[Maryelle]
Hoje, depois de tantos anos que se passaram estou aqui. Feliz... Minha vida humana foi indiscutivelmente feliz. Como posso ter dois seres tão especiais ao meu lado? Eram como anjos... adorava assistir os vídeos, onde ela me segurava em seus braços e me ninava... quando a chamei de mamãe pela primeira vez... quando o chamei de papai... quando ela me pegava no colo e corria pela casa comigo, fazendo o vento jogar meus cachos dourados contra meu rosto... quando eu sorria... e mostrava minhas covinhas para eles... como poderia tanta semelhança? Meus cabelos loiros, os olhos azuis violeta, e minhas covinhas esculpidas no meu rosto. Eu era parecida com ambos, mesmo eu não sendo gerada pelo amor deles. Mas quem precisa ser gerado e não possuir este amor? Eles me receberam, cuidaram de minha doença e me salvaram.
Meus pais... sim, eles são perfeitos. Independente de nunca podermos envelhecer, é ao lado deles que quero e viverei eternamente. Nunca pude freqüentar uma escola de verdade por conta de minha fragilidade, mas depois que meu avô me transformou, eu posso agora, seguir em diante para qualquer lugar com minha família. Sim, eu estava no quintal, deitada embaixo da árvore que meu pai amava, ao lado dele, olhando para o céu o pouco sol que ali insistia em ficar. Minha mãe, a bela e linda Rosalie Hale Cullen estava na rede que ficava na varanda. Como eu a amava, ela era a pessoa mais importante de minha agora... existência... minha mãe, amiga, a pessoa que eu daria minha vida... Meu pai... o que eu poderia falar daquele eterno grandão? Ele era meu protetor e mesmo nos dias em que todos brincavam comigo e minha mãe tinha medo que minha doença me deixasse frágil, ele invadia meu quarto e brincava comigo, até que dormisse... como se minha mãe não pudesse nos ouvir de onde quer que fosse. Como eu era grata pelo amor deles... Neste dia comecei a sentir uma dor enorme no peito, era difícil resgatar as lembranças através deste memória, mas meu ultimo dia como humana não tinha como esquecer...
Eu comecei a me contorcer, como se alguém apertasse meu coração, como se o tentasse esmagar... era minha hora, eu estava indo... não queria abandoná-los... eu já sabia o que eles eram... minha mãe sempre relutou em me tornar igual a ela, mas a decisão já estava tomada e tia Alice já alertara de que isso aconteceria, ela querendo ou não... meu coração continuou a ser esmagado, com muito esforço eu consegui olhá-los... meu pai corria escada acima comigo nos braços...
“Não... sei... se... agüento... eu ... amo... vocês.... obrigada mamãe e papai” - Foi quando a luz se apagou e o que eu pude sentir foram rasgos em meu corpo por toda a parte. Essa era a dor da morte? Se fosse, que acabasse logo. Foquei a imagem de meus pais em minha mente. Os rasgos continuaram se formando em meu corpo. Aquela dor era terrível. Ao acabarem os rasgos eu ouvi gritos ao meu redor.
“Salve a minha pequena pai... por favor” - Aquela era a voz de minha mãe. Ela deveria estar sofrendo a minha morte. Eu não desejava isso para ela.
“Ela vai ficar bem Rose... fique tranqüila... Lembre-se que a transformação de sua mãe foi pior. Ela tinha todos os ossos quebrados...” - Aquele era o melhor avô do mundo... que descobriu uma forma de permanecer viva ao lado de meus pais e família.
Três longos dias. A queimação durou. Era uma dor inimaginável. Mas eu superei. Ao acordar lá estavam eles, mais lindos do que nunca. Eu por impulso corri ao abraço deles. Eles me receberam de braços abertos. Naquele momento eles riram com minha força. Pelo o que tinha me explicado eu era mais forte que meu pai. Os primeiros meses como uma recém-nascida foram tranqüilos, eles me ensinaram a caçar, a ser uma vampira vegetariana como minha família era. A sensação de poder estar para sempre ao lado de minha mãe e meu pai era mágica. Nesses quinze anos, nunca havíamos nos mudado de Forks, apenas meu avô tinha mudado de emprego. Minha mãe e meu pai deixaram de freqüentar as aulas para cuidar de mim, assim como toda família deixaram suas atividades de lado. Estávamos de mudanças para o Alasca, onde meu pai havia ido me buscar. A minha terra Natal. Iríamos nos instalar próximo aos nossos primos, o clã Denali. Vovô Charlie... sim, eu considerava o avô de Renesmee, meu também... afinal éramos uma única família... veio nos visitar antes de partirmos.
“Oi vovô...” - Renesmee e eu partimos para o abraço duplo nele. Ele pigarreou, o que era típico de vovô Swan.
