De Repente... Religiosa - Capítulo 05: De Repente... BEER!

Eu realmente estava achando que eu estava virando uma santa.

Qual é, eu havia acabado de sair de uma igreja, de confessar, e ainda estava aqui na casa da Rose dizendo que tudo ia ficar bem e que Deus iria ajudá-la.

Claro, isso não ajudou. Porque ela olhou para mim como se eu fosse louca, virou a cara e enfiou a cabeça no travesseiro.

Eu não havia comentado nada sobre Emmet e sua 'confissão', porque isso envolveria contar sobre Edward, e bem, eu não queria que ela enchesse minha cabeça com histórias absurdas. Além do que, eu deveria manter segredo sobre o meu mais novo plano diabólico. Juntar Emmet e Rose.

Rose pediu para que eu dormisse na casa dela. Coitadinha, ela estava totalmente abalada e eu tinha certeza de ver por umas duas vezes um lampejo suicida em seus olhos. Mas se toda vez que eu ficasse mal eu pensasse em me matar, eu era um espírito e queria viver meu próprio filme do Ghost.

"Emmet... Oh, não vá... Eu o amo... Não vá..."

"Ugh!" Murmurei no sono. Passei meus braços e coloquei-os em conchinha e apoiei minha cabeça neles.

"Não vá... Oh, não..."

Estremeci. Será que eu estava ouvindo as vozes do Titanic?

"Bella sai daqui... Emmet volte..."

"Ei!" Gritei me levantando e me deparando com uma Rose adormecida. Rolei meus olhos para ela. "Acorda Rose..."

"Só mais cinco minutinhos, mamãe..." Ela rolou no sono e enfiou sua cabeça embaixo dos lençóis.

"Rose..." Revirei meus olhos mais uma vez. "Mamãe está longe, sabe?"

"Bella?" Ela perguntou sonolenta e enxugou os olhos com uma mão. O cabelo loiro e volumoso dela estava todo jogado para trás e embaraçado, mas mesmo assim ela continuava linda.

"Não, sua mamãe!" Respondi levantando da cama. "E nem me olha com essa cara de surpresa, porque você mesma pediu para que eu ficasse essa noite, e ainda eu tive que suportar ouvir você dizendo frases do Titanic."

"Desculpe..." Ela falou ainda meio grogue. "Antes de você vir para cá eu assisti, você sabe né, com brigadeiro... Se você quiser tem um pouco no fogão."

"Nada como chocolate para curar a depressão..." Filosofei enquanto ia até a cozinha do apartamento dela. Rose era o que poderíamos chamar de pessoa rica, porém trabalhadora pobre.

É aquele tipo de garota que tem dinheiro por herança dos pais ou coisa assim, mas trabalha no que quer, e esse querer, é um lugar que não dá uma renda muito boa.

Abri o fogão e achei uma pequena valise onde tinha um restinho considerável de brigadeiro. Hum... Brigadeiro adormecido é o melhor!

"Sabe, eu não sei por que você reclama do meu sono." Rose falou entrando na cozinha já um pouco mais acesa enquanto pegava uma colher e pegava um pouco de brigadeiro. "Você fala mais do que o cara do rádio ou o locutor da loja de móveis."

"Certo, então é só você não fazer conexão."

"Quem é Edward?" Ela perguntou de supetão.

"Quem?" Eu paralisei a colher que ainda estava em minha boca.

"E.D.W.A.R.D." Ela soletrou. "Você não parava de falar esse nome o tempo todo."

"Edward?"

"Sim, claro. Sabe aquele nome que começa com Ed e termina com Ward?"

"O que mais eu falei?" Perguntei assustada.

"Sei lá, Edward me lembrou Emmet, e eu comecei a sonhar com ele." Revirei meus olhos aliviados. "Quer dizer os dois nomes começam com E, então minha mente fez a conexão."

"Agradeça sua mente por mim..."

"Sabe, o único Edward que nós 'conhecemos', é o padre... A não ser que você conheça outro por ai. Mas é lógico que você não ficaria murmurando o nome de um padre no seu sonho! Só se você estivesse louca, amiga!"

"Claro," Terminei de comer o brigadeiro, e aquilo passou com uma facada pela minha garganta. Falei o mais indiferente o possível. "Só se eu estivesse louca."

Ohmeudeus, eu estava ficando louca?

"Rose..."

"O que é?"

"Eu vou dar uma saidinha."

"Para onde?" Ela arqueou uma sobrancelha. "Você acha que vai aonde?"

"Ora, não é da sua conta." Falei revirando os olhos. Tirei o edredom que estava cobrindo parte do meu corpo e me levantei do sofá do apartamento de Rose. Estávamos ali à manhã inteira assistindo filmes como Titanic, Um amor para recordar, Diário de uma Paixão e outros mongolóides para solteiras acabadas. Ah qual é, se você tivesse um namorado você não estaria assistindo esses filmes em um domingo de manhã, você simplesmente estaria os vivendo.

"Bella, eu estou meio um caco, eu sei. Não precisa dizer." Ela disse se levantando também. "Mas eu te prometi que iria cuidar do assunto Mike Newton hoje."

"Ah é..." Hesitei. "Eu tinha me esquecido."

"Você?" Ela abriu a boca. "Ual, você esqueceu-se de Mike? Você estava tão pilhada com esse assunto antes das bodas ontem."

"É né..."

"E falando nisso, você nem disse onde você se meteu nas bodas. Eu e Emmet não te achamos."

"O que foi?" Perguntei vendo uma expressão estranha no rosto dela.

"Hmm... Doeu um pouco falar o nome dele..."

"Dele quem?"

"Do Emmet Bella!"

"Ah... Bem, você tem que conversar com ele..."

"Não, não moçinha!" Ela disse enrugando um dedo para mim.

