Damon Visita... - Capítulo 17: Uma Visita À Itália

[Damon]

Sabe quando bate aquela nostalgia? Aquela vontade de fazer algumas coisas de novo?

Então, vira e mexe dá uma vontade boba na gente de voltar a ver lugares por onde passamos.

Até eu passo por isso, às vezes...

Como minha família é de descendência italiana, de tempos em tempos, dou um pulinho na Itália.

Aliás, que país! Castelos, mansões, carros esportivos e belas garotas...

Digamos que é o Paraíso na Terra!

Sabe, eu deveria mudar de vez para a Itália... Passar mais tempo em lugares que realmente valem a pena...

Mas o que seria de Stefan sem o prazer da minha ilustre companhia?!

Ok, eu sei que ele seria feliz, mas quem disse que eu quero que ele seja feliz?!

Estava, então, a procura de algum ponto turístico no qual eu não tivesse passado por, pelo menos uma dúzia de vezes, nos últimos anos. Me decepcionei... Parecia que eu conhecia cada milímetro da Itália.

Isso não era bom! Eu não queria me cansar da Itália. Não com tanta facilidade assim.

Parei em uma casa de guias turísticos e cartões postais. Comecei a olhar todas as fotos e uma, em especial, me chamou a atenção.

- Hei! – eu chamei o rapaz atrás do balcão. – Onde fica isso?

Ele aprumou os óculos e olhou para a foto.

- Ah! É Volterra... – ele respondeu sem emoção. Talvez ele já tivesse passado por lá tantas vezes como eu passei pelo resto do país.

- Volterra?! – eu me interessei. – Estranho eu nunca ter ouvido falar de lá... Onde fica?

Ele estendeu a mão, como quem cobra por seus serviços – e, diga-se de passagem, não era a ele quem eu queria pagar por algum serviço, se é que vocês me entendem!

- Vê a placa?

Subi o olhar. Havia uma placa com os dizeres “Serviço de guia e informações” e abaixo estavam os valores...

Bufei com aquilo, e tirei dinheiro para pagar o maldito.

Ele contou o dinheiro e decidiu falar.

- Certo, Volterra é a 62km ao leste.

- O que tem de bom lá? – Ele estendeu novamente a mão pedindo por mais dinheiro.

Respirei fundo e paguei.

- Em Volterra há um enorme castelo e uma cidadezinha entre seus muros. São Marcos, o grande caçador de vampiros, morou lá. – Aquilo me arrepiou, mas o cara já deveria ter morrido há séculos!

Ele observou minha reação, deve ter achado estranha, mas prosseguiu.

- Verdade ou não, eles tem algumas festas importantes do calendário italiano até hoje...

- Como qual? – eu já fui pegando logo de uma vez o maldito dinheiro...

- A festa de São Marcos é na semana que vem. Só os nobres ou famosos são convidados para entrar no castelo onde, dizem, que ele morou.

- E o que há dentro deste castelo? – eu ia pagá-lo, mas ele não aceitou, para minha surpresa.

- Não precisa pagar, eu não sei. Como eu disse, só os nobres são convidados a entrar... Nobres, famosos ou quem tem muita sorte.

- Sorte, é? Hmm... acho que vale a pena arriscar. – Afinal de contas, se não terei sorte para entrar, entrarei como um famoso modelo... Eu sou sexy por natureza, baby...

- É, não custa tentar. Se conseguir entrar me conte depois o que tem lá – ele respondeu sorrindo. Ele estava sendo sacana comigo?

- Certo, para que possa extorquir mais turistas?

- Cara, eu vivo disso – ele deu de ombros.

- É, eu sei... – O cara, na virada, estava certo.

Saí da loja. Agora teria que pegar minha Ferrari preta e chegar a Volterra. Espero que o estacionamento deles tenha alguém responsável para tomar conta. E que fique bem claro, manobrista nenhum toca no meu carro...

Liguei meu carrinho e senti-o estremecer. Ele estava pronto para a partida. E estava mesmo, literalmente. Não foi difícil achar um castelo em meio a paisagem plana do leste.

A Itália tinha grandes campos e geralmente ficavam ao redor de castelos antigos e perdidos... Alguém que eu conhecia gostaria do local...

Cheguei na tal Volterra! Bem, eu achava que sim, mas não custava perguntar para se ter certeza, né?

A entrada do castelo era majestosa, e no portão haviam dois carinhas de mantos negros. Parei e desci do carro. Tirei meus óculos de sol e fui para perto dos dois.

- Por acaso aqui é Volterra?

Eles se encararam e depois se viraram para mim...

Seus olhos estavam vermelhos... Eles deveriam estar com conjuntivite. Urhg... que nojo!

