Damon Visita... - Capítulo 09: Jasper Visita Houston

A verdade é que eu estava profundamente magoado com os fatos recentes. Permanecer no mesmo quarto, cômodo ou até mesmo na casa onde o amor de minha vida, que estava ignorando o quanto era importante para mim, e o infeliz do Damon estava sendo insuportável.

Eu precisava sair. Ficar ali estava me sufocando.

Eu não queria chamar a atenção, muito menos deixar que todos soubessem o que eu estava prestes a fazer, mas Emmett estava vendo o canal de luta livre na sala, e creio ter visto que eu estava de saída. E mesmo que não tivesse visto, teria ouvido o seu jipe sair cantando pneu da garagem – eu peguei as chaves de cima da mesinha.

Emmett deixava suas coisas espalhadas por aí, e Esme odiava, mas havia lhe dito que não ia ficar catando as suas coisas sempre. Rosalie também não iria arrumar a bagunça dele.

Ok, se Emmett não quisesse que eu saísse com seu carro, agora eu tenho certeza que ele será mais cuidadoso com seus pertences daqui para frente.

Emmett não veio atrás de mim, nem gritou para que eu parasse. Eu era grato a ele por isso, afinal, se ele me visse no estado em que eu me encontrava, ele iria me zoar pelo resto da eternidade.

Ele poderia até, quem sabe, fazer um vídeo do jeito que eu estava – até porque isso não era difícil de acontecer, já que ele fazia vídeos da Bella tropeçando ou caindo.

Edward era quem não gostava dessas que Emmett fazia, e então o obrigava a parar. Mas, quem é que me ajudaria em um momento como esses? Esme e Carlisle seriam as minhas únicas alternativas, mas sentir as suas emoções no momento em que me vissem... Isso só pioraria!

Eu estava fazendo a melhor coisa para mim. De que adiantava ser altruísta quando todos estavam sendo egoístas?

Comecei a correr sem dar-me conta do limite de velocidade pela estrada. Fui andando sem destino. Então me lembrei de algo que poderia fazer com que eu me sentisse melhor. Houston.

Em algumas horas cheguei a minha antiga casa. Ela estava bonita agora. A prefeitura reforçou as estruturas, reformou alguns cômodos e pintou. Agora, ela poderia manter uma família vivendo lá tranquilamente.

Estacionei o carro na frente da casa. Saí e olhei para o local. Mesmo que alguém estivesse por perto, estava nublado, o que significava que eu ainda estava seguro. Nenhum segredo a ser revelado.

Caminhei até a soleira da porta e bati esperando que alguém me atendesse – uma plaquinha no canto da porta afirmava que a casa tinha se transformado em um museu da família Whitlock. A casa era patrimônio histórico, mas isso ainda permitia que alguma pessoa morasse lá para tomar conta dos objetos, e não deixar que os pertences fossem roubados.

Alguns passos lá dentro anunciaram que alguém realmente morava lá. Os pés desajeitados ao bater na madeira também me diziam que pertenciam a um homem.

A porta se abriu, e revelou um homem aparentando ter idade avançada, mesmo que ele aparentasse estar em boa forma física – a fim de conseguir proteger a propriedade.

“Sim, jovem. O que deseja?”

“Boa tarde, senhor. Eu... eu vim fazer uma visita a essa casa. Ela está aberta ao público agora?”

“Hmmm. Me desculpe, rapaz, mas hoje não é dia de visitas, sabe?! É só de semana que ela está aberta!”

“Bem, mas nem para os parentes? Sou um Whitlock também!”

“Bom...” ele disse pensativo, após olhar para trás, para o interior da casa, “se é mesmo da família, então entre!”

Ele deu passagem, e então entrei na casa. Ela continuava a mesma, o que me deixou paralisado. Toda a perfeição dos móveis antigos de quando eu havia morado aqui, ainda estavam do mesmo jeito.

Os desenhos nas paredes pintados a mão, as pinturas, os móveis reformados com o mesmo alto relevo nos desenhos, as estampas dos sofás e dos banquinhos... Tudo parecia novo, mesmo eu sabendo que não eram...

“Gosta do estilo?”

“Sim, me traz boas lembranças...”

“Qual seu nome?”

“Patrick Whitlock. E o seu?”

“Dominck Hansons. Venha, sente-se. Quem algo para beber?”

“Não, obrigado.”

Ele saiu e voltou pouco tempo depois.

“Você é de onde?”

“Eu viajo muito com minha família, mas sou nascido aqui mesmo...” – oops... Espero que ele tenha entendido ‘aqui’ como Houston, não como ‘aqui’ casa... “E o senhor?”