"Não o quê? Não vai conversar com ele? Rose você tem..."

"Não mude de assunto." Ela disse revirando os olhos. "Onde você estava ontem nas bodas?"

"Por aí." Mordi meus lábios.

"Por aí?"

"Bem... Por aí ajudando pessoas carentes. Em volta da igreja tem bastantes, sabe."

"Você não ajuda nem você mesma Bella..."

"Ei, essa doeu!"

"Mas você pode consertar isso. Vamos você me ajudou muito me dando apoio hoje. Então agora é minha vez. Você não pode ficar presa nesse Mike para sempre. Você precisa de uma vez por todas saber se ele realmente ou não faz parte dos garanhões da cidade."

"Sabe, talvez possamos fazer isso outro dia."

"Para você se enganar cada vez mais? Não senhora. E além do mais onde você poderia ir?"

"Hm... Para a igreja."

Ela ficou em silêncio por um instante depois começou a gargalhar freneticamente.

"Ah Bella, você tem um ótimo senso de humor. Eu morro de rir com você. Agora vamos embora daqui."

Eu mereço...

Rose me levou novamente para a Starbucks para comermos um almoço improvisado.

De primeira, eu achei que era para ver Emmet. Segundo Rose, ele tinha quase propriedade fixa ali, também com aquele corpo todo para alimentar.

Mas ele não aparecia, e eu conclui que minha amiga embora estivesse tentando me dar o maior apoio possível com Mike, ela estava chateada e a última coisa que ela queria era encontrar o jogador de hóquei.

Pensando bem, eu sinceramente esperava que o BEER desse certo. Hehe, Bella, Edward, Emmet e Rose! Ok, isso não foi intencional.

Quer dizer, a sigla para Plano de Bella e Edward para juntar Emmet e Rose era muito grande, portanto eu só resumi nos nomes. Ok, o resultado poderia ser interpretado de diferentes maneiras, mas ei, eu juro que eu não pensava nisso.

"Sabe a gente poderia deixar para outro dia." Falei na última esperança do dia. Eu me sentia culpada por Rose meio que se sentir na obrigação de Mike e tal, qual é, nem eu estava mais ligando tanto para isso.

Quer dizer o recorte de jornal ainda estava andando comigo para todos os lados, para qualquer pessoa que eu conhecesse eu averiguasse se fazia ou não parte do clã, mas eu tinha coisas mais importantes para fazer, como colocar o BEER em ação.

Rose estava pronta para revirar os olhos e dar uma boa resposta quando a boca dela se abriu e sua cabeça foi para baixo da mesa. Sério, a cena foi assustadora. Quando ela ficou meio paralisada no meio de um revirar de olhos ela ficou meio estrábica, e totalmente estranha. Claro, várias pessoas se viraram para ver do por que ela tinha entrado em baixo da mesa.

Eu corei de vergonha e silenciosamente a cutuquei com meus pés.

"Rose..." Murmurei quase não abrindo a boca. Eu olhava para frente para 'disfarçar', enquanto ela continuava ali inclinada. "O que foi?"

"Bella..." Ela disse. "Ele... Ele..." Ela engasgou.

"Quem?" Perguntei ansiosa.

"O nome cuja fala dói"

"Que diabos são "o nome cuja fala dói?"Certo, eu meio que gritei e várias pessoas se viraram para me ver. "Ops, desculpa gente. Não é nada." Acenei totalmente sem graça e me virei para ela.

"Bella... Vê se ela está por aí."

"Ele quem?"

Ela me deu um chute por baixo da mesa. "Ai... Ok entendi."

Com meus olhos vistoriei a área e não encontrei nem sinal de certo jogador de hóquei.

"A barra está limpa." Falei como se fosse membro da SWAT e estivesse em uma missão extra secreta.

"Sério?" Revirei meus olhos. Ela deu de ombros e se levantou e quando ela começou a se ajustar na mesa, Emmet meio que se materializou na nossa frente, com uma expressão totalmente sem graça e deprimida.

"Ai Jesus!" Rose disse quando o viu com a mão no coração.

"Não, é Emmet!" Disse para ela. "Oi Em"

"Oi Bella..." Ele disse mordendo os lábios o que foi muito bonitinho. Ele estava constrangido. "Oi Rose..."

Rose estava se recuperando ainda com a mão no coração. Dei um leve empurrão nela enquanto sorria pelo outro lado. Ela logo acordou e permaneceu nos lábios em uma linha dura enquanto ela fazia uma voz séria e formal.

"Olá Emmet." Eu segurei o riso. Ela me deu um olhar de esguelha, que certamente falava algo como uma ameaça de morte, como me levar o poço da Samara. Ou uma viagem á Nova Orleans para conhecer a Anne Rice. Credo, muitas pessoas falavam que era vampira. Ela já devia ter virado pó se fosse uma humana normal.

"Sabe Emmet..." Falei sabendo que aquele era o melhor momento para começar o BEER. "Eu preciso ir ao banheiro, eu estava me segurando para não deixar Rose sozinha, mas agora você aparecer e ó, uma ótima oportunidade. O que acha?"

"É... Bem, claro." Ele respondeu confuso.

"Bem, mas antes eu preciso fazer uma ligação. Sabe como é, domingo é dia de ligar para a mamãe" Oh, essas palavras estavam realmente saindo de minha boca? "Pode me emprestar o seu celular?"

"É claro..."

"Eu empresto o meu Bella!" Rose disse já puxando a mão para sua bolsa. Por que ela tinha que recuperar o estado de mudez dela justo nessa hora?

"Não, não Rose querida" Eu disse com um sorriso. "O seu celular não se dá bem comigo. Você sabe aquela vez em que eu quase o joguei pela janela da redação."

Isso não era verdade e ela me olhou confusa, ela deu de ombros e desistiu.