* * *

Eu fui pego pelo cangote. Cara, que sensação estranha... Ainda mais pelo fato de ter sido pego por um baixinho!

Que ultrajante!

Deixa eu me recompor que eu vou lhe ensinar muitas lições, seu anãozinho de jardim.

Eu fui jogado num lugar que parecia um calabouço. Corri antes que a porta se fechasse, mas bati numa enorme porta com as mãos.

- Hei, essa é a hospitalidade de vocês?!

Droga. Eu estava perdido.

- Hei!! Eu posso dar um telefonema pelo menos?

Nenhuma resposta...

- Ok, deve ser “não”... – eu disse sozinho. Conversar sozinho era tão chato, eu quase sentia saudades do Stefan nessas horas... Se bem que... Nãaao, eu não sentia muita falta dele não...

Olhei para a janela. Ela tinha barras de ferro. Uma prisão. Algo me veio em mente...

Me transformei em corvo e voei! Não contavam com a minha astúcia, não?!

Até que... Aaaaiii... Fui alvejado!!

Mas que diabos... Quem foi o irresponsável que cometeu essa crueldade contra animais?!

Caí em espiral no pátio, todo machucado... E desta vez, eu já estava em meu sentido humano novamente. Uma garotinha loira me pegou pelo pescoço.

- Interessante você.

- Eu não costumo gostar das tão novas!! – tentei dizer enquanto era esganado.

Ela riu maleficamente e me levou pelo pescoço para dentro... Ela era uma criança má, muito má.

* * *

Lá estava eu, na cela outra vez... Puxei uma gaita do bolso e comecei a tocar. O que eu poderia fazer? Nunca fui de ficar parado... E, cara, doía até meu último fio de cabelo...

Eu ainda teria sorte se Stefan quisesse me encontrar. Ele era tontinho, às vezes... Mais cedo ou mais tarde, ele me procuraria. Mas... quanto tempo ele levaria?

Meu irmão não era adepto de criar penas para me procurar... Bem, ele tinha muita “pena” de mim, mas não saía voando por aí, se é que vocês entenderam bem o trocadilho...

Eu estava tocando blues na gaita. “Train Kept A Rolling”. Eu estava em meio de um solo emocionante quando a porta abriu. Era a loirinha novamente.

- Me acompanhe!

- Não diz “por favor”, não?

Ela entrou me olhando ameaçadoramente. Cara, essa criança me dava arrepios, às vezes... São em horas como essas que eu me sentia feliz por não ser babá...

- Quer brincar, palhaço?

- Não, – ela me soltou e então respirei fundo – eu vou com você. – Amiga, amiga...

Uma nota a ser feita: quero morrer sendo amigo dela. Se bem que “morrer”... Er... Bem, acho que não estou numa situação muito boa. Maldita viagem. Maldito dia. Maldito guia turístico.

* * *

Passamos por corredores e mais corredores. Eles não acabavam mais. Estávamos no subsolo, pois estava úmido e frio... Credo, como essa gentinha daqui consegue viver aqui? Como a menina consegue ficar aqui sem pegar uma pneumonia?

- Hei, se vou pra forca, eu poderia fazer uma ligação antes? Só pra avisar meu irmãozinho que pode ficar com a casa... Aaaaaaii inferno!

A dor surgiu do nada após a menina me olhar. Todas as partes de meu corpo começaram a arder, até meus fios de cabelo. Aquela sensação era pior do que queda livre e dar de encontro com o chão de cara.

Caí no chão e comecei a me contorcer com a dor. Ela era excruciante, era demais para uma pessoa só... Comecei a ficar cego de tanta dor... Cara, doía mesmo...

- Não deveria fazer isso irmãzinha... – uma voz masculina. Um menino? E irmão da menina? Isso aqui era um orfanato? Bem, só se for um orfanato bem diferente...

A dor cessou e eu pude respirar direito. Santo irmão da “seven days” aí atrás...

Havia um rapaz falando com ela, a voz que eu havia ouvido a pouco era mesmo a dele...

- Onde achou a criatura? – hei, olha o respeito cara! Animal eu até aceito, mas criatura?

- Os guardas disseram que ele veio até nós.

- Aro pode gostar dele.

Aro?

- Hei! Eu não sou gay, não!

- Quieto!!

Mais dor... Oh inferno... Por que chegaste tão rápido? Desta vez, a dor acabou rápido. Deus, olha só o que a dor faz com as pessoas... Até faz elas falarem estranho...

Acho que vir para a Itália não tenha sido uma boa ideia...

* * *

Fui carregado pelas duas crianças e jogado no meio de um grande salão com três caras sentados em cadeira de reis, coberto de ouros e viadagens...

