Segunda feira definitivamente era o pior dia da semana.
Quer dizer o que demais poderia acontecer enquanto uma pessoa está no trabalho? A não ser mais trabalho?
Hoje eu acordei tão... Estranha. Quer dizer, eu pensei que estaria com uma enxaqueca maligna, querendo matar todo mundo e com risco da Rose ter que esconder minha bazuca de estimação, mas ao invés disso eu acordei feliz.
Quando eu contei isso para Rose ela simplesmente disse que era a sensação de liberdade. Que finalmente eu estava livre de algo invisível que me prendia e que eu não conseguia ver; claro né, se era invisível eu não conseguia ver.
Mas apesar de toda essa minha 'libertação', meus inimigos de trabalho não sabiam disso e o episódio sádico da sexta feira iria se repetir. Porque é claro que eles não têm nada mais importante para fazer do que cuidar e encher o saco de mim e da minha vida.
Ontem na igreja eu saí rapidamente porque eu não queria que Edward me visse daquele modo, quer dizer ele me viu em um rápido lampejo, mas mesmo assim alguma coisa disse que eu não poderia continuar lá.
E hoje no trabalho enquanto eu passo as pessoas dão risadas, apontam para mim descaradamente, e quer saber, eu quero mais é que se...
"Bom dia Bella!" Rose chegou quicando na minha mesa. Hoje ela vestia um conjuntinho rosa bebê que ficava perfeito nela.
"Bom dia Rose!" Dei um sorriso. "Quer dizer... Não é um bom dia porque é segunda feira."
Ela revirou os olhos. "Por isso que você tem que agir como eu; se o seu dia está ruim faça de tudo para melhorá-lo. Pense que hoje é uma quarta ou quinta feira, melhora!"
"Ok, vou pensar nisso..." Disse revirando os olhos. "Oh acho que Lauren está meio atacada hoje."
"Por quê?" Ela disse com ressentimento. Quer dizer o cara que ela gostava saía com Lauren. E o encontro de ontem não foi uma junção de relacionamentos, pelo que eu saiba. E Lauren também me odiava naquela sessão, ela era chefe do departamento e minha mesa parecia que tinha ima que atraía os trabalhos para ela.
"Bem," Gesticulei para a mesa quase vazia em minha frente. "Era para ter tanto papel. Relatórios, e matérias que eu poderia nadar aqui dentro e desaparecer para sempre enquanto eu morria afogada."
"Bem, quando eu digo que quando se fala do diabo ele aparece..." Ela falou e eu não entendi, até eu ver Lauren andando em nossa direção com nada mais nada menos do que minha piscina de papéis e trabalho.
"Rosálie, você vai ficar todo expediente mesmo encostada na mesa dela? O que é isso? Café? Ponto de encontro?"
Rose levantou de onde ela estava e encarou Lauren. Rose era bem mais alta que ela e por isso demonstrou um senso mais forte.
"Eu que te faço essa pergunta, chefa. Aqui é ponto de encontro?" A voz dela não estava rude ou desrespeitosa, somente firme, o que bem, fez seu trabalho. Lauren estreitou os olhos para ela e se virou para mim jogando a minha piscina na mesa.
"Ah não..." Ela disse olhando para uma prancheta que ela sempre carregava. Rose já tinha ido se sentar em sua mesa. "Hoje você não tem trabalho na parte da manhã."
"Não?" Perguntei assombrada. Quer dizer, antes de ficar feliz eu tinha que ficar confusa, porque era de Lauren que estávamos falando. Talvez ela me mandasse catar o lixo dos banheiros e limpar privadas. Ótimo.
"Não. Você foi à encarregada de fazer um editorial para um dos nossos clientes. Daqui a pouco ele vem ai e você vai trabalhar com ele na matéria. Só que quando ele for embora, você terá trabalho para fazer." Ela apontou para a pilha em minha mesa. "Rose, querida, pegue essa pilha aqui na mesa de Bella e leve para a sua. Hoje você vai fazer o trabalho de sua amiga. E ah..." Ela falou jogando mais uma pilha de papéis na mesa dela que não incluía as minhas. "E mais essas." Ela piscou e saiu dali rebolando.
Pensei que Rose iria pular no pescoço dela, mas ao invés disso, ela estava com um sorriso radiante. Ela veio pegar a pilha de minha mesa e piscou para mim.
"Ei, você não deveria estar mandando algum tipo de praga para ela?"
"Não Bella. Só o gostinho de ver que ela não revidou e ficou toda perturbada já é minha total recompensa."
"O problema é que ela sempre é perturbada." Nós rimos e ela foi para sua mesa. Agora a única coisa que eu teria que fazer era ficar ali, esticar minhas pernas para o alto, fumar meu cigarro inexistente, fechar os olhos e dormir.
Eu estava ficando entediada de tanto ficar ali, portanto eu selecionei algumas músicas no computador para escutar enquanto eu esperava. Para minha falsa surpresa a música do padre Edward começou a tocar.
Eu suspirei, juntei minhas mãos e me apoiei de novo na cadeira, enquanto eu pensava em minha medíocre vida.
É as coisas definitivamente tinham mudado e eu sabia que grandes mudanças iriam passar por minha vida.
"Como Zaqueu, eu quero subir..." Eu estava cantarolando com um sorriso nos lábios até que uma risada de leve me fez ficar em alerta, mais ainda permaneci com os meus olhos fechados.
