacana ^^

Bruninha disse...

Pense na TV!

Bebetty_rp disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

miriam vilela disse...

A vida da Ness tá tão calma!rsrsrsrsrsrsrsrs
sera q vai continuar assim?

Tori Villarroel disse...

A história dela devia virar filme.. pq nao tentar um diretor, sei lá... nao custa tentar!!! é muito lindo!!

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