De Repente... Religiosa - Capítulo 09: De Repente... As Ilusões

Um mês depois. Novembro de 2007.

O vento açoitava meus cabelos gentilmente, e um cheiro de lavanda tomava conta do ar. Uma vontade imensa de deitar na grama me inundou, e assim eu o fiz.

Uma risada veio de algum lugar mostrando que alguém me observava.

Levantei meus olhos encontrando Bella trazendo uma grande cesta de piquenique.

"Você adora isso aqui, não é?"

"Adoro." Disse me levantando e observando suas roupas.

"Porque você se vestiu de freira novamente?" Ela sorriu.

"Eu não estou, eu sou uma freira."

"Impossível." Abanei minha cabeça me aproximando dela. "Não depois de tudo o que a gente passou."

Ela encolheu os ombros e pegou uma maçã da cesta e riu a observando.

"O que foi?" Passei a mão pelos seus cabelos. Enquanto observava as mechas caindo por entre meus dedos.

"Maçã. Fruto proibido." Ela continuou a rir como se aquela fosse à maior piada do mundo. "Você é proibido." Ela completou.

Eu sorri com sua observação. "É fruto proibido," Disse pegando a maçã das mãos dela também. "Mas a gente pode muito bem fazer isso aqui." E dei uma grande mordida na maçã e enquanto olhava para ela.

Ela sorriu e deu uma mordida na maçã também. "Delicioso." Ela disse passando línguas pelos lábios...

"Assim como você." Eu acrescentei me aproximando, e ansiando colocar sua boca na minha e provar o quanto o proibido poderia ser duplamente delicioso.

"NÃO!" Eu abri meus olhos de repente, observando que eu não estava mais na grama e sim na minha própria cama que estava encharcada de suor.

Eu estava respirando com dificuldade e levantei rapidamente passando a mão pelos meus cabelos. Senti algo entre minhas pernas e abaixei meus olhos gradativamente.

Oh. Meu. Deus. Não... Não! Uma tenda se formava na minha bermuda, e eu não conseguia acreditar naquilo.

Passei minhas mãos na tentativa de fazer aquilo abaixar. "Desce, desce..."

Mas o resultado foi exatamente o contrário. Bufei e corri como se a própria coisa ruim estivesse em minha cama, e abri a porta do banheiro. Colocando o chuveiro com a água fria que ardeu no meu corpo.

Banho frio, no inverno. Perfeito. Não me importava se meu corpo estava dando sinais de oposição, eu merecia ficar ali, morrer congelado e ir direto para o inferno.

Espalmei minhas mãos na parede fria do banheiro e bati minha cabeça, repetidas vezes na parede, tentando tirar aquelas imagens de minha mente.

Eu não poderia pensar... Sonhar, qualquer daquelas coisas com Bella. Céus, nem com ela e nem com ninguém. Eu era padre! Não, eu sou padre! Sou fiel á Deus. Sem mulheres... A não se que...

Sim... Só podia ser isso.

Tentação.

Era essa a explicação. Alguém estava tentando que eu caísse em tentação por Bella. Talvez até a própria coisa ruim entrara no meu sonho e projetara tudo aquilo.

Mas não com Bella... Não com minha amiga... Uma pessoa boa, uma pessoa respeitável, que no último mês se tornara voluntária no orfanato, me ajudara, me apoiara... O que ela pensaria se soubesse do meu sonho com ela?

Com certeza, ela viraria as costas e nunca mais me veria. Sairia da igreja, sem olhar para trás. Como eu merecia, mesmo.

Saí do banho sem nem me dar o trabalho de enxugar e coloquei as roupas por cima do corpo molhado. Peguei o terço me ajoelhei de frente á imagem de Jesus que tinha no meu corpo.

Eu comecei a pedir perdão, perdão, perdão, rezar, perdão, para que o sonho não se repetisse. E que me afastasse as tentações da carne. Não, não permite isso, Senhor.

Mas eu me sentia incompleto. Não era o suficiente. Não depois da maçã, não depois de dar uma de Adão e Eva no paraíso, não depois de acordar, com outras coisas adormecidas á muito tempo, como um vulcão dormente, acordadas.

Não. Eu precisava fazer algo mais.

Peguei um casaco e me apressei até o portão. Fechei meus olhos para tirar aquelas idéias de minhas mente, só que eu acabei esbarrando em Alice.

"Edward!" Alice disse se levantando, já que ela havia caído no chão. "Aonde você vai? Vai sair? À uma hora dessas? São 5 da manhã!" Ela ainda estava de camisola e com uma roupa de sono.

"Tchau Alice." Peguei um casaco e coloquei por volta da minha roupa toda ensopada. Abri o portão e saí no frio da manhã de NYC.

Continuei a rezar o período inteiro em que eu andava até a Catedral. A igreja era aberta desde seis para as pessoas rezarem, e provavelmente não estaria aberta. Encontrei a senhora Lucas saindo de sua casa com uma cesta, indo para a feira.

"Edward meu filho. Aonde vai á uma hora dessas?"

"Desculpe senhora Lucas. Estou com pressa." Ela encolheu os ombros enquanto eu continuava meu caminho. Eu não queria que ninguém percebesse o que estava se passando em minha mente.

Na catedral eu corri até os grandes armários, que estavam lá desde que a igreja fora construída há muitos anos. Era bem velho e continha algumas coisas antigas, que serviam de relíquias.

Procurei por entre a poeira, e o mofo até achar um pequeno saco que continha milho. Era usado como penitências há muitos anos, e alguém se esqueceu de jogá-los fora.

"Não era suficiente... Não era suficiente..." Repetia para mim mesmo.

Fui até uma porta em que era quase como um depósito. Havia várias garrafas pets, e eu comecei a tirar todas as tampas que eu conseguia, tamanho era o ódio que eu sentia por mim mesmo, e a vontade de pagar.

Corri com o material na mão até o altar, joguei o milho junto com as tampas viradas com a parte aberta para cima no chão de frente ao Santíssimo, e me ajoelhei sentindo dor no mesmo instante.

Mas não me importava. Bella era uma amiga. Uma pessoa de Deus. Assim como eu era. Eu não podia sonhar ou pensar aquelas coisas sobre ela, nem que fosse um ato inconsciente, ou obra do demônio.

Não sei quanto tempo eu fiquei lá pedindo perdão, pedindo que me livrasse de todas as tentações, pedindo tudo o que meu coração e desespero mandavam.

Eu sabia que o milho não era demais, era algo que era usado á muito tempo e antigo. Mas assim como o milho, a tentação era muito antiga, o pecado original igualmente, e eu não deixaria aquilo me acontecer.

Bella

"Oh Edward, pára... Hehe. Pára com isso... Pára de me lamber... Faz cosquinha..." Epa! Lamber? Edward?

"SKY!" Gritei me levantando como um trovão da cama. A pequenina delinqüente deu dez pulos na cama, mas mesmo assim veio abanando o rabinho em minha direção toda sorridente e com a linguinha de fora. "Ugh!" Disse passando a mão pelo meu rosto todo babado. "Sua danadinha."

Levantei rapidamente e fui até o banheiro passando água pelo meu rosto. Eu deveria parar de associar Sky com Edward. Isso já estava passando do limite.

Sky me seguiu até o banheiro se contentando em tentar morder meus pés.

"Sabia que eu acho que você cresceu nesse um mês?" Peguei o projeto de gente no colo enquanto acariciava atrás de suas orelhas. "Acho que um milímetro... Não," Acrescentei quando ela rosnou. "Um milímetro e meio. Pronto."

Ela abanou o rabinho feliz enquanto eu a colocava na cama.

"Você não gosta de ser chamada de 10 centímetros né?" comecei a fazer cosquinhas nela. "Vira o barrigão para mim. Vira! Cadê o barrigão? Hein? Cadê o barrigão?"

O projeto de gente de quatro patas rodou nas patinhas e desabou de costas na cama, enquanto eu acariciava sua barriga rosadinha.

"Mas que barrigão grande gente, acho que mimo você demais." Ela lambeu a minha mão deixando tudo melado de novo. "Sky, o que eu faço com você?" Disse rindo enquanto ia de novo lavar minha mão.

"Hoje em dia precisamos lavar a mão muito bem Sky." Falei com ela enquanto passava sabonete. "Devemos prevenir a gripe suína." Ela se aproximou de novo e ficou me olhando com aquela cara de cachorro sem dono. "Vem, vamos lavar suas patinhas também."

Peguei-a no colo e passei sabonete em suas patinhas, ela pareceu gostar, pois começou a querer lamber. "Não, moçinha... Esse papel é da toalha."

Depois que eu e Sky terminamos nosso 'diálogo' e prevenção para futuras doenças suínas, eu entrei no chuveiro com a água mais quente que eu poderia colocar. O inverno era bom, quando se tinha alguém para se passar com ele, e não o contrário.

"Não fique brava Sky. Sua companhia é importante também." Gritei para que a pequeninha ouvisse. Provavelmente ela nem me escutaria, já que ela estava devorando o enorme pote de ração para filhotes meigos.

Saí do banho enrolada em uma toalha e desliguei o aquecedor da casa. Somos pobres, temos aquecedor por sorte, e vamos economizar.

Eu ainda estava tentando colocar meu roupão, quando o telefone tocou.

Eu me arrastei até lá, e Sky apareceu no quarto latindo para quem quer que esteja ameaçando sua manhã de sábado.

"Fica quieta, Sky. Alô?" Falei enquanto com a mão livre enxugava meus cabelos com a toalha.

"Alô, Bella?" Falou uma voz abafada.

"É o apartamento de Bella sabe..."

"Desculpe Bella. É Edward."

"Edward!" Disse deixando a toalha cair no chão e agarrando o telefone com as duas mãos enquanto me sentava na cama. Sky tentou subir na cama com seu tamanho minúsculo provavelmente sabendo quem estava do outro lado da linha.

Nota mental: Comprar uma escadinha para Sky.

"Bella... Você vai á missa hoje?" Ele disse. Sua voz parecia meio estranha.