“Oi meninas... eu vou sentir saudades disso. Eu amo vocês duas... quero que sejam felizes onde quer que forem... nunca se esqueçam de seu velho e sempre venham me visitar com freqüência... tome... um presente para as duas...” - Ele tirou do bolso uma caixinha de veludo, nela tinham dois anéis idênticos. Renesmee e eu nos olhamos. Eles eram lindos. Nessie chorava e eu o encarava em um choro sem lágrimas.
“Obrigada vovô... eu te amo!” - Eu disse e o abracei. Nessie fez o mesmo enquanto ele derramava suas lágrimas.
“Pai...?” - Era minha tia Bella. Eu a amava muito. Ela era uma espécie de madrinha para mim, assim como minha mãe era para Renesmee. Ser definitivamente uma Cullen era um orgulho, pois eu amava aminha família. Tia Bella descia lentamente as escadas, acompanhada de tio Edward, de meus pais, de tia Alice e tio Jasper. Tio Jasper e eu éramos amigos, desde quando era pequena. Ele disse para mim que o tanto de amor que ele tinha pela família, fez com que seu autocontrole se estabelecesse para que não machucasse a nossa família. Eu o amava de verdade. Meus avós vieram em seguida. Como era bom ter uma família grande desse jeito.
“Oi Bells...” - Vovô disse, vendo todos na sala para a despedida. Eu não queria ir embora, mas minha mãe me explicou como as coisas funcionavam. Jake, marido de Renesmee iria conosco. Leah e Seth que eram os lobos mais próximos de nossa família ficariam com Sam Uley para defender La Push. Eu havia ido a La Push uma única vez antes de me transformar. Era lindo o lugar. Leah teve imprint com o irmão de Emily... Derek... E Seth, bem... Seth teve seu imprint com uma menina que visitava La Push. Todos ficariam bem, isso era bom.
“Pai... aqui esta um cartão fidelidade de uma companhia aérea.... não deixe de nos visitar... você e Sue. Poderá ir a hora que quiser... “- Ele assentiu e nós nos despedimos de vovô.
* * *
Todos estavam em seus assentos de primeira classe que vovô Carlisle havia nos comprado. Na frente estavam ele e vovó Esme. Tia Bella e tio Edward estavam atrás deles, seguidos de Nessie e Jacob. Tias Alice e Jasper estavam na poltrona ao meu lado e minha mãe e meu pai na minha frente.
“Pronta para sua nova vida meu amor?” - Minha mãe pegou em minha mão e perguntou. Ela era sempre amável comigo, e eu jamais cansaria de dizer a ela o quanto a amava.
“Sim mamãe... estou pronta. Obrigada por me amar... você é a coisa mais importante de minha existência. Jamais quero sair do lado de vocês...” - Meu pai colocou a cabeça entre nós e fez um bico.
“ E eu onde entro?” - Ele perguntou com seu jeito Emmett de ser. Eu amava aqueles dois mais do que minha própria vida. Ele que me escolheu para ser filha dele com seu anjo.
“Eu te amo senhor Emmett Cullen.” - Ele odiava que o chamasse de Emmett. Eu ri da cara dele e lhe soprei um beijo. Minha mãe continuou a me olhar. - “Ficaremos juntos para sempre, eu prometo. Obrigada por me escolherem para ser a pequena Mary de vocês... sem o amor de vocês eu seria apenas mais um grão de areia esquecido no imenso deserto...” - Meus pais fizeram cara feia para minha frase e me abraçaram.
“Para sempre...” - Eles sussurraram juntos. Foi quando senti uma tensão por parte de minha família, quando uma pessoa entrou em nossa cabine no avião. Ele tinha pele branca, olheiras e era lindo como nós. Seu cheiro era tão familiar quanto qualquer um que estivesse naquela cabine. Minha mãe me juntou ao seu peito, protegendo-me daquele estranho do avião. Meu pai levantou da poltrona e se colocou em nossa frente. Foi quando começamos a sentir repulsa por aquele vampiro que estava em nossa frente.
“Escutem... por favor, eu não quero brigar... me perdoem por fazerem isso a vocês, mas preciso que me ouçam antes. Sou Fred, eu era amigo de Bree... Bree Tanner, aquela que os Volturi mataram na batalha com os recém-criados. Algum tempo depois eu voltei aquela campina, senti o cheiro de fogo, corpos queimados... foi quando preso a um galho eu encontrei uma carta de Bree para mim...” - Meu avô e avó olhavam com curiosidade para ele quando conseguiam. Ele desdobrou o papel e começou a lê-lo.
“Querido Fred
Meu destino está traçado... os caras de mantos negros jamais vão me deixar viver para que te conte isso, mas se um dia voltar aqui, e achar esse pequeno papel saberá de toda a verdade. Riley nos traiu e matou Diego, por culpa dela... Victoria., era seu nome... ela está morta. Os olhos amarelos são bons... Existem outras saídas... sangue animal... não precisamos matar pessoas... Espero que ache essas informações... procure os Cullen um dia... e tente ter uma família ao lado dele... desfrute dessa sensação... eu não terei a mesma sorte... Diga a Carlisle e Esme que amaria ter tido eles como meus pais... Sorte... Bree...”