“Eu sou de Houston também.”

“Como veio parar aqui? Nesta casa?”

“Eu trabalhava para o prefeito, mas me aposentei há uns dez anos e saí da cidade. Decidi morar no campo com minha mulher. Aí, uns dias depois eu recebi uma ligação do prefeito me perguntando se eu não gostaria de ficar aqui nesta casa, tomando conta, sabe? Nós moraríamos aqui sem ter que pagar pelas contas, apenas pela alimentação.”

“Então o senhor continua trabalhando!”

“Sim, mas não da mesma forma que antes. Agora eu faço coisas menores, pequenas. Fico apenas cuidando dos objetos da casa. Uma mulher vem nos ajudar com uma limpeza detalhada nos cantos da casa.”

“Mas o senhor ainda continua trabalhando!”

“Sim, continuo!”

“Mas... O senhor não se aposentou para descansar? É o que a maioria das pessoas fazem!”

“Eu sempre gostei de trabalhar, não importa com o quê. Eu trabalho e sou aposentado, recebo duas vezes então!”

“Ahn... Se vale a pena...”

“Sim, vale muito. Ficar aqui nesta casa é maravilhoso, sabe?! Parece que... não sei... traz boas energias, sabe?! Me faz sentir jovem ficar aqui!”

“Ah... E o senhor conhece a história da família daqui?”

“Sim, gostaria de saber também?”

“Ah, não, não se incomode. Já li tudo na placa da estátua na entrada da cidade.”

“É, a maioria das pessoas só vem para cá depois de ver a estátua!”

“Então devem vir muitas pessoas, pois fizeram um grande jardim ali perto, e ela se encontra perto de umas ruas bem movimentadas até...”

“Sim, sim vem sim várias pessoas. A maioria turista, para falar a verdade, mas de vez em quando muitas crianças, ou outros estudantes vem aqui ver a casa e escutar histórias. Você aparenta ser muito jovem para vir atrás dessas antiguidades. O que lhe traz aqui?”

“Bom, eu só vim conhecer a casa. Faz tempo que não venho aqui...”

“Ahn, sim... Quanto tempo já faz?”

“Ah... hmmm... uns...” – cinquenta anos, até mais, respondi mentalmente –, “não sei, vim aqui quando era pequeno ainda. Uns cinco ou seis anos, eu acho.”

“Bem, algumas coisas mudaram daquele tempo, sabe?! As paredes receberam uma nova camada de tintura, pois a primeira reforma tinha sido feita há muito tempo. Há pouco mais de um mês uma senhorita comprou a casa da prefeitura e a reformou novamente. Agora a casa ficou mais segura, sabe... Ficou mais completo esse serviço recente...”

“A casa não é mais da prefeitura? Ou da família Whitlock?”

“Sim, bem, continua sendo como patrimônio, mas ela continua pertencendo a família Whitlock.”

Fiquei curioso com suas palavras. Quem será da minha família havia comprado?

“Quem comprou? O senhor pode me dizer?” Ele ficou incerto se deveria falar ou não, então tentei manipulá-lo levemente. “Sabe, só para agradecer por manter as propriedades da família intacta!”

“Bem, ok.” Ele se levantou e foi até a cozinha. Ao voltar, ele me entregou uma folha de papel – um contrato – para que eu pudesse ver quem tinha comprado. “Leia aí rapaz, estou sem meus óculos...”

Não acreditei quando achei o nome do comprador. Ou melhor, da compradora...

“Tudo bem, rapaz?”

“Sim, está tudo bem. Só me lembrei que eu estou atrasado para o chá da tarde na casa de minha avó. Me desculpe, e muitíssimo obrigado!”

Saí quase que correndo de lá. Ele não ligou para o que houve, então apenas fechou a porta assim que eu saí. Entrei no carro, dei a partida quase que instantaneamente e saí cantando os pneus.

Eu não acreditava no que eu tinha feito. Fui um tolo. Ok, eu queimaria o meu antigo diário. Eu já devia ter queimado antes, para falar a verdade...

“Emmett! Emmett! Onde você está, cara?!”

Ele saiu correndo de seu quarto – estava sem camisa. Ok, eu estraguei algo importante. Que Rosalie não me mate! Ela teria que entender a minha situação!

“Que foi, cara? Que houve? Quem morreu?”

“Calma, ninguém ainda... É só que eu queria saber uma coisa!”

“O que?”

“Bem, quando eu saí você estava lá na sala, né?”