"O mais alto que eu puder... Só para te ver, olhar para ti." Oh, definitivamente não era eu quem estava cantando. Mas aquela voz parecia igualzinha a da música, mas não vinha de lá... Estranho. Será que eu estava tendo alucinações? Oh, será que a mudança em minha vida, incluía eu ficar louca?
Tateei na mesa em busca de alguma dose de café, e não encontrando abri meus olhos. "Mas cadê esse... Oh!" Depois eu não lembro muito que aconteceu só que eu desabei na cadeira e eu tinha certeza que tinha quebrado alguma coisa.
"Bella? Bella? Você está bem?" Edward rapidamente contornou minha mesa e se agachou do meu lado enquanto perguntava com uma voz e rosto preocupados.
"É, huh..." Bem, considerando que meu orgulho havia sido ferido. Eu estava morrendo de vergonha, ah... "Tá tudo bem."
Ele olhou para mim meio constrangido e eu percebi que minha saia estava um pouco 'alta', quer dizer, estava mostrando mais partes da minha coxa branca do que verdadeiramente deveria. Diabos! Estava mostrando muito mais do que deveria!
Eu corei absurdamente e desci minha saia até os joelhos que era onde ela pertencia, Edward cavalheiro como sempre fingiu ignorar isso e estendeu a mão para mim que aceitei. E como sempre que eu o tocava uma corrente elétrica se passava por mim.
"É, huh... Obrigada." Eu disse corando.
"Bella? Você está bem?" Rose perguntou me olhando preocupada.
"Nunca estive melhor em toda minha vida..." Disse e vi que Edward riu sabendo da minha 'mentirinha'. Vários colegas começaram a rir, mas ao ver Edward eles ficaram calados. Parecia que ele exercia certo respeito por ali.
Mas isso é meio óbvio. O cara era lindo, perfeito, famoso, merecia respeito certo? Além do que ele era de Deus, e ninguém queria mexer com coisas de Deus. É incrível como tem gente que diz que não acredita, mas quando entra em uma berlinda a primeira pessoa que pensa é Ele.
Ok, eu nunca fui religiosa. Não podemos esquecer o meu pavor e ódio pela igreja, mas também eu acreditava, só não achava que eu deveria seguir.
Quer dizer, tinha muita gente que seguia, mais uma, ainda mais eu, não faria diferença, certo?
Mas desde sábado eu comecei a ver as coisas de forma diferente. Poxa, em menos de dois dias, eu já tinha ido a duas missas, uma confissão e uma boda de prata. Além de encontrar o padre algumas vezes. Você ainda vai dizer que sua vida não é capaz de mudar em dois dias?
"Eu acho que assustei você..." Ele disse atrapalhando minha conversa mental. Mas eu não me importei, quer dizer, eu gostava muito mais de conversar com ele do que conversar comigo mesma.
"Não, é que... Eu estava distraída. Pensando, sabe?" Eu percebi que a música dele ainda tocava no computador, então 'discretamente' eu fechei a página, enquanto ele ria. "Mas... huh desculpe a falta de delicadeza, mas por que está aqui?" Eu quase me chutei depois de ter dito as palavras.
Ele iria pensar que eu não o queria ali. E na verdade eu queria sim, ele era uma ótima companhia. Mas será que ele viera ali só para me ver? Quem sabe não pode ser isso? Quer dizer, o que mais ele poderia fazer na redação e na minha mesa? Eu não estava sendo tão absurda agora.
"Pensei que você soubesse." Ele disse. "Eu vim tratar da matéria do editorial."
"Ah..." Eu disse dando um leve sopapo na minha testa. "É você o cara da matéria. Eu estava esperando alguém, mas eu não sabia que era precisamente você."
Mas agora as coisas faziam sentido. Lógico, na sexta ele ligou quando eu ainda não estava, bem, vocês sabem, e ele queria falar da matéria, só que acabou que ele viu meu estado e decidiu me ajudar, e acabou que não falamos dela.
"É, como não deu nada na sexta com a ligação." Ele disse como se tivesse lido meus pensamentos. "Eu decidi vir pessoalmente, e eu também quero dar uma colaboração para a matéria."
"Ah claro. Qual é o assunto?" Perguntei tentando não prestar muito atenção nos olhos verdes dele ou dá proximidade que ele estava. Do cheiro que ele emanava.
"A religião entre a sociedade consumista."
"Ah agora eu me lembro." Eu disse com um sorriso. E assim foi, ficamos ali uma boa parte do tempo elaborando a matéria. Edward disse o LEAD* e eu anotei algumas idéias e formações em um bloco de papel. Foi meio difícil 'trabalhar' com ele, quer dizer, minha atenção não estava focada cem por cento na matéria em si.
*São as perguntas chaves que toda matéria precisa ter. A pergunta: O que aconteceu? Como? Aonde? Por quê? E assim por diante! ;)
"Quando você acha que fica pronto?" Ele perguntou depois que terminamos.
"Eu termino em dois dias no máximo. Mas... acho que a sessão do editorial já fechou pela semana. Talvez a publicação seja só para a semana seguinte."
"Está perfeito. Na verdade eu queria colocar mais perto do Natal, que é a época onde há mais consumismo, mas em outubro é bom o suficiente, eu acho."
"Eu também... Ei..." Eu disse rapidamente. "Obrigada pela folha ontem." Ele sorriu lindamente.
"Espero que você tenha entendido huh? Nada mais de sair por aí buscando folhas de desenhos!"
"Entendi senhor padre." Disse batendo continência.
