Emily Young - Capítulo 03: Angry

TOM, TOM, TOM... Fazia a goteira, quicando na janela da cozinha em alto e bom som. Ou talvez, nem tão alto assim.

— O que você espera que eu pense disse Sam? — a voz de Leah, já estava chorosa e esganiçada.

De onde eu estava — na área de serviço — eu não a via. O que não me impedia imaginá-la com clareza, apertando o telefone de encontro à cabeça e praticamente esmagando o aparelho com os dedos. Até mesmo os soluços, eu conseguia distinguir entre uma palavra e outra que ela dizia. E sinceramente, não é como se eu quisesse está ali ouvindo.

— Eu acho que você me considera uma idiota Sam, é isso que eu penso... Não, não, é claro que não!

As brigas já duravam duas semanas.

Desde aquele episodio extremamente bizarro na soleira da porta da minha tia, eu tentava me convencer de que nada acontecera de fato e que nada mudaria para ninguém. Disposta a esquecer da minha atração vergonhosa pelo namorado da minha prima e de seu interesso sobre mim.

Sentei-me numa cadeira num canto da casa, escondida de tudo e todos; o máximo de tempo que eu pude. Não queria saber como estava indo o relacionamento deles... Mas, mesmo assim, eu vi o relacionamento se deteriorar a cada instante.

Na minha mente, o pensamento de que eu poderia estar sendo responsável por isso lutava contra a razão e a realidade de que não poderia ser por minha causa, afinal, Uley e eu nem nos conhecíamos. Além do mais, que tipo de louco era ele a preferir uma garota como eu, ao invés de uma perfeita que era Lee?

— O que se importa se a Emily está aqui ou não Sam? Não mude de assunto! — Leah gritou ainda mais alto.

Meu coração gelou — quase saiu do peito e caiu no chão. Uley não estava exatamente cooperando com a minha ideia de se afastar, e esquecer o problema.

Ele tentou falar comigo em cada um dos dias dessa semana desde que nos conhecemos, posso assim dizer. Eu o afastei e fugi dele com todas as desculpas que eu poderia inventar, numa me permitindo cair em tentação de estar sozinha com ele.

Mas, mesmo assim, sempre que eu me virava para sair da loja no fim do expediente, lá estava ele. Como um segurança particular ele me escoltava pra todo lado e por mais que eu odiasse admitir que estivesse mesmo acontecendo alguma coisa entre nós, eu sabia que em toda essa semana eu devo ter visto o namorado de minha prima com mais freqüência do que ela o viu e isso era visivelmente preocupante.

— Você está fugindo de mim! — Minha prima gritou, por fim, encerrando a ligação com uma batida violenta de telefone encontro à base.

Estava tudo tão errado, tão, tão errado.

Minha primeira idéia foi me mudar, claro. Quem sabe eu tentava a casa de algum parente de meu pai, uns primos no Colorado ou coisa assim. Apenas pegar a mochila e o violão e cair na estrada como, alias, parecia ser o primeiro plano no dia em que cheguei aqui.
Mas, eu sabia que não era mais possível; eu tinha muita raiva de mim mesma e comecei a ter raiva de Sam Uley também, por fazer tudo aquilo tão complicado e tão desleal e a verdade era que eu não conseguiria deixá-lo. O máximo que eu conseguia era fingir que nada acontecia, mas daí a deixá-lo, mudar-me pra outro estado, me livrar dele? Não, apenas não era possível. Meu estomago recusava a idéia como se recusa comida estragada. Cada olhar que ele me dava era mais um facho de luz brilhante no meu “final de túnel”.

Aquele homem fazia por mim, apenas me olhando, preocupando-se comigo nos momentos mais bobos, com os gestos mais involuntários... Ele fazia mais por mim do que todos que estiveram ao meu redor, tentando me reerguer do meu pesadelo que era viver todos os dias desses dois meses. Era como uma dose de segurança liquida simplesmente irresistível e irrecusável embora eu me mantivesse firme em minha luta.

