Pe. EDWARD
"Você está brincando comigo Emmet?" Disse enquanto colocava a panela de arroz no fogo.
"Não estou irmão, não estou." Ele disse enquanto se ajustava na cadeira da mesa na cozinha da casa paroquial. "Mas sério, eu já disse que não sou gay, mas você é presença e tudo, e ainda sabe cozinhar! Com certeza muitas mulheres devem estar tentando te matar nesse exato momento."
Eu dei risada do jeito brincalhão dele enquanto Alice entrava na cozinha cheirando o ar.
"Hmm... Edward esse arroz promete. E Emmet eu concordo inteiramente com você." Ela disse com seu jeito de fadinha.
"Alice!" Emmet a abraçou. Emmet sempre gostou de Alice, e fazia tempo que eles não se viam, mas agora Alice se mudara para a casa paroquial para me fazer companhia e ficar mais perto da igreja. "Sabe... Com uma pessoa normal eu diria 'como você cresceu', mas com você, esse não é o caso."
Ela mostrou a língua para ele divertida. "Seu bobo. Você também não mudou nada. Embora ache que você tem tomado algumas bombas."
"Bombas?" Ele disse curvando os músculos no braço. "Isso aqui é resultado de três horas diárias de musculação pesada. E vê, é durinho."
"Ok Emmet." Disse interferindo. "Alice não quer saber de seus dotes e meios para conseguir um corpo de monstro."
"Além do que não fica legal no meu tamanho." Ela deu um sorriso travesso.
"Ei eu já vi vários anões musculosos e..."
"Emmet..." Eu interferi antes que eles começassem a brigar. "Continue dizendo lá de Bella."
"Ah então..." Ele se endireitou na cadeira enquanto contava. "Ela apareceu lá do nada na redação com roupas de beata e tal, e diz que a culpa é sua."
"Minha?" Alice pegou uma colher e provou um pouco do arroz.
"Até que está bom, Eddie. Se você não fosse padre, poderia ser chef."
"Ela disse que você foi usado como instrumento de Deus para fazê-la mudar de vida ou coisa do tipo." Emmet continuou.
"Ei, mas eu..."
"Ela disse que você mesmo disse isso..."
"Quem é Bella?" Alice perguntou, mas eu ignorei.
"Ah... Eu realmente disse. Mas foi em outra coisa." Disse colocando um pouco de tempero no arroz e vendo a carne no forno. "Ela estava em um momento ruim, de auto-estima baixa e eu só falei algo para animá-la. E disse que meu papel era dizer aquelas coisas, que ao escolher a vida sacerdotal, Deus me usava como instrumento para ajudar as pessoas."
"É, mas parece que ela acha que essa ajuda é converter ela."
"Mas isso é bom então..."
"Bom? É estranho... Não para Bella"
"Talvez ela tenha encontrado o caminho dela... Ou eu seja esse instrumento mesmo sei lá. Deus é imprevisível."
"Mas meu Deus, agora eu realmente acredito em uma coisa. Se Deus converteu Bella, qualquer um pode ser convertido."
"Credo Emmet."
"Bella é a garota do telefone?" Alice perguntou. "A que eu falei que era sua esposa, Eddie?"
"Foi..." Disse tirando a carne assada do forno. Eu dera uma grande advertência á Alice depois quando eu cheguei a casa. Qualquer dia ela me colocaria em problemas.
"Ah, talvez ela seja uma das garotas-problemas..." Olhei feio para ela. "Ok, eu sei que você não gosta desse termo, mas é a explicação. Lembre da Susie? Ela se vestiu como quase uma freira para ver se aí atraía sua atenção, talvez essa tal de Bella esteja fazendo a mesma coisa..."
"Pode ser..." Emmet disse pensativo. "Mas acho improvável. Bella é louca pelo ex namorado dela..."
Enquanto Alice e Emmet ficaram falando do que poderia estar acontecendo. Eu pausei em minha cabeça. Se Bella realmente havia feito aquilo para chamar minha atenção, queria dizer que ela não havia ligado para meu aviso no confessionário e que por trás de tudo havia segundas intenções.
Mas não... Não ela. Ela me pareceu verídica demais, e eu não acredito que ela possa fazer esse papel. Não depois do que ela disse no confessionário, não depois da tarde na redação. Eu não acreditava que Bella se sujeitaria a isso, não importa o que falassem dela.
"Edward? Ei! Terra para Edward."
"Oi Emmet."
"O arroz, vai queimar."
"Ah... Desculpe." Tirei do fogão e coloquei em um suporte de vidro. "Espero que vocês gostem do almoço, a empregada que geralmente cozinha está de férias adiantadas do Natal, então eu tenho que me virar..."
"Se bem que eu acho que você cozinha melhor do que ela..." Alice disse se servindo de uma grande pratada.
"Alice como que você consegue comer tudo isso? Quer dizer, para onde vai?" Ela revirou os olhos para Emmet.
"Cuide de sua alimentação. Quando Edward cozinha eu não me importo de engordar uns quilinhos. E ah; não se esqueça Ed do jantar de hoje lá na casa da mamãe."
"Hum... Jantar na dona Esme hoje? Hoje é sexta, eu tinha planos, mas acho que vou cancelá-los."
"Você está convidado tá, Emmet?" Eu disse ironicamente. "E convide Rose também." Ele corou e eu sorri por pegar ele vulnerável.
"É. Huh, eu acho que seria uma boa idéia..." Ele se atrapalhou.
Eu me servi e vi que a comida estava boa. É, se eu não fosse padre poderia ser chef, humildemente é claro.
"Emmet quando que Bella começou com essa história?" Eu não conseguia tirar aquilo da minha mente.
"Segunda. Depois que você foi lá de manhã." Ele disse com a boca cheia. "Cara isso tá bom..."
"E por que você só me conta hoje?"
"Bem, eu pensei que ela iria voltar ao normal depois de uma noite de sono relaxante, mas não voltou. Então aproveitando o convite para o almoço eu contei."
"Ah... Bem, acho que ela realmente encontrou o caminho dela."
"Só espero que não seja o da loucura certo?" Emmet disse enquanto enchia a boca com mais uma pratada de comida.
Bella
"Bella, pelo amor de Deus, dá para você parar com isso?" Rose disse, ou melhor, gritou assim que colocou os pés no meu apartamento. Há quinze minutos ela havia ligado dizendo que iria fazer uma visita em nossa tarde livre e eu deixara a porta aberta para não ter que levantar quando ela chegasse depois. Hoje era aniversário de uma espécie de patriarca do jornalismo e estávamos de folga. Levantei meus olhos para Rose confusa enquanto ela trazia o rosto vermelho de ira.
"O que foi?" Perguntei inocentemente. Até poderia ver a auréola em volta de minha cabeça.
"Isso..." ela apontou para onde eu estava. "Bella você está cercada de livros! Ok se fosse livros de ficção científica, ou 'como odiar Jesus em 10 dias' até vai, mas livros de religião?" Ela disse horrorizada. "Bíblia?" Ela apontou para uma que eu segurava nas mãos.
"Rose, quem não respeita a igreja agora não é mesmo?" Disse calmamente enquanto virava a página da bíblia, me lembrando de uma conversa que eu e ela tivemos na sexta passada, em que ela disse que eu deveria ter pelo menos respeito pela igreja. Haha, as coisas mudam.
"Posso saber o que você faz lendo a bíblia? E com esses livros de santos espalhados por aqui? Você invadiu a biblioteca da cidade por acaso?"
"Não. Eu comprei." Disse calmamente enquanto lia um trecho da bíblia. "Olha que legal Rose. 'Onde dois ou mais estiveram reunidos em meu nome, ali eu estarei entre eles'." Nossa que profundo. "Bem Rose, já que eu estou entrando nesse caminho religioso e bem, meu passado não foi muito legal, eu decidi que eu tenho que me atualizar. Tem essa também olha... 'E deus criou o mundo em seis dias, e no domingo ele descansou.'" Então até Deus descansava! É eu teria que mostrar a bíblia para alguns chefes por ai. Tinha gente que não dava folga para seus empregados nem nos domingos, e se até Deus que segundo a bíblia é tão poderoso, descansou, nós deveríamos descansar a semana inteira!
Ela rolou os olhos enquanto desabava no tapete ao meu lado. Ela fez uma vistoria no apartamento. Eu ainda estava refletindo como eu poderia usar a bíblia como forma de criticar a sociedade atual quando Rose gritou.
"Cadê aquele adesivo de 'NO JESUS', que tinha na sua porta?" Eu olhei cética para ela.
"É lógico que eu tirei... Glória á Deus."
"Mas você adorava..."
"Eu era devorada pelas forças do mal, mas eu encontrei Jesus. Aleluia!"
"Bella, mais uma vez... Você tem certeza que o Padre Edward te disse esse caminho?"
"Ele não disse precisamente..." Virei à página da bíblia. "Mas eu entendi assim. Eu senti algo estranho sabe? Uma sensação, uma coisa que eu nunca havia sentido em minha vida... E Edward fez com que eu sentisse isso... E ele sendo padre é o poder de Deus que me tocou, entende? Cara, eu não estaria desse jeito se eu não tivesse sentido algo... Aleluia."
"Eu preferiria mil vezes que o que você sentiu na hora fosse amor pelo padre..."
"O QUÊ?" Gritei me levantando e levando a bíblia junto. "Que horror, Rose... Eu... Eu... Ninguém pode sentir coisas assim por padres! Jesus."
