Demitido - por Carlisle Cullen

Decidi tentar um emprego em um hospital maior, onde eu ficaria à sombra de algum outro médico mais famoso, que chamasse mais atenção.

Bem, ouvi falar em um tal de House. Ele está contratando novos subordinados... E, bem, creio eu que sou capaz de conseguir a vaga. É só não responder as coisas rápido demais, e dar chance aos demais às vezes...

Saí correndo do hospital para casa avisar meu amor da notícia: eu tentaria a vaga! Estava decidido já!

Cheguei em casa e vi que Alice estava comemorando em um canto, enquanto Jasper apenas a fitava curioso. É, ela já sabia! Ela sempre sabia!

Esme sempre ficava feliz por qualquer coisa que eu fizesse... E ela fez o que eu esperava: aprovou a minha decisão.

Em pouquíssimo tempo, eu já tinha recebido um beijo e um abraço amoroso de Esme, e estava no aeroporto comprando uma passagem para Princeton, Nova Jersey.

* * *

O vôo não era tão longo, mas vários humanos dormiram nele. Deviam estar cansados...

Logo que o avião pousou, peguei minha bagagem, fiz o check out e deixei o aeroporto em um táxi.

“Para onde, senhor?” o taxista me perguntou por sobre os ombros.

“Para... o hospital... Er... Hmmm...” peguei um papelzinho improvisado com o nome do hospital. Muito humano isso. "Princeton-Plainsboro Teaching Hospital."

“Vai visitar alguém, chefe?” ele começou a puxar papo enquanto já estávamos em movimento.

“Não, na verdade vim por me interessar por uma vaga na equipe local.”

“Ixi... O senhor vai querer trabalhar lá?!”

“Sim. Qual o motivo? Fantasmas?” ri internamente com a minha piada. Fantasmas não, mas vampiros sim...

“O médico de lá tem uma moral horrível, ele é muito inescrupuloso... ele é muito desumano, sabe...”

“Ah, sem problemas... Sei me dar bem com pessoas desse tipo.” – Bem até demais...

“Bem, se você diz...”

Sim, eu digo meu caro amigo taxista... E sem dó... Vim para trabalhar com House e é isso o que lutarei para conseguir. Só espero que dê mesmo tudo certo, no final das contas...

* * *

Cheguei ao belo e imponente prédio do hospital escola Princeton-Plainsboro Teaching Hospital. Passei pela porta e fui diretamente à recepção. Uma jovem atendente veio ao meu auxilio.

“Boa tarde, em que posso ajudá-lo, senhor?”

“Boa tarde. Eu me interesso pela vaga com o doutor House.”

“Ah, House, é?!” ela me olhou de cima para baixo. “Ok...” ela pareceu triste. Por quê?! “Qual o seu nome completo?” ela disse pegando uma ficha.

“Carlisle Cullen.”

“Idade.”

Oops...

“Ahh... 30.”

“30?”

“Sim, fiz recentemente e não me lembrava muito bem...” – típica reação humana...

“Cidade natal.”

“Londres, Inglaterra.” – Bem, isso não era mentira...

“Onde trabalhou recentemente?”

“Forks Community Hospital, no Estado de Washington, Norte.”

“Quanto tempo.”

“Um ano.”

“Alguma especialização?”

“Infectologia”

“Currículo, por favor.”

Tirei da minha pasta meu currículo de duas páginas. Ao olhar as referências, ela se assustou, não esperava que eu tivesse trabalhado no New York Presbyterian Hospital e no Georgetown University Hospital, que também era escola.

“Algum... problema?” perguntei incerto se deveria questioná-la mesmo.

“Ah... Não, não...” ela voltou sua atenção para o currículo e terminou de preencher o papel. Ela pegou uma ficha com um grande número “42” e me entregou.

“Esse é seu número de inscrição, e você terá de ficar com ele no pescoço até segundas ordens.”

“Ok.”

“Liz!” ela gritou e uma mocinha veio até nós. “Mais um para a sala com o House!”