Era o certo deixá-lo ir, ou mesmo, tentar desacreditá-lo de mim. Era certo com Lee, com minha tia que me recebeu de braços abertos e que agora sofria a cada segundo em que via sua filha desolada e irritadiça.

Era o certo, mesmo que certo parecesse me atirar em cima daqueles quase dois metros de músculos e testosterona e me esquecer do resto.

— Ah, Emily! — Leah entrou na cozinha enxugando as suas lágrimas, de certo surpresa por já me encontrar ali, já que eu entrei pelos fundos, como sempre fazia agora. Olhei fixamente para a panela que eu agora eu segurava. — Eu não agüento mais isso! — ela disse quase como se estivesse falando alto um pensamento. Continuei calada. A culpa roendo por dentro de mim, como um bando de vermes.

— Eu sou uma pessoa má? — ela me perguntou, sentando-se no banquinho. Sua expressão era resignada. — Eu sou exigente demais? Mimada? Seja sincera, prima, por favor. — Ela me olhou com aqueles olhos amendoados e fartos cílios mais belos que eu já vira. Quase deixei a panela cair.

— N-ão. — Consegui gaguejar ridiculamente.

— Se eu não o amasse tanto, eu terminaria com ele. — falou exasperada, deixando um suspiro lhe sacudir o corpo.

— Às vezes nos devemos deixar as coisas se resolverem naturalmente. — tentei parecer segura no que dizia, embora que estivesse mais ciente dos seus problemas do que ela.

Ela veio até mim e me abraçou.

Em me senti pior. Se é que isso era possível.

— Ah! Em, é tão bom ter você aqui! Eu odiaria passar por isso sozinha. Nada faz sentido agora...

É Emily, é você que merecia está sofrendo agora sua traidora! — uma parte de mim não teve reservas em gritar.

* * *

Dois dias depois, fez um sol radiante e pouco comum em La Push. O tipo de sol de verão que leva todos para praia, até mesmo aqueles que não estão dispostos a encarar as águas ainda muito frias do Pacífico.

Seth virou uma espoleta dentro de casa, super excitado com a perspectiva de surfar. Eu, como saí da loja mais cedo pra fazer o almoço e quando voltei para entregar a comida de minha tia, fui prontamente liberada para aproveitar o bom tempo, peguei meu violão e meu caderno de letras e fui com meu primo rumo a First Beach.

Claro, antes, sai pelos fundos da casa e fiz o caminho da melhor maneira James Bond, afim de não esbarrar com o namorado de minha prima por quem eu estava apaixonada de uma forma muito esquisita e levemente psicótica e pelo qual eu parecia ser correspondida no mesmo nível de estranheza.

Enquanto Seth encontrava outros garotos para acompanhá-lo em seus propósitos de diversão, eu encontrei uma arvore na orla da floresta que rodeava a praia. Tinha um lugar extremamente confortável junto ao tronco onde caberia a minha pessoa sentada e ainda assim eu poderia descansar meus pés nas grossas raízes que saiam do solo.

Ajeitei o violão no colo, o caderno na perna e expirei o dia perfeito com contentamento, mesmo no meio do caus.

Não podia dizer que vir a La Push foi uma idéia ruim, mesmo que agora as coisas estivessem tão fora de rumo. Nesse lugar minha esperança florescia e era de esperança que eu precisava quando vim pra cá, era exatamente de esperança que eu precisava pra agir com força e sensatez em minha vida, mesmo que sensatez tivesse agora tantos significados diferentes para mim.
Antes que pudesse me dar conta, meus dedos já haviam achado o caminho da melodia e minha voz saia naturalmente a partir do acorde em que deveria soar o coro. Dando tudo de mim naquela musica, distante das multidões e com o maravilhoso espaço do silencio, acho que nunca toquei tão bem e com certeza nunca havia alcançado notas tão altas de uma forma tão eficaz.

Quando acabei, no entanto, senti meu estomago revirar. Uma salva de palmas contagiante, vindas de uma pessoa só, preencheu o vazio acolhedor do silêncio.