"Claro. Como eu sempre vou. Acabei de sair de um banho bem quente. Por que a pergunta?"

Ficou em silêncio do outro lado da linha e eu me perguntei o que eu havia falado de errado.

"É, huh... Eu acho melhor você ir para a instituição primeiro, sabe..."

"Mas é sempre depois da missa que eu vou." Argumentei. Eu não estava entendendo.

"Bella, você vai a todas as missas da catedral, você pode faltar essa." Ele parecia nervoso. "E hoje temos a apresentação."

"Mas por que a pergunta?" Peguei a toalha do chão e continuei enxugando meus cabelos.

"É, nada de especial... Só que, bem... Você que sabe, pensei que as crianças gostariam de te ver mais cedo."

"Elas provavelmente vão estar dormindo." Disse. "E não abro mão da minha missa matinal de sábado. Virou rotina."

"Ok..." Ele hesitou. "Tudo bem."

"Algum problema, Edward?" Franzi o cenho.

"Não, nenhum..." Mas eu sabia que tinha. "Até mais."

E ele desligou, sem nem ao menos o 'Deus te abençoe. '

Fiquei ali segurando o telefone olhando para o nada, até que Sky voltou a me lamber e me acordar para a vida.

"Sky! De novo, não!"

Eu entrei na catedral embrulhada no meu casaco, e olhei para o céu pedindo uma trégua do frio para Deus. A igreja pelo menos poderia ter um sensor de aquecimento.

Eu nem poderia imaginar a neve que daqui a algumas semanas irromperia na cidade. Provavelmente, eu morreria afogada do meio do negócio branco, ou as crianças do orfanato me usariam como boneco de neve.

Até que não seria uma idéia ruim...

Edward nessa missa estava com uma expressão muito estranha. Ele não deu o sorriso que ele costumava dar á mim nas missas, na verdade parecia que ele não havia me visto. Ele não havia cantado as suas músicas, como ele sempre fazia. E parecia distante.

No final da missa, a pequena senhora de Lucas veio soltando fumaçinhas pela boca e ajeitando uma pequena boina que cobria seus cabelos brancos como neve.

"Olá, Bellinha."

"Olá senhora Lucas." Disse dando um abraço nela. "Já lhe disse que me lembra minha avó?"

"Ficaria mais contente se você dissesse sua mãe, mas sim já disse." Ela falou daquele jeito encantador dela.

"Senhora Lucas, você percebeu por acaso que o padre estava meio distante?"

"Eu percebi..." Ela disse baixando os olhos, preocupada. "Imagina que eu o vi vindo para a igreja ás cinco horas da manhã? Ele estava estranho."

"E como que a senhora viu se eram cinco horas da manhã?" Perguntei sabendo que nesse horário eu estava no meu qüinquagésimo sonho e Sky provavelmente estava começando a formular a idéia de me lamber.

"Eu estava indo para a feira da rua detrás."

"Que horror." Estremeci só de imaginar o frio.

"Ossos do ofício." Ela sorriu. "Agora me deixe ir... Minha netinha virá me visitar." Ela sorriu e se não fosse pelo frio e pela idade eu pensei que ela iria sair saltitando.

Eu pensei que Edward viria me cumprimentar como ele sempre fazia, mas ele já havia se retirado. No altar eu vi Jasper passando a vassoura por lá.

"Olá Jasper." Eu disse para ele. Jasper era o sacristão meio turno da catedral, e também adorador do santo patrono da igreja.

"Olá Bella."

"O que está fazendo?" Perguntei vendo a cara dele.

"Tentando tirar algumas coisas daqui... Você acredita que encontrei milho debaixo do tapete?"

"Nossa..."

"É... E quanto mais eu limpo, mas aparece..." Ele balançou a cabeça exasperada.

"Talvez alguém queria fazer pipoca." Fiz uma piadinha de última hora. Jasper revirou os olhos. Eu entendia. Eu também reviraria.

Pe. Edward.

"Padre, o senhor está bem?" Um ministro veio me perguntar a me ver sentado em um banco com um copo intacto de água a minha frente, na sacristia.

"Estou bem." Eu disse, e era verdade. Meus joelhos doíam profundamente e eu me recusara a colocar qualquer curativo. Só havia colocado um pano para que o sangue não passasse para a calça e todos vissem.

O ministro saiu me deixando sozinho, e eu dei um longo suspiro. Eu vira Bella na missa, assim como eu sabia que ela faria. Eu não queria ver ela por enquanto, por causa do pesadelo, por isso eu havia ligado para ela ir ao orfanato, mas como eu imaginei, ela viria. Ela sempre vinha.

Eu já me sentia melhor, porém eu não conseguia encará-la e dizer que estava tudo normal. Mas ela não era culpada de nada do que estava acontecendo. Céus! Nem eu era culpado pelo o que estava acontecendo. E na verdade eu estava sendo um covarde.

De repente eu me levantei da cadeira e joguei a água do copo fora na pia. Se forem realmente as tentações que estavam querendo me pegar, que elas viessem. Eu iria mostrar que meu Deus é maior que qualquer uma delas.

Bella

"Quer ajuda?" Ofereci para Jasper que parecia que iria botar um ovo sempre que encontrava mais um milho.

"Não... Ah... Mas já é demais, olha só..." Ele me mostrou a tampa de uma garrafa. Eu ri.

"Parece que fizeram a sessão inteira de cinema aqui... Daqui a pouco você acha um DVD no altar." Ele riu também, mas ainda com vocação para galinha sempre que via um milho por lá.

"Pode deixar Jasper, eu cuido disso." Ouvi a voz de Edward atrás de nós. Eu estremeci inconsciente.

Jasper deu um grande suspiro de alívio enquanto endireitava as costas. Haha, ele não fez isso. Foi maldade de meu pensamento mesmo.

"Olá Bella." Ele disse com um sorriso. Eu me surpreendi.

"Oi padre."

"Que é isso? O que houve com o 'Edward'?" Eu ri também.

"Ok. Edward. Eu estava com medo..." Disse. Eu falara a verdade. E no último mês eu estava fazendo muito isso. Parecia que eu não podia mentir para ele. Claro, que boas coisas nunca poderiam sair dali. Como agora.

"Medo?" Ele arqueou uma sobrancelha enquanto pegava a vassoura e começava a varrer.

"Você estava meio frio na missa."

"É o tempo, desculpe." Eu ri. Ele sorriu de esguelha para mim.

"Mas de onde vem todo esse milho?" Eu perguntei. Ele pareceu um pouco transtornado, mas disse:

"Talvez alguém tenha se ajoelhado como penitência nos modos antigos..." Ele não riu e nem sorriu.

"Pensei que já ninguém fazia isso."

Ele encolheu os ombros. "Existem coisas mais antigas do que isso, e que ainda acontecem."

"Mas ainda não vejo motivos..." Argumentei.

"Você acha mesmo?" Ele perguntou, mas eu sabia que a pergunta não era retórica.

"Eu vou pegar Sky no meu apartamento e depois eu vou até o orfanato." Eu disse á Edward enquanto caminhávamos em silêncio.

"Ok. Emmet e Rose já estão indo para lá. Enquanto isso eu vou preparando tudo."

"Ok." Me despedi de Edward e corri até meu apartamento. Eu ainda sabia que Edward estava preocupado com alguma coisa, mas eu ainda não sabia dizer o quê.

Peguei Sky, coloquei em sua jaula confortável, e parti até o orfanato que não era longe e nem perto da catedral. Passei pelo Central Park e aspirei o cheiro de verde junto com o vento gelado e suspirei.

Chegando lá Emmet e Rose quicavam ou de excitamento ou de frio. Na verdade eu acho que eram os dois.

"Você pegou tudo?" Rose perguntou.

"Peguei." Disse mostrando uma sacola que estava em minhas mãos. "Onde está Edward?"

"Conversando com Ana." Ana era a diretora do orfanato. "Ele está vendo se está tudo bem da gente acordar as crianças."

"Ninguém acordou ainda?" Perguntei.

"Nope." Emmet respondeu com um sorriso. "Vamos logo Bella, não vejo a hora de me vestir de palhaço."

"Talvez seja melhor o jogador de hóquei." Disse para ele.

"Não. Então não seria fantasia." Ele sorriu. Nós entramos no orfanato que era bem espaçoso e confortável. Lá dentro estava quentinho – Ainda bem – e colocamos nossos casacos nos cabides.

Edward nesse momento saiu acompanhado por Ana de uma porta.

"Está tudo pronto. É só nos vestirmos." Ele disse com um sorriso. Ele estava tão animado quanto eu para nosso novo projeto.

Entramos por outra porta que dava uma salinha pequena, mas confortável.

"Que horas são?" Perguntei.

"São oito e meia." Rose respondeu. "Será que ninguém acorda até lá?"

"Não. Geralmente eles acordam das nove as nove e meia, em dias de semana normais. Hoje talvez até um pouco mais tarde." Ana respondeu.

"Então temos tempo." Garanti abrindo a sacola onde continha várias coisas. Sky latiu de dentro da jaula e Edward foi lá liberá-la. Ela começou a pular nele que nem uma condenada, e Edward colocou-a em seu colo.

"Poderíamos arranjar uma fantasia para ela também..." Ele disse acariciando seu pêlo.

"Talvez uma roupinha cheio de manchas pretas e brancas, e podemos dizer que ela é um dos 101 dálmatas."

"Grande idéia Emmet." Sorri para ele. "Quem vai ser o primeiro?"

"EU!" Ele levantou as mãos como se fosse uma criança. "Será que palhaço combina com Halloween?"

"Bem... Considerando que é um Halloween uma semana atrasado, não sei."

"Palhaços não assustam crianças?" Rose perguntou preocupada.

"Emmet... Ainda acordando elas, acho que não é uma boa idéia."

"Eu não vou senão for de palhaço."

"Eu tenho uma idéia!" Eu disse de repente com uma lâmpada incandescente brilhando em minha cabeça.

"Ah não. Idéia da Bella, não."

