Os vultos negros se aproximaram até ficarem muito próximos a nós. Ativei meu escudo, preocupada e assustada. Eles foram se aproximando mais, até meu escudo receber golpes por todos os lados.
Aro estava sorrindo. Levantou a palma das mãos para cima e abriu os braços, num gesto de boas vindas.
- Ora, ora, ora! – exclamou ele num tom animado. Tão animado quanto perigoso, pensei. – É ótimo ver vocês novamente!
Carlisle tomou o seu lugar à frente e falou com tamanha frieza, que eu podia senti-la, apalpá-la.
- Olá, Aro – disse ele, sério.
Aro fingiu não notar a frieza. Marcus bufou, entediado, e Caius flexionou os músculos.
- Faz muito tempo – continuou Aro. –, que eu vi vocês pela última vez, não acham? Eu acho que nem conhecem nossas novas integrantes!
Ele fez sinal para duas vampiras avançarem à frente. As vampiras que Alice vira.
- Esta é Eleven – disse ele, apontando a da esquerda – E esta é Julia – ele apontou a da direita.
Eu as observei.
A da esquerda, Eleven, era tão baixa quanto Alice ou Jane. Era magra, esquálida e sua pele tinha um tom meio amarelado, misturado ao branco da neve. Seus cabelos eram lisos e lhe emolduravam o rosto, descendo até o ombro. Eram de um tom louro-aguado que confundia em contraste com sua pele amarelada. Seus olhos nos encaravam com hostilidade e antipatia.
Seus olhos – foi o que realmente me chamou a atenção. Eles eram do vermelho mais intenso que eu já vira na vida. Me coloquei em posição de defesa, por precaução, enquanto observava a outra vampira.
Julia tinha, no mínimo, um metro e noventa. Era reta, não tinha curvas. Me lembrei de um poste, e tive de reprimir o riso.
Seu pescoço era um tantinho maior do que o normal, mas quase imperceptível (não aos meus olhos). Seus cabelos eram suaves ondas castanhas cortados à la Chanel, com a franja jogada de lado. Mesmo com esse corte comum e discreto, seu cabelo era brilhante e sedoso. Seus olhos eram tão enevoados, que chegavam a ser laranja. Sua pele era tão branca e frágil, que se parecia com porcelana. Ela não nos encarava com tanta hostilidade quanto Eleven, parecia estar concentrada e pensativa.
- Creio que – começou Carlisle -, assim como quase todos os membros de sua guarda, elas tenham algum... talento.
Aro piscou.
- Mas é claro, meu caro Carlisle! – disse com simpatia. – Eleven tem o dom da caça: consegue atrair a presa, se esconder, matá-la com rapidez e eficácia, sem contar que consegue beber até a última gota de sangue.
Então era por isso que os olhos dela eram tão vermelhos. Eleven arreganhou os dentes, e se colocou em posição de ataque.
- Julia – continuou Aro. – Consegue distrair a presa. Isso é algo muito eficiente na hora de caçar. Mas imagino que não funcione em Bella – E riu.
Nenhum de nós achou graça.
- Ora, vamos – disse Aro. – Estamos aqui para conversar, certo?
Edward, ainda me abraçando, rosnou: Aro estava mentindo.
Aro fechou a cara ao ver Edward analisando seus pensamentos – e mentiras. Sua guarda tomou à frente, a um sinal que eu não vi. Emmett e Edward se postaram um de cada lado de Carlisle, à frente de nós. Vi Rosalie e Alice formarem uma segunda fileira atrás deles, e me juntei a elas. Logo atrás, ficaram Renesmee e Jasper. Formando um semicírculo atrás de nós, vampiros, os lobisomens se prepararam para atacar.
Eu sabia como ia terminar. Senti uma vontade imensa de chorar.
- Bom, se é assim – disse Aro, atrás do círculo de vampiros que o protegia -, teremos de tomar medidas mais drásticas. É inadmissível e perigoso para todos o relacionamento de uma meia vampira com um transformador. Inadmissível, Carlisle!
Carlisle avançou três passos à frente, seguido de Emmett e Edward. Meu escudo se esticou para frente. A cada dia que passava, aquilo ficava mais fácil.
- Você sabe que é admissível, Aro – disse Carlisle. – Abra sua mente, ao invés de ler as outras! Eles nasceram para ficar juntos. Não podemos interferir!
Aro deu uma risada maléfica. Eu nunca o vira daquele jeito. Seus olhos, geralmente tão enevoados, estavam vermelho-vivos, e sua expressão era colérica.
- Os lobisomens são nossos inimigos – disse ele. -, e mesmo assim, vocês se uniram a eles. Agora, esse tipo de união... acabou, Carlisle. Sinto muito, mas se vocês querem uma luta, é isso que terão.
Prendi minha respiração. Tudo que eu via estava coberto por uma névoa vermelha. Eu sabia o que era aquilo; quando temos raiva, medo, amor, ou qualquer sentimento em demasia, tudo fica vermelho e enevoado.
E eu estava raivosa.
Muito.
Rosnei baixinho, e Alice – que estava ao meu lado – olhou para mim.
- Vai ficar tudo bem – murmurou ela, tentando me confortar.
- Você viu isso? – perguntei.
Ela hesitou.
- Hmm... não, Bella, mas... podemos vencer, eu sei que podemos...
Balancei a cabeça.
Renesmee, que estava atrás de mim, me tocou discretamente. Em sua cabeça estava a imagem de todos nós, protegidos por meu escudo. A imagem estava tingida pela interrogação.
- Sim, meu anjo – murmurei para ela. – O escudo está nos protegendo.
Ela percebeu a tensão em minha voz e segurou minha mão.
- Vai ficar tudo bem, não vai? – sussurrou.
Para que assustá-la?
- Vai – murmurei. – Vai ficar tudo bem.
Mas tudo aconteceu em um piscar de olhos.
Jasper avançou para o lado, tentando dar uma proteção melhor à Alice. Seu movimento foi tão rápido que meu escudo não foi tão veloz a ponto de mover-se junto com ele.
E então Alice fitou o nada, com um olhar vago, e gritou. Gritou de dor, gritou num aviso. Eu sentia que era a mesma visão que tivera e esquecera.
- JASPER! NÃO!
Mas era tarde demais; Julia já havia distraído Jasper, milésimos de segundo antes que meu escudo o alcançasse.
Com isso, Eleven avançou para ele, os olhos vermelhos brilhando.
Felix, lá do seu canto, acendeu uma pequena fogueira, enquanto usava toda a sua força, empurrando o fogo com assopros, para Jasper. Foi como mágica; o fogo disparou em labaredas para o peito de Jasper.
Ele caiu no chão, queimando, enquanto Alice gritava, enraivecida e à beira de se matar.
- Não, por favor, não faça isso... – ela gritava, aflita. A mesma fala da sua visão. – Ele... não... Não! Eu quero morrer... Eu preciso morrer... – e então ela completou sua fala com algo que ninguém esperava que ela dissesse. – EU VOU MATAR VOCÊ!
Ela correu para Jasper, mas seus olhos ainda brilhavam enfurecidos e homicidas para Julia, a vampira que distraíra Jasper.
Poderíamos nós impedir que Jasper morresse?
Poderia Alice matar Julia?
6 comentários:
Meu Deus!!
;o
Oh meu deus poste logo mais antes que nós morremos de anciedade
postemm logoooo
Próximo capítulo amanhã! ;)
nossa que trama ,mas esta ótimo só precisa postar o próximo !!!!!!
JESUUS... Vaai Aliceee... Uhuu.. PANCADARIIIA!
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