— Isso foi incrível! — a voz de um homem soou aveludada com o tom genuíno de adoração.

— Obrigada! — eu me virei, sorri para ele contente e envergonhada, sem pode me frear.

— É sério, Emily, você deveria tocar em um lugar onde todos te ouvissem, você é perfeita! — ele continuava dizendo, olhando no fundo de meus olhos como se me consumisse.

Se eu não visse tanta sinceridade naquele infeliz, não seria difícil dar-lhe as costas, mas ele estava sendo 100% sincero e eu tinha 100% de certeza. Esse era um sentimento que meu coração e minha mente gritavam juntos.

— Sou uma compositora, não uma SuperStar! —eu expliquei deixando o violão apoiado contra o tronco e me escorando na arvore para manter uma superfície de apoio e ficar longe de um possível e arrasador contato com ele.

Disposto a me enlouquecer e acabar com toda a minha sanidade, Uley parecia já ter avançado umas duas passadas em minha direção sem tirar seus olhos de mim. Como era irritante ele me olhar assim, desconcertante demais.

— Você poderia ser o que você quisesse ser! — ele falou com aquela voz autoritária, como se repreendesse uma criança medrosa a fim de ensiná-la.

— Mas eu realmente não almejo o estrelato. — fui mais enfática.

Isso o fez sorrir, porque parecia que toda a coisa que eu dizia a ele, que pudesse ser considerada como uma verdade que saia de mim, o fazia mais e mais feliz. Ele já tinha dado mais uma passada. E aquelas passadas eram tão imensas que ele já estava a uns trinta centímetros de mim e minha mente gritava em alerta para o meu corpo estático, preso aquela arvore estúpida.

— Nós precisamos conversar Emily! — ele voltou-se de repente sério. Eu temia esse momento. Eu o evitei por tanto tempo e agora aqui estava eu, de encontro a uma arvore restritiva, sem respirar direito e não querendo ter essa conversa, nem que para isso eu tivesse que começar a usar minhas pernas, e não minha tática falha de evasão, para sair correndo dele.

Antes de eu me virar totalmente, deixando-o falar com a árvore e não comigo, uma mão grande e quente tomou meu rosto com precisão e uma delicadeza incomum. Eu estava oficialmente encurralada e eu ouviria o que nunca poderia ouvir e o que mudaria tudo para sempre.

— Me escute! — ele implorou e minhas pernas não eram mais minhas.

Ofeguei com o tanto de proximidade, que me permitia sentir até mesmo o cheio dele. Aquele cheiro agradável demais, nem agressivo e nem doce. Um tanto almiscarado e inebriante. Eu queria muito aquele homem me tocando, me beijando, me tomando... E a minha mente se tornava cada vez mais assustada com as reações do meu corpo.

— Eu te amo, Emily. Eu sempre vou te amar e isso não é como nada que eu um dia senti em minha vida. Não tenho nenhuma comparação forte o suficiente para te convencer, então... Acredite em mim, linda. Eu finalmente posso explicar o que está acontecendo conosco. Confie em mim e venha comigo. – ele estendeu sua mão para que eu a pegasse e eu ainda não sei como eu permiti isso, mas quando me dei conta do próximo passo, estávamos andando pela praia de mãos dadas, passando pelo estacionamento apinhado de gente que poderia nos ver de mãos dadas e indo de encontro a uma casa que eu reconheci como a residência de Billy Black, um velho amigo de meu tio.

— Sam, que bom que tomou a decisão de contar a ela. — a voz impressionantemente firme do homem em uma cadeira de rodas soou assim que fomos atendidos a porta da casa. — Entrem, por favor.

Eu passei pela soleira, tremula e mais confusa do que imaginava poder estar um dia, me limitando a ficar calada até que isso se revelasse um de meus estranhos pesadelos e eu finalmente acordasse em minha caminha de armar no meio da sala dos Clearwater.