"Pronto. Acho que ficou perfeita."

Emmet se olhou no espelho umas mil vezes, se olhando de todos os lados. Todos caíram na gargalhada com a fantasia.

"Você está de ursinho Pooh" Disse. "E nem é uma total mentira. Quer dizer você é um ursinho."

Ele riu gostando de sua fantasia. "Até que eu gostei. Rose..." Ele disse se virando para ela que estava sentada em uma cadeira. Ela corou instantaneamente. "Você quer ser meu pote de mel?"

Rose corou e riu com a cara de cachorro sem dono que nem Sky fazia igual.

"Acho que não temos fantasia de pote de mel." Edward disse segurando Sky que estava doida para morder a fantasia de Emmet.

Ficamos ali mais alguns minutos. A fantasia de Rose foi de fadinha. O que combinava perfeitamente com ela. A pele dela parecia porcelana mesmo com a maquiagem que colocamos, e o vestido meio de bailarina. Na verdade ela parecia uma Barbie.

Emmet não gostou muito, porque ele falou que não combinava com o Ursinho Pooh. Aqueles dois, nem estavam juntos, mas qualquer um apostaria que sim.

Chegou a minha vez e de Edward. Sky estava mordendo as mãos de Emmet, e eu me aproximei de Edward.

"E aí o que vai ser padre?" Perguntei brincalhona. "Fantasia de anjo?"

Ele sorriu constrangido e pensou por alguns instantes.

Ele estava sentado em uma cadeira, e eu de pé na frente dele.

"Não sei se quero realmente uma fantasia..." Ele disse me olhando sedutor. Sua cabeça estava quase de frente para meu colo. Ele olhou sugestivamente para lá.

"É só você falar que eu te dou..." Eu disse murmurando no ouvido dele e me aproximando.

"Não brinca com isso, que eu levo a sério..."

"O que você acha de Vampiro?" Rose disse, fazendo-me acordar para a vida. Malditas alucinações! Eu precisaria me internar.

'Vampiro?"Ele franziu a testa. "Não vai assustar as crianças?"

"Crianças gostam de vampiros." Eu disse batendo de leve no ombro dele. E abanando minha cabeça para dispersar certos pensamentos.

"Claro. Então ok." E assim se passou o tempo. Arranjamos uma capa estilo Drácula, dentes falsos de plástico, passamos uma maquiagem meio preta em volta dos olhos, fizemos algumas gotas de sangue em seu pescoço e em volta da boca.

"O que vamos fazer com esse cabelo?" Perguntei bufando. Ele riu, e colocou minhas mãos nas suas fazendo leves movimentos no cabelo dele.

"Vê, não tem nada que se possa fazer." Ele disse. Eu estremeci. "Vamos passar gel." Eu disse. Peguei um pote e coloquei todo o cabelo todo para trás. Vi Edward fechar os olhos por um momento e ficar com o rosto meio estranho, mas eu continue passando o gel. "Seu cabelo é tão macio..."

Ele não disse nada. "Pronto."

Ele abriu os olhos e se olhou no espelho. Ele realmente parecia um vampiro saído diretamente dos romances de Anne Rice.

Agora eu entendia a parte em que falam que vampiros são inumanamente lindos.

"Olha... Parece até o Drácula." Emmet disse debochando.

"Está mais para Lestat." Rose disse.

"E agora Bella, você vai ser a presa dele?" Emmet disse brincando, enquanto eu jogava uma almofada na cabeça dele.

"Crianças, temos dez minutos." Ana apareceu para nos avisar, saindo logo depois.

"Vamos, Bella. Só falta você."

"E Sky." Disse para a pequena que estava em um mundo paralelo mordendo seu ossinho.

"Vai se vestir do quê?"

"Acho que eu tenho uma idéia." Disse sorrindo para Edward.

Depois de alguns minutos eu voltei e todos começaram a rir.

"Florzinha. Perfeito." Edward disse rindo enquanto olhava para mim.

"Onde você arranjou essa fantasia?"

Encolhi os ombros. "Eu sempre fui fã delas."

Peguei uma roupinha de Dálmata e coloquei em Sky que adorou tanto que ficou perseguindo o rabinho dela. Totalmente estranho.

"Vamos tirar uma foto?" Perguntei.

"Pega a câmera lá, Emmet." Rose disse.

Ajustamos-nos na frente do espelho. Emmet, Rose, Edward, Sky no colo de Edward, e eu. Sorrimos para a câmera enquanto tirava a foto.

"Ei, vão tirar a foto sem mim mesmo?" Alice apareceu na porta carregando um enorme saco, e vestida de... Marilyn Monroe

Jasper veio atrás carregando outro saco e vestido de papai Noel.

"Vocês estão hilários."

"Vocês também." Alice disse rindo de todo mundo, principalmente de Emmet. "Aqui estão os doces. Demoramos porque eram muitos."

Eu olhei para o enorme saco de doces que havia ali e sorri como uma criança.

"Esse vai ser o melhor Halloween do mundo!"

Há um mês quando eu entrara no orfanato, eu tive a idéia de formamos um pequeno grupo em que animassem as crianças.

Primeiramente eu fiquei com um pouco de medo de começar, mas depois eu conversei com as pessoas, e eles se mostraram tão excitados como eu.

E hoje, seria a nossa estréia. No nosso Halloween atrasado. As crianças já conheciam todo mundo, porque acabou que todos nós ficamos voluntários.

Eu estava caminhando alegremente até o dormitório delas, quando eu tropecei. Mas antes que eu caísse braços fortes me seguraram e eu vi que era Edward. Ele sorriu e eu também, me ajustando.

Sky veio conferir se tudo estava bem, depois voltou a correr entre os perímetros do orfanato.

"Vamos no três, gente..." Alice disse baixinho encostada na porta do dormitório. Eu me posicionei atrás de Edward enquanto Alice abria lentamente a porta.

"Um, dois, três..." E entramos tudo de uma vez gritando, e acordando as crianças. Eu comecei a voar e eu quase me senti uma menina super poderosa, Ed parecia um vampiro mesmo, Emmet parecia mais um gorila, Rose parecia que deslizava por onde passava, Jasper parecia que sairia rodando pelo tamanho de sua barriga, e Alice balançava a saia com o melhor efeito de Marylin Monroe.

Patético. Mas as crianças acordaram felizes, e sorridentes. Começou a tocar uma música animada, e todos começamos a dançar, com as crianças, abraçando-as. Algumas começaram a correr atrás de Sky, e Alice e Jasper começaram a distribuir doces e travessuras, na medida em que as crianças pediam.

Eu estava feliz. Eu estava me sentindo completa com tudo aquilo. E ao ver o sorriso no rosto de cada uma me fazia saber que eu estava fazendo a coisa certa pela primeira vez na minha vida.

O tempo se passou, e todas as crianças foram tomar um café da manhã reforçado que o orfanato havia proporcionado. A gente se sentou no meio delas, e começamos a brincar e comer.

Uma menininha bonitinha se aproximou de Edward.

"É de verdade?" Ela disse apontando para os dentes dele.

"Claro." Ele sorriu. "Quer ver?"

A menininha sorriu toda excitada e colocou as mãos nos dentes dele. Ei... Desde já? Quantos anos a menina tinha: cinco?

Edward brincou que ia morder o dedo dela, e ela tirou a mãozinha rapidamente enquanto ria.

"Edward me dá o pote de Nutella?" Disse. Ele pegou o pote que estava perto dele e me passou.

"Claro. O que mais você quer que eu te dê?" Ele falou sedutor. Eu estava respirando com dificuldades.

Eu peguei o Nutella com a ponta do dedo e lambi. Edward viu meu movimento e escondeu um pequeno gemido.

Ele se aproximou de mim por cima da mesa.

"Edward, as crianças..." Disse com a voz falhando, mas passando Nutella nos lábios dele.

"Não importo com as crianças..." Ele disse pegando Nutella e repetindo a mesma coisa só que nos meus lábios.

"Vampiros não gostam de sangue?" Perguntei para provocar.

"Agora..." Ele falou se aproximando cada vez mais perto de mim e unindo nossas respirações. "Eu prefiro Nutella."

"Bella? Bella?"

"Ah. Oi?" Pisquei repetidas vezes. Edward estava no mesmo lugar de antes passando o pote de Nutella na minha frente.

"Ah obrigada." Disse abanando a cabeça. Sky rosnou baixinho no meu pé. "Fica quieta, Sky." Adverti. Edward me olhou estranho enquanto levava uma colher de Nutella á boca. Ohmeudeus.

O que ele pensaria se soubesse o que eu estava pensando dele? Ele com certeza me expulsaria da igreja á terçadas, ou me queimaria na fogueira como as bruxas dos tempos antigos. Estremeci, só de imaginar. Não era minha culpa. Era o frio, era o frio...

Depois do café da manhã, todo mundo se sentou em uma roda e ficamos contando histórias de Halloween para as crianças.

Era tão legal elas ficarem assustadas, se apertando uma nas outras. Edward contou uma história de vampiros bem interessante, eu contei uma, mas ninguém se assustou, na verdade eles riram. Na verdade, eu não entendi o porquê.

Rose, Emmet, Alice e Jasper foram preparar uma surpresa para as crianças em outra sala. Eram pequenos brinquedinhos que eles iriam descobrir quando fossem dormir, e eu e Edward ficamos ali distraindo as crianças.

Um menininho de jeito intelectual – lê-se Nerd. – levantou a mão como se estivesse em uma sala de aula. Edward sorriu e o menininho falou.

"Você é uma heroína, certo?" Ele apontou para mim. Eu assenti me achando importante. Estufei o peito.

"E você um vilão, certo?"

"Não. Eu sou da paz." Edward disse sorrindo e fazendo sinal de paz e amor.

"Ah..." O menino pareceu decepcionado. "Você é vampiro... Mas a gente não viu o tio morder ninguém..."

"É!" As crianças gritaram em uníssono. "Não mordeu ninguém..."

Eu ri de Edward pelo menininho tê-lo chamado de 'tio'.