“Mais?” elas pareciam desacreditadas por algo. Por quê?! “Coragem, heim... Vê se o senhor conseguir a vaga, nos faça o favor de não ser infectado com o humor e os atos dele, ok?!”

“Ah... Sim. Ok” respondi sem entender o motivo de tudo aquilo, de tanta queixa. Ele não poderia ser tão mal assim, não é?! Eu sabia que ele era um ótimo profissional, e que muitos o prestigiavam, mas... Por que será que todos o odeiam tanto?

Ela começou a andar, então me obriguei a sair de meus devaneios. Comecei a segui-la o quanto antes.

Pelo caminho, ela continuou reclamando.

“Idiota, imbecil... Olha só o tanto de trabalho que me dá... E, nem sequer faz as horas corretas de trabalho... Nem cumpre certo as horas na clínica... Infeliz...”

Era esse todo o motivo das queixas das enfermeiras? Nossa, eu vim procurando alguém que tirasse a atenção de mim, e no fim acabei encontrando algo muito além do que eu pedia... Ele era “a” atenção daqui, seja por coisas boas ou ruins...

Mas, estou com a leve impressão de que é mais por coisas ruins do que boas...

Enfim, passamos por mais alguns médicos que esperavam quase dormindo encostados na parede.

“Por favor, venham todos... Vamos para a sala do doutor...” Todos se levantaram... “Infelizmente vamos para lá... Pobres coitados” ela sussurrou ao ver todos se levantarem e recomeçar a andar... Ninguém ouviu, além de mim...

Chegamos na porta, e a própria enfermeira a abriu para que pudéssemos adentrar. Ela estava vazia, e era como uma sala de aula mesmo. Uma sala de aula da própria faculdade no hospital.

* * *

Sentamos na sala e as luzes foram apagadas. Uma luz refletia na parede, era um retroprojetor que mostrava a foto do ator Buddy Ebsen.

House foi à frente da imagem refletida e começou a girar sua bengala, até que perguntou.

“Quem é esse cara?”

Eu me segurei para não responder, queria ver como ele realmente era antes de agir.

Aparentemente, nenhuma das pessoas presentes na sala sabia responder. Então, House decidiu nos encorajar.

“Vamos, chutem! Eu não vou demiti-los sempre que errarem” era um blefe.

Uma mocinha decidiu falar.

“Neville Chamberlain?”

“Está demitida!” ele respondeu.

Ela não podia acreditar, olhou para os lados como que procurando ajuda, mas não teve remédio, ela se levantou e saiu da sala. Nem eu acreditei, para falar a verdade...

Enquanto ela saía, House ainda zombou da resposta.

“Ele parece estar estragando a Tchecoslováquia em uma ditadura fascista?”

Um senhor da fileira atrás da minha, arriscou falar:

“É Buddy Ebsen, o ator” ele acertou, o que impressionou House. “Ele já morreu. Por que...” House o cortou, provavelmente não esperava que algum dos presentes na sala respondesse sua pergunta tão rapidamente.

“Buddy Edsen seria o Homem de Lata de O Mágico de Oz, até receber o diagnóstico de alergia a pó de alumínio.” Ele começou responder encarando o chão, como se fosse auto-refletivo o que dizia, depois se virou para nós e nos encarou. “Ele teve falência pulmonar e quase morreu. Por quê?”

Outro senhor, da fileira A, acabou respondendo a pergunta de House meio que instantaneamente, como se não pudesse controlar.

“Você não disse que ele era alérgico?”

Creio que até meu filho Emmett era capaz de responder essa!

“Você pode não ter pernas, mas tem ouvidos. Use-os.” Ele era rude, realmente rude, como todos haviam o descrito até agora. Agora eu entendia o motivo de tanta queixa das enfermeiras... “Eu disse que ele recebeu o diagnóstico.” Ele encarou novamente a imagem da foto refletida. “Já que não temos nenhum paciente interessante vamos descobrir o que realmente aconteceu com Ebsen em 1938...”

Depois de uma pausa dramática, nos encarando, House prosseguiu de forma irônica e perturbadora.