Estava completamente consciente da mão de Sam em minhas costas, me guiando e me queimando de um desejo que eu recriminava mais a cada passada.

— Sentem-se. — O Sr. Black disse bondosamente, olhando para mim com uma expressão animada e um tanto reverente.

Não poderia ficar mais estanho em minha opinião.

— Você é Emily Young, sobrinha de Sue, da reserva Makah, está certo? — me perguntou como se quisesse testar minhas faculdades mentais. Eu sinceramente não o culpava, pois tinha certeza de estar branca como cera.

Um sim, totalmente apático, saiu de minha boca.

— Querida, você já ouviu algumas de nossas lendas? Alguma historia da tradição Quileute? — ele inquiriu, ainda com muita paciência.

— Não. — eu me sentia mais idiota a cada segundo.

Sam segurou minha mão e eu não o impedi, na verdade eu a apertei.

—Pois bem, o que vou lhe contar agora não é mais uma lenda. É uma verdade, um segredo passado pelas gerações de anciãos da tribo. Um segredo do qual você agora faz parte.

Tenho certeza que meus olhos se arregalaram, mas mesmo assim me mantive presa a cadeira. De uma coisa eu estava certa: Se estávamos ali na frente daquele senhor, que não era nenhum louco, mas sim um amigo antigo de meu tio e um membro respeitado da comunidade, eles não estavam me contando lorotas e não estavam brincando comigo.

E foi ali, sentada no sofá dos Black que eu ouvi pela primeira vez o legado dos espíritos guerreiros, dos homens-lobo, protetores da tribo, mas foi também naquele mesmo sofá que eu ouvi a historia da Terceira Esposa do lendário chefe da tribo e com ela a, até então, apenas uma lenda, a historia do “imprinting”.

— Ele irá amá-la por toda a vida e alem dela, irá protegê-la e irá ser para ela o que ela precisar que ele seja e ela será a lei máxima de seu bando, porque nenhum lobo poderá macular o imprinting de outro lobo sem que estes lutem até a morte. — foi como Billy acabou aquele discurso.

Quase meia hora depois quando encontrei minhas cordas vocais, novamente, me virei para Uley só para me prender chocada em seu olhar. Eu acreditei no imprinting porque eu o tinha presenciado desde o primeiro dia, na soleira da porta de minha tia, no maldito domingo pela manha.

Eu acreditei que eu havia condenado minha prima ao sofrimento e eu acreditei que eu estava perpetuamente ligada aquele homem e que eu nunca teria escolhido melhor, nunca teria podido encontrar um pai mais perfeito para os meus filhos.

— É verdade. — eu sussurrei sem olhar para nenhum dos dois homens em particular. Não era uma pergunta.

As lágrimas desceram sem que eu pudesse barrá-las. Eu não tinha interesse para isso. Levantei-me com uma força que nunca esperei ter.

— Com licença senhor. — falei apenas para Billy.
E me virei para passar pela porta. Antes, porem, Uley me segurou pelo braço. Ele tremia levemente e tinha um olhar desolado e vazio que me fez chorar um tanto mais. Não era sua culpa também.

— Tudo bem. — eu tentei assegurar. — Eu preciso de um tempo! — falei com mais sensatez.

Ele me largou ainda com a mesma expressão torturada e passou pela porta em grande velocidade e graça, mais uma prova para as verdades que eu ouvira; antes que eu pudesse ir, o que fiz em seguida.


* * *

Naquela mesma noite eu ouvi o choro contido e nervoso de Leah assim que ela passou pela porta de sua casa. Vi quando ela veio até minha cama procurar ver se eu dormia. Eu fingi o melhor que pude, tentando controlar minhas próprias lágrimas covardes. Eu me sentia tão suja tão indigna de estar sendo acolhida por aquele teto.

Ouvi quando tia Sue foi até o quarto da filha e quando Leah contou que Samuel Uley a havia deixado, definitivamente, livrando-se de qualquer obrigação com ela. O namoro dos dois estava finalmente morto.