"Eu sei... Credo Bella. Eu só estava brincando. É só para você ver como é estranho esse seu repentino amor por Deus. Eu não julgo nem nada, mas com você, sim! Bella, quem te viu antes pregando para tudo e todos, o quanto você odiava igrejas, armando para não entrar dentro delas nem por decreto, odiando e não respeitando padre algum, e quem te vê agora? Bella isso é realmente louco, e eu não consigo me acostumar com isso!"
"É estranho até para mim..." Disse arrumando minha saia e voltando a pegar a bíblia do chão. Eu me recuperei do susto do que Rose havia dito sobre me apaixonar por Edward. Ele era padre, e aquela sensação diferente e extremamente boa que eu havia sentido com ele, havia sido um aviso do caminho que eu deveria seguir. "Quer dizer, eu não sei nada sobre isso e de repente eu quero seguir. Por isso eu estou estudando. O que você acha de São Agostinho agora?"
"Oi Em." Rose atendeu o celular depois que ela desabou no meu tapete em uma expressão clássica de tédio.
"Oi Emmet, a paz de Jesus!" Disse.
"Ouviu?" Rose falou rolando os olhos. "Ela continua. E pior. Você não vai acreditar, ela está se especializando nos santos e na bíblia! E ela usa 'Glória a Deus', 'Aleluia' e 'Amém' como ponto final agora."
Eu rolei meus olhos. São Agostinho era interessante, quer dizer tirando algumas páginas do começo, do meio e do fim, sobrando duas linhas, era uma parte interessante...
"Jura? Hoje á noite? Eu não sei..." Rose pulou de excitação. "Não vai ser estranho? Ah... Claro que eu vou. Você vem me buscar? Ás Oito? Ok!"
"O que foi?" Perguntei levantando meus olhos do livro.
"Ah, então a senhorita Glória a Deus resolveu dar atenção aos assuntos totalmente terrenos e impuros da vida?" Ela disse enquanto desligava o celular. Eu rolei meus olhos.
"Eu sou sua amiga ainda, certo...?" Retruquei.
"Bem, assim espero, desde que você não me obrigue á dividir o seu estilo com você. Bella você tem noção de que nem o macaco da novela vai querer você agora?"
"E quem disse que eu preciso? Deus me basta..."
"Deixa passar alguns meses que você vai ver..." Ela retrucou.
Ignorei.
"Vai me diga... Você nem me contou direito como você e Emmet estão."
Rose sorriu. Ela deitou no tapete de novo com as mãos apoiando a cabeça parecendo aliviada por ter a amiga dela de volta, e um pouco de atenção.
"Ah... No domingo nas Starbucks a gente conversou e ele pediu desculpas por tudo o que tinha acontecido e ele falou para a gente começar do zero assim, como se nada tivesse acontecido. Eu aceitei, porque eu não agüento ficar naquele clima chato com ele. E assim estamos 'amigos', mas para mim já o suficiente."
"Eu acho que ele gosta de você Rose..." Eu disse não querendo revelar o que eu sabia, porque bem seria algo como traição. Bem, quer dizer não era para eu ter ouvido a 'confissão' de Emmet para Edward no sábado, mas eu não podia ficar espalhando aquilo para todo lado. Além do que tinha o plano BEER em ação. Se bem que os dois pareciam que iriam se arranjar sozinhos.
"Você acha?" Ela brilhou os olhos em excitação.
"Claro. É questão de tempo até ele perceber e largar da Lauren."
"Ah... A Lauren... Tem ela no caminho."
"Ah, ela não é para ele. Emmet é meio lerdo, mas ele vai compreender isso, amiga."
"Ah Bella, você é perfeita!" Ela disse me abraçando. "Quer dizer tirando essas roupas horríveis e esse seu novo 'eu', você ainda continua sendo minha melhor amiga!"
Rose disse que Emmet e ela foram convidados á um jantar na casa dos pais de alguém, então ela logo saiu de casa para seu apartamento começar a interminável escolha da roupa perfeita. Eu tentei oferecer uma saia ou duas, mas ela recusou prontamente. Esse povo realmente não tinha um gosto apropriado.
Peguei uma blusa de moletom para colocar por cima da larga blusa branca, e tateei os bolsos internos. Lá eu encontrei o papel dos Garanhões da Cidade que havia me salvo de um psiquiatra maluco, além de um ex-namorado garanhão da cidade idiota, e uma folha que havia o horário de missas na St. Patrick's que eu havia imprimido no dia anterior.
Todos os dias tinham missas, porque segundo minhas pesquisas, os padres tinham que rezar missas todos os dias, nem que fossem só para eles mesmos. As missas de semana eram curtas, algo como quarenta e cinco minutos em comparação á uma hora e quinze de uma inteira.
Na sexta á noite como era já o final de semana, havia uma missa normal que seria ás 7 da noite. E também segundo o Google nada substituía a missa de domingo e sábado à noite, portanto se eu fosse à missa hoje eu teria que ir no domingo ou sábado à noite também.
Era muita informação para minha linda cabeçinha, que já tinha que suportar o meu cabelo, mas com o tempo eu me acostumaria.
Fazia quase uma semana que o padre Edward havia encomendado o artigo sobre a religião na sociedade consumista e ele já estava pronto. Então decidi ir até a redação, imprimir e depois na missa mostrar para Edward para ele ver como ficou e aprovar.
Quando eu já estava saindo da redação ouvi passos ao meu redor e parei rapidamente. Os passos pararam juntos aos meus, e eu olhei ao redor para ver se alguém também estava fazendo uma excursão ao trabalho no dia de folga. Quando não vi nada, continuei andando e logo os passos voltaram a preencher meus ouvidos. Eu apressei o passo na esperança de chegar à portaria antes do que quer que fosse que estivesse me perseguindo, quando uma mão me agarrou fortemente pelo braço me puxando de encontro a um corpo.
"Ei eu estou procurando por Bella e..." Ouvi uma voz extremamente conhecida. Que eu ouvira tantas e tantas vezes no calar das noites, ao telefone, e sonhara, e dormira ouvindo. A mesma voz que me fazia delirar e mover mundos para que girassem ao seu redor. A voz de um cara que liderava um grupo de homens pérfidos que perseguiam mulheres e as respeitavam como se fossem lixos descartáveis. A voz de um homem que encontrou inspiração para suas sacanagens na burrice da namorada. A voz do cara que havia me traído embaixo do meu nariz, e todos viam, menos eu. Mike Newton.
Eu petrifiquei assim que reconheci no toque de sua mão quente e firme sob meu braço. Minha respiração parou e eu fiquei rígida como uma pedra formada á anos.
"Bella! É você?" Ele perguntou surpreso enquanto via que aquela mulher nas roupas estranhas e coque no cabelo era eu.
"Sou." Disse saindo com uma voz fraca embora eu quisesse que a voz saísse forte e dura como eu estava tentando parecer. Na verdade eu havia me esquecido o poder que Mike exercera em mim e eu pensei que em mais de uma semana que eu não o via eu poderia extinguir de mim esse sentimento que meu subconsciente ainda nutria por ele.
Fazia uma semana que havia começado tudo. Outubro de 2007.
"Oh que grande mudança, o que aconteceu com você?" Ele falava tentando parecer gentil e romântico. Foi ai que eu me lembrei que ele não sabia que eu sabia que ele fazia parte dos Garanhões da Cidade. Aliás, eu e ele não nos falávamos há uma semana.
"Mudanças, não é mesmo? Sempre acontecem com as pessoas na nossa volta na hora que a gente menos espera." Disse com firmeza e surpreendendo a mim mesma. O meu olhar parecia frio e duro o que fez Mike ricochetear para trás como se um tapa tivesse sido dado em sua cara de bebê. Haha, de bebê não tinha nada. Não depois da cena que eu havia visto no Central Park no domingo.
Mike estava acostumado que eu sempre o tratasse gentil e idiotamente desde quando eu o conheci na faculdade.
"É eu percebo..." Ele disse atônito.
"O que faz aqui?" Perguntei cruzando os braços de encontro ao meu peito tentando afastar suas mãos de mim.
"Eu vim ver você e encontrei tudo vazio, mas então vi alguém entrando e te encontrei."
"Você me assustou..."
"Desculpa, Bella, eu... Bem, eu preciso de um favor seu..."
"Que favor?" Eu preciso que você me perdoe Bella, eu fui um idiota, um burro, um asno idiotamente idiota e estúpido, me perdoe. Eu te amo.
"Eu preciso de dinheiro."
"Dinheiro?" Disse com nojo.
"Sim. Eu tenho uma grande coisa agora. Um trabalho. Mas eu preciso investir em material para conseguir ele. Eu preciso de dinheiro, e depois eu te pago."
"Que trabalho?
"É... huh, em uma agência de móveis."
"E que materiais?"
"São, huh, ferramentas, e..."
"Seu pai tinha um grande arsenal dessas coisas, ele era mecânico."
"É, mas... Poxa Bella chega de tantas perguntas. Pode me emprestar ou não?"
"Claro." Suspirei. "Mas então me responda... Esse trabalho por acaso se chama Garanhões da Cidade?"
Ele ficou bege, ficou azul, ficou roxo e todas as cores possíveis existentes. Eu fiquei com medo – por um momento apenas – que ele explodisse feito uma bomba relógio. Quer dizer se ele explodir vai acertar em mim também, e eu não estou a fim de andar com um cabelo queimado por ai. Já basta o secador a chapinha que fazem isso por mim.
Ei!
Espera... Esses eram outros tempos... Chapinha e Secador, não mais!
"O que?" Ele perguntou em um sussurro quase inaudível, mas eu ouvi muito bem graças a minhas aptidões de super herói. Quer dizer eu sabia que aquela atração pela roupa do Homem Aranha não era simples idiotice. Havia um total e compreensível sentido por trás daquilo.