"Bella, eu te empresto, prometendo que não vai armar ok?" Emmet falou me entregando lentamente o seu celular. Peguei-o rapidamente enquanto dava um sorriso enorme.

"Bem eu estava segurando muito tempo minha vontade de ir ao banheiro, então eu acho que vou demorar. Então, não esperem por mim. Tchau" Sai correndo dali e fui até o toalete rapidamente.

Liguei o celular de Emmet e vi que bateria estava acabando. Ótimo, revirei meus olhos. Entrei dentro de um boxe e me sentei no vaso sanitário fechado.

Era ótimo ligar o útil ao agradável. Enquanto Emmet e Rose estavam lá provavelmente se acertando, eu estava colocando mais parte do BEER em ação.

Nomes, nomes, Lista de nomes... Endereços... Ahá. Eddie. Argh! Eddie?

Cara, Emmet tinha uns mil contatos no seu telefone, e incrivelmente só um com a letra E.

55596870

O número da loteria federal! Com certeza eu iria usar esse número no meu próximo jogo. Ouvi passos fora do banheiro e abri a porta ainda sentada no vaso.

"Ei, você pode me emprestar uma caneta?" Uma mulher idosa olhou assustada para mim com a mão no coração e começou a se afastar. "Desculpe, é uma emergência?"

"Ca - caneta?" Ela gaguejou.

"Sim." Dei meu melhor sorriso. "Você poderia me emprestar?"

"Não tenho" Ela falou já não achando que eu era uma ameaça a sociedade ou a loira do banheiro. Hello, eu sequer era loira. "No balcão de café tem."

"Ah obrigada." Essas pessoas que não andavam com canetas, ainda mais esses banheiros que não tinham uma. Oh, pobreza.

Peguei um pedaço de papel higiênico e saí do banheiro rapidamente indo até o balcão de cafés, que ficava do lado oposto do local, portanto de onde Rose e Emmet estavam eles não poderiam me ver.

"Senhorita, acho que a senhora esqueceu algo..." Um jovem, quer dizer, quase uma criança veio polidamente me dizer e mostrou gentilmente o pedaço de papel higiênico que eu havia colocado no bolso.

"Oh, está tranqüilo. Eu sei disso." Eu disse. Ele acenou e saiu provavelmente achando que eu era louca. "Pode me emprestar uma caneta?" Perguntei para um homem barbudo que estava atrás do balcão.

Ele ergueu os olhos da revista PLAYBOY que ele estava vendo e descaradamente me olhou de cima a baixo, quer dizer o tanto que deu para olhar porque eu estava ocultada pelo balcão.

"Tudo o que quiser." Ele disse depois de uma vistoria. Ele remexeu em alguns papéis e me entregou uma caneta com o emblema das Starbucks.

"Valeu." Respondi. Apoiei o celular no balcão, e peguei o papel higiênico. Anotei rapidamente o telefone que estava ali. Quando eu fui devolver a caneta, percebi que o homem ainda me olhava.

"Celular legal..."

"É né... Deve ser último lançamento."

"Eu deveria ter um desses se me pagassem melhor."

"Eu também, provavelmente." Disse devolvendo a caneta. "Valeu."

"Nada. Mas talvez você prefira outro tipo de papel..." Ele disse gesticulando para o higiênico.

"Algo contra?" Perguntei erguendo a sobrancelha. "Preconceito contra esse tipo de papel agora?"

"Claro que não. Mas você não vai poder ver bem depois."

"É, você tem um ponto. Pode me dar um?"

"Claro. Eu acho que tenho um no meu carro. Deve até ter um desenho das meninas super poderosa. Se você quiser é só me acompanhar."

"Bem... Daqui a pouco pode ser?" Eu disse. "Vou fazer a ligação primeiro!"

Sai dali discretamente desejando o tal papel das super poderosas. Fui até um canto isolado e disquei o número de Edward. Tocou várias vezes até que uma voz feminina atendeu.

"Alô?"

"Oi. Edward?"

"Não. Alice."

"É... hum... Posso falar com Edward?"

"Do que se trata?"

"E por que devo informar isso á você?"

"Sou a mulher dele."

"O que?" Gritei. "Ele é padre..."

Seguiram-se várias risadas e eu fiquei ali com cara de quem não entendeu nada. E não havia entendido mesmo.

"É só uma brincadeira. Eu adoro fazer isso. Sou irmã dele."

"Irmã? Ah bem... Você me assustou."

"É eu faço às vezes. Edward saiu, mas posso ligar você com o telefone do carro."

"Own, ele tem um telefone no carro?"

"Ah qual é. Ele é padre, mas não larga a mão de seu volvo prata metido. Ele só não ama mais aquele carro do que Deus, só pode."

"Eu agradeceria."

"Ok, então espera ai." Ela disse com uma voz fininha e depois seguiu-se uma musiquinha clássica para espera. Depois de uns vinte e tantos segundos uma voz totalmente sexy e totalmente masculina falou.

"Oi. É a Bella."

"Bella?" Ele perguntou surpreso.

"A amiga de Rose e Emmet."

"Ah... Eu sei quem é você." Ele disse com uma risada. "Só estava surpreso pela ligação só isso. Alice disse que te passou para cá."

"É..."

"Espero que ela não tenha falado nada."

"Bem, ela só me assustou um pouquinho."

Ele riu. "Eu tenho que falar mais com ela. Ela não me ouve. O que ela falou que era de mim?"

"Esposa."

"Ugh! Bem, comparando quando ela disse que era minha filha, depois minha amante e outras coisas, bem é de se imaginar." Ele suspirou. "Mas que devo a honra da ligação?"

"Bem... Sabe o nosso plano?"

"Sim..."

"Já comecei a colocar em ação."

"Oh isso é ótimo. Mas devo confessar que eu realmente não achava que você estava levando isso á sério."