"Por que você não morde a tia?" O menino pediu. Ah, tia era eu? Edward devolveu o riso.

"Não pode..."

"Por que não?"

"Porque ela... Huh..." Ele estava pensando em alguma palavra. "Eu sou padre."

"Você não é padre... Você não está de padre... Você é vampiro!"

"Ah... Morde ela! Não vai ter graça se não morder, tio."

Edward me olhou sem graça sem saber o que fazer. Eu entrei na pequena discussão.

"Por que vocês não vão comer doces, hein?"

"Não! A gente quer mordida! Mordida!"

Edward ficou estranho quando ouviu a palavra 'mordida' e eu fiquei me perguntando do por que.

Eu olhei sem graça para Edward.

"Tio, o senhor não vai dar mordida?" Uma menina de três anos muito fofinha apareceu pegando no braço do Edward. "Ela é tão bonitinha... Olha." Ela disse apontando para mim. "E você é bonitinho também." Ela sorriu. Edward retribui o sorriso gentilmente. Olha, fui chamada de 'bonitinha'. Pelo que eu saiba isso era um feio BEM arrumado. Obrigada... Obrigada...

"Vamos fazer a vontade deles, Edward." Disse esticando meu cabelo para trás.

"Vamos, me morda." Edward me olhou surpreso e depois deu de ombros. Ele se aproximou lentamente de mim me olhando nos olhos. Eu respirava com dificuldade enquanto inclinava meu pescoço na direção dele.

As crianças estavam todas petrificadas, e esperando ansiosamente pelo momento.

Sabe quando você está assistindo o último filme do Harry Potter, e está esperando que a qualquer momento surja uma mão de dentro do lago? Elas estavam assim.

E eu confessava que eu também.

Edward se aproximou e nossas respirações se juntaram. Ele respirava pela boca suavemente, me dando um frio na barriga. Edward substituiu a mão que estava no meu cabelo, e esticou ainda mais ele para deixar meu pescoço de menina super poderosa descoberto.

Logo eu me lembrei da alucinação que eu tivera momentos antes, e eu rezei para que aquela não fosse mais uma.

Ele se aproximou de meu pescoço e passou a língua pelos lábios. Ele deu um leve beijo no meu pescoço o que me fez estremecer.

"Olha, ela é boa atriz..." Uma menininha disse.

"Xi..." Os outros responderam para ela. Olha! Agora eu sabia que eu poderia fazer testes para Hollywood. Legal...

Edward beijou meu pescoço levemente. Eu estava caindo para trás então ele passou os braços por minha cintura. Oh, está quente... Está quente! Fogo! Fogo!

"Não é uma mordida..." O menininho provocou. E bem... Eu sabia que aquilo não era uma alucinação, no momento em que Edward cravou os dentes no meu pescoço.

De uma forma suave claro, mas mesmo assim me deu calafrios por todo o meu corpo. Eu estava dura como pedra, e alguma coisa me fez passar os meus braços por volta de Edward.

De repente ouvi aplausos e todo mundo estava ali. Edward se separou de mim ofegante, e eu coloquei a mão no meu pescoço que ainda guardava a recordação de seu beijo, mordida, chupão e derivados.

Emmet aplaudia enquanto assoviava, e todos riam da nossa 'performance'.

Mas eu não sorria e nem Edward. Ele se despediu das crianças e saiu por entre uma porta até um jardim.

Depois de tantas alucinações, era de se imaginar que aquela havia sido mais uma. Mas não havia. Alucinações não traziam marcas traziam? Por que agora eu tinha um enorme hematoma de chupão no meu pescoço.

Ohmeudeus, e é de um padre! Eu vou pro inferno mesmo... Não adianta Bella.

Enquanto eu saia de fininho de onde eu estava, eu calculei com meus botões. As crianças que fizeram Edward me morder, então não havia nada de mal nisso. Não é? Ufa, eu estava livre pelo menos dessa vez, de ir dessa para a pior.

Fui atrás de Edward e encontrei-o brincando com Sky em um canto. A cachorrinha não ficava quieta e ele corria atrás dela com a capa esvoaçando atrás dele.

Eu fui para perto, e perguntei timidamente:

"Posso brincar?"

"Claro." Ele disse se virando para mim. "Você é a mãe." Eu iria acrescentar quem era o pai, mas isso já era demais.

Ficamos ali correndo atrás de Sky, até que a cachorra parou de correr e eu parei antes que eu pisasse nela. Edward esbarrou em mim e nós dois caímos na grama.

Ele estava em cima de mim e Sky correra dali, aquela safadinha.

"Ops..." Eu disse. Ele me olhava ainda em cima de mim, e aquela sensação estava meio... Constrangedora. Será que era outra alucinação? Eu não duvidaria que fosse.

"Bella?" Ele perguntou. "Responde-me uma coisa?"

"Já respondi." Sorri.

"Você já teve alguma vez... Sonhos... Huh, com Mike?" Eu franzi a testa.

"Que tipos de sonhos?"

"Alucinações?" Ohmeudeus. Será que ele sabia? Como ele sabia? Talvez minha teoria que ele lesse mentes era realmente verdadeira.

"É, huh... Não... Por quê?"

"Não..." Ele se apressou em dizer. "Por nada."

Ele ia me dizer alguma coisa a mais quando algo caiu atrás de nós. Edward paralisou assim que a viu. Virei minha cabeça e vi uma maça caída do pomar.

"Adoro maçãs." Disse para quebrar o clima que já estava tenso. Mas estranhamente, ele ficou mais tenso ainda.

Edward rapidamente saiu de cima de mim e se sentou na grama, afastando os olhos da maça, como se tivesse repulsa.

Eu dei de ombros enquanto via Sky correr para perto de nós e se apoiar em Edward. Peguei a maça limpei com a manga do vestido, e dei uma mordida com gosto.

Edward

Agora eu realmente estava enfrentando um impasse. E se as alucinações não fossem realmente alucinações e se fossem previsões? Estávamos em uma grama, com vento, com maça, e com Bella ali!

No momento em que Bella mordeu a maça eu me lembrei do sonho e todas as imagens voltaram em minha mente. Eu estremeci e fechei os olhos tentando parar de pensar naquilo.

Bella

Edward fechou os olhos como se algo estivesse doendo.

"O que foi? OhmeuDeus! Edward!" Eu disse olhando para o joelho dele e deixando a maça de lado. "Seu joelho está sangrando..."

Ele abriu os olhos, mas eu já estava perto dele. Quando ele sentara, deu para ver exatamente uma grande quantidade sangue ali.

"Não é nada..." Ele tentou esconder.

"Mas é claro que é..." Eu puxei a calça dele para cima. Ohmeudeus, eu sei que foi um pouco demais da minha parte. Quer dizer, não foram outras partes do corpo dele que eu coloquei para cima, mas mesmo assim. Ele não ligou e eu encarei horrorizada o joelho dele manchado de sangue. "Edward! Como que você não limpou isso? Onde você fez?" Passei minhas mãos ali e vi que o sangue estava coagulando, mas tinha mais saindo, deveria ser pelo efeito da queda.

Sky saiu correndo dali latindo, como se fosse pedir ajuda.

"Não é nada Bella." Ele me olhou e tentou levantar, eu levantei junto.

"Mas é claro que é. E se isso infeccionar?"

"Bella..." Ele falou com os lábios em uma linha dura. "Deixa quieto."

"Eu não deixo, é você!" Eu disse exasperada.

Eu olhei para seu joelho e vi pequenas marcas como se tivessem perfurado o joelho dele. Lampejos de memória do milho que Jasper varria hoje mais cedo da igreja, Edward estranho, a ida dele cinco horas da manhã para a igreja.

Será?

"Edward..." Eu disse levando a mão á boca, assustada. "Foi você que ajoelhou no milho?"

Ele não olhou para mim, ele só desceu a calça novamente e petrificou de costas.

"Por que...?" Eu perguntei em um sussurro.

"Por nada."

"Edward!" Eu o chamei. "Eu sei que tem coisas ai... Vamos lá, nesse um mês que a gente se conhece você se tornou o melhor amigo que eu... Nunca tive em toda minha vida. A gente é parceiro lembra? Você pode confiar em mim...!"

Ele passou a mão pelos cabelos, e se voltou para trás. Mas ele viu a maça que eu havia pegado no chão que estava na minha mão. Ele suspirou.

"Não é nada, Bella. Não é mesmo. Você também é minha melhor amiga... Você é minha amiga. Repito você é minha amiga." Ele falava estranhamente como que para ele mesmo. "E eu sou padre, repito, eu sou padre. Mas não é nada demais."

Eu sabia que ele mentia.

"Você mentiria para mim?" Perguntei me aproximando lentamente. Joguei a maça para trás, e logo ouvi os latidos de Sky acompanhados pelos resmungos de alguém.

Ele se virou mais uma vez para mim, e vi uma careta de dor ali. Eu estremeci.

"Bella..." Ele passou a mão pelos cabelos. "Eu não sei o que está acontecendo comigo, ok? Eu preciso de um tempo..." E assim ele saiu. Emmet estava acompanhando Sky que latia e abanava o rabinho furiosamente.

"Essa cachorra parecia que estava me chamando... Tem algum problema?" Emmet resmungou para Edward.

"Não, nenhum."

Emmet encolheu os ombros e começou a perseguir Sky que continuava latindo como se algo estivesse errado.

Eu fiquei ali abraçada ao meu vestido de meninas super poderosas, tentando digerir tudo que havia acontecido. E sabendo que Edward não dissera se ele mentiria para mim.

Eu ainda estava no jardim quando uma criançinha veio se sentar ao meu lado.

"Oi!" Ela disse timidamente.

"Oi..." Resmunguei.

"A tia... Tá ruim?"

"Não..." Eu disse tentando um sorriso amarelo. "Eu to bem."

"É efeito da mordida?" Ela perguntou com os olhos arregalados.

"É... A mordida afetou algumas coisas."

"Que coisas?"

"Nem eu entendo..." Suspirei.