“Ele não vai ressuscitar. Em compensação, seus empregos estão em jogo. Então...”

Nesse momento a porta no topo da sala foi aberta e uma voz feminina gritou ultrajada.

“House!”

Todos viraram imediatamente para olhar a moça de vestido preto, cabelos castanhos encaracolados e olhos azuis. Até mesmo House teve que olhar para a furiosa figura ao topo da sala. Ele respirou fundo enquanto ela o encarava.

“Eu quero sete diagnósticos quando eu voltar” ele disse enquanto subia a escada em direção a moça.

Assim que ele chegou a porta, ela sussurrou.

“Esqueceu como se conta até três?” era um tom de deboche... Acho que todos aqui deveriam ser sadicamente irônicos...

“O orçamento não diz que só posso contratar três” ele respondeu cortando a ironia da moça. Ao contrário dela, ele não fazia questão nenhuma de nos esconder o que dizia.

“Na verdade, diz sim!” ela o corrigiu.

“Corto os salários deles em 10%. Em três anos isso vai compensar o pagamento dos 27 que vou dispensar nas próximas semanas” ele decidiu argumentar.

“Há 40 pessoas aí!” ela o corrigiu. Mas, na verdade moça, são 43 pessoas na sala.

Ele pareceu olhar abismado, como se só então desse conta de que havia tantas pessoas na sala, e então disse alto:

“Fileira D, vocês estão demitidos!” eles começaram a se levantar e ele voltou a falar com a moça. “Não contei todos os currículos” ele dava uma desculpa nada convincente.

“Isso é ridículo, não pode gerenciar tanta gente!” ela estava ultrajada. “Vai continuar cortando-os arbitrariamente?”

“Claro. Vou deixá-los na minha sala tagarelando sobre filmes e surfe argentino” ele ironizou. “É um sistema bem melhor.” Foi quando uma moça passou entre os dois para sair. “Um segundo,” ele decidiu conversar com a moça que deixava a sala, “você estava na fileira D?”

“Estava” foi tudo que ela respondeu.

“Segundo minha chefe, estou sendo arbitrário e burro” ele se virou para a sala e berrou para dentro novamente, “não é a fileira D que está demitida, é a C!”

O quê????!

“Obrigada” a moça agradeceu e voltou a seu lugar, bem como os demais que haviam saído.

“Viu isso não foi arbitrário” ele respondeu à chefe. “Eu adoraria papear, mas fui bipado. Interessante, aparentemente, eu mesmo me bipei.”

Ele entrou novamente a sala. Enquanto outros e... eu saímos da sala...

E foi assim que eu perdi minha única chance de trabalhar com House. Sem nem ao menos ter a chance de provar o que sei... Simplesmente pelo fato de estar na fileira C.

Se bem que, eles não me pareciam tão certos...

Caminhei em direção a porta de saída com os demais que se mostravam indignados... Eles nem notaram a conversa das enfermeiras.

“É uma pena eles estarem deixando o hospital tão cedo, eu gostei de alguns deles...”

“Poderíamos dizer à Cuddy que precisamos de um novo médico” a outra respondeu toda entusiasmada.

Deixei o Hospital. Estava um pouco chateado, era verdade! Eu nunca havia sido demitido até então... E era péssima a sensação...

6 comentários:

Maryannehalen disse...

Cara, esse episodio passou essa semana, adoro House!

Karem Scarabeli disse...

Ahhh como assim vc demitiu meu maridinho kkkk
Tadinho dele rsrsrs
Adoguei
Bjs

@rainbow_juh disse...

Adoro a série House, assisto sempre!!
Parabéns a quem escreveu!!

Rita201032 disse...

foi muito hilário o carlisle sendo demitido!
ushushushsuhsusushushushuhs..........

eu amei postem mais como essas mas com a alice!

bjs!

Bebetty_rp disse...

cotadinho do Carlisle!

Jullie disse...

eu amoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo de paixao (nao mais q crepusculo, logico rsrsrs) house eh muitoooo boa essa serie eu acompanho todooos os episodios coitadinho do carlisle hehehe House mau

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