Senti o travesseiro encharcar embaixo de mim. Eu me sentia doente com aquela situação e quando finalmente me joguei no cansaço e dormi, meu sono foi tormentoso e povoado por criaturas monstruosas me rasgando em pedaços e tornando a me rasgar enquanto eu via Leah rir da minha dor, chorando ao mesmo tempo pela dor dela.

Com um grito sufocado, ainda antes do amanhecer, eu acordei e percebi que não era possível continuar fingindo que nada acontecia. Parece que eu teria de arrumar minha mochila mais uma vez e cair na estrada mesmo sem ter um destino certo ou sequer a vontade de continuar.

Fechava os olhos e me lembrava dele, da forma como me olhava, do jeito fácil com o qual eu reagia a ele, de tudo o que poderia ter sido se ele não fosse o namorado da minha melhor amiga, minha irmã.

A história que Billy Black me contara soava em minha mente, resvalando. O imprinting e tudo o que ele significava as amarras que me prendiam a Samuel Uley por essa e outras vidas. O destino havia nos escolhido, nos talhado exatamente um para o outro e como eu esperava fugir desse destino?

Eu não sabia, eu apenas deveria tentar. Por consideração a Lee, por consideração até mesmo a Sam que não escolhera me amar e, por fim, uma consideração a mim mesma, ao meu livre arbítrio, a minha capacidade de não o correspondes por mais que isso doesse como ferro quente em minha pele.

Achei melhor sair à surdina, deixaria uma carta explicando alguma mentira bem fundamentada à tia Sue, pedindo desculpas a todos por não me despedir. Um pedaço de papel qualquer que alegava um motivo qualquer: Fui para o Colorado. Uma prima de lá precisou de ajuda com a mãe doente.

Quando me vi pronta, tudo na mala, a casa silenciosa e sem testemunhas para minha deserção, passei pela entrada e ainda me virei a fim de contemplar toda a propriedade uma ultima vez. O lugar que tinha sido para mim o melhor dos refúgios e do qual eu tinha de fugir por não mais merecê-lo.

Foram alguns passos até a estrada e depois uma caminhada de vinte minutos até a rodoviária. Estava sedo o suficiente para que ninguém pudesse me impedir de fazer aquela viagem mesmo que não acreditasse no que dizia minha carta.

Um sentimento de raiva se apoderava de mim, sentada no banquinho próximo ao guichê de passagens. Uma raiva que crescia como fogo em palha, a rebeldia de uma Emily dentro de mim que sabia estar fugindo da felicidade, da maior chance de sua vida. Um amor destinado, eterno, um verdadeiro sentimento à velha moda dos contos de fadas.

Subi a bordo às sete horas da manhã. O ônibus estava vazio, a exceção de eu e duas mulheres de meia idade com uma criança de colo. Uma criança, como as crianças que eu poderia ter tido quando constituísse a minha família. Nada disso era mais possível. Eu fugira, essa tinha sido minha decisão final, era certo e eu me apoiaria nela daqui pra frente.

Com algum balanço o ônibus partiu. Escorei minha cabeça na janela e deixei as lagrimas me consumirem. Não demorou muito o ônibus parou, abruptamente, as mulheres se assustaram, ouvi o motorista praguejar e então as batidas, fortes e violentas na porta.

Comecei a me assustar também. O motorista começou a discutir com alguém, aparentemente. E foi aí que ele entrou no corredor entre as fileiras de poltronas. Tudo parecia imensamente diminuto para ele, como se ele enchesse o lugar melhor que uma multidão.
Os olhos de Sam estavam molhados e sua expressão era desoladora. Uma parte dele me olhava com raiva enquanto eu via suas mãos tremendo em espasmos breves. A testa franzida e a tez lívida.