Levantei e comecei a tirar o pó da minha roupa.

- Isso aqui custa caro, sabia? – eu me referia a minha jaqueta de couro. – Seu serviço de atendimento não é muito hospitaleiro! – falei para os três.

Um deles me olhava e ria feito um louco.

- E quem seria você?

- Eu? Sou Damon Salvatore. E vocês são quem? Súditos da Rainha fora da Inglaterra?

- Ele é engraçado – ele disse virando-se para os outros dois.

Eu olhei ao redor, o lugar era realmente grande.

Os três se levantaram e começaram a se aproximar.

- Hei! Eu não quero confusão, só vim atrás de uma comemoração que nem me lembro mais do que se tratava... – ah sim, “do caça vampiros” me lembrei... Que estúpido da minha parte.

Encrenca era pouco, eu estava literalmente perdido e tomado por um pânico que eu não deixaria transparecer.

O pessoal daquele castelo tinha olhos vermelhos e roupas negras que cobriam até os pés. A arquitetura era linda, mas o clima sombrio.

Os três “chefões” estavam, agora, a minha frente, e aquela situação não me parecia nada boa.

- Então, Damon Salvatore, quem te criou? – o loiro aguado com cara de psicopata me perguntou.

- Quem? Por que quer saber?

- Responda a pergunta se não quer sofrer! – a loirinha advertiu com um sorriso perverso.

- Vou repetir pela última vez. Quem te criou? – o loiro me questionou novamente, com um sorriso sádico nos lábios.

- Katherine Pierce. – Ok. Pronto. Falei. E daí se ela estivesse encrencada também? Eu não ligo! Eu já a superei...

Eles olharam uns para os outros sem entender.

- Quem é ela? – um dos outros “chefes” perguntou.

Um rapaz, ao lado da loira, deu de ombros.

- Você é de onde?

- Florença, daqui da Itália mesmo... Uma bela cidade, sabe? – todos arregalaram os olhos com a minha resposta.

Ok, agora eu estava gostando da reação de espanto deles. Eu responderia qualquer coisa daqui para frente. Isso surtia um efeito melhor do que sentir dor, pelo menos...

- Bem debaixo do nosso nariz! – outro deles, um de cabelos pretos e longos, esbravejou. – De onde essa tal Katherine Pierce vem?

- Bem, ela era alemã...deve ser parente do Hitler... Um tal de Klaus a transformou, se é que eu me lembro bem – eu comecei a coçar meu queixo de leve para parecer que eu estava tentando lembrar.

- Klaus?

- Sim, o conhece? – me fiz de curioso.

- Não! – ele esbravejou. – Como é que não os conhecemos, Jane?

A loirinha se chamava Jane. Grande coisa. Agora seu sorrisinho sádico foi substituído por uma cara de espanto.

- Eu... eu... – ela não sabia o que dizer. Interessante!

- Quieta! Não invente explicações! Eu quero que vá conferir essa história. E quero a explicação para ontem!

Por um segundo, eu achei que haviam se esquecido de mim...

- Cuidem dele! – o moreno louco gritou. Sabe, às vezes ele me lembrava a Rainha de Copas... – Joguem ele no calabouço! – ops... estava enganado.

Pensei em pedir para considerarem a minha ligação, mas desisti quando fui pego pelo cangote e arrastado até minha cela...

Dia ruim, definitivamente, ruim...

12 comentários:

nanda disse...

legal!!!!!
sera q os cullen vao salvar o damon??????

Alice Volturi disse...

Os capítulos dessa fic agora serão publicados apenas nos domingos, junto com Jovens Corações! ;)

Nina disse...

Amei! Já estava com saudades do Damon! Como será que ele vai escapar de Volterra?

Maria BS. disse...

hahahahahah, ri muito!! que pena que é só no domingo que tem mais :(

Leticia disse...

kkkkkkk, essa é a fic mais engraçada até agora..

Mirian Leto disse...

os cullens vao ter que ir ate volterra...

Thaty_fmelo disse...

uma onda adorei!!

Amanda disse...

essa fic vai até q capitulo ? (eu acho que e 18 se não me engano).
e q horas será publicado o capitulo 18 no domingo ?

M. Alice B. Whitlock disse...

Na verdade não acaba no 18, ela ainda esta sendo escrita.

No castelo ela sairá depois da meia noite de hoje, aqui eu não sei dizer ao certo.

Beijinhos!!

Amanda disse...

obrigado.
a mais uma pergunta você tem alguma idéia em que capitulo a fic vai acabar ?
bejss.

Bebetty_rp disse...

nossa essa fic ta ficando muito loka!

Cindyfreire2010 disse...

Amei o Damon...kkkkkkkk

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