"Oh, por favor..." Ele disse fazendo uma careta estranha. "Padre já é algo basicamente comum e você ainda coloca senhor na frente? Pode me chamar somente de Padre Edward ou só Edward."
"Então tá ok... Edward." Eu disse com um sorriso. Ele contribuiu.
"Então acho que já vou embora... Você liga para a catedral quando terminar?"
"Claro." Eu sorri. "Mas espera..." Eu disse o segurando pela manga da camiseta, mas ficou meio estranho obviamente então eu soltei rapidamente. Eu corava. "Eu poderia te pedir um favor?"
"Claro." Ele se voltou e se sentou novamente. "Quer dizer, depende..." Ele se corrigiu. Será que ele ainda achava que eu era uma das garotas que andavam atrás dele? Bem, ele deixou bem claro para mim no dia da confissão que se eu estivesse procurando por aquilo que eu não iria conseguir que ele tinha sua vocação e estava firme nela. E o fato de eu ter continuado, simplesmente dizia que eu não era uma dessas garotas que andavam atrás dele. Talvez eu corresse, tanto faz.
Mas apesar de tudo eu não queria parecer uma vaca predadora, ou pior uma vaca predadora com ex-namorado dos garanhões da cidade. Eu queria parecer alguém legal para ele, alguém que ele poderia contar sem ter medo que eu o agarrasse na primeira oportunidade. Mas eu também não queria muito isso, eu também queria que ele fosse para mim o que eu queria ser para ele. Alguém que eu poderia contar, e um padre nesse momento parecia à melhor opção.
OhmeuDeus, quem é você e o que fez com Isabella Swan? Quando que na minha vida eu iria imaginar que a pessoa com quem eu queria contar, ser uma amiga realmente seria um padre?
"Você está bem Bella? Você está meio branca." Ele disse me olhando atentamente. Eu forcei um sorriso e aproveitei a deixa para afastar aqueles pensamentos mórbidos de minha mente. Eu tinha que parar de falar comigo mesma, isso já estava ficando estranho. Ou é isso o que dá não ter ninguém para conversar. Ou talvez sejam simplesmente, os primeiros sinais da loucura interior.
"Sabe..." Eu contornei. "Lauren, minha chefa, disse que eu não teria trabalho extra até que você saísse... E..."
"Pera aí." Ele disse sorrindo. "Você quer me usar como forma de matar trabalho?" Ele arqueou uma sobrancelha de maneira sexy. Minha boca quase iria responder por mim que eu queria usar ele de outra forma, mas meu cérebro interferiu a tempo. Quer dizer, ele era padre e tudo o que eu poderia conseguir dele era amizade. E bem, era isso o que eu queria também, não era?
"Não... Ok, talvez." Eu disse revirando os olhos. "Mas é por uma boa causa. É que minha chefa adora me dar trabalhos que eu não precisaria fazer. Ou trabalhos que me dariam um salário dez mil vezes maior. Só que o problema é que eu recebo o mesmo salário que todos os outros, que trabalham menos do que eu sou obrigada a trabalhar." Eu disse ficando quase sem fôlego. "Então eu pensei, já que você está aqui, que você poderia me livrar da escravidão por essa manhã." Eu fiz minha melhor cara de inocente e de anjinho e ele suspirou.
"Bem... Não acho que seja uma boa idéia."
"Ah... Por favor, por favor, por favor..." Eu disse implorando á ele. Ele sorriu e disse.
"Ok." Ele rolou os olhos. "Mas só porque eu sou uma boa pessoa."
"Tenho certeza que você é." Eu disse, e quase me chutei pelo duplo sentido que as palavras formaram em minha mente.
"Eu não acredito!" Disse dando uma forte risada. "Emmet fez isso mesmo?"
"Fez." Ele respondeu. "Ele ficou louco quando viu que eu estava falando sério em ser padre. Logo depois ele foi pro banco."
"Banco? Para quê?"
"Porque ele tinha apostado com algumas meninas do colégio que ele me 'arranjaria' para algumas delas. E como eu nunca fui o cara 'galinha', elas duvidaram. E então quando Emmet soube da notícia, ele soube que não teria mais chances de ganhar a aposta."
"Hilário." Eu disse abando a cabeça.
"Emmet é meu amigo desde então. Ele nunca aceitou muito, o melhor amigo dele padre, mas agora eu acho que ele já se acostumou." Será que eu me acostumaria?
"Então, você disse que desde 15 anos você estava no seminário?"
"Aham..." Edward disse enquanto tomava um gole do café extra forte que ele havia pedido. "Minha mãe sempre quis ter um filho padre. E bem eu era o único filho dela."
"Então você foi, huh, obrigado?"
"Não." Ele disse com uma voz estranha, mas logo deu de ombros. "Foi à melhor coisa que eu fiz e agora eu tenho certeza disso. Eu tenho certeza de minha vocação." Ele falou mais para ele mesmo do que para mim. Eu queria perguntar e arrancar mais coisas dele, mas antes que eu pudesse elaborar um comentário ou fazer outra pergunta, ele já falava.
"E você? Fale-me sobre você."
"Bem..." Mordi meus lábios. "Minha vida não é muito interessante."
"Eu tenho certeza que é." Ele falou convicto. Eu corei e desviei meus olhos e tentei ganhar tempo enquanto eu mesma tomava um gole do meu cappuccino.
"Minha mãe e meu pai vivem em Washington. E eu sempre quis fazer faculdade aqui em NYC. Então, eu vim para cá e os pais de Emmet me ajudaram há alguns anos. Então eu fiz a faculdade de jornalismo, e entrei aqui."