— Você ia me deixar assim? — acusou, em alto e bom som. Nem me dignei a limpar meu rosto que já estava cheio de choro. Não conseguia dizer nada. — Não ouviu nada que Billy disse... — ele continuava a ignorar que tínhamos platéia e que uma viagem deveria estar acontecendo ali. — Você queria me matar? Como pensou que eu sobreviveria sem você? Como pensou que sua tia fosse se sentir ao ver sua cama vazia de manha?

— Eu deixei uma carta. — foi à única coisa que minha mente perturbada alegou em minha defesa. Ele deu uma risada amarga e meio louca.

— Você não sente nada por mim, Emily? Nada mesmo? — perguntou com aquele brilho intenso no olhar, como quem entrega a alma em palavras.

Eu comecei a chorar sem parar, sem me controlar. Tremia mais que ele, soluçava. O motorista veio ver o que aconteciam, as mulheres estavam de olhos arregalados.

Sam pareceu considerar isso como uma resposta boa o suficiente, já que virou-se para o motorista e se encarregou de minhas malas. Pegou-me no colo e saltou do ônibus comigo enquanto eu ainda chorava, feito uma criancinha.

Ele era tão quente e seu peito estava coberto por uma camiseta fina demais e cavada, deixando seu cheiro e sua pele próximos demais de meus hormônios enlouquecidos.

Eu me abriguei em seu abraço, me deixando conduzir, deixando o choro me vencer. Eu era dele, eu fui dele desde o momento em que o vi. A quem eu queria enganar? Eu nunca conseguiria deixá-lo. Mesmo se ele não tivesse ido atrás de mim daquele jeito, eu nunca mais aceitaria outro em meu coração. Eu podia sentir a certeza nisso.


* * *

Meu tio Harry foi o único que viu Sam me carregar para dentro de casa. Eu não sabia onde os outros estavam, mas Leah com certeza não saíra de seu quarto desde a noite anterior.

Ela estava realmente deprimida e meu tio não olhava para Sam diretamente. O vi virar a face quando o homem beijou o topo da minha cabeça e se foi deixando-me inerte no sofá dos Clearwater, com a cara e a coragem, que eu não tinha.

Como tio Harry era do conselho, ele sabia o que havia acontecido entre Sam e eu, e, talvez por isso não tenha me feito explicar por nada. Ele também escondeu minha carta de tia Sue e impediu um desastre maior por parte de minha fuga.

Um mês se passou enquanto eu vivia com culpa e me exilava cada vez mais de tudo e todos. Eu não olhava Lee nos olhos e acho que ela começava a se perguntar o que estaria acontecendo com nós duas.

Felizmente, eu achara um lugar para passar todo o meu tempo extra, que agora era muito, com a temporada baixa e a loja as moscas.

A casinha que eu encontrara na minha primeira exploração por La Push tinha se tornado meu santuário sagrado desde que eu a limpara e começara pequenos concertos nela, mesmo sem saber a quem pertencia.

Costumava me sentar na varanda alquebrada e tocar violão horas a fio, compondo com certa loucura, pois angustia não me faltava e isso estava favorecendo minha musica, de certa forma. Também me mantive fria e distante de Sam Uley, que pareceu perceber que não deveria me procurar para o próprio bem de nos dois.

Numa tarde de quinta-feira eu cheguei com minha bicicleta colocando-a de encontro a varanda e então percebi que alguém refizera os degraus que estavam quebrados. Um frio na espinha me envolveu e procurei por todos os lados quem poderia estar ali, mas nada me abordou e em dois dias eu nem mais me lembrava desse fato.

Era um dia frio e chovia muito. Percebi que ficaria preso na casinha até a tempestade ir embora e me preocupei que tia Sue pudesse sentir minha falta. Seth me veio à cabeça e fiquei mais descansada: Eu avisara a ele que viria até aqui e ele na certa iria deixar todos tranqüilos se eu precisasse passar a noite.

Com o tempo eu trouxe de tudo um pouco para esse lugar, de modo que eu tinha ali um confortável colchão de casal, que encontrei abandonado na porta de uma casa em Forks apenas por ter uma de suas pontas queimada; tinha também uma serie de almofadas fofas que tia Sue me dera por estarem meio remendadas demais para ficar em exposição no seu sofá e claro, meu edredom preferido, muito confortável, trazido por mim de Makah, embora fosse velho e quase nada eficiente contra um frio real.