"Isso mesmo. Pensou que iria me enganar até quando, huh?" Perguntei agora sentindo que as minhas bochechas estavam quentes e meus olhos começavam a ficar úmidos.
"Como você..." Ele começou, mas depois se endireitou. "Olha, pouco me importa como você descobriu ou deixou de descobrir, na verdade não estou nem um pouco me lixando para tudo isso! Na verdade já era hora e bom tempo. Agora o negócio é o seguinte, ou você me dá o dinheiro ou você terá que pagar com algo mais precioso, quer dizer para você."
Eu fiquei sem palavras e pela primeira vez minha posição de defesa se rendeu e eu o olhei incrédula tentando encontrar o Mike pelo qual eu havia me apaixonado. Bobamente, mas me apaixonado.
"Você... Você seria capaz de causar algo á mim?"
"Bella, pensei que você tinha descoberto tudo não é mesmo? Talvez eu não queira sujar minhas mãos, mas os outros membros sim. Além do que eles adorariam conhecer você."
"Quanto você quer?"
"Cem mil."
"Eu não tenho esse dinheiro..."
"Você tem que arranjar de algum jeito, Bella. Peça para Deus se quiser. Pelo visto você REALMENTE mudou, para pior ainda do que já era."
"Mike, você nunca sentiu nada todo esse tempo? Você nunca...?"
"Bella. Eu controlava todas as minhas forças para conseguir manter uma máscara com você. Quando você me ligava? Eu odiava. Sabe aquele negócio de conectar as almas pela manhã?"
Eu assenti, em todas as ligações ele propunha esse momento, e eu achava fofinho sempre.
"Na verdade era um tempo que eu tinha para sair da casa da mulher que eu havia traçado de noite enquanto deixava-a acordar sozinha sem saber onde o homem lindo e gostoso havia parado. Enquanto você 'conectava as almas' eu saia de fininho da casa deoutra mulher."
"Você... Eu não acredito nisso, Mike."
"Pois acredite. E também acredite que se eu não tiver esse dinheiro daqui algumas semanas, conseqüências maiores vão ter para você e os seus. Não duvide disso." Ele ameaçou e me dando um beijo na bochecha ironicamente e saiu rindo da redação.
Quando ele saiu, eu finalmente me permiti desabar. Enfiei a cabeça entre os joelhos enquanto batia minha cabeça repetida vezes contra a parede de concreto. Burra! Burra! Idiota! Sonsa! Estúpida! Era isso o que eu era... Do paraíso da enganação e da inocência de um namoro de mentiras, para uma vida religiosa e ameaçada pelo ex-namorado Garanhões da Cidade. Grande mudança, Bella. Agora será que dá para virar Mulher aranha de uma vez? Pelo menos eu posso ter algo como super poderes para ter orgulho, ou melhor, ser a Mulher Invisível, assim pelo menos ninguém consegue ver o BURRA estampado em cores fluorescentes em minha testa idiota.
Pe. Edward
"Padre, o senhor tem certeza de que não precisa de mais nada?" Perguntou Jasper que era o sacristão da Catedral. Jasper era um garoto novo, com os cabelos loiros e olho azul, quer dizer, novo da idade de minha irmã. Há algumas semanas ele havia aparecido na Catedral pedindo por emprego depois de ter saído da casa dos pais. Depois de uma longa conversa restrita eu permiti que ele trabalhasse ali meio período cuidando da igreja, com a manutenção e preparativos para a missa junto com outro sacristão, enquanto tentava se ajustar com a família.
Qualquer dia desses, eu teria que conversar com a família dele e explicar sua situação, mas eu não poderia negar ajuda á ele, e também acreditava que o ambiente religioso poderia ajudá-lo a ver as coisas com clareza.
"Não Jasper. O padre Andrew* vai celebrar a missa hoje." Eu dei uma leve inspecionada no interior da sacristia e depois me voltei para Jasper. "Hoje vai ter um jantar na casa dos meus pais. Você está convidado. Minha irmã Alice é apaixonada por São Patrick, o patrono dessa igreja assim como você."
*Direto de Vampire Academy para De repente... Religiosa.
E era verdade. Alice sempre se surpreendera com a história do patrono de nossa igreja. O fato de ele ser irlandês, negro, servido de escravo em país estrangeiro. Depois de ser libertado voltar ao país que sempre lhe fizera mal que era a Inglaterra, para resgatar os pais. Depois ensinar às pessoas atéias a religião através do trevo de três folhas para explicar a Santíssima Trindade. Jasper também era muito intrigado com isso, e ele e Alice poderiam engrenar em uma conversa enorme devido á isso.
"Não seria meio intruso...?"
"Claro que não, homem." Disse batendo de leve no ombro dele. "Vão ter alguns convidados além de você, e minha mãe adora casa cheia."
"Se é assim..." Ele sorriu contente pelo jantar em ambiente familiar, que eu sabia que ele sentia falta, e também por encontrar alguém como Alice que se interessava pelas mesmas coisas que ele.
Jasper se despediu rapidamente e eu já estava quase indo embora quando eu resolvi dar uma inspecionada na igreja. Algumas pessoas rezavam nos bancos, acendiam algumas velas e faziam suas orações. Tudo normal, até ver uma mulher vestida como uma freira com a cabeça apoiada nas mãos, e com o corpo estremecendo de frente para trás em um ritmo frenético, como que se quisesse se acalmar. Eu franzi o cenho e me aproximei até ouvir os pequenos chiados que a mulher emitia. Ela estava chorando ruidosamente, porém tentando controlar seu choro a cada instante. Eu me lembrei de um gato tentando abafar seu choro.
Meu instinto logo se apressou e eu me sentei no banco ao seu lado enquanto eu colocava minhas mãos em seu ombro. A mulher parou rapidamente e sua respiração ficou pesada com o toque.
Eu sabia que gestos falavam mais que palavras, mas algo me fez questionar a mulher.
"Você está bem...?" Era claro que não estava. Isso era óbvio. Mas existia toda uma psicologia de aproximação de pessoas que padres deveriam seguir.
Ela endureceu com minhas palavras e o choro cessou, mas eu vi pelo canto do rosto uma lágrima escorrendo. Eu rapidamente e cautelosamente estiquei meu polegar para secar sua lágrima fugitiva, e ela estremeceu.
"Não tem problema se não quiser falar eu..." Mas a mulher virou a cara e apoiou seu rosto em suas mãos enquanto virava para mim. Seu rosto estava vermelho de tanto chorar, e algumas lágrimas já secas eram perfuradas com algumas novas. Seus lábios estavam inchados e os olhos vermelhos.
Eu a reconhecia. Eu sabia quem ela era. Era Bella. E agora com as aquelas roupas eu reconhecia o que Emmet havia me dito no almoço. Ela havia mudado. Ela havia ficado repentinamente religiosa. Só que na concepção dela para ser religiosa era preciso usar roupas de freira.
"Bella..." Disse interrompendo o que eu ia falar. "O que foi?" Eu estava preocupado. Ela estava mal, muito mal.
Ela fechou os olhos por um momento como se quisesse apagar alguma dor que estivesse dentro dela, depois os abriu lentamente enquanto murmurava com uma voz fraca e entrecortada. "Mike..."
Eu sabia quem era o Mike. O namorado que fazia parte dos garanhões da Cidade. Alguma coisa havia acontecido entre ele e ela, e sem pensar eu passei meus braços pelos seus ombros, encostei sua cabeça em meu peito e a abracei, enquanto ela logo depois começava a soluçar novamente.
Bella
Quando alguém tocou meu ombro, eu logo de cara soube que se tratava de Edward. Aquela estranha sensação que eu sempre sentia perto dele voltou fazendo meu choro cessar. Quando eu virei minha cara para ele, eu tinha certeza de que eu estava horrível, mas a única coisa que seus olhos demonstraram foi preocupação; e logo quando ele me abraçou eu comecei a chorar. Não tanto por Mike – parecia que minhas lágrimas haviam secado para ele – mas por ver que alguém se preocupava comigo de fato, e que não queria nada em troca disso.
Nada.
Eu não sabia o que eu poderia fazer para levantar os cem mil de Mike. Diabos! Eu nem tinha cem reais na conta bancária!
E também não sabia o que ele faria se eu não pagasse. Talvez me matasse... Ótimo, talvez ele nem tivesse que me ameaçar, talvez eu aparecesse naquela maldita reunião do Central Park e me oferecesse como sacrifício e acabasse com essa vida injusta de uma vez por todas.
Mas ao pensar o que ele poderia fazer com as pessoas a minha volta. Isso me doeu. Doía-me também pensar que ele pudesse fazer algo á Edward, que se tornara muito importante para mim. E eu queria que Mike ainda continuasse achando que eu tinha ódio pelas igrejas, e não soubesse das novas pessoas em minha vida, embora minha roupa tivesse entregado.
Eu estava me sentindo segura no abraço de Edward e aos poucos a dor do meu peito foi cessando, a dor de ser enganada por tanto tempo, de ser usada, de ser motivo de piada dos outros e risos maldosos. O choro cessou e eu levantei minha mão para tentar limpar o meu rosto, mas Edward pegou carinhosamente minha mão e limpou as lágrimas para mim.
Eu sabia que se eu tivesse mais alguma coisa para chorar, eu teria desabado naquele momento.
"Melhor?" Ele perguntou hesitante. Parecia que ele tinha medo que eu continuasse jorrando águas no rio Nilo na igreja dele.
"Sim." Disse saindo com uma voz mais forte do que antes.
"Você quer dizer o que aconteceu...?"