"Eu levo á sério" Disse. "Então... Estou aqui na Starbucks e por acaso Rose e Emmet se encontraram e eu inventei qualquer coisa como uma diarréia para deixá-los sozinhos."

"Isso é bom. Mas sabe... Olha a coincidência, eu estou a cinco minutos daí."

"Jura?" Meu coração começou a bater mais forte.

"Sim. Acabei de terminar uma missa, e quis visitar alguns amigos que moram perto daí. Posso passar se você quiser."

"Claro que eu quero! Quer dizer... Temos que bolar nosso plano."

"Claro." Ele disse. "Bem, até mais"

Ele desligou e eu fiquei ali suspirando. Bem, agora eu precisava me preparar para a hora que ele chegasse.

Fui até o balcão e encontrei o cara barbudo de novo.

"Ei, sabe aquele papel das super poderosas?" Ele me olhou com um sorriso malicioso.

"Sei..."

"Então, eu queria um. Acho que não vai durar muito o papel higiênico." E eu realmente não estava disposta a perder esse número.

"Ah claro." Ele disse saindo do balcão. "Vamos, é por aqui."

Passamos por várias mesas até uma garagem que ficava nos fundos. Ele me levou até um Chevy clássico e bem velho. Ele abriu a porta e acenou.

"Pode entrar."

"É, eu queria o papel. Eu não vou saber onde está." Ele riu.

"Oh, é claro. Mas é que você é menor então vai achar mais fácil."

"Ah ok" Entrei no Chevy e procurei pelo papel até que ele entrou no carro pelo outro lado e travou as portas. "Ei!"

Ele riu jogando a cabeça para trás. "Eu gosto muito de garotas como você. Fingem ser inocentes."

"Do que você est...?" Mas ele se aproximou de mim e começou a me tocar, e logo a fixa caiu. Eu suguei todo o ar que meus pulmões permitiam e eu gritei. Gritei como nunca tinha gritado em toda minha vida.

Ao invés disso o homem só riu e começou a mexer comigo, enquanto eu me descabelava e me contorcia em suas mãos.

Algo forte bateu no painel de vidro. Cada vez com mais força, e logo viraram murros na porta do Chevy. O homem se virou e deu outro chute como algo para não se importar. Eu gritei mais por socorro. Os murros ficaram maiores até que o vidro se quebrou com vários rachas e uma voz que eu sabia que nunca iria esquecer disse.

"Deixei-a em paz!" Oh, meu herói!

"Ei, ela é minha."

"Ninguém é de ninguém. E certamente ela não é sua."

O homem barbudo ficou furioso e desceu do carro encarando Edward.

"Quem você pensa que é?" E ele tentou dar um soco em Edward, mas surpreendentemente ele desviou e colocou um soco no rosto do outro. Edward gritou por ajuda e vários seguranças da Starbucks chegaram para pegar o homem. Ele se virou para mim e pareceu surpreso.

"Bella?"

"Oh, meu herói!" Eu gritei e sem pensar eu me joguei em cima dele e o abracei com força. Ele relutou um pouco, mas depois deu leves palmadinhas nas minhas costas.

"Está tudo bem..." Ele disse me colocando no chão. "Acho que você me persegue, Bella." Ele riu vendo minha expressão. "Em cinco minutos atrás vocês estava me ligando, agora estava bem... Hum..." Ele pareceu raivoso. "Desse jeito."

"Ah, eu nem sei como fui parar aqui." Disse meio tonta pelo que tinha acontecido. "Mas você me salvou."

"Bem, sorte sua é que eu não gosto de estacionar meu Volvo na frente do lugar, eu sempre procuro a garagem. Mas eu não gosto de bater nas pessoas, mas foi necessário."

"Foi, claro que foi. E um ótimo soco por sinal."

Ele ficou constrangido.

"Realmente obrigada." Eu respondi.

"Não mais que minha obrigação. Você parece abatida, quer um pouco de água?"

"Eu adoraria."

"Bem, eu tenho uma garrafa no meu carro. É bom você se recuperar antes de entrar de novo." Eu o segui pela fila de carros até o Volvo prata. Ele abriu a porta traseira e puxou uma garrafinha cheia de dentro.

Eu tomei um gole longo e olhei para ele constrangida.

"Eu fiquei sem meu papel..."

"Huh?" Eu ri sem graça.

"É sem graça, desculpe. E idiota."

"Eu duvido." Ele disse com um meio sorriso quando ele pegava a garrafa e dava um gole também antes de devolver no carro. Ele apertou o alarme e me olhou atentamente. "Você está bem?"

"Uhum" Confirmei acenando a cabeça. E de repente ele se aproximou de mim relutantemente, e eu sentia o calor de seu corpo, seu perfume e toda aquela sensação, e eu sentia que viria um beijo, e...

"Bem com febre você não está." Ele disse colocando sua mão em minha testa.

"Ei, não foi tão mal assim. Foi só um susto!" Ele estudou meu rosto atentamente enquanto retirava suas mãos.

"Posso ter certeza que isso poderá causar coisas posteriores..."

"Você é médico?" Perguntei com sarcasmo.

"Não exatamente." Ele deu um meio sorriso. "Meu pai é, e eu antes de descobrir minha vocação achava que meu caminho era o da medicina. Eu acompanhava meu pai em tudo o que ele fazia, e eu realmente gostava. Porém veio a vocação."

Eu estava imaginando como as coisas seriam diferentes se ele fosse médico, quando eu perguntei.

"Há quanto tempo você é padre?"

Ele fez um biquinho charmoso enquanto ele pensava. "Não é muito tempo. Cerca de um ano. St. Patrick's é a primeira igreja que eu recebo. Mas eu comecei cedo. Eu tenho 24, e entrei no seminário com 15."

"Quinze?" Perguntei assombrada.

