[Leah Clearwater]
Alice era definitivamente maluca. Sem sombras de dúvidas, era por isso que a colocaram no hospício, não por suas visões. Ela estava me esperando na entrada de La Push, por mais que nosso tratado estivesse mais forte do que nunca, tínhamos uma tribo para ser protegida e não poderíamos simplesmente dar as costas aos outros da espécie deles. Eu havia aprendido que os Cullens eram diferentes. Eram apenas 10 da manhã, quando avistei o lindo Porshe amarelo canário que estava parado na estrada que dava acesso á reserva. Ela abaixou o vidro assim que me avistou. Do outro lado, no banco do passageiro estava o marido dela, Jasper. Seria difícil andar em um carro com o cheiro deles, o que me fez pensar no quanto uma impressão era poderosa, que anulava até o cheiro de nossos antigos inimigos. Pensar em João me fazia sorrir. Ao entrar no carro, percebi um lobo no meio da mata. Um lobo enorme e preto. Era Sam. O que ele fazia ali? Simplesmente acenei e entrei no carro. Alice sorriu.
“Bom dia Leah! Pronta para compras? Temos dois cartões para gastar!” - Ela mostrou o cartão dourado. Eu bufei, saberia que aquele seria um longo dia, mas Esme havia me oferecido esse presente. Não tinha como recusar, e com certeza Alice faria uma simples nota de um dólar, render dinheiro suficiente para que ela pagasse a conta daquele cartão. Isso me fez sentir um pouco melhor.
“Bom dia Alice! Seattle é o nosso destino. Vamos, antes que eu me arrependa e queira ficar com minhas roupas velhas mesmo!” - Ela fez bico e Jasper riu. Nunca havia visto ele sorrir daquele jeito. Parece que os ares estavam mesmo mudando por aqui.
“Bem eu desenhei alguns modelos de roupas para você... Olhe aqui...” - Eu estava sentada no bando de trás do carro, as janelas abertas já que tudo estava nublado. Ela me passou uma prancheta com vários desenhos de roupas... vestidos, shorts, blusinhas. Todos muito elegantes. Ao folhear os desenhos, avistei o rascunho de um anel. O desenho era perfeito. Eu abri minha boca em O enorme. Ela percebeu e arrancou a prancheta de mim. - “Era só para você ver as roupas. Deixa de ser enxerida Leah...” - Percebi que ela piscou para Jasper. Aquilo me deixou de bico o caminho todo.
Estacionamos o Porshe. Estávamos no Shopping Center Westlake Center. Eu nunca havia estado naquele lugar. Ele era lindo.
“Vamos? Temos muitas lojas para você ver e muitas roupas para você comprar e experimentar!” - Ela me pegou pelo braço, seu toque frio não me incomodou. Estava me acostumando com a temperatura da pele de meu João. Começamos a entrar nas lojas. Eu experimentava os vestidos, blusas, calças e tudo o que ela colocava em mim. A vendedora da primeira loja deve ter ganhado uma boa comissão, gastamos mais de 3.000,00 dólares na loja. Saímos de lá com 20 sacolas de roupas.
Ao entrar na segunda loja que era de calçados, eu bufei. Odiava sapatos, principalmente de salto alto. Adorava sandálias e sapatilhas.
“Aqui Leah... experimente esses.” - Alice havia colocado mais de 30 caixas em minha frente. Na hora que abri, eram sandálias baixas, sapatilhas delicadas. Escolhi as sapatilhas e fomos para o salão de beleza. Lá, Alice me colocou no melhor salão de beleza de Seattle.
“Aqui lindinha. Você vai ficar mais linda do que já é...” - Ela disse e eu sorri para ela. Mesmo sendo maluca, eu estava feliz por tudo o que ela estava fazendo por mim. Jasper carregou todas as sacolas sem abrir a boca para nada, quieto o tempo todo.
“Obrigada Alice... e Jasper. Obrigada por me devolverem a vida!’ - Eu disse e ambos se olharam.