Eu pensei por um momento e abanei minha cabeça. "A não ser que você queira pegar uma gripe por camisa encharcada."
Ele riu um pouquinho e se separou de mim lentamente. Antes que eu pudesse reclamar ele estendeu sua mão para mim.
"Vem."
"Para onde?" Levantei meus olhos, confusa.
Ele sorriu e pegou minha mão enquanto me ajudava a me levantar.
"Para a casa paroquial. Eu vou cuidar de você."
Bella
"Edward, eu... Edward acho que não é certo." Edward me puxava até a casa paroquial praticamente me arrastando. O meu choro compulsivo já havia passado em sua maioria, porque agora minha mente estava mais ocupada em prestar atenção no que ele estava fazendo.
"Bella, você precisa de ajuda... Então vou te ajudar."
"Você não precisa fazer isso, sério..." Estaquei no meu lugar, e quando fui ver era à frente da casa paroquial. Era uma casa no estilo vitoriano, bonita no seu melhor estilo.
"Bella..." Ele cruzou os braços no peito em uma atitude 'não adianta argumentar' e parou em minha frente enquanto me encarava fixamente. A luz do luar incendiava seus cabelos, e fazia eles luminosos feito ouro. Eu estava meio perdida em seus cachos, até que ele sorriu largamente.
"Oi?"
"Você está com olhar perdido," Ele começou a enumerar nas mãos, divertido. "Estava chorando, e mudou completamente de um dia para o outro. Acho que sim, você precisa de ajuda."
Eu bufei. Eu sabia que não teria escapatória. "Que tipo de ajuda?"
Veneno de rato na xícara de chá?
"Vem, você vai ver." Ele me puxou pela mão para dentro da casa paroquial. Ele me conduziu até a porta de madeira com vários detalhes de árvores, um cacho de uvas, e uma figura de um bebezinho em um cesto. Jesus, dã!
"Que bonito..." Confesso que se fosse há uma semana eu teria pegado minha chave e feito uma cópia perfeita do meu ex-adesivo rechaçado de "NO JESUS." Mas bem, essa parte a gente abstrai.
"Não é?" Ele disse observando também por um momento. "Quando eu cheguei aqui eu disse a mesma coisa. Minha mãe tem uma porta do mesmo estilo, e quando eu vi, eu logo me lembrei de casa." Ele sorriu meio nostálgico. Mas depois ele olhou para mim divertido. "E isso me lembra uma coisa..."
Ele correu até o portão e o deixou aberto. E depois pelo lado de fora abriu a janela que dava para a rua, que revelava um pouco dentro da casa.
"Por que isso?" Perguntei curiosa.
Ele estava meio constrangido. "Para evitar falatório."
"Ah..." Eu só me limitei a dizer. Ele abriu a porta da casa e eu entrei, abanando a cabeça.
"Sabe que eu nunca entrei na casa de um padre antes..." Disse olhando a construção em minha volta. Era tudo no estilo vitoriano o que me surpreendeu. Os móveis, até as cortinas e os tapetes.
Ele riu enquanto abria as cortinas da sala. "Não é muito comum excursões dentro de casas de padre..."
Eu o acompanhei na risada. "Eu mudei né?"
Ele indicou para que eu sentasse no sofá que ficava de frente para uma TV enorme de tela plana. Sabe aquela TV última geração, LCD, tela de plasma, que pausava no meio da programação – ok, isso é SKY-, enfim, sabe aquela TV que sabe falar e andar sozinha?
"Oah!"
"Existem certos luxos que nem a vida sacerdotal me separa..." Ele sorriu.
"Estou vendo..." Murmurei surpresa.
"Mas então... Você mudou. Vamos ver..." Ele me analisou, mas não de uma forma recriminadora ou constrangedora, mas mesmo assim eu corei. "Totalmente."
"Eu encontrei Jesus." Eu disse com convicção. Ele me olhou atentamente depois riu. Ele ria demais, senhor. Claro, eu não estava reclamando. Nem um pouco. Era como se a risada dele incendiasse a casa, junto com a luz da lua que infiltrava em seus cabelos dando um brilho de ouro.
"Sabe Bella... Eu não só encontrei Jesus... Como eu sigo Jesus. Minha vida é Jesus. Para Jesus. E por Jesus. Mas..." Ele juntou as suas mãos e apoiou ao longo da perna enquanto abaixava sua cabeça para organizar os pensamentos. "Mas você me vê usando uma roupa vamos dizer... Totalmente religiosa?"
"Não. Muito pelo contrário... Você é muito..." Lindo, gostoso, fascinante. "Moderno."
Ele riu com a escolha de palavras.
"Sim. E minha vida é Ele." Ele completou e como se não soubesse o que dizer ele olhou para mim de esguicha.
"Já entendi... Você está falando das minhas roupas é isso?"
"Bella, não vejo nenhum mal nisso. Mas só quero que você saiba que é muito bom você entrar na vida religiosa, é bom para todos... Mas você não precisa se vestir assim..." Ele riu. "Claro que você não precisa entrar de tope ou saia na igreja, mas também não precisa cobrir cada parte de seu corpo e somente deixando a cabeça de fora."
"Certo..." Fiquei analisando minhas mãos. "Eu meio que pensei... Que se eu fosse seguir, seria assim..."
Ele suspirou e se aproximou de onde eu estava. Agachou e pegou minhas mãos entre as suas.
Ele pensou por um momento e depois me olhou atentamente nos olhos.
"Eu vou te contar uma coisa Bella que eu nunca contei para ninguém em toda minha vida..."
Eu esperei ele organizar seus pensamentos.
"Quando eu entrei nessa vida," Ele perdeu seu olhar em um ponto da parede atrás de mim. "Eu tinha medo... Medo de ingressar e ver que não era o certo. É como uma tatuagem... Você quer fazer, mas não sabe se vai se arrepender depois..."
"Mas você pode se livrar dela..."
"Acho que uma vez," Ele falou medindo suas palavras. "Que se tem a tatuagem, embora ela suma, aparentemente, ela continua lá, como se nunca tivesse saído."
"É isso que você nunca contou...?"
"É parte. Além do medo de estar entrando em caminhos errados, eu tive medo de Deus. Eu fazia uma idéia meio esdrúxula Dele, como um ser impiedoso, que se eu errasse, ele estaria ali com um chicote para me amaldiçoar e dizer o quanto eu sou um burro idiota."
Eu ri embora não pudesse, mas Edward riu também sem graça.
"Mas eu vi depois que esse era o diabo, e que Deus era um pai, um irmão, um filho e acima de tudo um alicerce. Que eu poderia confiar Nele." Ele suspirou e apertou minhas mãos nas suas. "Eu nunca contei isso para ninguém, porque eu sempre me envergonhei desses medos."
"Não tem por que..." Eu disse acariciando suas mãos levemente. Ele olhou nossas mãos entrelaçadas por um minuto depois ergueu os olhos que estavam um pouco marejados.
"Conclusão: eu descobri que eu posso ser padre, sem perder meu lado jovem, o que eu verdadeiramente sou. Por isso eu sou considerado meio 'moderno' em minhas missas, minhas músicas, meu carro, minha TV, até meus dotes culinários... Mas mesmo assim, sendo eu, eu continuo por Deus" Eu senti um frio na barriga.
"E eu também devo ser assim certo?" Abri um sorriso frágil.
"Cada um sabe o que quer ser. Mas não cometa o erro de ficar analisando demais o que eu já analisei. Deus quer você do jeito que você é, usando o que você gosta, gostando de quem você gosta..."
"Eu gosto de você..." Eu falei sem pensar. Suas mãos congelaram nas minhas e ele ficou com uma expressão perturbada. "Eu estou brincando, Edward. Quer dizer, padre Edward." Eu dei uma risada profunda, enquanto os olhos dele suavizaram e ele riu também.
"Sabe..." Ele disse se levantando e separando nossas mãos. "Por um momento eu tive medo de novo..."
"Medo de quê?" Perguntei o observando entrar por entre um hall.
Ele parou um pouco com as mãos nas hastes da porta depois falou por cima do ombro.
"Medo de que você fosse mais uma dessas garotas que querem outras coisas de mim, além de meu ombro sacerdotal."
Ele riu por cima do ombro e eu fiquei meio estática, depois eu andei até a porta onde ele tinha parado e perguntei.
"Por quê?" Demorou alguns segundos para eu ouvir alguma voz. E essa voz definitivamente não era de Edward.
"Porque ele gosta de você." Uma menina baixinha com cabelos espetados se aproximou com um jeito encantador de fadinha. "Own, você está vestida de noviça."
"Novi?"
"Não nenhuma, e você?" Ela sorriu pegando meu braço e caminhando comigo por um corredor que estava escuro. Ela riu enquanto apertava o interruptor iluminado o nosso caminho. "Eu só estava brincando eu não resisto á uma oportunidade dessas..."
"Mas quem é você? Tipo desculpe a indelicadeza?"
"Eu sou Alice Cullen." Ela parou na minha frente e estendeu a mão. Ela apertou efusivamente depois me deu um longo abraço. "Esposa de Edward." Ela disse me olhando com um sorriso.
"Ah... Você é a irmã dele!"
"Já lhe disse sou a..."
"Alice!" Edward apareceu na soleira de uma porta com um telefone nas mãos. Ele batucava impacientemente ele nas coxas enquanto encarava a irmã.
"Oi meu querido esposo? O que lhe posso ser útil?" Ele revirou os olhos e se virou para mim com ar constrangido pegando meu outro braço.
"Desculpe minha irmã. Ela tem esses ataques de vez em sempre."