"Yeah. São sete anos para se tornar padre, é muito estudo, e é quase um teste para ver se você tem realmente a vocação."

"Poxa..." Murmurei mais para mim mesma.

"É... Eu desde moleque gostei de música, então logo quando eu virei padre eu virei famoso, também." Ele disse com um sorriso torto. "Bem está bem agora?"

"Estou claro."

"Vamos entrar então. Temos que colocar o plano em ação."

"BEER"

"O quê?"

"O BEER, plano de Bella e Edward para juntar Emmet e Rose."

"Ah..." Ele riu jogando sua cabeça para trás. Oh, cena de cinema. "E eu pensando que era cerveja... Certo, agora eu sei o verdadeiro significado". *

*Fala inspirada no comentário de Brena :)

Entramos na lanchonete e ao longe vimos Emmet e Rose conversando. Não dava para ver se era algo bom ou ruim, então eu e Edward decidimos ir a outra mesa.

"Bella, você huh, se importa de sentarmos mais a vista das pessoas?"

"Não. Por quê?"

"Bem..." Ele mexeu nos cabelos, constrangido. "Tem muitas bocas maldosas por aí. Nunca se sabe o que eles vão inventar."

"Ah entendo." Disse meio desapontada. Fomos até uma mesa que supostamente dava para espiar Rose e Emmet. Supostamente, porque eu estava observando outra pessoa. Que pelo acaso do destino estava sentada em minha frente.

"Então, estou curioso de uma coisa. Como você conseguiu meu número de telefone?" Ele pegou o cardápio e pediu um cappuccino e eu recusei já que eu já tinha comido.

"Bem..." Eu corei e mordi meus lábios. "Eu roubei o celular de Emmet e peguei."

"Oh" Ele disse rindo. "Ok, e como você se meteu naquele caminhão?"

"Bem... Eu estava no banheiro, com a desculpa da diarréia. Então eu anotei seu número em um pedaço de papel higiênico. O cara do balcão me ofereceu um pedaço de papel das super poderosas, e eu não resisti. E acabou que era uma emboscada."

Ele olhou cético para mim esperando que a qualquer momento eu dissesse que era uma piada.

"Qual é?" Me defendi. "É meu desenho preferido."

Ele riu daquele jeito lindo e suspirou. "Você é totalmente absurda Bella. Mas saiba que depois de Pokémon, esse também é meu desenho preferido."

"Jura?" abri um sorriso de orelha á orelha.

"Juro." Ele sorriu. "Minha irmã brinca comigo ás vezes, mas ah... É impossível não gostar."

Ficamos ali conversando animadamente sobre nossos desenhos favoritos, discutindo quem era a melhor e a pior das menininhas, até que uma forte risada se ouviu no recipiente. E deparamos que vinha de Emmet.

"Oh, esquecemos deles" Edward disse olhando para a cena de Rose e Emmet rindo feio dois palhaços. "Acho que o plano BEER deu efeito antes mesmo de começar direito."

"Espero que não..." Murmurei baixinho.

"Oi?"

"Ah nada não" Eu estava me sentindo extremamente egoísta. Mas se Rose e Emmet se juntassem tão rápido assim, não haveria motivos para eu encontrar Edward mais. Ele percebeu minha expressão e disse gentilmente.

"Não fique se lembrando do ocorrido. Deu tudo certo." Demorou algum tempo para eu entender que ele falava da cena do Chevy, então eu só me limitei em assentir para que ele continuasse achando que era esse o motivo de minha expressão.

"Bem, eu tenho que ir agora." Ele disse pagando a conta. "Eu tenho que ir a casa daqueles amigos que lhe falei."

"Ah claro."

"Eu tenho missa depois, então tenho que ir rápido."

"Missa?"

"Uhum. Às três da tarde, depois as sete novamente."

"Sua agenda é cheia."

"É..." Ele disse se levantando com um sorriso. "Eu não vou atrapalhar o momento dos dois, então diga que eu vim á Emmet, ok?"

"Pode deixar"

"Tchau Bella" Ele disse. Eu hesitei. Como que você se despedia de um padre?

Mas ele veio e meu deu um leve beijo na bochecha como eu vira que ele fizera várias vezes. Parecia um cumprimento normal para ele, mas para mim havia significado muito. E eu esperava realmente que meu corado não me denunciasse.

"Que Deus te abençoe..." Ele disse e saiu sexy e lindo como sempre. Eu suspirei.

"Amém"

Eu ainda estava perdida em meus pensamentos quando Emmet começou a berrar meu nome na frente de todos. Só depois de quase um tratamento de choque que eles conseguiram chamar minha atenção realmente.

Pisquei meus olhos diversas vezes tentando focá-los em minha visão, enquanto Emmet me olhava gargalhando e Rose estreitava os olhos.

Eu não sabia o que era aquilo... Eu acho que eu estava deslumbrada.

"Bella? Você está bem?" Rose perguntou sentando ao meu lado da mesa, enquanto passava uma mão pelos meus ombros.

"Você está meio boba. Meio estrábica." Emmet falou o que foi o suficiente para eu acordar e dar um soco de leve no ombro dele.

"Eu estou bem". Assegurei Rose. "E acho que alguém mais também..."

Ela corou instantaneamente e Emmet assoviou olhando para o lado admirando as lindas paredes da Starbucks.

Eu estava feliz pelo assunto "Bella" não estar mais em questão.

"Emmet, muito obrigada pelo celular. Acho que vou comprar igual." Ele se virou para mim e pegou rapidamente observando-o de todos os lados.

"Bem, pelo menos não tem resquícios de que você foi ao banheiro..."

"Bella, porque você não voltou á mesa?" Rose perguntou antes que eu desse mais um soco no jogador de hóquei. "Pensamos que você estava..."