“Sempre quisemos seu bem... você sabe disso.” - Alice sorriu e piscou para mim, Ela tinha razão, eles sempre foram bons comigo. - “Agora, Lucy, a melhor cabeleleira dessa cidade cuidará de você. Nossa, já está na hora do almoço!!! Vou sair para comprar alguma coisa para comer... O que você quer?” - Nossa eu estava realmente com fome.
“Salada com filé de frango, por favor?” - Eu respondi. Ela se virou e saiu para comprar o meu almoço.
“Agora relaxe querida... sairá daqui deslumbrante.” - Lucy, a cabeleleira me garantiu. Eu fiz o que ela mandou... relaxei e senti suas mãos em meus cabelos, bem como o restante das profissionais que estavam cuidando de minha beleza. Fechei os olhos e concentrei meus pensamentos em João Pedro Cullen, meu amor para a eternidade.
* * *
Já era quase final da tarde, depois de muita massagem, unhas e cabelo feito, eu estava realmente deslumbrante. Esse tempo, depois que me transformei, eu não havia mais cuidado de mim mesma. Mas Alice, sabe realmente o que agrada uma mulher... e agora tenho João Pedro, tenho que viver por ele e para ele. Ao pensar nele, meu celular tocou. Era uma mensagem dele.
- Inspiração de minha existência, onde está? Estou com saudades... - Ele enviou e me chamou de razão de minha existência. Eu estava feliz demais. Respondi rapidamente sua mensagem.
- Estarei ai à noite... estou com saudades também... te amo! - Terminei de responder e Alice já estava na porta do salão me esperando, pronta para ir embora, ela que havia me esperado a tarde toda. Ela me olhou de cima a baixo. Seus olhos castanhos dourados brilharam de tanta alegria. Eu abaixei a cabeça envergonhada.
“Você está deslumbrante. Pronta para irmos embora?” - Fiz que sim com a cabeça e a conversa na volta para casa foi animada demais com Alice me dizendo que roupa deveria usar essa noite, pois ela sentia que seria especial. Eu agradeci Alice e Jasper e fui para minha casa tomar banho e me arrumar, quando dou de cara com Sam na porta de minha casa.
“Lee-Lee por quê?’ - Eu olhei abismada para Sam. Como ele tinha coragem de usar meu apelido agora? Depois de tanto tempo?
“O que você quer Sam?” - Eu fui grossa com ele. Ele não era mais meu alfa, portanto não lhe devia respeito. Joguei as dezenas de sacolas no chão e o encarei.
“Por que com um sanguessuga? Entenda, você nunca será feliz ao lado desse cara. Ele não te merece... Eu quero matar...” - Ele não iria terminar aquela frase.
“Cale-se agora Sam Uley!” - Eu gritei. - “Foi por sua causa que eu fiquei amarga, por sua causa eu deixei de acreditar em amor e agora você quer estragar a minha impressão? É isso que eu entendi Sam? Porque se foi, eu estragarei o seu com minha prima Emily. Independente do que aconteceu, eu estou feliz e portanto não me atrapalhe. João me completa e seremos felizes. Entenda, não quero guardar magoas de você, até porque essa impressão quebrou o laço que ainda me unia a você. Agora se me der licença, estou indo me arrumar para encontrar meu namorado. E se você encostar um dedo nele, saiba que o verdadeiro Alfa dessa tribo o colocará no seu devido lugar. Com licença.”
“Seja feliz Leah. Só queria ter certeza que sabe o que está fazendo...” - Eu assenti e dei as costas para ele, deixando para traz todo o sofrimento por ele causado, arrancando todo e qualquer vestígio que ainda poderia existir de amor por aquele que jurou me amar um dia. Mas eu não guardaria magoa dele. Nem de Emily, pois agora todos seriamos felizes. Peguei as sacolas e entrei em casa. Seth estava deitado no sofá e minha mãe estava na casa de Charlie.
“Ei Seth.” - Eu disse e ele soltou um assovio para mim.