A menina olhou para as mãos por alguns instantes.

"Você e o vampirinho, vocês são namorados?"

Eu arregalei tanto, mais tanto meus olhos para a menina que ela achou que eles iriam saltar. Eu sabia que não poderia dar um coice nela, coitada, ela era inocente. Então eu me forcei a responder.

"Não."

"Por quê?"

"Porque eu sou uma heroína... E ele um vilão."

"E o que tem?"

"Tem que..." Eu pensei. "É proibido."

"Eu gosto dessa palavra... Proibido."

"Não deveria." Eu disse. "Vamos entrar?"

"Vamos." Ela disse, mas Rose apareceu com uma expressão séria em minha direção. A menina entrou.

"Bella!" Ela gritou.

"O quê?"

"O que você fez com o padre Edward?"

"Hein?"

"Que hein o quê!" Ela disse me olhando feio. "Você está machucando ele!"

"Eu?"

"Sim!"

"Mas não foi minha culpa... Eu não sei o que está acontecendo..."

"O que tá? Não sabe? Bella! Chegou até a sangrar!" Hei? Do que ela estava falando?

"Do que você está falando?"

"Do machucado dele! Foi você!"

"Rose, não foi minha culpa. Já estava machucado." Eu pensei que ela falava de outra coisa. Algo que envolvia sentimentos internos, e frustrações românticas. Mas eu sou burra mesmo...

Ela resmungou. "Vamos lá para dentro." Ela finalizou o assunto, talvez vendo que não iria arrancar nada decente de mim.

"Ok." Eu disse.

"E por que você está com essa cara de bunda?"

"Eu não estou com cara de bunda."

"Então ela é a sua normal... Diz-me por que!"

"Não sei..."

"Tomara que seja vergonha pelo o que fez com o padre. O que quer que você tenha feito para machucá-lo daquele jeito!"

Eu encolhi os ombros, sabendo que ela não me ouviria. Mas eu não poderia deixar de perceber o duplo sentido daquelas palavras.

Pe. Edward

Ela sorriu e deu uma mordida na maçã também. "Delicioso." Ela disse passando línguas pelos lábios...

"Assim como você." Eu acrescentei me aproximando, e ansiando colocar sua boca na minha e provar o quanto o proibido poderia ser duplamente delicioso.

Para minha surpresa ela colocou o dedo no meu peito, me impedindo de me aproximar.

"O quê...?" Comecei.

"Você sabe que você é padre..." Ela disse mordendo os lábios.

"Eu sou padre." Repeti quase como um gemido.

"E você sabe que eu sou uma freira..."

"Você é uma freira."

"Então... Você acha que isso é o certo?" Ela disse me provocando.

"Certo ou errado." Falei com a boca a milímetros da sua. Ela lambeu os lábios e eu quase... Quase... Os toquei. "Eu quero você."

"Eu também quero você..." Ela disse não mais tentando se mostrar por cima, mas se mostrando totalmente submissa á mim. Eu armei um caminho de fogo da parte central de sua barriga até suas costas arqueadas.

"Você é minha... Não importa o que os outros dizem..."

"Sou sim..." ela estremeceu, enquanto seu corpo caia lentamente e o meu acompanhava. Minhas mãos saíram de suas costas para explorar a lateral de sua cintura e quadris.

"Oito anos eu esperei por você." Eu disse com meu rosto a milímetros do dela. Ela arfou.

"Por que oito anos?"

"Não..." Eu me corrigi franzindo o cenho. "Eu te esperava há oito anos. Eu te esperei até a data que eu entrei no seminário... Mas você não veio. Se você tivesse aparecido há oito anos..." Falei pensando em como as coisas poderiam ser diferentes.

"As coisas seriam diferentes..." Ela sussurrou mordendo o lóbulo da minha orelha. Ela voltou a me encarar provocadora. "Mas isso quer dizer que agora é tarde demais?" Ela mordeu os lábios.

Antes que meus lábios colassem aos dela, eu murmurei com um sorriso torto. "Eu nunca disse isso."

Se eu não fosse tão adepto ao 'não xingamento' eu estaria exclamando bons palavrões pelos ares, que até o mais infame ser da crosta terrestre iria se envergonhar.

Essas alucinações estavam todas muito freqüentes, e quando eu mesmo as esperava estavam lá. Só bastava um movimento de Bella, ou pensamento a cerca dela e da maneira como nos aproximamos no último mês.

Agora eu sabia. Agora eu entendia. Desde a primeira vez que eu a vi, desde a primeira vez que eu falei com ela pelo telefone... Eu me sentia... Sentia... Atraído por ela.

Mas isso era totalmente errado! Totalmente incerto! Eu era padre, e eu gostava de ser. Eu tinha vocação. E isso só não passava de uma tentação, uma provação de minha vocação.

Porque, aliás, eu não poderia me sentir tentado quando eu estivesse aos setenta anos, e praticamente moribundo.

Só que eu não sabia se eu conseguiria sobreviver á isso. Minhas defesas pareciam inexistentes perto de Bella.

Nunca foi amor fraternal, de irmão mais velho... Sempre foi, amor de homem para com uma mulher.

A questão e o x da história toda era que o homem em requisito era um padre, e a mulher uma moça inocente que não tinha nem idéia do que o próprio padre, amigo, pensava sobre ela até quando este estava vestido de vampiro dentro de um orfanato.

Eu me sentia um lixo e desprezível e lampejos de frases como 'eu te avisei' surgiam em minha mente a todo instante, como um 'bip' descontrolado. Minha mãe, minha irmã, todos eles me avisaram... E não os ouvi. Eu disse... Eu sou mais forte. Eu não vou ceder. Mas não era isso o que tinha acontecido, e não agora.

Sentado ali no meu canto depois que insistiram em fazer um curativo em meu joelho, e evitando propositalmente ver Bella, eu pausava sobre o que eu iria fazer dali para frente.

Só de imaginar o horror na expressão de Bella, o medo e o nojo que eu veria se ela soubesse um milésimo dos meus pensamentos para com ela, me dava medo e apreensão.

Ela só buscava um ombro amigo, alguém para contar, aliás, os padres serviam para isso. Somente para isso. Nós éramos um apoio MORAL e não um físico!

E eu, abusando de tudo, não estava caminhando para os mesmos ares que ela...

Eu me sentia como um tremendo de um pedófilo padre pronto para atacar II.

Eu a queria á minha maneira, mas ao mesmo tempo não queria á prova de minha vocação, não queria oito anos desperdiçados. Eu queria paz... Paz. Aquelas três palavras mágicas que pareciam que se distanciavam cada vez mais.

Eu suspirei forte sabendo que era um cafajeste... Não importava se eu fosse padre, ou o que quer que eu fosse. O homem animal e atraído dentro de mim sempre queria sair. E eu não sabia o quão forte eu seria para reprimir meus próprios instintos, a própria razão para que homens vivessem. Encontrar uma parceira, e ter filhos.

Eu era totalmente o oposto disso, eu trabalhava para Deus como compensação. Mas por mais que O amasse, por mais que eu quisesse seguir em uma vida por ele. Como que eu conseguiria sendo que um perigo de duas pernas vigiava meus sonos?

Como eu conseguiria sendo que eu estava mais uma vez questionando minha vocação sacerdotal. Como eu conseguiria ser um padre decente se meus pensamentos estavam eu outra pessoa?

Como eu conseguiria servir á Deus, se uma humana estava ocupando a maior parte de minha mente?

Eu era mesmo um frouxo. Um homem frustrado que não sabia controlar seus sentimentos e seus instintos.

Um homem idiota, arrogante, prepotente que não conseguia nem ser padre.

Eu sentia raiva de mim mesmo. Ódio.

Ouvi vozes vindas do jardim e vi Bella e Rose discutindo alguma coisa. Bella parecia meio perturbada, e Rose insistia em brigar com ela em respeito a alguma coisa.

Sky que andava do lado delas como um perfeito cão de guarda em tamanho microscópico veio correndo até mim.

Bella seguiu a pequenina, e eu desviei o olhar, achando o pêlo de Sky terrivelmente interessante.

Peguei-a no colo enquanto acariciava sua pequena orelhinha. Ela lambeu minha mão e seus olhinhos brilhantes me encaravam como se ela entendesse o meu dilema.

Eu suspirei. Eu não sabia o que eu iria fazer para conseguir encarar Bella novamente, depois de minha conclusão bem muito óbvia.

Mas eu tinha que tomar uma decisão imediata sobre esses sentimentos.

Se eu não podia controlar as alucinações, eu as teria. Antes elas do que ceder totalmente á tentação, e todas as ilusões virarem totalmente realidade.

Bella

"SKY!" Eu gritei, chamando a menina que sumia. Sério, onde ela tinha se metido? Aquela cachorrinha era invisível ou o quê? "SKY!"

"Bella..." Ouvi uma voz de veludo que OPA! "Aqui está sua... Filha."

Eu me virei e encontrei os olhos atentos de Edward em mim. Sky estava no colo dele com a linguinha de fora e esticando as patinhas para mim como um bebê.

Enquanto eu pegava Sky eu examinei lentamente a expressão de Edward. Confesso que eu estava com um pouco de medo... Vai lá se saber como estava o humor dele. Talvez ele fosse bipolar. Além do que aquela história, das alucinações, da maça, do joelho, estava bem estranha.

Mas ele estava normal. Sereno. Como se nada tivesse acontecido.

Sky ficava olhando para mim e Edward e assim sucessivamente, como se tivesse encarando uma briga mortal. Porém palavras não eram ditas ali.

"É, huh... E o joelho?" Perguntei para quebrar o silêncio. Uma emoção furtiva passou pelos olhos dele, mas rápida demais para que eu pudesse juntar minhas mãos e fazer uma análise com direito á opções, ícones e equações.

Na verdade eu me sentia em uma equação, daquelas que você tem que usar Bhaskara, Tales, Regra de três, decomposição e vão lá regras para conseguir achar o valor do X. No caso, o motivo de tudo aquilo.