Eu me sentia um brinquedinho com cada um segurando um braço meu. Eu sorri. Eu gostei.
"Irmã? Seu..."
"Alice... Você tem que ser minha irmã afinal de contas, como que uma esposa vai entrar no convento?" Ele perguntou para ela com um sorriso brincalhão. Ela mordeu os lábios pensativos e depois acenou.
"É verdade... De agora em diante eu sou sua filha!" Ele levantou a mão livre para o céu em um ato de impaciência e Alice começou a falar de como era mal tratada, que seu pai não a deixava ter liberdade, e que às duas da tarde ela tinha que voltar para casa depois de ter saído ás uma e meia.
Eu fiquei dez minutos com eles, o que me pareceu serem horas. E nesse tempo eu ria o tempo todo com a provocação dos dois, e com minha posição no meio virando a cabeça á fala do outro.
"Estamos constrangendo a Bella." Edward disse olhando acusadoramente para a irmã.
"Você que está." Ela apontou. "Edward, o que você está fazendo aqui que não é rezando uma missa?"
Ele revirou os olhos. "Vou deixar vocês duas sozinhas, e Bella, Alice pode parecer um Chuck de vez em quando, mas garanto que a arma dela é um pote de creme, ao invés de uma faca." Ele saiu do quarto batendo a porta me deixando sozinha com Alice.
"Alice, eu ainda não entendi..."
"Bem..." Ela caiu na cama enquanto balançava as pernas como uma criança. "Além de que quando eu entrar no convento eu vou fazer uma revolução para exigir um novo uniforme? Ah sim."
Eu ri com ela não a imaginando em roupas de freira e nem muito menos rezando seguidamente. Quer dizer, eu nunca me imaginei com roupas assim. E olha onde eu estava...
"Já até sei o que você está pensando..." Ela palpitou.
"Estou me perguntando o que eu estou fazendo aqui..." Desconcertei.
"Ah claro. Mas antes, que horas são Bella?" Ela perguntou despreocupadamente.
"Quase sete e quinze." Olhei no celular.
"O quê?" Ela gritou e pulou da cama e meu celular voou junto. Ual, não era só eu que tinha super poderes. Antes que eu pudesse resgatar o pobre coitado moderno no ano de 2005, Alice me resgatou pela mão e me arrastou para um banheiro médio em seu quarto.
"Sabe eu queria um banheiro maior..." Ela disse enquanto mexia no seu armário. "Mas infelizmente não é permitido reformas. Mas lá em casa eu tinha um ENOOORME, ah, você vai conhecer..."
"Vou?" Perguntei espantada.
"Eu acho que tenho alguns vestidos mais soltinhos em mim que cabe em você..." Ela disse ignorando minha pergunta. "Qual você escolhe?" Ela mostrou um cabide com um vestido azul turquesa, e outro rosa bebê.
Eu ainda tinha um enorme ponto de interrogação na testa, quando Alice conclui:
"É você tem razão, melhor o azul."
Eu acho que todos naquela família tinham alguns poderes psíquicos. Eu realmente preferira o azul.
"Olha eu não gosto de ser usada como boneca, ainda mais sem saber aonde ir... Ed... O Padre Edward disse que me ajudaria, mas olha, estou bem melhor, mas e agora?"
Alice revirou os olhos enquanto ela própria se arrumava. Já eram oito horas e ela agia feito louca.
"Eu adoro brincos, anéis, pulseiras, maquiagem, e tenho que me acostumar a viver sem isso. Então mamãe vai ter que esperar meu atraso, porque eu estou curtindo o período que eu ainda posso tê-las." Alice falou consigo mesma enquanto passava rímel nos olhos.
Edward batia na porta a todo instante apressando-a, mas ela respondia algo como "A paz de Jesus para você, também."
Dali cinco minutos em que ela falava consigo mesma, me fazendo falar sozinha também, já que ela nem se dava ao trabalho de ouvir minhas perguntas, Alice me arrastou de novo para fora do quarto.
Edward estava sentado no sofá da sala assistindo a um jogo de beisebol, vestido um pouco formal. Ele parecia um fissurado sentado mordendo as unhas esperando por um ponto, ou seja, lá o que fosse, enquanto gritava "Yankees"
Não sei por que mais eu sempre imaginei um padre assistindo pregações, missas, e eventualidades religiosas do mundo a fora.
"Como diz o ditado 'vivendo e aprendendo'..."
"Concordo plenamente." Alice disse passando os braços em volta. Foi quando eu percebi que havia falado em voz alta. "Mas por que agora?"
Eu sorri enquanto Edward nos avistava e sorria. "Porque eu estou vivendo, você também não está?" Filosofei. Alice abriu a boca para argumentar quando Edward disse:
"Agora que as ladies demoraram o antes de Cristo inteiro para se arrumar, eu também vou esperar acabar o jogo." Alice revirou os olhos.
"Pensei que padres estavam livres desse mal." Sorri. Lembrando-me de Charlie em algum canto de minha mente.
Edward sorriu enquanto me olhava. "Bem diferente das antigas roupas não é?" Eu assenti corando. "Se sente melhor?"
"Para falar a verdade sim. Mas eu devo confessar que tenho um terço na calcinha." Eles riram enquanto Edward finalmente desligava a TV não sem um último "GO Yankees", e me pegando por um braço junto com Alice, do mesmo jeito que fizeram anteriormente.
"Bem, você já disse que nunca entrou na casa de um padre..."
"Nunca conheceu a irmã de um padre." Alice completou.
"E aposto também que nunca saiu com um padre e sua irmã para a casa dos pais de um padre e uma futura freira. Como você se sente?" Ele me olhou sorrindo.
"Que sua vida muda completamente em um piscar de olhos..." Eu disse retribuindo um sorriso. "Mas espera..." Falei recobrando um pouco a consciência. E praticamente gritando. "Você disse 'casa dos pais'?
"Eles são legais Bella, além do que Rose e Emmet vão estar também."
"Eu ainda não acredito que eu estou aqui..." Eu disse batendo meus pés nervosos na soleira do carro. Estávamos parados na frente de uma enorme casa – lê-se mansão- e Edward estava tentando me fazer sair. Frise no tentando.
"Tenho certeza que Alice se esqueceu de mencionar um simples detalhe, quando se perdia nas maquiagens, certo?"
"Aparentemente..." Disse bufando.
"Vamos Bella. Perdoe-a." ele estendeu um braço para me ajudar a sair. "Ela está tendo dificuldades em reconhecer que ao entrar no convento ela vai ter que abdicar de algumas coisas que gosta."
Eu pensei por um momento olhando fixamente para o banco em minha frente e suspirei.
"Ok." Eu aceitei a mão dele. "Mas por que ela não pode seguir a vida dela, preservando as coisas que gosta, assim como você?"
Ele me ajudou a sair e fechou a porta do carro enquanto desligava o motor de seu Volvo Prateado. Foi a primeira vez que eu notei que no canto esquerdo havia um adesivo da Virgem Maria e um terço, o único sinal de religiosidade ali.
"É assim..." Ele disse passando a mão pelos cabelos com a mão livre. "Mas eu também tive que abdicar de algumas coisas que eu gosto. Mas vale a pena."
Quando eu ia perguntar o que ele abdicou em sua antiga vida, uma mulher alta e linda com o rosto em forma de coração e longos cabelos castanhos envolvendo seu pescoço se aproximou de nós com um sorriso imenso.
"Edward seu filho ingrato. Quanto tempo!" Ela o abraçou enquanto ele a rodava sobre os pés. Ela se virou para mim logo que se separou de Edward. "Você deve ser Bella."
"Sim." Eu disse enquanto recebia um abraço. "Como sabia?"
"Edward me ligou antes de vir dizendo que iria trazer uma convidada a mais..." Ela piscou para ele.
"Espero não estar incomodando, eu realmente..." Disse.
"Claro que não, sua boba." Ela disse passando o braço por minha cintura enquanto me levava para dentro. "Eu e Carlisle adoramos casa cheia, e como diz o ditado, é só colocar mais água no feijão."
Eu sorri e olhei por cima do ombro para encontrar Edward caminhando atrás de nós com um sorriso de orelha a orelha.
A casa era realmente... Chique. Resumindo, eu nunca poderia comprar uma casa como aquela nem com quinhentos anos de trabalho árduo e sufocado.
Alice me levou para um tour na casa enquanto sua mão se ocupou na cozinha e me mostrou o seu tão grande banheiro que ela sentia falta.
"Mas você e seu irmão moram na mesma cidade, você pode viver aqui com seu banheiro." Disse mostrando o óbvio.
"Mas lá está mais perto de tudo, sabe...?" Ela disse tocando o mármore da pia. "Além do que sinto que meus velhinhos precisam de alguns tempos a sós depois de 24 anos." Ela sorriu e me guiou pelo resto da casa.
"ALICE!" Gritaram o nome dela lá debaixo logo quando ela iria me mostrar o quarto, quer dizer, o antigo quarto de Edward.
"A paz de Jesus para você, também." Ela respondeu revirando os olhos.
"DESCE AQUI!" Reconheci a voz de Esme. Ela me deu um último olhar do tipo 'segue em frente' enquanto ela descia as escadas resmungando algo como 'não tenho paz nessa casa, é impossível, esses primitivos... '
Eu encarei em dúvida a enorme porta que se prostrava em minha frente. Eu tinha medo de portas, assim como o carinha do Sexto Sentido via gente morta.
Que horror! Disse me chutando mentalmente. A porta não é nenhuma 'passagem para outro mundo'. Não precisa achar tão fantasmagórica.
Mas quando eu finalmente coloquei a mão na maçaneta eu vi que estava certa no primeiro e errada no segundo.