"Estranho, eu sempre fui amigo de Emmet, mas nunca vi você."
"Bem... Deve ser porque eu logo me mudei para meu apartamento próprio. Quer dizer, era uma quitinete bem humilde que eu dividia, mas eu poderia chamar de meu, sabe? E eu também vivia meio isolada por causa da faculdade." Eu nunca gostava de falar disso, mas Edward parecia ter um jeito de arrancar as coisas de mim. Edward pareceu ter percebido minha pequena mentira sobre 'isolada pela faculdade', isso geralmente tende ser ao contrário. Mas ele mostrou tato o suficiente para não ficar perguntando.
"E onde você conheceu Mike?"
"Mike..." Eu disse me lembrando da cena de ontem do Central Park. Dele nu, dizendo que a idéia da fundação dos Garanhões da Cidade era dele inspirada em mim. "Eu conheci ele logo quando eu comecei a trabalhar. Um amigo de um amigo meu nos apresentou e eu fiquei meio deslumbrada por alguém ter interesse por mim, ainda alguém como Mike. E aí começamos a namorar..."
"Você fala de um jeito," Edward começou me estudando. "Como se fosse uma espécie de patinho feio. Como você não entrasse na sociedade devido a sua aparência."
Eu estava me abrindo tanto com Edward que eu estava chegando a me surpreender. A conversa havia chegado á um ponto em que eu não mais me importava como eu me parecia para ele, como eu estava-me portando. Eu simplesmente era eu.
"E não é verdade?" Eu disse deprimida.
"Com certeza não é." Ele disse convicto, na verdade ele parecia um pouco zangado com minhas palavras. Como se eu tivesse cometido um pecado ou coisa assim.
"Como assim?"
"Você é linda Bella. E você não enxerga isso."
"Você enxerga?" Perguntei surpresa e confusa com suas palavras.
"Sim. Assim como todos, eu enxergo sua beleza. Você é uma das mulheres mais lindas que eu já conheci."
"Huh, o quê?" Perguntei surpresa. Quer dizer ninguém nunca havia me dito aquilo. E me chocou. Lógico que me chocou. Quando um cara lindo embora seja padre vem e te diz que você é linda, o que você faz? Fica boba, obviamente.
Ele sorriu vendo minha expressão.
"Meu papel é ser instrumento de Deus. Quando eu escolhi persistir nessa caminhada eu escolhi ajudar as pessoas a minha volta. Aquele dia no telefone eu estava te ajudando, porque o meu senso de humanidade falou mais alto, eu sabia que você precisava ser ajudada, embora eu não te conhecesse. E hoje eu faço a mesma coisa, porque eu vejo o quanto sua alto estima está lá embaixo, o quanto você sofre depois de descobrir tudo sobre seu ex namorado, e meu papel é estar aqui e te ajudar. E se isso implica dizer que você é linda, eu digo. E não pense que é só para te ajudar, é a mais pura verdade."
Ele falou carinhosamente enquanto me olhava. Algumas lágrimas surgiram nos meus olhos, enquanto eu tentava desviar para que ele não visse.
"O que foi?" Ele perguntou gentilmente.
"Ninguém nunca disse isso para mim. É como... Ter uma sensação... De ser amada." Falei mordendo meus lábios para me impedir de chorar na frente dele.
"Você pode não acreditar em Deus, ou ter pavor dele, ou o que seja. Mas eu sei que ele pode te ajudar e está me usando como instrumento nesse momento. E também sei que o fato de você ter procurado a igreja tão inesperadamente, o fato de ter aquelas bodas de prata, de eu ter ligado para você, e de eu estar aqui hoje, não é uma simples coincidência."
"O que você quer dizer com isso?" Perguntei confusa. Quando ele ia responder Emmet apareceu e chamou Edward entusiasticamente.
"E aí irmão, beleza?" Eles se cumprimentaram enquanto eu tentava de deixa para parar de chorar. "A Bella não deu trabalho não né?"
"Que é isso. Excelente profissional." Edward disse sorrindo.
"Vamos tomar um café lá embaixo, ou talvez um almoço." Emmet ofereceu.
"Eu adoraria. Vem conosco Bella?" Ele perguntou me olhando. Eu me forcei a olhar para ele e respondi.
"Não, eu... Tenho coisas para fazer."
"Ok." Ele me olhou atentamente como se estivesse me estudando. Quando ele já estava virando para ir embora eu o chamei de novo.
"Padre!"
"Sim?"
"O que você quis dizer?" Perguntei de novo.
Ele sorriu e disse por cima do ombro.
"Que Deus tem planos maiores para você." E assim ele saiu de lá lindo e perfeito, enquanto eu me afundava em pensamentos.
A razão por eu estar chorando implicava tantas coisas que a maioria eu não conseguia colocar em palavras certas. Quer dizer, nunca ninguém havia me tratado tão carinhosamente como Edward havia feito. Nunca ninguém disse nada para melhorar meu estado. Nunca ninguém havia falado o que ele falou 'você é linda, uma das mulheres mais lindas que eu já conheci'. Bem, se ele só me conhecesse e as mulheres de sua família eu poderia acreditar. Mas ele era o Padre Edward Cullen, o famoso, o que todas as mulheres morriam por. Com certeza ele conhecia verdadeiras beldades, o que me levou a pesar se ele realmente havia sido sincero ou se estava falando aquilo somente para me tirar do meu momento mórbido.