"Ótimo..." Ele disse. "Bella, huh, desculpe pela cena de hoje mais cedo..."

"Do que você está falando?" Tentei me fazer de confusa e inocente. Eu queria que ele falasse.

"É..." Ele pareceu confuso. "Em questão do joelho... E... Daquele papo por lá."

"Espero que tenha chegado á uma conclusão sobre tudo aquilo." Disse para ter alguma coisa sobre o que falar. Estava óbvio que Edward não diria nada. Assim como eu não admitiria nem por decreto das alucinações que eu tinha por ele.

Que eram totalmente erradas... Totalmente promíscuas... Ele era padre... E a interminável lista que havia entre a gente. Na verdade tudo aquilo era por Deus. Edward era só um instrumento... E bem, que belo instrumento. Realmente Deus tinha um bom olho.

Talvez eu fosse à próxima Maria quando Jesus voltasse. HAHA, olha a explicação!

Idiota, eu sei.

Ele suspirou pesadamente, passando a mão lentamente pelos cabelos. Ele olhou pela vidraça que dava para o jardim, e seus olhos se pousaram no pé de maçã que tinha ali.

"Cheguei á muitas conclusões."

"Foram boas...?" Sky se enrolou em meu colo querendo liberdade, mas eu estava disposta a deixar ela ali.

"Não." Ele fungou. "Mas eu tenho que lidar com elas. Nunca é fácil quando se escolhe o caminho do bem."

Ohmeudeus, o que ele queria dizer com aquilo? Eu tinha certeza que tinha algo VERDEIRAMENTE significativo ali, mas eu não conseguia entender. Bem, isso não era uma novidade para mim.

Eu não respondi nada, só me limitei a um "uhn..." de 'não sei o que falar, comece você'.

"Você sabe a história de Adão e Eva, Bella?" Ele perguntou de repente.

"É... Quando eu li a bíblia há algumas semanas, eu li."

"Você sabe o que aconteceu quando eles morderam a maça?" Ohmeudeus, tinha algo que eu precisava entender ali naquela conversa estranha e com certeza CHEIA de segundas explicações.

"Eles, huh... Foram expulsos do paraíso."

"Isso mesmo." Ele disse abaixando os olhos. "Você gostaria de ser expulsa do paraíso Bella? Quero dizer, se você fosse Eva, você morderia a maça mesmo sabendo das graves conseqüências para isso?"

Eu pausei aquilo em minha cabeça, tentando entender o rumo daquela louca conversa.

"Eu... Eu não sei..." Eu disse com a testa franzida. "Quer dizer... Se o que me fizesse morder a maça fosse maior do que permanecer no paraíso, assim eu o faria."

A respiração dele ficou descompassada por um momento, depois ele acrescentou.

"E o que seria maior?"

"O amor... Eu acho." Eu o olhei atentamente a ruga que se formava em sua testa. "E você?"

Ele riu, mas não como você ri de algo engraçado... Mas sobre alguma desgraça.

"Eu me controlaria o máximo a não comer a maça. Aliás, você nunca pode saber o que vai te esperar quando você morder. Até a mais Bella."

E assim ele foi embora, me deixando abismada e totalmente confusa com o rumo daquela conversa.

Pe. Edward

À hora de deixar o orfanato por aquele sábado já estava chegando. Era a primeira vez desde que eu me tornara voluntário que eu estava contando os minutos para sair dali, respirar um pouco e pensar.

Eu falei com Bella hoje mais cedo como que se ela soubesse exatamente o que estava se passando comigo, como que se ela também estivesse passando pela mesma coisa. Mas claro que não. Claro que ela não entendeu... Aliás, o jeito como ela ficou quando eu falei sobre as alucinações no jardim não deixavam dúvidas de que ela estava bem LONGE de algo daquele tipo.

Eu era um idiota mesmo.

Mas mesmo assim, eu precisava jogar tudo aquilo para fora. Eu tinha várias opções, e uma das mais plausíveis seria conversar com outro padre em termos de confissão. Se o padre dissesse qualquer coisa, ele seria ex-comungado, e, portanto eu teria minha garantia de que meu segredo estaria intacto ao mesmo tempo em que eu conseguia colocar as coisas para fora.

E talvez a perspectiva de outra pessoa, com a mente fria, ocupada por terços e rezas ao invés de rostos, e formas... Poderia solucionar meu problema, e achar uma solução.

Talvez uma viagem para o Alaska. Frio... Muito frio... E distância. Eram as duas coisas que eu definitivamente precisava no momento.

Eu estava na pequena sala tirando a roupa toda de vampiro, quando Bella apareceu por lá. Ela pareceu surpresa em me ver.

"Ah olá, Edward." Seja bacana... Seja bacana... Ela não tem culpa de nada.

"Olá Bella. Veio tirar a roupa?" Idiota! Idiota! "Quer dizer, a fantasia das meninas super poderosas?"

"Ah... Não. Eu só vim pegar uma coisa..." Ela disse mordendo os lábios e examinado os pés. Eu via tudo isso através do espelho que eu olhava. E pela primeira vez eu consegui realmente observar as formas... Do seu rosto, é claro. Ela era realmente muito bonita, e seus cabelos pareciam ser extremamente macios e... Pára Edward. Pára.

"Ok..." Eu disse tirando meus dentes de vampiro. Apesar dela supostamente ter ido pegar alguma coisa, ela não fez nenhum movimento para isso. "Aconteceu alguma coisa, Bella?"

"É..." Ela ergueu os olhos surpresa por eu estar vendo sua expressão. "Não... Quer dizer, na verdade, sim..." Ela franziu o cenho. "Quer ajuda?"

Era errado, era errado...

"Claro." Eu respondi. Já que tava no inferno...

Ela se aproximou, e eu me virei para ela ficando de costas para o espelho. Ela pegou um algodão com um líquido e começou a tirar a pouca maquiagem que ela tinha colocado hoje mais cedo. Seu rosto não estava tão perto, mas também não longe o suficiente para não sentir o cheiro inebriante dela.

"Eu estava esperando você ficar sozinho, para te falar uma coisa..." Ela disse insegura enquanto mordia os lábios.

"Pode me dizer qualquer coisa..." eu garanti. Ela se aproximou ainda mais de mim, enquanto o algodão estava perto de minha boca. Vi ela olhar atentamente para ali, e relutantemente desviar o olhar.

"Eu queria dizer, que eu sei de tudo." Ela disse em um fôlego só.

"Sabe?" Meus olhos arregalaram. E ela parou o movimento do algodão enquanto me encarava abertamente. A sua mão começou a deslizar da minha bochecha até os ombros, eu me arrepiei.

"Aham." Ela mordeu os lábios encarando minha boca novamente.

"E o que é?" Falei com a voz rouca. Ela fechou os olhos como se tomando coragem depois voltou a abri-los.

"A verdade é que você me ama." Ela falou abrindo os olhos e lá tendo um brilho totalmente diferente. O brilho do desejo. Eu tentei me separar dela, mas parecia que suas mãos em meus ombros me obrigavam a ficar lá. Ok, talvez essa parte fosse mentira minha. Eu queria ficar lá.

Eu fiquei em silêncio enquanto observava ela própria observar meu rosto. Ela estava com uma expressão de contentamento e interrogação, como que se ela esperasse que eu desmentisse ou a agarrasse pelos cabelos como um perfeito homem das cavernas.

A verdade era que meu homem das cavernas interior queria sair a muito tempo.

A mão que estava no meu ombro me apertou e ela se aproximou cada vez mais. Seus olhos continuavam fixos nos meus lábios.

"A verdade..." Ela murmurou. "É que eu também amo você."

"Bella, eu... Ai!" Gritei.

"O que foi te machuquei?" Bella perguntou assombrada.

"É, huh... Não?" Eu estava confuso.

Ela riu. "Tinha um negócio na sua boca que eu não conseguia tirar, desculpe se doeu." Ela disse mostrando o que parecia ser o pêlo de Sky. Ugh!

Enquanto uma mão dela estava realmente no meu ombro, a outra estava tirando o pêlo da minha boca. Por isso ela estava tão atenta ali, e por isso que a mão estava no meu ombro.

Que situação! Tive uma alucinação na frente dela! Eu estou perdido mesmo...

"O que você estava falando mesmo?" Perguntei certo de que ela falou alguma coisa, e certo também que eu estava ocupado demais ouvindo que ela me amava na alucinação.

"Eu falei que eu sei de tudo." Ela repetiu. E se não tivesse sido uma alucinação?

"Sabe?" repeti.

"Aham." Ela riu. "Estamos repetindo o diálogo mesmo...?"

"E qual foi o fim desse diálogo?" Perguntei incerto. Vai que não foi uma alucinação...

"Na verdade não teve, porque você ficou meio, huh... Parado."

Eu suspirei. "E o que é?"

"A verdade," Ela sussurrou. "É... Você estava todo emo depois da mordida, porque é assim que os vampiros ficam." Ela sorriu brilhantemente. "quer dizer, foi essa a única conclusão que eu cheguei. Que você é um ótimo ator."

Eu suspirei de alívio. OK, que aquela explicação não tinha pé, nem cabeça e muito menos cérebro, mas pelo menos não era EXATAMENTE a verdade.

Eu somente sorri, eu não poderia ser tão hipócrita ao ponto de dizer. 'Claro como você descobriu?"

Ela terminou de me limpar, e as roupas de vampiro já estavam guardadas.

Mas ela continuou ali me mordendo os lábios e analisando o movimento circular dos pés.

"Há alguma coisa a mais que você queira me falar?" Perguntei enquanto ajustava minha própria roupa.

"Acho melhor não." Ela sussurrou com a testa franzida.

"Bella, você pode me dizer qualquer coisa..." Menos que você me ama, por favor.

"Ok. Lá vai... Eu tenho alucinações com você!"

"Nossa..."

"Nossa o quê?" Ela perguntou me olhando assustada.

"Ah... Nada. É... você pode me dizer qualquer coisa." Eu me aproximei e toquei seus ombros levemente mostrando que ela realmente podia contar comigo. Péssima escolha, Edward. Péssima escolha.