"Jogando suas tripas fora." Emmet completou. O que fez olhar carinhosamente para Rose que corou. "Sério, pensamos que teríamos que ligar para um desentupidor para pegá-las de volta."

"Haha, que engraçado. Eu estava aqui o tempo todo..."

"Tem certeza?"

"Claro, e por que não teria...?"

"Senhorita." Um garçom veio gentilmente ao meu lado. "Em nome das Starbucks pedimos desculpas pelo incidente há alguns minutos, e queríamos informar que todas as providências já foram tomadas. E mandaram lhe entregar isso também."

Eu corei absurdamente enquanto eu pegava o papel.

"Bella!" Rose falou me reprovando.

"O que foi?" Perguntei inocentemente.

"Sobre o que ele falava?"

"Ah, huh, de... De uma mosca que estava no meu cappuccino."

"Mosca? Ugh!" E depois se seguiu uma conversa sobre moscas, inclusive a mosca que teve uma participação especial no filme do Chamado, e depois ganhou o Oscar de melhor mosca do ano.

Fiquei feliz pelo assunto da conversa ter se extraviado e ninguém ter notado simplesmente um grande furo na história toda. Tenho certeza que Rose ou mesmo Emmet – ok, isso foi maldoso- teriam percebido se eles não estivessem tão ocupados olhando para os olhos dos outros.

"Bella? Oi!" Rose me chamou.

"Oi?"

"No mundo da lua?" Eu não iria dizer que estava em certo mundo religioso, por isso me limitei a girar meus olhos.

"Emmet concordou em ir com a gente lá no negócio do Mike. Na verdade Emmet vai ajudar muito a gente."

"É colega. Temos que resolver isso."

"Eu ainda não sei como." Disse bufando.

"Você vai saber..." Ela piscou. "Bem vamos pagar a conta."

"Eu vou com você" Emmet se apressou e eles levantaram e foram até o balcão. O que era desnecessário já que um garçom poderia vir ali e quitar tudo. Mas vai lá saber as intenções por trás de tudo, não é mesmo?

Eu fiquei ali sentada mofando, até que nos holofotes começou uma música que eu já vira sendo cantada ao vivo e a cores.

A música de Edward. Do Padre Edward, me corrigi. Rapidamente me lembrei do bilhete que o garçom havia me entregado.

Era um pedaço de papel rosa, e tinha desenhado á caneta vermelha e preta as meninas super poderosas. De uma maneira bem parecida o que me surpreendeu. Atrás do papel estava escrito: "Tome cuidado com seus desejos. Da próxima vez que quiser um papel animado, me procure! Eu posso não desenhar muito bem, mas pelo menos sou inofensivo" E uma carinha feliz do lado.

Eu quase murchei em minha cadeira. Que fofinho! Agora quanto ao inofensivo eu já não tinha certeza se ele era mesmo. Ele causava um efeito em mim que eu nunca tinha pensado que poderia sentir.

E junto com os holofotes que ainda tocavam a música dele, eu murmurei comigo mesma.

"Entra na minha casa... Entra em minha vida... Mexe com minha estrutura... Eu preciso de ti."

E mais uma vez eu realizei que eu não cantava essa música para Deus como deveria ser, eu cantava para ele.

Ao longe, trovões fantasmagóricos e uma mosca ganhadora do Oscar murmuram em desacordo comigo.

"Onde nós estamos?" Perguntei para Emmet.

"Xi..." Emmet e Rose fizeram ao mesmo tempo, e logo eles riram que nem dois idiotas. Eu revirei meus olhos.

"Certo," Perguntei de novo com a voz mais baixa. "Porque vocês me fizeram colocar uma roupa verde, óculos verdes, e ficar falando baixo no Central Park?"

Rose revirou os olhos.

"Bella você não entende não é mesmo?" Ela disse sussurrando. Ela e Emmet também estavam de roupa totalmente verde e isso me lembrou certa coisa religiosa. A catedral de Edward chamada St. Patrick's, e o São Patrick era muito famoso e sua cor era verde. Ei não se espante, existe um feriado aqui só para ele, então eu não seria ignorante o bastante para não saber o motivo de todo mundo de verde nas passeatas e tal. Só que esse fato hoje, me fez lembrar-se da Catedral e de certo cara de batina, que por coincidência também tinha olhos verdes. Só podia ser carma!

"Quando está de noite você usa preto, por quê?" Ela perguntou como se fosse professora e eu sua aluna burra e ignorante. Eu quase peguei uma pedra, fingi que era giz e taquei nela.

"Porque você se confunde com a escuridão da noite... Ah!" Eu já estava entendendo. "Então estamos de verde para confundir com o mato do Central Park!"

"Oh!" Os dois fizeram juntos em uma surpresa dissimulada. Eu revirei meus olhos.

"Mas por que estamos aqui? Espionando o quê?"

"Bella," Rose falou. "Você não é capaz de guardar nada mesmo do que eu falo? O que iríamos fazer hoje com a ajuda de Emmet?"

"Ah... Ah... Ah!" Disse quase batendo palmas. "Procurar Mike e descobrir toda a verdade!"

"Isso mesmo!" Ela disse batendo sua mão na minha e sorrindo.

"Mas eu não entendi ainda a parte do Central Park..." Dessa vez foi Emmet que me cortou.

"Eu descobri com a ajuda de recursos tecnológicos..."

"Você quer dizer Google?" Perguntei. Se ele queria falar de Google que ele falasse logo de uma vez. Ah qual é, essa fic não tem censura e não cobra taxa de propaganda. Não tem nenhum mal em falar o nome. Se eu quiser fazer propaganda de salgadinho eu faço. Ruffles! Ruffles! Ruffles! Ruffles! Ruffles!

"Não." Ele revirou os olhos. "Microsoft, Bella. Eu não gosto do Google então mudei para a concorrência."

"E por quê?" Perguntei interessada.