Mas seus olhos diziam outras coisas, por mais que eu não acreditasse. Seus olhos diziam que ele falava a verdade, embora essa fosse absurda e esdrúxula.
A questão era que agora mais do que nunca eu sabia que eu havia encontrado o caminho de minha vida. E um verdadeiro amigo, acima de tudo. Um lindo, gostoso e padre amigo, devem acrescentar.
"Ei Bella, você está meio estranha..." Rose disse chegando hesitante em minha mesa como se ela tivesse receio que eu fosse atacá-la a qualquer momento. A qual é, quais eram os momentos que ela tinha me visto nesse estado? Eu não era o tipo de mulher considerada sentimental.
Mulher... Bufei. Eu não me sentia uma mulher. Eu me sentia uma garota. Que se depare com algo proibido, e que esse proibido é a melhor coisa que acontece na vida dela. Oh, vida injusta.
"Estou bem Rose." Assegurei. E eu estava somente um pouco confusa, porém eu estava.
"Então," Ela disse ainda com medo de que eu pudesse tirar minha bazuca de estimação da bolsa e atacá-la. "Vamos para o almoço?"
"Não..." Disse pegando minha bolsa. "Tenho coisas á fazer."
"Aonde você vai?" Ela perguntou enquanto eu já entrava no elevador.
"Compras!" Gritei como qualquer editora contra o consumismo diria.
"É... Eu acho que não vamos ter algo assim."
"Assim como?" Perguntei desafiante para a vendedora que estava a minha frente. "Por acaso você tem algum preconceito com esse tipo de roupa?"
"Não, não é esse o caso. Mas nós não, huh, nos especializamos nisso, entende?"
"Então que merda... huh, que benção de loja de departamento é essa que não tem o estilo de roupa que a gente quer?"
"Temos todos, menos o estilo huh... Gospel."
"Não é estilo Gospel... É um estilo reservado."
"Olha realmente não temos, mas talvez você ache em uma loja que fica meio... afastada da área da Wall Street."
"Ótimo." Disse girando meu cabelo e marchando até a tal loja indicada. Mas que loja e vendedora incompetentes! Eu achava que teria que dar uma de Peter Parker e confeccionar minhas próprias roupas. Claro, sem a aranha e o vermelho todo. Talvez o colante seja legal, ei, não daria certo ir á igreja com aquilo. Você agora é outra Bella, outra!
A loja que a tal vendedora incompetente havia indicado era uma loja a fantasias. Ótimo, haha. Talvez o meu sonho da roupa do Homem Aranha se tornaria realidade. Mas claro eu teria mais sorte, eu não teria que confeccioná-la, embora eu duvidasse que um homem, mesmo com super poderes iria conseguir fazer isso. A qual é, ele usou as teias grudentas como linha?
Enquanto eu andava desolada pela rua mais movimentada, eu encontrei uma senhorinha vestida com uma grande saia preta, com uma camiseta branca cobrindo todo o tronco, e uma bíblia e terço nas mãos. Era exatamente o que eu precisava.
"Ei, por favor, senhora!" Chamei. Ela olhou assustada para mim que viera correndo para chegar até ela.
"O que você quer satanás?" Ela colocou a bíblia na frente como que fosse protegê-la.
"Ei, eu sou da paz!" Eu disse e para confirmar isso eu fiz uma pombinha com as mãos. A velhinha ainda me olhou assustada e pronta para um extermínio a qualquer momento.
"O que você quer?"
"Eu queria algumas roupas como as suas... Onde a senhora comprou?" Ela me olhou desconfiada por cima dos óculos de aro grosso. Ela me olhou de cima abaixo, a minha saia, até minha blusa quase decotada. O meu cabelo solto pelos ombros e minha pouca maquiagem.
"É festa a fantasia? Por que se for, você está brincando com coisas de Deus. E isso é pecado!" Ela disse batendo em sua bíblia como que suas palavras tivessem saído diretamente de lá. Claro, em algum lugar deveria ter uma passagem em que uma mulher louca saia correndo na Wall Street pedindo as roupas religiosas da velhinha, a velhinha iria dizer que era para uma festa a fantasia. Lógico, típico de ter em uma bíblia. Será que lá falava da escolha do uniforme de Peter Parker?
"Claro que não. Eu nunca iria fazer uma coisa dessas, quer dizer, há dois dias eu faria, mas eu encontrei Jesus!" Eu disse com convicção. Há dois dias eu realmente poderia ter escolhido uma roupa de freira para ir á uma festa assim, do jeito que eu era, é bem capaz de eu ter ido somente para passar a ironia por onde eu andasse. Mas agora não.
"Você? Encontrou Jesus?"
"Mas é claro. Por isso que eu estou pedindo para saber onde a senhora comprou suas roupas. Olhe isso..." Apontei para minha saia que estava comprida para os padrões normais, mas para a senhora deveria estar demoníaca. "Olhe mais isso" apontei para minha blusa quase mostrando o decote. "Você agora tem a chance de salvar uma alma do fogo do inferno, do juízo final... Você vai mesmo perder essa chance?" Fiz minha melhor cara de anjinho o que deve ter funcionado porque a velhinha soltou um sorriso enquanto mexia em sua bolsa.
"Você está certa, irmã. Devemos ajudar sempre os jovens." Ela me entregou um cartão com o nome de uma loja. "Eu sempre levo comigo. Para situações como essa." Claro, sempre apareciam garotas desesperadas pedindo á ela uma loja dessas. O cartão estava até meio amarelado, tanto deve ter crido raízes de esperança na bolsa da velha mulher.