“Sim, até te vi saindo. Eu ia falar pra você ir lá na sala comigo e ver a luta, mas você saiu tão bravo e chateado que nem te chamei...” – Emmett era um cara legal e compreensivo, às vezes... Às vezes... “Pra onde você foi?”

“Desculpe, eu peguei seu carro e nem lhe pedi!”

“Não, está tudo bem, cara... Mas fala, o que aconteceu?”

“É que... bem, eu precisava ir para Houston, sabe...”

“O que tem lá?”

“Ah, eu sou de lá, lembra?! Eu queria passar um tempinho lá...”

“Voltou rápido!”

“É que eu descobri uma coisa, e precisei voltar para cá!”

“Ah...”

“Emmett, vai demorar mais?” Rosalie gritou do quarto.

“Calma, meu anjo. Mais um minutinho só e eu já volto! Porque não prepara a banheira enquanto isso?” – após dizer isso, ouvi o som da água preenchendo o vácuo da banheira. “E então?” ele disse voltando a mim.

“Cara, você podia pelo menos agir como se eu não tivesse interrompido nada, né... É menos nojento, cara!”

“Ah cara, fala sério, vai... Fala logo o que você quer antes que meu anjo destrua a banheira se eu não chegar logo!”

“Está bem, você viu onde está Alice?”

“Ixi... Então, cara...”

“Que foi? Desembucha!”

“A Alice saiu com aquele cara há um tempo já...”

“Com o Damon?” – eu não acreditava que ela tinha feito isso comigo! Não mesmo!

“Sim, com ele. Por quê?”

“Por nada!” – isso foi irônico. Eu estava me mordendo de raiva por dentro.

“Cara, está tudo bem? Você tá muito bravo, cara... Quer conversar mais?” Emmett tentou me ajudar. Ele era um bom amigo, um bom irmão...

“Emmett!!!” – mas Rosalie não era uma boa irmã sempre...

“Calma, meu anjo! Eu já...”

“Pode ir Emmett... Obrigado!”

“Ok.”

Ele se virou e voltou ao quarto, e então ouvi do corredor ainda um forte estrondo e água caindo. “Emmett, por favor, né...” Rosalie se irritou. Provavelmente, ele tinha pulado na banheira, e isso fez com que toda a água molhasse seu cabelo encaracolado de hoje de manhã.

Ok, ok... Agora, o que eu poderia fazer?

Sim, a agenda de Alice. Entrei em seu quarto e o revirei por completo. Todos os seus pertences estavam caídos no chão. Esme ouviu o barulho e foi ver o que estava acontecendo – ela me pegou virando uma gaveta cheia de papéis no chão. Fique sabendo que ela não gostou disso – não do fato de eu estar mexendo nas coisas dela, mas sim por conta da bagunça.

“Jasper, o que está acontecendo? Por que o quarto de Alice está desse jeito?”

“Esme” comecei furioso, mas respirei fundo para me acalmar. Esme não tinha culpa de nada. “Você sabe onde está aquela agenda cheia de telefone de Alice?”

“Sim, está no meu quarto. Ela me emprestou para que eu pudesse ligar para um vendedor de tapetes gregos. Por que precisa tanto da agenda?”

“Eu só gostaria de ter a agenda, por favor...”

Ela olhou e então percebeu que algo estava acontecendo, mas Esme, que é a pessoa mais amorosa e compreensiva que eu já tinha conhecido em toda a minha existência, preferiu não tocar no assunto. Ela me entregou a agenda, e até ia falar algo, mas eu fui mal-educado e saí antes que ela falasse.

Fui para meu quarto e comecei a folhear bruscamente as páginas.

A. B. C. D. Mais para frente. P. Q. R. S. Sim, aqui está. S. Percorri com os olhos os nomes ali da lista, e então encontrei o que eu queria lá no fim: SALVATORE, Damon e Stefan.

Puxei o telefone da base e disquei os números escritos na agenda.

5 comentários:

Alice e cia disse...

nossa!essa historia e muito boa mesmo quero mais!
eu e minhas amigas visitamos o site todos os dias esperando por mais!
por favorrr!
queremos mais 1 cap

Deborah Kamen disse...

Mega fofo!!

Será que o Damon vai atender? ahauahauh

Curiosa!!

Jessica disse...

Estou muuuito Curiosa !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

ketelly disse...

nossa que nervosismo , to louca p saber o q vai acontecer...
posta rapido
bjs

amyleeblack disse...

WHAT?? Cadê o resto? Eu quero mais.

Tô curiosa agora!!

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