"Por que quando eu coloquei meu nome no Google eu não achei, mas quando eu coloquei no Microsoft, apareceu 'Você quis dizer: Lindo'. A partir daí nunca mais quis saber de outra coisa. Mudou minha vida."

"Como você é idiota..." Revirei meus olhos batendo nos ombros dele de brincadeira. Rose estreitou os olhos para mim. "Agora que já acabou o seu testemunho de 'mudou minha vida', pode me dizer o que você descobriu no Google?"

"Microsoft!"

"Você vai ver o soft daqui a pouco na sua cara... E pode ter certeza que vai ser bem big!"

"Credo, Bella!"

"Tanto faz!" Dei de ombros.

"Bem... Eu encontrei um site que dá informações para as pessoas que querem entrar para os Garanhões da Cidade. Eu li tudo e até peguei uma fixa de inscrição, e você vai se surpreender como que é rigoroso o negócio."

"Quais são as coisas obrigatórias?"

"Bem..." Ele enumerou nos dedos. "Ser cafajeste, cachorro, galinha, bom de cama, fodão, são obrigatórios, agora já ser bonito e bom de corpo como eu, é opcional." Eu suprimi um riso com o "bom de corpo". Mataria Emmet falar simplesmente gostoso?

Eu ainda estava pensando internamente como que os chefes do clã veriam se o cara era bom de cama ou não. Minha mente estava formando tantas obscenidades que me obrigariam a confessar de novo quando algo que Rose falou me prendeu.

"Emmet se inscreveu, e eles deram um endereço para ele, que é quando são os encontros. Hoje e agora é um deles. É por isso que nós estamos aqui."

"Oh!"

"É... Se você ver Mike no meio é porque ele realmente faz parte do grupo."

"Mas por que o Central Park?"

"Você acha que algum tipo de reunião desse tipo iria acontecer em lugar fechado, onde é proibido, tendo o risco de polícia pegar? Aqui é muito mais difícil além de ser um espaço público."

"Ah tá."

"Pronta?" Rose perguntou atenciosamente. Eu hesitei um pouco, mas acenei.

Eles afastaram algumas plantas do caminho formando uma brecha.

"Vocês querem que eu veja por isso?" Sussurrei. Emmet revirou os olhos e me entregou um binóculo de cano longo que poderia enfiar pelo espaço que ele tinha feito com as plantas.

Primeiro de tudo eu vi um monte de árvores e bichinhos bonitinhos, depois vi um cara alto vestindo nada mais do que... Nada.

"OhmeuDeus! Ele está nu!" Sussurrei.

"Jura?" Rose falou querendo o binóculo também. Emmet a afastou rapidamente e prendeu-a em algum canto.

"Mas isso é lugar público, tem crianças e..."

"Bella. Caso você percebeu essa é uma área meio deserta do Park."

"Mesmo assim..."

"Só observa." Emmet cutucou.

O homem nu havia sumido de minha vista, mas eu comecei a ouvir vozes. Vozes reais, por favor.

"Eu não consigo ouvir..."

"Pega um copo". Emmet disse.

"E para que? Quer invocar espíritos para ouvir e contar para a gente depois?" Perguntei incrédula.

"Não, para escutar..."

"Er... Emmet, não tem nenhuma porta aqui."

"Ah..." Ele disse confuso. Revirei meus olhos.

No meu campo de visão o homem nu apareceu de novo, e bem, huh, ele era... Bem, ele tinha as descrições que Emmet havia dito que eles precisavam ter e as opcionais também.

Ele começou a falar e como eu ouvi com clareza, deveria ser porque ele estava gritando.

"Homens garanhões!" Ele disse com autoridade. "Hoje mais uma vez temos nosso encontro em que iremos dividir nossas experiências 'interessantes' com nossas fêmeas." Já vi que o cara era um escroto...

"Antes de tudo, todos que estão vestidos tirem suas roupas. Temos que mostrar que somos merecedores de pertencemos a esse grupo revolucionário! E potentes o bastante para dominar o mundo!" E gay também... E maluco, também.

Ouvi um murmúrio vindo do que parecia ser os outros membros.

"Faz dois meses que foi plantada nossa semente celestial, e aqui estamos raízes maduras e firmes. Desabrochando como pétalas de rosas vermelhas... Se bem que eu prefira as brancas... Hoje, é o nosso aniversário de dois meses e queremos gritar!" Ele disse olhando para cada um. "O nosso grito de guerra. O que nós somos?" Ele gritou.

"Somos os garanhões da cidade!" Os outros membros gritaram em uníssono.

"O que nós somos?" O chefe gritou de novo mais forte.

"Somos os garanhões da cidade!"

"O que nós queremos?"

"Dominar o mundo!"

"E como conseguimos?"

"Acabando com as fêmeas!"

"Usando o quê?"

"Nosso poder masculino!"

"E quem sou eu?"

"O chefe dos chefes dos garanhões da cidade!"

"E o que vocês são?"

"Somos os subordinados!"

"E o que vocês devem a mim?"

"Tudo!"

"Para quê?"

"Para dominarmos o mundo! Ah!" E ouve vários gritos e coisas sendo jogadas até que Rose gritou.

"Eca!"

"O que foi?" Me virei para ela.

"Uma cueca foi jogada em minha cabeça!" Ela disse com nojo enquanto jogava uma cueca dos Yankees para longe.

Senhor, eu nunca pensei que viveria para tanta futilidade. Aquele cara estava dominando eles com certeza, e eles estavam nem aí. Enquanto eu observava, eu conseguia distinguir outras bundas brancas que apareciam em meu campo de visão. Enquanto eles começavam a discutir a melhor maneira de dominar o mundo eu pensei se Mike realmente participava dali.