"Obrigada."
"E claro, você parece tão firme em sua vocação." Vocação? "Talvez você queira procurar um convento e conversar com a madre, ela é minha amiga, e eu também tenho o cartão aqui." Ela se apressou a buscar outro cartão na bolsa dela. Mas agora convento? Vocação? Bem, isso realmente não era algo que estava dentro dos meus limites de loucura. Era pedir demais mesmo. E antes que a senhorinha pudesse me apresentar ao clero inteiro eu agradeci por cima do ombro e pedi ao taxi para que me levasse na tal loja. Afinal, horário de almoço não era para sempre.
Chegando lá eu quase me assustei com as imagens de santos e terços para todos os lados. Eu estava andando acuada em meu mundo subterrâneo quando uma generosa vendedora veio me atender. Diferente da velhinha ela não se surpreendeu com o meu pedido, e começou a me mostrar várias opções de compras.
Quando eu estava vestindo algumas saias compridas no vestiário ela começou a conversar.
"Sabe você não é a primeira que faz isso."
"Isso o quê?" Ela deu uma leve risadinha e prosseguiu.
"Se fingir de religiosa."
"O quê?" eu abri as cortinas rapidamente. Ok, que eu estava só de sutiã e com uma saia comprida, mas eu a encarei cheia de fúria. "O que você disse?"
"Oras..." Ela olhou para as unhas. "Não precisa fingir colega, eu sou assim também. Você não é a primeira que tem essas idéias." Eu estava pronta para responder quando um homem entrou na loja, eu corei de vergonha e fechei rapidamente a cortina.
Ouvi a vendedora atender o homem e depois que ele foi embora eu perguntei.
"Eu não sei do que você está falando..."
"Oras, do padre Edward Cullen. Se eu fosse contar o número de mulheres que veio nessa mesma loja procurando por roupas religiosas por causa dele, você seria a número duzentos."
"Mas eu não estou por causa dele, e nem que se eu estivesse... Eu estou aqui por Deus, porque eu descobri o meu caminho. Deus usou Edward para me guiar á igreja, e agora eu estou seguindo isso. Ele é bonito e é lindo, mas eu estou convencida que esse é o motivo que Deus usa para atrair as pessoas para Sua casa. E eu, antes de tudo, descobri o que Deus tem para mim, e não é por ele que decido essa vida nova para mim. Eu encontrei Jesus!" Cara, eu falei demais. Mas, pêra aí, quem é você e o que fez com Isabella Swan mesmo?
"Isso é o que todas falam." Ela replicou. "Todas pensam o seguinte. Se ele não nota a gente do jeito que é, vamos nos vestir religiosamente, quem sabe esse seja o estilo dele e ele se interesse."
"Isso é ridículo! O estilo dele?" Depois que eu fui perceber que eu o estava defendendo. Eu lembrava muito bem da conversa do confessionário, da maneira como ele disse que sofre ao ver que pessoas vão à igreja não por causa de Deus, mas por causa dele. E me lembrava muito bem da imagem viva dele me ajudando e melhorando meu caminho. Eu não poderia deixar essas pessoas falarem assim dele. "Ele é padre! Ele não pode se interessar! E acho que ele nem queira!"
Senti algo estranho quando falei isso, mas eu sabia que era o certo.
"Ele é padre, mas é homem!" Ela disse. "Agora já sabe o que vai levar?"
Com raiva eu peguei as roupas que eu havia provado e joguei tudo no caixa.
"Vou levar todas essas. E que fique bem claro que é por Deus e porque eu encontrei Jesus!"
Ela riu, mas mesmo assim me deu várias sacolas, ao sair ela disse baixo, porém dando para eu ouvir.
"Sei muito bem quem ela encontrou. Todas sabem."
"U-A-U. Bella arrasou no novo estilo."
"Você pode-me dizer onde comprar um desses?"
"Fiu-fiu"
"Ui, tentação."
"Adorei!"
"Ridículo!"
"Ronaldo."
"Bella, onde é a festa á fantasia?" Rose perguntou me olhando de cima a baixo. Ela começou a rir em plenos pulmões, assim como todos na redação riram depois do momento atônitos. "Mas bem, uma festa na segunda? Ainda mais no horário de trabalho? Mas cara Bella, você realmente arrasou no quesito 'ironia', se tiver um concurso com essa classificação, você ganha."
Rolei meus olhos para ela enquanto me sentava-se à mesa e ajustava minha saia. Oh, negócio desconfortável. Ainda bem que estávamos em pleno inverno Nova Iorquino. Pelo menos eu não seria uma batata fritada.
"Rose fica quieta. Não tem festa á fantasia nenhuma, ok?" Ela continuou a rir.
"Ah seu senso de humor é ótimo, Bella. Bem se não é festa, é uma aposta ou uma crítica?"
"Rose..."
"Arrasou Bella!" Gritaram.
"Valeu." Respondi de volta. "Rose você não consegue acreditar não é mesmo? Esse é meu novo estilo."
"Não sabia que minha avó tinha ressuscitado." Alguém disse. Revirei meus olhos para o infeliz ateu que havia dito aquilo. Hello, eu havia sido isso praticamente há três dias; cala a boca Bella, moral sobre isso você não tem mais.