O quarto de Edward, embora sem ele ali, parecia que permanecia com o calor humano, como se ele continuasse ali, morando.
Não era nada fantasmagórico, mas era bem... Outro mundo. Seu quarto era enorme, e ao largo havia um teclado grande com teclas grandes, que eu reconheci como sendo um piano digital. Com certeza um piano não caberia ali. Mas na sala de estar havia um de cauda, lindo.
Agora eu sabia quem o tocava.
Passei meus dedos pelas teclas rapidamente retirando a poeira inexistente que havia lá. Observei as teclas e seus tamanhos, e a partitura que estava no suporte á frente do teclado.
Suspirei e dei outra vistoria vendo a enorme cama que se estendia, e um pôster ao fundo do Pokémon. Eu ri enquanto olhava aquilo me lembrando da minha conversa com ele na Starbucks.
"Eu não teria coragem o suficiente de colocar os das Meninas Super Poderosas." Ouvi a voz dele de trás, e pulei com o susto que ele havia me dado. Ele estava parado na soleira da porta enquanto me olhava.
"Há quanto está aí?"
"O suficiente." Ele se aproximou. "Nunca esteve na casa dos pais de um padre, nem no ex quarto de um padre..." Ele enumerou brincando.
Eu só sorri enquanto continuava mexendo no piano digital.
"Está limpo porque eu venho aqui com freqüência. Eu encontro paz." Ele disse analisando seu próprio quarto.
"Sua mãe disse que você é ingrato e que não a visita..."
Ele riu. "Ela é exagerada. Ela vai todo final de semana em minhas missas, e eu venho aqui quando posso, mas na maioria das vezes eu venho escondido."
"Para espairecer..." Sugeri.
"Sim." Ele suspirou passando a mão pelos cabelos.
"Até padres precisam desses momentos?"
Ele riu mexendo em sua enorme coleção de CDS.
"Você tem meio que um preconceito com os padres... Acha que somos diferentes de outros humanos normais."
"Bem... Você se sentiria lisonjeado agora, se visse meu preconceito há uma semana." Conclui estremecendo.
"Imagino. Fico feliz por isso." Ele brincou.
"E tem mesmo." Me aproximei vendo alguns CDS junto com ele. "Você quase tem o mesmo preconceito que eu tenho pelas celebridades..."
"Algo como... Será que elas têm necessidades fisiológicas?" Ele perguntou brincando com os dedos.
"Você adivinha meus pensamentos." Conclui.
"Sinto-me lisonjeado." Ele disse sorrindo e largando o CD enquanto me olhava. "Eu fico me perguntando..." Ele me olhou atentamente. "Qual o motivo de você mudar sua vida tão inesperadamente em uma semana?"
"Eu já disse..." Senti um frio na barriga. "Eu encontrei Jesus."
"Dentro de sua xícara de café?" Ele brincou. Eu sorri fracamente observando o movimento de meus pés.
"A vida nos dá muitas surpresas." Eu disse filosoficamente mais uma vez naquele dia.
"Concordo." Ele disse, depois pegou carinhosamente o meu queixo com a ponta dos dedos e levantou meu rosto para olhar para ele. "Mas prometi que ia te ajudar, essa é a forma que eu encontrei, e estou te ajudando...?"
"E muito." Sorri contra os dedos dele.
"E como anda Mike?"
"Mike? Que Mike?" Perguntei confusa enquanto observava seus olhos verdes cintilarem.
"Ótimo." Ele disse com um sorriso enquanto estendia o braço mais uma vez aquela noite, indicando que era hora de descer e ir jantar.
Eu estava feliz ao ver que Bella não estava tão triste como estava quando eu a vi na igreja mais cedo.
Alguma coisa me fazia tomar conta dela, como se eu fosse um pai ou irmão. Só que eu tinha certa experiência com as mulheres que não eram de minha família.
As mulheres que recebiam os apelidos como "Garotas Problemas". E eu não queria que Bella fosse uma delas, mas isso não significava de que ela não fosse.
Por isso quando eu a vi no meu quarto analisando meu piano e meu pôster, eu joguei um verde enquanto eu perguntava qual era o motivo de ela ter mudado tão repentinamente.
"Eu encontrei Jesus." Ela havia dito simplesmente. E seus olhos mostravam que ela realmente acreditava naquilo. Ou pensavaacreditar.
Eu não liguei para suas palavras, mas sim, seus olhos. Eles nunca mentiam. E o que eu vi eu gostei. Porque ficara comprovado que ela não estava fazendo o que fazia com outros intuitos. Intuitos para me afastar da minha verdadeira vida e vontade.
Eu estava aliviado que agora eu poderia continuar com meu gesto ridiculamente paternal para com ela, sem me preocupar que ela me visse com outros olhos.
Quando Bella havia subido para o tour com Alice minha mãe veio quietamente arrancar alguma coisa sobre ela.
"Quem é ela?" Ela perguntara.
"Você sabe mãe. Bella" Ela abanou a cabeça.
"Você sabe o que eu quis dizer. Quem é ela?"
Eu suspirei passando a mão pelos meus cabelos.
"É uma pessoa boa, mãe. Que não está interessada em mim. Não se preocupe."
Ela deu um sorriso incentivador.
"Ela está passando por um momento difícil da vida dela, como padre, eu decidi ajudar. Ela está longe da família."
"Eu entendo Edward, e sei que suas intenções são as melhores possíveis." Ela sorriu e seus olhos diziam que ela falava a verdade, porém eles ainda demonstravam preocupação. "Eu só tive um pouco de medo que voltasse a acontecer..."
"Não vai voltar a acontecer, mãe." Disse cortando-a enquanto fechava meus olhos tentando esquecer as imagens que minha mente insistia em reviver. "Eu estou certo disso."
Ela sorriu ternamente e passou as mãos pelas minhas bochechas. "Eu sei meu filho. Eu sei."
Nessa hora Jasper havia chegado e eu chamei Alice para que o recebesse. Eles com certeza falariam a noite inteira sobre o São Patrick do jeito que eles eram fissurados por ele e sua história. Alice chegou resmungando.
"Edward, Bella ficou lá em cima, vá continuar o tour." Ela disse enquanto pousava seus olhos em Jasper.
"Melhor não." Disse Esme segurando meu braço. "Quer dizer, o jantar já vai ser servido, traga-a para cá."
"Pode deixar mãe." Eu disse beijando-a nas mãos enquanto olhava em seus olhos mostrando que ela não tinha com o que se preocupar.
Embora eu soubesse que ela sempre se preocuparia, e eu sempre me lembraria.
Por isso mesmo que eu fiz a pergunta a Bella, e fiquei extremamente satisfeito com sua resposta. E principalmente com o que seus olhos diziam.
Bella
"Estou me sentindo uma intrusa..." Disse ainda segurando os braços de Edward.
"Não precisa Bella." Acalmei-a. "Estamos entre amigos."
Ela suspirou e continuou descendo as escadas. Lá no patamar Emmet e Rose acabavam de chegar todos se comprimindo nos casacos de frio, devido ao inicio do inverno.
"Sério, eu vou congelar..." Emmet resmungou enquanto colocava seu casaco nos armários.
"Emmet, sempre odiando frio." Esme disse se aproximando e cumprimentando os dois. Um homem alto de cabelos loiros e olhos intensamente azuis, que eu julguei como sendo Carlisle o pai de Edward se aproximou cumprimentando-os.
Ele era... Extremamente bonito. Mal de família, já dava para perceber.
"Bella!" Rose cumprimentou enquanto me dava um abraço. "Não sabia que viria..."
"Nem eu." Respondi com um pequeno sorriso. Todos riram enquanto Esme nos dirigia a sala de jantar, que estava muito chique, porém com aquele jeito acolhedor que a casa nunca deixava de ter.
O tempo se passou, e conversamos coisas formais por um tempo, mas à medida que chegavam o prato principal e a sobremesa, nós já nos sentíamos como amigos para sempre, com vontade de cantar aquela música:
Amigos para sempre, lálálálá... Lálálálá... Ok, eu só sabia o lálálá... Mas a gente abstrai.
"Então Bella o que você faz?" Carlisle perguntou enquanto levava um garfo à boca. Eu suspirei.
"Bem... Eu trabalho em um jornal." Disse parecendo um pouco constrangida. "No editorial. Ah e isso me lembra, que eu terminei a matéria, Ed... Quer dizer, padre Edward."
Edward estava sentado do lado oposto meu da mesa, e Alice se sentava ao meu lado. Mas ela estava conversando entusiasticamente com Jasper sobre algum santo.
"Só Edward..." Ele disse querendo parecer repreensivo. Eu ri enquanto engolia o doce.
"Certo... Edward." Nós rimos, enquanto eu percebi com o canto do olho que Esme nos observava atentamente. Eu olhei de soslaio e ela logo jogou um sorriso.
"Então Bella... Você conhece Emmet e Rose, certo?"
"Aham..." respondi ainda não me esquecendo do olhar dela. "Emmet e sua família me abrigaram aqui em NYC, e Rose eu conheci no jornal..."
"Sou a melhor amiga dela." Ela garantiu enfiando o dedo ou a língua na conversa. Eu sorri constrangida.
"E eu sou o melhor amigo dela também... Quer dizer eu também sou o de Edward, pelo menos até agora..." Emmet disse parecendo confuso. "a conclusão é que meu coração é enorme, melhores amigos, forever..."
Eu engasguei com o doce, mas logo me recuperei quando Alice me deu leve palmadinhas nas costas. Eu corava absurdamente com a cena.