A qual é ele sempre era tão fofinho e esperto, se ele participasse talvez seja por manipulação ou por ele estar louco. Não combinava com ele, e cada vez eu estava mais convencida que...

"Agora vamos ouvir o depoimento de um dos nossos membros mais antigos. Junto comigo ele fundou essa sociedade e graças á eles que estamos firmes e fortes. Com vocês... Mike Newton!"

OhmeuDeus! Qual Mike Newton?

O meu Mike Newton. Ele subiu ao palco branco e com os olhos azuis como sempre enquanto sorria para todos nu.

"Na verdade, Tyler," Ele disse se dirigindo ao chefe. "Quem fundou foi minha namorada. Se não fosse ela sendo tão mesquinha e burra, eu com certeza não estaria aqui. Por causa dela é que eu tive essa idéia, estamos fartos dessas mulheres inocentes, burras e infantis! Vamos extorquir elas desse mundo!"

E depois se seguiu vários gritos de acordo. A única coisa que eu lembro é que eu joguei o binóculo no chão a minha frente e minha boca abriu o suficiente para caber um urso. Rose me olhou de longe com pena enquanto Emmet fechava os punhos querendo bater em alguém a qualquer momento.

Eu só conseguia pensar, que o Mike Newton que fazia parte dos Garanhões da Cidade, era o meu Mike Newton. E que durante dois meses ele estava comigo por mordomia, por obrigação, ele me achava burra, inocente, ridícula, e provavelmente feia também. Eu fui enganada e estive dando o meu melhor para alguém que nas minhas costas saiam com todos, e todos sabiam, menos eu. Até o dia do artigo.

Peguei o artigo em meu bolso e apertei contra o tecido do casaco. De hoje em diante eu nunca mais me separaria do papel. Eu não deixaria mais ninguém me enganar como Mike tinha feito.

Quando eu fui ver meus pés já estavam falando por mim e eu estava correndo em direção a saída do parque. Rose e Emmet gritaram por mim, mas eu os ignorei.

Chegando dentro de um taxi olhei no relógio e vi que eram três horas.

"Para St. Patrick's" Eu disse ao motorista. Rapidamente cheguei à catedral, porque era relativamente perto do Central Park.

Eu nunca imaginei que de todos os lugares eu viria á uma igreja para buscar conforto. O mundo mudava, assim como as pessoas também. Quando Mike resolveu seguir um caminho estranho, eu mudei o meu também, para um que antes era totalmente bizarro, mas que agora fazia total sentido.

Sentei na última fila da igreja que estava lotada e observei Edward em seus movimentos em sua batina.

De algum ponto em algum momento ele olhou para mim e surpreso sorriu dando um aceno discreto. E naquele simples gesto, eu tinha certeza do que eu iria fazer e o que eu queria da minha vida dali para frente.

12 comentários:

Alice Luttz disse...

A autora deve estar louca.
Se são os "garanhões da cidade" deviam se comporta como tal.
Não parecendo gays no meio do parque pelados.

GabiClara disse...

Tipo um monte de homem pelado junto no meio do mato... a primeira coisa que você pensar?

Alice Luttz disse...

Quando precisar e eu tiver a resposta, ajudarei.
Não tem de que Bebetty_rp.

Bebetty_rp disse...

A!brigadinho ALICE LUTTZ ;D

Leticia disse...

Sim sim concordo com vc e com a Bebetty isso foi patético são Gays querendo dominar o mundo que ridiculo esses ''Garanhões da ciadede". ¬¬
Sim a historia do papel foi bizaro HUASHUHSAUHx \z

Alice Luttz disse...

Pink e Celebro. Bebetty_rp
Vou concorda um monte de gays pelados fazendo juras que vão conseguir dominar o mundo.
O Celebro tem mais chaces. E a Bella não e tudo isso que ele disse.
Pode ser meio desajeitada mais não a esse ponto.
Mais a historia do papel das super poderosas foi bizaro.

Bebetty_rp disse...

aff q grupo mais bizarro!até parece q são um monte de gays tentando dominar o mundo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!fala sério chega a ser patético!o ratinho do desenho cujo-nome-não- lembro tem + chances de dominar o mundo q esses loukos ai!

Bebetty_rp disse...

aff q grupo mais bizarro!até parece q são um monte de gays tentando dominar o mundo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!fala sério chega a ser patético!o ratinho do desenho cujo-nome-não- lembro tem + chances de dominar o mundo q esses loukos ai!

Inae-oliveira10 disse...

a bella eh super legal inteligenti e nao eh nada disso que ele falou olha eu achei isso tudo super gay mais tubo bem se nao fosse por isso ela nao encontraria um hoeme de vdd que eh o edward que eh milllllllllllllllll vezes melhor que mike

Guria disse...

Sem querer bancar a pervertida e podem excluir meu comentário se quiserem, mas a confraternização deles são o quê? Punheta Coletiva?

Amy Lee disse...

Credo que infantilidade !  Mais é bem a cara do Mike mesmo, bem gay shuashausausha

Coitada da Bella ! Mais com Edward ela supera rapidinho... :q

Letícia Ingrid disse...

Tive repulsa de ler aquele bando de machos falando das mulheres como se fossem superiores e que nós somos meros animais e objetos que se usa apenas por conveniência...
No lugar de Bella eu não fugiria eu iria no meio da roda e falaria em alto e bom som :
Mike querido sinto mto mas vc não pode fazer parte do grupo pq vc NÃO é bom de cama, esse seu pau murcho NUNCA me atraiu e se vc não percebeu eu NÃO fui dominada por vc...aliás estou sonhando com outro homem há dias e nem lembrei da sua insignificante existência !
Então viraria beijaria o primeiro que me ocorrese e iria embora dizendo : só pra constar estou terminando com vc, perdeu otário !
Rsrrss isso sim é uma saída de mestre e faria o myke aprender uma lição, aquele crápula !!!!

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