"Bem..." Ela tomou fôlego. "Minha mãe vai vir para NYC daqui alguns dias, e eu queria oferecer um jantar para ela ou coisa do tipo. Como você cozinha muito bem, você não poderia me ajudar?"

Por essa eu não esperava. Eu pausei aquilo em minha mente... Melhor não. Melhor não. Melhor não. Não brinca com fogo.

"Claro. Que dia?"

Pe. Edward

"Emmet eu sou um tremendo de um filho de uma puta."

Emmet me olhou com os olhos tão arregalados que eu achei que eles criariam vida e saíram rodando pelo chão.

"Ow... Você, um padre respeitável, honrado, falando palavrões, que feio Eddie."

Eu rolei meus olhos. "Que eu sou padre você está certo. Agora quanto ao respeitável e o honrado já é outro caso." Disse enfiando minha cabeça entre minhas mãos.

"E..." Emmet estava meio perdido, claro, quantas vezes ele havia me visto naquela situação? Estávamos na casa paroquial, logo depois que saímos do orfanato, todos estavam ali em casa inclusive Bella. E eu e Emmet estávamos no meu quarto. Eu o empurrei para lá para poder desabafar com ele. "Bem... Qual é o grilo?" Ele perguntou se sentando ao meu lado da cama e colocando as mãos nos meus ombros.

Emmet não era nenhum padre, mas eu tinha certeza de que ele levaria tudo em termos de confissão.

Eu suspirei alto e usei minhas mãos para massagear minhas têmporas.

"Emmet... Você lembra-se da Tanya?"

"Tanya? Como eu poderia esquecer aquela mulher?" Ele disse com um largo sorriso. Mas logo ele foi se apagando devagar. "Espera... Ela voltou? Ela apareceu?"

"Não." Eu disse estremecendo. "Mas é como se tivesse voltado..." Emmet me olhou sem entender, então eu acrescentei. "Em outra mulher."

"Caralho, puta merda..." Emmet começou a xingar enquanto se levantava da cama me olhando como se eu fosse um alienígena. "Que mulher?"

Eu olhei para ele não sabendo se eu conseguiria dizer aquilo, ainda mais com ela presente tipo assim, a cinco metros de distância na sala de TV.

Eu até conseguia ouvir o barulho das engrenagens de Emmet funcionando tentando processar cada passo meu cada momento, e cada mulher que tinha se passado pelos meus olhos.

"Bem... Sua mãe não é..." Eu revirei meus olhos. "Sua irmã também..." É pelo menos praticar incesto era pior do que outra coisa. Mas já pensou que quadro perfeito? Padre que se apaixona por irmã... Nossa, que legal. "Rose não é. Cara não é a Rose não né?" Ele perguntou fechando o punho pronto para me bater se a resposta fosse sim.

"Por Deus, não!" Eu argumentei. Ele relaxou.

"Então... Tem Bella..." Ele franziu a testa. "Mas claro que não é ela." Ele começou a rir. "Claro que não é..." Ele olhou para minha cara que estava séria. "Mano, não vai dizer que você e a Bella...?"

"Não!" Neguei. Ele deu um suspiro de alívio. "Eu nunca fiz nada por ela... Mas... É ela."

Emmet arregalou os olhos e desabou ao meu lado na cama, perplexo.

"Cara, você tá fudido..."

"Jura? Sabia que eu não tinha chegado á essa conclusão?" Bufei.

"Mano..." Ele se virou para mim, com os braços apoiados no cotovelo. "Como que isso aconteceu?"

Passei a mão pelos meus cabelos.

"Não sei... Foi inesperado. Eu sempre senti carinho por ela... Mas eu achei que era algo fraternal..." Bufei. Enquanto encarava atentamente a porta. "Mas ai eu comecei a ter alucinações..."

"Alucinações?" Ele perguntou. "Tipo, água no deserto?"

"É mais ou menos." Respondi. "E tem vezes que é quando ela está bem na minha frente, conversando comigo... Quando eu me vejo já estou imaginando coisas... Pérfidas." Emmet parecia que estava assistindo á um filme de terror. "E um pai não tem esses pensamentos a cerca da filha, ou tem?"

"Cara... Na Áustria, as meninas são presas nos porões pelos pais, e ficam anos ali sendo violadas..."

"Emmet!" Bufei. "Eu não estou falando disso. Mas conclusão... Eu estou apaixonado por ela."

"Como Tanya?"

"Eu não sei..." Eu respondi curvando minha cabeça. "Mas lá eu era um moleque... Agora eu sou um homem."

"Cara... Eu nunca pensei que você fosse dizer isso."

"Cala a boca, Emmet!"

"Mas... Você se sente um crápula por estar apaixonado por ela?"

"Se fosse só isso... Também por ter as alucinações... E por não tentar me afastar dela. Céus, nessas horas era para eu ter em outro continente!"

"Isso é sério..." Ele disse como se eu nunca tivesse chegado á essa conclusão.

"E ainda por cima. Ela me chamou para ir ao apartamento dela daqui alguns dias para ajudar ela preparar um jantar para a mãe."

"Se você não tivesse me contado isso, eu imaginaria que era um encontro de duas bichas trocando receitas."

Eu ignorei o comentário dele.

"E se eu não conseguir me controlar? Se o meu... Homem interior vier à tona? O que vai acontecer com ela? O que ela vai pensar de mim?" Bufei.

"Cara..." Emmet franziu a testa. "Você nunca parou para pensar que talvez sua vocação não seja ser padre? Tipo..." Ele acrescentou quando viu minha cara. "Já é a segunda vez... Você não acha que é tipo um aviso?"

Eu abanei minha cabeça. "Não... Acho que é tentação."

"Af... É aquela história dos santos que são tentados pelo demônio, e quando não cedem viram santos?" Emmet bufou. "Você não é santo, Edward."

"Mas eu sou padre. E tenho voto de castidade."

"Vira pastor!" Ele acrescentou. "Ou católico ortodoxo... Você pode ser padre, ao mesmo tempo soltar o seu 'homem interior'..."

"Não é a mesma coisa. Não é a mesma religião. Eu fiz um juramento no dia que eu virei padre."

"Ok..." Ele disse franzindo a testa novamente. "Mas quanto à parte de Bella e se afastar dela... Acho que se você quiser realmente não ceder á 'tentação', você não pode aceitar essas coisas... Porque tenho certeza de que rola."

"Como assim tenho certeza de que rola?" Perguntei confuso.

"Edward, se você não fosse padre, eu estaria torcendo por você e Bella. Porque tipo, vocês combinam. Mas você é então como que eu posso dar conselhos para você? E também sei que você gosta de ser padre e tals... Então eu não acho que vou ser de muita serventia... Mas de uma coisa eu sei."

"E o que é?" Perguntei levantando minha cabeça com tédio.

"Bella também está apaixonada por você."

Bella

"São Patrick era um homem muito bom. Na verdade eu acho que precisa ter muita fibra para ele fazer o que fez..." Jasper disse enquanto conversava com Alice – mais uma vez – sobre o bendito santo.

Nem preciso dizer que eu estava entediada certo?

Rose estava ao meu lado lendo uma revista 'como conquistar o seu ursinho Pooh em dez dias. '

Eu revirei meus olhos assim que ela começou a me dizer o conteúdo da revista.

"Olha só, Bella que interessante... 'O seu ursinho Pooh precisa primeiramente te ver como fornecedora de algo que ele quer... Ele precisa encontrar em você um refúgio para as piores horas, e também as melhores... O seu ursinho Pooh precisa acreditar que você sempre vai estar lá quando ele ligar... '"

"Ou seja..." Interrompei rolando meus olhos. "Aparece com um pote de mel para seu Ursinho Pooh, monte um fábrica de mel para você ser a fornecedora dele. É tipo um disk pizza... Ele liga e você vai estar lá... Rose isso é patético."

Rose franziu a testa e jogou a revista em um canto. "Você tem razão... O que será que Emmet e Edward estão conversando?"

"Eles são melhores amigos... devem estar conversando sobre os Yankees."

"E para isso precisa entrar no quarto?" Ela se aproximou de mim falando baixinho, mesmo que não tivesse necessidade quando Alice e Jasper conversavam animadamente sobre o defunto patrono da igreja. "Você não está curiosa...?"

"Claro que não... Estou sim, Rose." Admiti. "Vamos espiar...?"

Ela olhou pelo canto do olho para Alice e assentiu. Nós levantamos ligeiramente e estávamos indo para o corredor, quando...

"Aonde vocês vão?" Alice perguntou se virando para nós.

"É, huh, banheiro." Disse.

"Vocês duas?" Ela perguntou.

"É... Mulheres nunca vão sozinhas ao banheiro." Rose garantiu. Nós demos sorrisos amarelos e entramos pelo corredor. O banheiro dava de frente para o quarto de Edward.

"Ok, esse é o plano. Você ouve e eu também, entendeu?"

"Entendido." Eu bati continência.

"Xi... Fala mais baixo."

"Não temos copo..."

Rose remexeu na bolsa com uma expressão vitoriosa.

"Voilá!" Ela mostrou um copo de plástico.

"Por que você tem um copo na sua bolsa?" Perguntei incrédula. Eu sabia que tinha de tudo na bolsa de uma mulher, mas copo não estava no meio do tudo, certo?

"Higiene Bella. Você não vê os anúncios do governo na TV não? Use seu próprio copo, não toque em ninguém, e tudo..."

"Você está tocando em mim agora." Disse vendo a mão dele segurando a minha.

Ela revirou os olhos. "Escuta você, se tiverem falando de mim, você me passa." Ela pediu.

"Por que você acha que eles estão falando de você?"

Ela revirou os olhos. "Porque Emmet está lá, e o que eu e você falamos? Sobre ele. Então ele pode muito bem falar sobre mim."

"Ah ok, certo." Peguei o copo e coloquei na porta. Logo eu comecei a distinguir algumas vozes.