"Então para quando é o casamento?" Esme perguntou de repente. Eu fiquei petrificada, enquanto ela se dirigia á Rose e Emmet. Os dois estavam paralisados como se tivessem dançando aquela música da Xuxa.
"Mãe..." Edward tentou repreender.
"Sério... Vocês são muito unidos..." Ela continuou.
"Eles não são namorados, embora devessem..." Eu disse já que eles não respondiam nada. De repente para Rose a parede ficou extremamente interessante, como se fosse obra de arte. E para Emmet a comida estava extremamente saborosa, o que o impedia de parar de comer por um segundo.
"Ah, desculpe..." Esme disse parecendo constrangida.
"Esme é assim mesmo. Casamenteira." Carlisle indicou.
"Mas acho que ela está certa..." Eu disse de supetão, todos se voltaram para me olhar. "Quer dizer... Os dois combinam..."
Rose me jogou um olhar maligno, que eu ignorei, enquanto Esme concordava com a cabeça. Edward me olhou confuso do outro lado da mesa e eu mexi os lábios formando a palavra "BEER".
Ele não entendeu, e eu gesticulei um pouco mais forte. Ele abanou a cabeça, e eu sussurrei. "BEER..."
"Você quer cerveja querida?" Esme perguntou me olhando.
"Ah?" Me virei para vê-la. "Oi? A não desculpe... Eu..."
"Bella na verdade estava falando "BREE...", é uma palavra onomatopaica..." *
Edward me ajudou.
*É uma palavra que indica o som de um objeto ou animal que se refira. (Por exemplo, o "TIC TAC" do relógio, O miado do gato, todos lembram o som que esses objetos e animais emitem;) *Aula de português, a gente se vê por aqui!
"É verdade... Eu uso muitas palavras onomatopaicas...?" Eu falei em tom de dúvida. Eu nem sequer sabia o que era onomatopaica.
"Interessante." Carlisle disse escondendo um sorriso pelo canto dos lábios.
"Mas voltando ao assunto dos dois..." Alice entrou na conversa. "Eu concordo que eles fazem um excelente casal."
"Eu também..." Jasper concordou.
"Nem chove nem molha." Carlisle disse sorrindo.
"Eu concordo plenamente..." Esme disse.
Edward deu um sorriso culpado para Emmet que o olhava como se fosse o matar.
"Acho que Deus sabe o que faz."
"Deus sabe o que faz." Repeti sem saber o que falar. Todos se viraram para Rose e Emmet que estavam muito... MUITO sem graças.
"É bem... Que comida excelente Esme." Ela disse, e todos ficaram calados. Ela corou e se virou para Emmet, que torceu os lábios.
"Concordo."
"Ah é!" Gritamos na mesa. Emmet nos olhos abobados, enquanto Edward piscava para mim e fazia um pequeno jóia.
"Ei, eu quis concordar com Rose... A comida está boa Esme, eu..."
"Nem vem Emmet." Eu disse. "Você disse que concorda que vocês fazem um belo casal, não adianta mentir..."
"Ok, isso também, mas ei..." Nós começamos a rir enquanto ele ficava visivelmente nervoso e Rose queria cavar um buraco na terra.
"Vai depender... Vai depender... Vai depender... Se a Rose vai querer." Alice começou a cantar.
"Ela aceitou... Ela aceitou... Tiveram dez filhinhos e continuaram juntos para mais dez..." Jasper continuou fazendo todos rirem com a modificação.
"Lá vem o Edward de volvo prata, levou um tiro que saiu pela culatra." Eu continuei até ver que todos haviam parado de bater palmas e cantar. Eu olhei para os lados em uma expressão do tipo "Ué?"
Até que eu me toquei. Hehe. Mas eles começaram a rir logo depois.
E ficaram ali brincando, fazendo trocadilhos, e eu cada vez mais achava que eu estava em um bando de loucos. Eu deveria perguntar se eles eram corintianos depois.
"OhmeuDeus Bella! Eu vou te matar..." Rose disse enquanto todos saímos da sala de jantar.
"Não foi minha culpa..." Disse me defendendo.
"Claro que não. Sabe já que você fala tantas palavras onomatopaicas, você esqueceu-se de fazer o "Muh!"que sua espécie exige." Ela falou séria, e eu fiquei me perguntando se o BREE seria abelha. Abelha vem de abelhuda. Será que fora um aviso de Edward que eu estava sendo intrometida?
"Owa!" Falei pela milésima vez. Rose riu tirando sua cara séria.
"Cara eu não consigo ficar muito tempo brava com você." Ela me abraçou. "Mas que se olhar matasse, você estaria psicografando para mim nesse exato momento."
"Credo." Eu disse abraçando-a também.
"Vem para cá meninas." Esme chamou da sala onde todos estavam sentados em volta de um piano. "Edward vai tocar..."
Eu fiquei animada com a possibilidade de ver um show ao vivo do pop star da fé, Edward Cullen. Não podemos nos esquecer que ele era famoso, e agora eu conhecia uma celebridade. Haha, eu sei, eu sei. Eu sou foda.
"Mãe, você insiste nisso." Edward disse emburrado com os braços cruzados, parecendo uma criança.
"Olha só garotinho, eu tenho um filho padre celebridade, então dá licença que eu quero ter show particular?" Ele sorriu enquanto aceitava.
"Mas você tem que ir ao próximo show."
"Claro que eu vou." Ela sorriu. "Mas lógico, camarote vip." Ele revirou os olhos e se ajeitou no lindo piano que estava localizado ali. Ele olhou por mim por cima do piano, e começou a tocar uma música linda.
"Deus é capaz de trocar,
Reinos por ti.
Abrir mares para que possas atravessar,
E se preciso fosse,
Daria novamente,
A vida por ti.
Deus só não é capaz,
De deixar de te amar..."
Quando eu percebi, já estava ficando emocionada. Ele tocava muito bem o piano, e a voz dele era divina.
Eu levei minhas mãos para os olhos a fim de enxugar rapidamente as lágrimas que queriam se formar, quando eu deparei o olhar atento de Esme em mim. Eu desviei rapidamente, me perguntando o porquê da insistência e olhar dela tão atento e preocupado em mim.
Edward tocou não só as músicas deles, como outros estilos. Como Jazz, Blues, e começamos a nos movimentar no ritmo de algumas músicas. De vez em quando nós acompanhávamos no canto, enquanto tomávamos uma xícara de chá em volta da lareira que Esme havia acendido naquela noite fria.
Emmet 'disfarçadamente' passou os braços em volta de Rose, que apoiou seu rosto no vão de seu pescoço. Jasper e Alice continuavam conversando baixinho sobre o tão santo e suas maravilhas, e Esme e Carlisle estavam abraçados olhando o sucesso do filho. Enquanto eu os observava com algumas lágrimas nos olhos.
Edward parou de tocar e todos o olharam. Ele me olhou preocupado por um minuto e depois disse que os dedos já doíam.
"Você não quer dormir aqui hoje meu filho?" Esme perguntou enquanto o abraçava.
"Amanhã eu tenho missa bem cedo." Ele respondeu abraçando-a com carinho.
"Certo." Ela disse sorrindo. "Espero vocês mais vezes..." Ela disse se dirigindo a todos nós.
Emmet 'de repente' tirou os braços de Rose como se nada e nem em nenhum momento algo houvesse acontecido, reprimi um sorriso e murmurei "BEER" para Edward quando ele passou do meu lado.
"Mãe, o jardim está aberto?" Ele perguntou atrás de mim. Quando a mãe o assentiu, ele indicou para que o seguisse, junto com Emmet e Rose.
Passamos por algumas portas, até chegar a um enorme jardim com árvores, flores de todos os tipos.
"Isso é lindo..." Eu disse maravilhada.
"A mãe de Edward trabalha nisso há anos." Emmet disse. "Desde época do colégio..."
"O que é aquilo?" Rose perguntou apontando para o que parecia uma fonte e uma estátua.
"É uma imagem da Virgem Maria." Edward disse se aproximando. "Minha mãe adora sentar aqui algumas tardes e pensar junto á fonte e a imagem."
"É lindo..." Eu disse observando a calma que ali ficava, e eu desejei poder também ficar ali pensando como Esme.
Edward assentiu com um sorriso e se ajoelhou em frente à imagem fazendo uma pequena oração, depois se levantou.
"Muitas acham que nós devotamos imagens, mas não é verdade." Ele disse olhando ao redor também feliz e calmo por estar ali. "É uma maneira de nos lembrarmos e ficarmos mais concentrados."
"Até disso eu sei..." Eu disse como se fosse óbvio. "E olha que eu era atéia até uma semana."
Edward riu enquanto balançava os cabelos.
"Sabe aquela sua música? Faz um milagre em mim?" Rose perguntou para Edward. Ele assentiu. "Acho que foi feita para Bella. Quer dizer, ocorreu um verdadeiro milagre dentro dela."
Eu sorri acanhada enquanto Edward assentia. "Eu concordo. Deus é imprevisível."
"E realmente poderoso..." Assenti por experiência própria. Naquele lugar eu não me preocupava mais com a ameaça de Mike, ou com a forma que ele me enganou por tanto tempo.
Ao longe eu vi um pequeno chiado e me virei observando um pequeno cercadinho. Aproximei-me pisando levemente na grama e observei uma mamãe cadela, alimentando os filhotinhos.
"Own..." Disse observando a cena fofa.
"São os filhotes de Nala." Ouvi a voz de Edward atrás de mim e me assustei.
"São lindos e tão pequenos..."
"São Lhasa Apso."
"Lindos..." repeti observando o pequeno potrinho.