Apagou-se o sorriso de Rose e ela se aproximou de mim para que ninguém nos ouvisse. Cruzei minhas pernas com certo desconforto, quer dizer, o negócio era longo, mas um pouco justo, você não tinha certa liberdade ali. Nem que se eu quisesse mostrar alguma coisa eu conseguiria. Talvez fosse essa a real intenção do estilo dessas roupas.
"Não tem graça, Bella." Rose disse baixinho. Ela parecia não acreditar que eu estava falando a verdade, mas também não acreditava que eu estava blefando. Ela só não sabia o porquê da minha mudança.
"E quem disse que é uma brincadeira para ter graça?" Retruquei.
"Estão falando no prédio inteiro de você, e OhmeuDeus!" Ah não. Lauren não. Ela começou a rir horrores enquanto me via. "Eu pensei que era uma brincadeira, mas não é que é verdade? Arrasou Bella!" Ela riu horrores e todos acompanharam. Eu iria responder umas poucas e boas inclusive que ela iria arder no fogo do inferno, mas bem, ela era minha chefa, e eu uma cidadã pobre e dependente. Até eu ter meu próprio jornal – que vai demorar talvez daqui quinze gerações e que meu cachê vai direto pro caixão – eu tenho que bem... Humilhar-me. Fazer o quê? É vida, eu tenho que me conformar e... Maldita sociedade capitalista! Opa espera... Bendita, que benção, que divindade de sociedade capitalista.
É, eu teria que fazer alguma mudanças básicas por aqui.
"Obrigada chefa. Que Deus tome conta de sua alma..." Por que do corpo, vixi, esse já estava perdido.
"Sabe Bella, não é que esse estilo fica melhor em você? Eu não sei, aumentou o seu jeito bobona!" Ela começou a rir junto com os outros enquanto ela saia de lá ainda rindo e fazendo vários comentários.
"Bella! Isso já não está mais engraçado." Rose falou assim que Lauren saiu. "Você me deve uma explicação, eu sou sua melhor amiga, e você não pode ficar mentindo desse jeito e mexendo com minha cara e..."
"Rose... Eu não estou mentindo. Eu encontrei Jesus." Disse com uma convicção que há alguns minutos eu não tinha. Deus realmente era poderoso.
"Ok, agora será que dá para você encontrar um pouco de sanidade nessa sua cabeça de vento?" Ela me puxou pelo braço e me levou a um grande espelho que tinha ali. "Está vendo... Está vendo como você está vestida?"
Eu olhei para minha própria imagem. Saia preta até os tornozelos, sapatos pretos fechados e uma blusa branca de renda e babados que cobria tudo até o pescoço. Meu cabelo estava preso em um coque e eu estava sem nenhuma maquiagem.
"Sabe, até que ficou legal em mim..." Disse dando uma voltinha.
"Bella!" Rose me chacoalhou pelos ombros me fazendo olhar para ela. "Cadê minha amiga que odeia igrejas, cadê minha amiga que não ia á igreja nem por decreto, que odeia religião, que fala mal tudo quanto é coisa ligada á isso, e tem um preconceito por padres maior que o mundo?"
"Essa é a antiga Bella. A Bella perdida do mundo. A Bella sem Jesus. Mas agora eu encontrei meu caminho. Tarde, porém encontrei."
"Você está falando realmente sério?" Ela perguntou.
"Claro. Eu não brincaria com uma coisa dessas." Ok, que antes eu brincaria, mas Deus não liga para o passado das pessoas, liga?
"OHMEUDEUS!" Rose disse abrindo a boca e pegando seu celular quando viu, finalmente, que eu realmente falava sério. Ela esperou alguns minutos até que alguém do outro lado atendeu. "Emmet corre aqui. A Bella está louca... O que aconteceu?" Ela olhou para mim por cima do aparelho.
"Ela inesperadamente e loucamente virou de repente... Religiosa."
"Ok Bella." O psiquiatra que tinha ao prédio ao lado da redação, o Sr. Thomas, me perguntou mais uma vez. "Diga-me novamente o que aconteceu para você tomar essa decisão?"
Eu rolei meus olhos e em seguida lancei um olhar raivoso para Emmet e Rose que estavam um pouco afastados olhando tudo atentamente. Estávamos na lanchonete da redação que no horário estava vazia, e o psiquiatra fora chamado lá no caso emergência. Que era eu! Você pode acreditar em um negócio desses?
"Olha... Diga aqueles dois." Disse apontando para eles. "Que eu estou perfeitamente sã?"
"Segundo eles me contaram, senhorita..." O Sr. Thomas abaixou os óculos. "Você seria a última pessoa na via Láctea que ingressaria no mundo religioso. Que você preferiria ser mulher bomba a entrar em território sagrado. Você deve compreender que essa sua mudança é meio... Brusca."
"Doutor, eu sei que eu era uma idiota completa no passado. Mas agora eu me converti. Você não acredita em milagres?"
"E isso realmente deve ser um milagre!" Emmet disse do outro lado da sala. Ele deveria estar fazendo várias piadinhas a esse respeito, mas inesperadamente ele estava sério e preocupado.
"Eu ainda estou achando que é pegadinha de TV." Rose disse e eu ignorei.
"Você tem certeza que no caminho você não bateu em algo? Uma pedra? Não sei, tropeçou... Ou alguma coisa?"
Quando eu ia responder, Rose interferiu.
"É isso! Foi Mike! Ela sofreu um trauma recente, quer dizer, ontem. Ela descobriu que o namorado fazia parte dos garanhões da cidade."
