“Obrigada.” Murmurei em meu travesseiro.
“Então você está falando comigo agora?”
Fechei minha boca com força, me lembrando que supostamente eu deveria estar brava com ele. Eu queria me afastar para longe dele, mas sua massagem se sentia boa demais para recusar.
“Ness, não tem nada a ser dito sobre tudo isso.”
Virei-me para olhar para ele. Suas mãos se deslizaram em meus quadris quando me movi. “Você sabe o quanto odeio quando você esconde algo de mim.”
“Não,” balancei minha cabeça, minha mão esquerda movendo pelo machucado em meu estômago. “Entendo o que você quer dizer. Não gosto disso, mas para o bebê… Eu vou parar de me preocupar.” Eu estava fazendo principalmente pelo bebê, mas ao mesmo tempo eu não queria sentir aquele tipo de dor novamente.
“O que aconteceu no carro?” Ele perguntou, e vi sua mão se mover no meu lado esquerdo.
Eu ri. “Como se você não tivesse perguntado minha mãe no momento que ela saiu do meu quarto.”
Ele deu de ombros. “Não queria que você pensasse que eu estava me preocupando demais com você.”
“Quando você não está preocupado comigo?”
Ele riu e revirou seus olhos. “Posso ver?” Ele perguntou, gesticulando para minha lateral.
Assenti e ele levantou minha blusa.
Vi o olhar de pânico em seu rosto e fui rápida em lhe dar segurança. “Estou bem. Nem dói mais. O bebê está calmo. Acho que ele ou ela está dormindo.”
“Você precisa de alguma coisa? Tem certeza que não está com nenhuma dor? Nenhuma mesmo?”
Levantei ambas minhas mãos até seu rosto e o puxei em minha direção, beijando seus lábios. “Nunca estive melhor. Eu já tive machucados piores do que esse pequenininho.”
Ouvi o rosnado em seu peito e empurrei meu corpo para mais perto dele. “Desculpe,” eu sussurrei. Eu não tinha a intenção de trazer velhas memórias.
Ele não falou nada, seus braços envolvidos apertados ao meu redor, segurando eu e nosso filho não-nascido seguramente em seus braços.
Uma vez que meus pais ouviram que eu estava acordada, eu acabei lá no primeiro andar, jogada no sofa. Com o bebê churtando forte e o machucado em meu estômago, eu tinha que ficar de repouso pelo resto da noite. Masnão me importei. Ser servida e paparicada não era algo com o qual eu iria reclamar.
“Volto em breve.” Meu pai disse enquanto saia da cozinha e me entregava meu copo.
Ele a segurou apertado por algums segundos antes de soltá-la e se inclinar para beijar o topo de minha cabeça.
“Onde você está indo?” Perguntei para ele.
Ele olhou para mim e sorriu. “Apenas relaxe.”
“Apenas relaxe.” Imitei suas palavras, e revirei meus olhos.
Ele riu para mim e se virou para pegar o celular que minha mãe tinha jogado para ele.
“Por que ele precisa disso?” Perguntei enquanto ele saia pela porta.
“Por que qualquer um precisaria de um telefone com eles?” Ela mexeu suas sombrancelhas e entrou na cozinha. “Você quer algo para comer?”
Balancei meu copo no ar. “Não, estou bem com isso aqui agora.”
“Jacob?”
“Eu te ajudo.” Ele disse, tirando minhas pernas de seu colo e se apressando atrás de minha mãe.
Forcei meus ouvidos em escutar os sussurros rápidos acontecendo entre eles, mas eles estavam falando baixo demais. Eu podia apenas distinguir o som de sibilo de seus S.