"Nala acabou deu cria há dois meses... Mas minha mãe não acha que pode cuidar de todos, por mais que goste..."
"É uma pena. São tão fofinhos..."
"Você gosta?" Ele perguntou pegando um deles, o mais bonitinho no colo e acariciando-o por trás das orelhas.
"Adoro. Cães e gatos. Eu costumava ter até galinhas em Washington na casa dos meus pais. Os galizé." **
**Tipo de galinha que são menores e 'fofinhos' do que os outros. Eu tenho:)
"Jura?" Ele perguntou divertido.
"Juro." Eu disse fazendo carinho no filhote também. Ao longe avistei Emmet e Rose andando pelo jardim. "Edward... Sua mãe me olhou de uma forma estranha... Eu acho que... Ela não gostou de mim."
Edward me olhou um pouco perturbado por um momento depois suspirou. E eu sabia que se ele não estivesse segurando o filhote ele teria passado a mão nos cabelos como ele sempre fazia.
"Minha mãe é assim mesmo, não ligue."
"Desculpe, mas ela não é." Eu disse, mas depois concertei. "Quer dizer, eu nem a conheço, mas eu sei que ela é calorosa e terna..."
"Bella, não ligue para isso..." Ele disse nervoso.
"Ela tem medo?" Perguntei de supetão.
"De quê?" Ele perguntou acariciando a filhote. "Quer segurar?" Ele perguntou, eu assenti e peguei a cachorrinha delicada em minhas mãos.
"Ela tem medo," Continuei me recusando a olhar para ele, e sim para a pequenina, ela tinha olhos azuis vivos tão formosos. Ela era muito linda! "Tem medo de que eu acabe tirando você de seu caminho?" Perguntei rapidamente antes que eu perdesse a coragem.
Edward abaixou os olhos e observou o movimento de seus pés e depois suspirou, e passou a mão pelos cabelos.
"Minha mãe é muito protetora... Quando se trata de mim e Alice, ela desconfia de tudo e todos." Ele desconversou.
Eu decidi ficar em silêncio com meus pensamentos enquanto observava a pequena em minhas mãos.
"Eu posso dar um nome á ela?" Eu disse para quebrar o silêncio.
"Bom, já que ela não tem, pode..." Ele disse sorrindo.
"Eu vou a chamar de Sky... Porque ela tem os olhinhos azuis como o céu, e céu me lembra Deus, que me lembra religião, que me lembra de milagres." Que me lembra padres. Eu sorri. Ele deu uma forte gargalhada e tomou a pequena Sky de minhas mãos devolvendo-a junto da mãe.
"Então tá, pequena Sky."
Rose e Emmet se aproximaram nesse momento e ficaram admirando os filhotinhos. Ficamos ali um bom tempo até que decidimos ir embora.
Despedimos-nos de Esme e de Carlisle enquanto colocávamos nossos casacos.
Esme me deu outro olhar daqueles e quando me abraçou ela sussurrou:
"Eu confio no meu filho..." Ela disse e depois sorriu. "E confio em você." Eu assenti meio abalada, e saí da casa.
No caminho Rose e Emmet brincaram com a volta de 'roupas decentes', e começaram a cantar algumas músicas de 'milagre. '
No carro, Alice disse que Jasper era muito legal, e que achava que ele seria padre um dia. E eu jurava que os dois tinham muito em comum, para cada um casar com Deus.
Mas...
Edward me olhou atentamente pelo espelho retrovisor do carro, e eu sorri mostrando que eu estava bem.
Edward me levou até minha casa e abriu a porta para mim, mesmo eu insistindo que não precisava.
"Melhor?" Ele perguntou se agarrando ao seu casaco de frio.
"Aham. Tem uma família muito boa." Disse já com saudades de minha mãe e meu pai.
"Espero ter de ajudado então... E cuidado com Mike. Ele não te merece."
"Não merece." Eu disse com um sorriso enquanto o olhava nos olhos.
"Espere até achar alguém que te mereça e seja bom para você..."
"Vou esperar você então..." Eu disse, e ele petrificou como hoje mais cedo. Eu só sorri e bati de leve no ombro dele.
"Eu estava brincando de novo..." Eu disse sorrindo. "Você é muito paranóico."
Ele sorriu aliviado e suspirou. "Sou realista. Então até mais..."
"Edward." O chamei enquanto ele tentava ir embora.
"Oi?"
"Por favor, me devolva minha roupa, vou sentir saudades."
"Vai voltar a usar?" Ele sorriu.
"Acho que vou usar de pijama agora..." Eu disse provocando. "Agora eu vou entrar, o terço na minha calcinha está me incomodando..." Eu sorri e ele também. Eu me virei e ele me chamou.
"Oi?"
"Vá à missa amanhã cedo. Eu te entrego a roupa. E você aproveita e entrega o editorial..."
"Eu te entrego agora..."
"Não, está tarde..." Ele disse mordendo os lábios. "Até mais Bella."
"Até" Acenei e finalmente eu entrei no meu prédio.
No outro dia acordei bem cedo com uma batida na porta. Ainda sonolenta abri a porta para me deparar com ninguém ali.
Franzi o cenho, e olhei pelo o corredor. Porém estava vazio.
Eu andei alguns passos até tropeçar em algo macio e cai no meio do corredor. Eu ainda estava xingando mentalmente, quando eu vejo uma pequena caminha redonda vermelha com ossinhos amarelos desenhados.
Eu engatinhei até lá e encontrei uma pequena cachorrinha encolhida entre um cobertor também vermelho, com um cartão amarrado na coleira.
Abri rapidamente e me deparo com uma letra elegante.
"Meu nome é Sky, que lembra céu, que lembra religião, que lembra milagres, que lembra missa também. Cuide-me e de amor para mim. Au-Au!"
Eu sorri feito uma idiota e levei o cestinho e a cachorra para dentro do apartamento enquanto eu fechava a porta com os pés. Peguei-a nos braços como havia feito antes, e balancei comigo enquanto acariciava atrás de suas orelhas.
Olhei no relógio e vi que estava perto do horário da missa. Eu sorri enquanto falava com Sky.
"Agora a mamãe vai ver o papai, pequena bola de pêlo." A coloquei de volta no cestinho e vi que tinha um pequeno pacote de ração junto. Coloquei em uma vasilha do lado dela, e ela comeu entusiasticamente.
Eu sorri, e só depois eu me dei conta do que eu havia acabado de dizer para ela.
Abanei a cabeça, me vesti, peguei o editorial e caminhei até a porta.
Era hora de ir para a missa.
16 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... é Hermi Calma, mais concordo com vc. A qual é meow deixa de se chatinha Esme
Não sou corinthiana por acaso.
Morro em Goiânia, mas os times daqui não presta.
Nossa Tricolor, que horror. Voce e totalmente diferente de mim.
1° sou Team Edward e agora times completamente rivais.
Nossa essa fanfic tá muitooO legalll
tô amandoO
Nossa essa fanfic tá muitooO legalll
tô amandoO
tanbém so CORINTHIANA e não gostei nada dessa insinuação, quem ela pensa q é?muito fofo o bilhetinho com Sky,Bella safadinha,deu vária endiretas pro edward.Q isso nem Padres estão livres desse mundo,se bem q sendo o Edward,bom......não da pra resistir!
CORINTHIANAS???? Por acaso são de SAMPA também? Será que nesse Brasil tão grande estamos em 3 Paulistas no mesmo Blog? Mas.... não sou corinthiana, PORTANTO SAUDAÇÕES TRICOLORES PARA VOCÊS!!!! KKKKKKKKK
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk calma Hermi,concordo com vc só não diria isso nas mesmas palavras hã,DOCES q vc usou kkkkkkkkkkkkkk.
Ta incrível!!!!!!!!!!!!!
Gostei da desculpa da materia, foi bem bolada
Gnt oq a Esme quis dizer com denovo?????????
quando ela disse isso me veio a Tanya na cabeça!
será????????veremos
De repente...eu quero mais caps.!!!!!!!!!!!!!!
É o seguinte... acho que tô de TPM.... porque tá todo mundo me irritando... Essa ESME é uma mala, quem ela pensa que é, ela pode fazer um casamento feliz com um gostosão, mas os filhos dela não.... ahhhhh... CHATA!
nossa essa fic ta cada vez melhor!
Meu Deus eu quero saber de onde essa menina tira tanta imaginação pra criar cada Fanfik incrivel to amando De Repente.....Religiosa to loca pelo prosimo capitulo de A Infiltrada.
Eu gostava de Esme mas nesse capitulo ela ta a maior filho de um pai (kkkkk)
Quantos capitulos vai ter a Fanfik? E vai voltar para o blog Oficial dia 29 ou dia 30?
O que deu pra entender e que uma garota mudou de estilo para conquista o Padre e estava conseguindo mais ai descobriram tudo ou qualquer outra coisa e por isso a Esme tem tanto medo.
Eu sou CORINTHIANA e não gostei. Ora não somos loucos, não.
Mais Esme desconfiada da Bella, mãe parece ter sexto sentido de perigo.
Todas as mulheres, né garotas? Mais a Burrinha não percebeu que ela queria vê-la.
A desculpa da materia foi "mara".
Eu não sou corinthiana, sou palmerence \O kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Own que fofo o Ed ter dado a cachorrinha pra Bella ! s2
Mais do jeito que a Bella é meio lenta provavelmente ela vai esquecer de colocar a ração e vai matar a cachorra de fome -.-'
É muito bom reler essa fikc depois de tanto tempo, esse capítulo é um dos meus preferidos só por causa da Sky!
Muitas saudades das atualizações e de novas fikc.
Nunca vou esquecer De repente...religiosa.
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