"Não dá para ouvir direito." Sussurrei.

"Aumenta o volume."

Eu ia apertar algum botão no copo, até que eu entendi. Rolei meus olhos.

Depois de alguns segundos eu comecei a escutar trecho de algumas coisas.

"Você lembra-se da Tanya?"

Não consegui distinguir até que ouvi.

"Ela voltou."

"Você fudeu..."

"O que ele tá falando?" Rose perguntou.

"Alguma coisa 'você fudeu'..."

"Oh, quem que fudeu?"

"O Edward." Eu disse.

Ela levou às mãos a boca.

"Como que aconteceu?"

"Eu não sei..."

"Tentação."

"Foi inesperado." Caramba...

"Filhas da Áustria... Como Tanya violada."

Levei minhas mãos á boca surpresa de mais para falar. Rose ergueu uma sobrancelha, eu somente fechei os olhos.

"Apartamento..."

"Bichas."

"Apaixonado você... Ela apaixonada por você."

"Bella!" Ouvi a voz de Alice me chamando da sala. "Onde você está?" As vozes lá de dentro pararam rapidamente e eu senti passos vindos em direção á porta. Rose me puxou pela blusa e entramos no banheiro fechando a porta rapidamente atrás de nós.

Ouvi na porta do quarto de Edward ser aberta e ele falando com Alice.

"Rose..." Murmurei para ela. "Dá descarga no vaso..."

Ela deu e sentou ali com a tampa aberta.

"Onde estão elas?" Alice perguntou para Edward. "Elas vieram para cá..."

"Elas não estão no banheiro?" Edward perguntou.

"Elas disseram que viriam. Rose, Bella!"

Eu fiz uma voz sofrida, quase como um gemido...

"Oi Alice..."

"Credo, que voz é essa...?"

"É, huh..." Rose flexionou os braços no peito e soltou aquelas barulhos que lembravam pum... "Estou tendo um probleminha aqui..."

Ouvi Emmet dando risadas.

"Você quer ajuda...?" Rose ria da minha cara porque eu que estava levando o pato.

"Não... Rose está aqui trocando o absorvente. Se eu precisar, ela me ajuda."

Ouvi risadas do outro lado, e Rose me lançou um olhar mortífero.

"Ok, então... Quando vocês, huh, melhorarem... Podem me chamar..." Alice disse controlando o riso. "Dêem descarga, por favor."

Ouvi risadas se afastando...

"Bella, quer que eu reze por você?" Edward perguntou do outro lado da porta. A voz dele tinha um tom de humor. Haha era o que eu merecia.

"Não precisa Edward!" Rose gritou. "Se ela morrer, pelo menos ela vai estar 'pura'...

Taqueei um pente na cara dela e ela continuou rindo. Edward deu risada e se afastou.

"Rose, por que você fez isso!" Sussurrei me afastando da porta.

"Você que começou." Ela argumentou. "Mas agora cadê o copo?"

"Ah..." Bati minha cabeça na testa. "Eu deixei cair lá fora..."

"Vai pegar."

Eu suspirei e abri a porta lentamente e me abaixei procurando pelo copo, até que alguém vem por trás e... Lambe minha bunda?

"Sky!" Eu gritei. Ops... Ela estava toda feliz com a linguinha de fora. Achei o copo e entrei correndo no banheiro.

Ouvi os latidos e arranhões da cadela do lado de fora da porta e abri a porta levemente para ela entrar.

"Bella, você está bem?" Alice gritou da sala.

"Estou ótima." Respondi de volta, a não ser pelo fato de não saber o que significava. "Tanya, ela voltou, você fudeu, tentação, inesperado, filha da Áustria, violada, apaixonada por você, você por ela."

Haha, ótimo! Será que realmente o que dava para se esperar dessa frase era verdade? OMG, e se Edward não era realmente um padre, ou pelo menos um padre que não era TOTALMENTE padre?

E o pior de tudo, o que essa austríaca tinha que eu não tinha?

20 comentários:

Hermione disse...

OK! Desisti da minha idéia de fazer picadinho da Natália Marques, ela se superou nesse capítulo de hoje... ri de rolar... estou até com dor de tanto rir, GENIAL, BEM-HUMORADA, CRIATIVA E ORIGINAL.
Natália, dedique-se a isso você verdadeiramente pode ter uma carreira promissora! Tudo de bom esse casal tendo alucinações um com o outro... ótimo! Amei!!!!

PS: Meninas... nós estamos com tudo hein... descobrimos que ele teve um amor no passado e que foi a Tanya!

Leticia disse...

kkkkkkk... Eu ja me agostumei com isso, ela esta mesmo certa sou bem louca em questão de fic fico brava e começo a vala um monte rio do nada fico com cara de boba quando tem cenas romaticas... E mais um monte de coisas kkkkkkkkkkkkkk\z.
Mais é legal isso cara, sei la mais me sinto bem quando do lendo as fics meu estres some sem falar que rio muito com vcs mininas tbmm kkkkkk.

Bebetty_rp disse...

eu também são hilárias!

GabiClara disse...

Ele acha que Bella ia firar as costa pra ele se ele dissese que tá afim dela????????????
KKK!!! Que ilusão

GabiClara disse...

Na minha casa tem minha mãe e meu irmão pra rir da minha cara e me chamar de louca

GabiClara disse...

Eu sempre amei as Historinhas de ninar do Titio Emmett
Então parabéns a Julyte.

Alice Luttz disse...

Nossa!!!!!!!!!! Nossas irmã estão pensando igual. Ela me fala todos dia.
"Voce e louca. Ri do nada. Reclama com o computados e ate concorda." mais e verdade e gosto desse meu jeito.
Os fics me acalma e e otimo.

Alice Luttz disse...

Nossa!!!!!!!!!! Nossas irmã estão pensando igual. Ela me fala todos dia.
"Voce e louca. Ri do nada. Reclama com o computados e ate concorda." mais e verdade e gosto desse meu jeito.
Os fics me acalma e e otimo.

Alice Luttz disse...

Amo tambem ler os comentarios.
Volto só pra rir e muitas vezes me ajudam a entender os que passou despercebido.
Depois de ler o melhor e comentar e ler o que voces dizem.
E me sinto muito orgulhosa tambem de termos fics NACIONAIS tão bons.
Tão parabenizo a todas e Parabens a ALICE pelo o belissimo site e por boas escolhas de fics.
Parabens de coração mesmo.

PS: Em "JOVENS CORAÇES" o bebe da Renesmee vai nascer. AI meus cabelos. Estou rancando eles de tanta ansiedade.

Leticia disse...

Nossaaaaaaaa NATALIA VC É DE MAISSSS TEM MUIT MUITO TALENDO MESMOOO PARABENSS SUAS FICS ESTÃO CADA VEZ MELHORES!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Nossa a cena do banheiroo vou ilariaaa ri muito minha irmã ficou mi olhando com uma cara de tipo Sua lokaa, mais não teve como conder o risso rii muitooo mesmo!
Nossaa alem da Bela o Edward tbm ta com alucinações o que sera que vai acontecer ta qui pra frente em? O que sera que o Edward vai fazer pra parar com essas alusinações? ( se é que isso é possivel)

Leticia disse...

é verdade Alice é bem provavel que ela faça isso! nossaa louco pelo proximo capituloo vai serde mais!

Hermione disse...

Voltei para ler os comentários de vcs pois me divirto muito com eles. E, aproveitar para parabenizar o Fiks de Forks (Alice) por dar a oportunidade de jovens talentos postarem suas histórias: Natália Marques, Érica Ferronato, Rafaella Costa, Karen Scarabelli e tantas outras que não haveria espaço para mencionar! Histórias originais, ousadas, criativas, claro ainda precisando de lapidação... mas, sem dúvida nenhuma, PROMISSORAS! E o melhor de tudo... todas essas que citei são NACIONAIS! ORGULHO DE VCS MENINAS!

Bebetty_rp disse...

EU DISSE Q ERA A TANYA! ESSE CAP.FOI HILÁRIO, AMO ESSA FIC! TAMBÉM QUERO UMA MORDIDA DO EDWARD E VOU DEIXAR UM POTE DE MEL NA MINHA JANELA DE PRESENTE PRO EMMETT! NATALIA VC TEM MUTOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO TALENTO! NÓS AMAMOS SUAS FICS A INFILTRADA E DERREPENTE RELIGIOSA SÃO P-E-R-F-E-I-T-A-S!!!

Alice Luttz disse...

Acho que quando ele for fazer o jantar ela vai dar encima dele.
Ja que acha que ele esta apaixonado por outra vai querer que ele a enxerge.

Laurinha disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Isso vai dar o maior rolo pq a Bella entendeu td errado rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
O Edward vai acabar enlouquecendo com isso td! ave maria!
oq acontece oq acontece??????????????????

Noeme disse...

OMG!!! A Natalia Marques é d+!!! Eu amo todas as dua fics dela!!! Não sei dizer de qual eu gosto +
Eu ri muitoO com esse capitulo
Foi d+!!!! Gente o Edward já amou a Tania???
AiAiAiUiuiui

Alice Luttz disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK'
Vou dar de presente a escadinha para a Sky.
E eu que quero ser o 'pote de mel' do Emmet e receber uma 'mordida' do vampiro padre Edward!!!!!!
Muito bom ri muito e ate esqueçi que queria "quase" arrancar a cabeça da Natalia por causa do Gege e da Bella. Mais esse capitulo foi demais. Foi mesmo. Cachorrinha esperta essa né?
Quero uma assim. Edward me da uma tambem?

Alice Volturi disse...

Obrigada mesmo! *-*

Alice Volturi disse...

Obrigada, obrigada mesmo! Fico muito feliz que vocês gostam do site! :D

Amy Lee disse...

kkkkkkkkkk  a Bella é mesmo uma lerda !

 E agora o que é que ela vai pensar do Edward?

 "Que ele fudeu com a filha da Áustria violada apaixonada por ele e ele por ela"  
kkkkkkkkk ri muuuito akie !!

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