“Está linda Leah, com todo respeito.” - Eu sorri para ele e agradeci, indo em direção ao meu quarto. Coloquei as sacolas no chão e tomei banho. Depois que sai, coloquei o vestido vermelho que Alice tinha solicitado para eu colocar. Calcei pequenas sandálias pretas e fiz uma leve maquiagem, assim como Lucy havia me ensinado. Realmente eu estava deslumbrante.
Já se passavam das oito da noite. Meu celular tocou.
“Oi amor...” - Era João Pedro. - “Sim, já estou indo. Chego em dez minutos. Te amo!” - Peguei as chaves de um carro que Alice havia alugado para nossa família. Ela havia dito que era um pequeno agradecimento pela defesa no passado com os Volturis e por agora trazer alegria para Esme. Era um pequeno Celta prata, em minha opinião, bem melhor que o carro de Alice. Entrei no carro, eles haviam entregado ontem em casa. Fui checar o documento e o carro estava em meu nome com um bilhete.
“Um presente dos Cullen para você... Seja bem vinda à família.
Carlisle e Esme”
Como eu poderia aceitar um carro de presente. Eu faria algo para pagar pelo menos o carro. Depois conversaria com Esme. Coloquei minha pequena bolsa com os documentos no banco do carona e dirigi para a mansão dos Cullens. Estacionei em frente à grande casa e subi as escadas. Eu estava nervosa? Parecia que acabara de conhecer essa casa. Toquei a campainha e João rapidamente abriu a porta. Ele me olhou, abriu um grande O em sua boca e segurou minha mão. Ele a beijou e fez um gesto para que eu entrasse na casa.
Ao entrarmos na sala de estar, ele me conduziu ao sofá branco. Nos sentamos. Percebi que a casa estava vazia. E a mesa de jantar preparada para nosso momento.
“Esme e Alice...” - Falamos juntos e rimos da situação.
“Se me permite, gostaria de dizer que está mais linda do que nunca. “ - Ele lentamente beijou meus lábios. Frio no Quente. Gelo no Fogo. Minha pele se arrepiou com o beijo amoroso que estava recebendo. Eu estava realmente com minha alma gêmea. Assim que o beijo acabou, eu respondi.
“Obrigada, você está deslumbrante também. Como se isso não fosse possível.” - Ele sorriu. De repente sua expressão mudou. Ele soltou minha mão e se ajoelhou em minha frente. Levou a mão no bolso. Tirou uma caixinha de veludo e a apoiou nas mãos.
“Sei que pode ser loucura, insanidade, piração... mas não consigo mais viver sem você. Eu sei que essa nossa história é loucura, mas não quero que saia de perto de mim nunca mais. Daqui um tempo, teremos que nos mudar. Somos jovens, porém nunca envelheceremos. Leah, você é tão importante para mim como minha família, isso se não for mais. Eu encontrei a felicidade aqui, e gostaria de te fazer um pedido... “ - Eu não acreditava que estaria passando por isso, eu que não acreditava em mais nada.
“Leah Clearwater, eu amo você... por favor, case-se comigo e torne minha existência completa.” - Eu olhei para ele e meu coração acelerou as batidas. Ele sorriu para mim, pois já sabia a resposta.
“ É claro que aceito... é tudo o que eu sempre quis... ser feliz ao lado de quem me ame de verdade. Eu te amo João.” - Ele colocou o anel em minha mão esquerda. Eu não resisti e comecei a chorar de felicidade. Ele beijou o anel e me abraçou, marcando assim aquele momento que jamais esqueceria na minha vida. A felicidade desta noite estava apenas começando.
5 comentários:
Acho que Sam não esta aceitando tão facilmente não ele ta com ciúmes e principalmente por se um sanguessuga seu substituto e é o segundo dos lobos a se apaixonar por um vampiro ou metade de um quero dizer bebe-dor de sangue
Adorei a descrição do beijo "frio no quente, fogo no gelo", muito lindo!
Tambem. Achei muito legal.
muito lindo esse cap.quero +++!:D
Lindo.
Belissimo capitulo.
Muito emocionante mais o Sam devia sentir mais ciumes.
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