Conto Para (Não) Dormir - por Rosalie Hale & Jane Volturi


Sinopse: Rosalie coloca Nessie para dormir no dia das bruxas. A sobrinha quer muito ouvir uma história da tia e tem uma chance de ouro em mãos. Mas será que a pobre Nessie está preparada para ouvir o que sua tia tem a dizer?


Nessie estava com seu lindo pijaminha rosa de ursinhos – presente de Emmett – deitada em sua cama. Todas as noites, alguém lia uma história para ela. O grande problema era que já estávamos sem histórias a contar...

- Tia Rose, faltam quantos dias para o Halloween?!

- Hoje é dia vinte e cinco, então faltam seis dias.

- Então você poderia me contar alguma história de terror?!

- Querida, você terá pesadelos com histórias de terror!

- Não vou, não!

- Alguém já lhe contou alguma antes?!

- Bem... Não... – Era o que eu esperava. – Mas você pode ser a primeira, não pode, titia?! – Será que eu poderia contar algo? – Por favor, titia! Eu gostaria muito de que você me contasse uma história, e não que os outros contassem!

Seus profundos olhinhos castanhos me derretiam enquanto eu olhava hipnotizada. Reneesme sempre teve muita influência sobre mim, e ela sabia utilizar isso a seu favor. Menina esperta!

- Bem... Ok! – Ela começou a comemorar dando pulinhos na cama, mas eu tinha de contê-la. – Masss – ela parou e me olhou assustada, – depende da história que você quer ouvir!

- Quero a sua história, a de quando você foi transformada!

Ah, não... Ela teria pesadelos horríveis! E eu ainda seria a responsável. Isso bastaria para que toda a culpa existente no mundo fosse convergente a mim...

- Por favor?!

- Ok. Bem, minha história não é das mais... românticas... – Não ao todo.

- Eu sei, titio Emmett me disse isso uma vez, mas nunca se explicou.

- Bem, ele tinha razão em não lhe explicar. Mas, tudo aconteceu quando eu tinha um namorado maravilhoso, um homem deveras cobiçado pelas senhoritas de Rochester.

- Onde fica isso, titia?!

- Nova York.

- Aquela cidade com a moça segurando um livro e uma tocha?!

- Sim, querida.

- Como aquela mulher chama mesmo?!

- Estátua da Liberdade.

- E você conheceu ela?!

- Não. Mais alguma pergunta?!

- Ah, desculpe titia.

Oh, meu Deus. Como eu poderia recusar um pedido tão inocente de uma fofura como ela?! Ah, ok, ok...

- Ok, querida. Desculpas aceitas.

- Que bom.

- Voltando à minha história, Royce era rico, simpático e gentil. O exemplo de marido que todas queremos...

- Tipo o Jake?!

- Não, querida. Eu falei rico! – Ela fez um biquinho, mas ignorei. – Royce era tudo o que eu tinha pedido a Deus, um homem perfeito. Perfeito, pelo menos, até encontrá-lo em um beco escuro com alguns amigos. Reconheci seus traços, mesmo no escuro, e então fui falar com ele...

A imagem daquelas ruas, tão felizes e iluminadas aos dias e tão escuras e sombrias à noite, me assustaram. Eu ainda podia lembrar tudo, de cada detalhe, como se tivesse acontecido há poucos segundos.

- Então, perto dele, senti o cheiro mais desagradável do mundo. Álcool.

- Pensei que era Jake!

- Bem, também... Mas, naquele momento, entrei em desespero. Ele não estava se controlando, e era outra pessoa. Ele agarrou-me com força, e me jogou contra a parede. Eu não tinha forças... Não importava o quanto eu lutava contra suas fortes e predadoras mãos, lá estava ele inflexível. E seus amigos o ajudaram. Arrancaram-me peça por peça, ficando totalmente desvirtuada à sua frente.

Um filme passava em minha mente. Tudo aconteceu tão lentamente, tão dolorosamente devagar...

- Eu simplesmente não conseguia controlar a situação... Eles mal se controlavam. Como eu poderia dar conta de seis homens totalmente bêbados e fortes?!

- Se o tio Emmett estivesse por perto, ele acabaria com eles! Mesmo sendo humano!

- Bem, disso eu também tenho certeza absoluta!

- E o que aconteceu depois, tia Rose?!

- Bem, enquanto Royce... Ele... Bem... Ele veio em mim, os outros me seguraram. Nunca me senti tão suja em toda a minha vida. E quando ele foi para longe, quando pensei que estava salva, lá vinha outro homem para cima de mim...

Encarei-a. Ela estava assustada demais.

- Chega! A lição que tirei disso é que nem tudo são mil maravilhas para todos, e muitas vezes, a melhor forma de aprendermos é vivendo. Agora, feche os olhinhos e durma bem, meu amorzinho. Esquece tudo o que titia lhe disse. Boa noite!

- Boa noite, tia.

- Ah, Nessie. Por favor, não pense no que lhe contei. Seu pai ficará bravo ao saber que lhe contei o que aconteceu comigo.

- Sim, titia. Tranquilo. Boa noite.

- Boa noite querida.

Saindo de seu quarto, pensei. Nem tudo são mil maravilhas para todos. Literalmente, nem para mim, nem para o falecido Royce King II.

Esta fic é uma das finalistas do Concurso "Doces Ou Travessuras?".

4 comentários:

Maria BS. disse...

Linda, perfeita essa fanfic! Podiam fazer uma contando a vida da Rose!

Bebetty_rp disse...

bem legal essa oneshot!

Anônimo disse...

ficou legal ;)

Anônimo disse...

Adoro a rosalie
ela é liinda

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