"Garanhões da cidade?" O Sr. Thomas perguntou arqueando uma sobrancelha parecendo repentinamente nervoso.
"Sim, mas não tem nada a ver. Deixa eu te contar de novo como começou minha transformação. No sábado os pais de Emmet iriam comemorar vinte e cinco anos de casados em uma cerimônia na St. Patrick's, e eles são muito importantes para mim e eu fui obrigada a ir. Eu confesso que eu dei um jeito de ficar do lado de fora, mas veio uma chuva e eu tive que entrar pelo bem do meu cabelo. Acabou que eles dois me deixaram lá e eu fiquei presa, depois fui arrastada por uma velhinha e participei de uma missa. Lá eu encontrei o padre e eu o encontrei algumas vezes depois, e eu comecei a perceber que ele estava no meu caminho para eu encontrar a santidade, para mudar de vida."
"Ei espera... Edward?"
"Padre Edward." Corrigi Emmet. "Sim, é ele." Me voltei para o Sr. Thomas "Agora você me entende? Deus o usou como instrumento para me converter, ele mesmo disse isso. Pode perguntar!"
"Espera, o famoso padre Edward?" O Sr. Thomas perguntou.
"Sim. Foi ele o meu anjo que me tirou da vida das trevas." Disse com uma voz cheia de adoração.
"Mas... Bem, eu tenho uma teoria que... Só pode ser..."
"Ei espera. Qual é o seu primeiro nome?" O Sr. Thomas me olhou confuso, mas respondeu.
"Smith. Smith Thomas." Eu peguei o pedaço de papel que eu sempre carregava comigo e... "Tony Alero, Smith Thomas..."
"Ei! Você faz parte dos Garanhões da cidade!" falei com nojo. "Por isso você ficou nervoso quando eu te disse deles! Ah, eu vou embora e... e... Que Deus te abençoe." Sai dali feito um furacão enquanto Emmet e Rose corriam atrás de mim.
"O que foi Bella?"
"Ele. O psiquiatra. Smith Thomas. Esse nome está incluso na lista dos Garanhões da Cidade. E vocês ainda esperam que eu fale com ele?" eu revirei meus olhos.
"Bella espera. Você tem que consultar alguém..." Rose disse preocupada.
"Não dá para vocês perceberem que eu estou bem?"
"NÃO!" Eles disseram em uníssono.
"Ótimo. Querendo ou não entender, eu estou bem. Eu me converti e encontrei Jesus. Eu estou em uma nova vida, e se eu fosse vocês eu seguiria também..."
"Eu vou ligar para Edward..." Emmet disse, mas eu o parei.
"Não! Ele já fez o trabalho dele. O trabalho dele era me ajudar a mudar de vida, agora eu mudei. Não devemos mais interferir na vida dele, ele já cumpriu sua missão."
"Eu tenho certeza de que ele vai fazer um exorcismo em você, isso sim Bella!" Ele retrucou. "Não é você, Bella. Você não está normal."
"Eu estou tão bem como nunca estive em minha vida antes." Disse abrindo a porta da redação e saindo na rua entrando em contato com o vento gelado.
"Aonde você vai, Bella?" Eu me virei e ajustei minha saia.
"Ás compras. Aliás, não é higiênico usar sempre a mesma roupa não é?"
13 comentários:
Ainda bem que ela se apaixonou por um padre... já pensou se fosse por um cantor de Funk dos morros do Rio!!!! Kkkkkk
Concordo totalmente.
Era só pra ajudá-la a melhorar seus pensamentos sobre igreja não se transformar.
Ela deve ter ficado muito engraçada.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A Bella é muitooo lokaa!!
Concordo acho que ele levou ao pe ta letra de maiss... Não era algo radicall kkk\z
Nossa q exagerada!
OhMeuDeus!!!!
O que Edward vai pensar?
Ela exagerou. Era só pra ela começar a mudar um pouco os seus pensamentos sobre religião.
Agora fazer tudo isso. A coitada só vai passar mais vergonha isso sim.
Mais e a cara dela passar vergonha, não é?
Nossaa não consigo imaginar a Bella com um rupa dessas deve ser iper ilariooo kkkkkk...
Tbm estou curiosa pra saber oq eu o Padr Edward vai dizer kkkk\z
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Bella é muito loka!galera,da pra imaginar ela de saião,coque e blusa de gola alta?!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk muito hilário!quero saber o q o Padre vai dizer quando a ver!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
OMG!!!!!!!! Deve ter ficado lindo.
Jesus......apaga a luz!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
eu quero ver oq o edward vai falar pq eu acho que a
Bella exagerou um pouco, pq nem ele é asim.
Só mais vergonha´pra coitadinha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Muitho engraçado essa fic
"Eu vou ligar para Edward..." Emmet disse, mas eu o parei.
"Não! Ele já fez o trabalho dele. O trabalho dele era me ajudar a mudar de vida, agora eu mudei. Não devemos mais interferir na vida dele, ele já cumpriu sua missão."
"Eu tenho certeza de que ele vai fazer um exorcismo em você, isso sim Bella!" Ele retrucou. "Não é você, Bella. Você não está normal."
bjinhos, bjinhos , até + ...
haha a parte do psiquiatra foi hilária !!
Coitada da Bella... Edward drogou ela só pode !!
É super legal reler a fick depois de 1 anoda estréia, isso relembra muita coisa boa e muitos risos que, agora, pude rir de novo.
Saudades das postagens e dos comentários das meninas...Bjs pra todos!!
a bella ta muito doida e transfomarda!
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