“Entendam... não me aproximei antes porque estava tentando viver ao modo de vocês... manter o autocontrole não é fácil... e vocês a tinha ainda humana...” - Ele apontou para mim. - “Eu os vigiei durante anos sem fazer o menor contato. Quando percebi que iriam parti, eu decidi ir junto e pedir a vocês que me deixem ir junto... por favor, entendam... eu fugi porque não queria ser um peão para Riley... e espero que me perdoem por isso, mas jamais quis colocar alguém de sua família em risco. “ - A repulsa passou, como se ele estivesse pronto para morrer... ele baixou sua defesa. Todos olharam para meu avô.
“Infelizmente não conseguimos salvar Bree. Esme a queria como filha... Entenda, nunca quisermos mal a vocês, mas precisávamos nos defender porque estávamos sendo atacados... Mas pela cor de seus olhos, vejo que realmente lutou para conseguir... Vamos conversar melhor quando chegarmos em Denali, mas por enquanto, seja bem vindo aos Cullen...” - Todos olhavam para o estranho. A sensação de paz veio imediatamente, tio Jasper piscou e eu sabia que ele estava fazendo aquilo, ele era o melhor. O único assento no avião era ao meu lado. Eu olhei para a frente. Ele sentou-se e acomodou-se na ampla poltrona de primeira classe.
“Tia Alice?” - Era o jeito de perguntarmos se estava tudo bem. Por um minuto ela fechou os olhos e sorriu para mim e piscou. Ufa... tudo daria certo.
Meus pais olharam para minha tia... eles também estavam aliviados. Fred ficava alisando o pequeno pedaço de papel, até que então suspirou e puxou conversa comigo.
“Vaguei por algum tempo, perdido entre os humanos e nosso mundo. Depois que Bree partiu para a batalha, eu voltei para ver o que aconteceu e encontrei apenas destruição. Quando criei coragem para encontrar sua família... “ - Eu conhecia a história daquela batalha, onde queriam acabar com Tia Bella e minha família. - “... eles tinha sua prima e você pequena... então não poderia entrar em contato com vocês... pensando no modo animal de sobreviver eu treinei, me controlei e consegui... vivo apenas de sangue animal como você pode ver meus olhos dourados... Eu vi sua mãe e sua devoção com você... vi você doente em seu colo, frágil... mas ao mesmo tempo linda... se me permite...” - Ouvi meu pai rosnar, Fred riu. - “... seu pai é bravo.” - Não pude deixar de rir. - “Nunca vi mães mais dedicadas do que a dessa família...vocês são pessoas de sorte... espero que me aceitem. Eu sempre quis conversar com você... Aliás, meu nome é Fred... de Seatlle.” - Ele estendeu a mão para mim, e eu lentamente a apertei.
“Sou Maryelle Hale Cullen... muito prazer... seja bem vindo a nossa família.” - Todos viraram e olharam para mim. Por algum motivo eu não queria que aquele estranho saísse de perto de mim. Ele me conhecia desde pequena e eu não... Havia muito que conversarmos. - “Aliás você não tem um nome melhor do que Fred... esse não lhe cai bem...” - Ele sorriu mais ainda, percebi Tia Alice sorrindo e tio Edward também, e no mesmo momento eles passaram um bilhete para meus pais, mas eu não queria saber o que estava escrito naquele papel, queria pensar apenas no meu futuro, futuro esse agora que incluiria aquele estranho.
“Meu nome é Ryan... Fred é por causa de meu dom de repulsa... ninguém me chama assim desde antes de me transformar...” - Ele abaixou a cabeça e sorriu.
“Pois bem Ryan... me conte tudo o que observou a nosso respeito. Sinto que aqui iniciaremos uma ótima amizade... novo senhor Cullen!” - Todos rimos de minha piada. Esse era o inicio de meu novo final feliz... ao lado de minha família e de Ryan... passado Fred... novo Ryan Cullen.
8 comentários:
rsrs Muito bom, estou amando esse fic.
adoreii
deveras perfeita
Rosalie emmett queria saber o que esva escrito no maldito bilhete
lindooo
Quando serão postados os outros capítulos???
que ponte de ? é esse "MALDITO BILHETE"
Como deu para perceber não diz na fic, o que diz no bilhete... Mas acho que é a coisa mais obvia do mundo se me permite dizer... Quem deu o bilhete? (Alice e Edward, o par de psiquicos). Como se estavam a dar a Mary e o Fred?? (bem, melhor que bem até).
Como já deves ter calculado, no bilhete estava escrito algo do género:
"A Alice viu a Mary e o Fred como um casal".
Beijocas,
NessCullen
que começo feliz lindo !!!
Linda a história a Rose e o Em são um lindo casal!!! E eu já imagino o que devia estar escrito naquele bilhete devia ser algo como: "A Mery e o Fred serão um casal no futuro" . Eu realmente amei a fic ! *--* s2 s2 s2
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