Me aconcheguei às almofadas me enrolando no edredom e lamentando por não ter trazido uma parca com a qual me cobriria melhor do vento gelado que passava por entre as vigas de madeira do chão.

Estava quase pegando no sono, embora ainda fosse claro, quando um barulho no lado de fora me despertou, me fazendo pular e me encolher, dessa vez por medo.

Sufoquei um grito.

Me desculpe, eu não quis te assustar. a voz de meus sonhos soou através da porta, tão forte quanto as trovoadas. Você está bem? ele perguntou um tanto agoniado.

Percebi que ele deveria estar plantado lá fora na chuva apenas para não se mostrar em minha presença. Achei um absurdo e de repente nada era mais importante do que vê-lo provido dos mesmos confortos a que eu desfrutava, mesmo que humildemente.

Entra logo Sam. disse tentando parecer segura o suficiente.

Acho que nunca me acostumaria com a figura que Sam Uley fazia. Talvez fosse por estar no momento apenas com aquela bermuda que ele usara quando me abordara no caminho de casa ao que pareciam séculos atrás, ou talvez fossem as gotas de chuva por todo o seu torso nu, caindo em seus olhos vindos dos cabelos molhados. Todos aqueles músculos brilhantes e definidos, impossíveis a qualquer humano inferior aos astros do cinema.

Tentei não secá-lo tão descaradamente, mas ele tinha um sorriso contido nos lábios enquanto me olhava, ali, toda coberta e mesmo assim tremendo ligeiramente pelo vento gélido.

Você está com frio. não era uma pergunta.

Você é que deve estar congelando. Como ainda não morreu de hipotermia? arregalei meus olhos para essa constatação já que ele estava como que se tomasse apenas um chuvisco de verão quando os quase 2 ºC de temperatura diziam o contrario.

Uma risada rouca, quase um latido, escapuliu por sua boca larga e atraente.

Eu tenho uma temperatura corporal constante de 44ºC desde a primeira transformação. Não sinto o menor frio. Ah, sim, eu me esquecera da historia do Lobo. Ele era então, muito melhor do que os reis mortais.

Me aconcheguei ainda mais, tentando fazer a sensação térmica melhorar.

Você está mesmo com frio. – ele balbuciou enquanto se encaminhava para um dos cômodos da casa e voltava de lá com uma mochila que eu nunca tinha encontrado por aqui antes. Vi quando ele tirou uma camiseta de dentro dela e começou a se secar, o que não demorou muito. Notei também que ele trocara de bermuda.

Ainda estava tentando me acostumar ao efeito de seu corpo seco, igualmente atraente, quando em uma passada ele alcançou o colchão onde eu me encolhia e foi se enfiando pelas beiradas solta do meu ninho.

- Ei, o que pensa que está fazendo... – e então eu não pude fazer mais nada a respeito já que minha tremedeira tinha se transformado no mais delicioso suspiro, como se me expusesse a um sol de veraneio assim que aquela pele fervente entrou em contato com a minha. – Obrigada! – fechei os olhos perdendo alguns sentidos enquanto cada partícula de meu corpo relaxava.

- Não a de quer! Que tipo de Lobo eu seria se deixasse meu imprinting morrer de frio? – ele perguntou descontraído, abraçando-me castamente pelos ombros.

Um calafrio tomou minha espinha com a menção daquela historia, me afastei um pouco e ele pareceu se dar conta de que estava semi-nu em um leito ao meu lado, porque também se moveu embaixo das cobertas de modo a servir apenas como aquecedor humano.

- Porque você anda só de bermuda? Só porque não sente frio? – eu me vi perguntando super interessada antes que pudesse considerar minhas palavras.

O sorriso de antes voltou aos seus lábios.

- Minhas roupas explodem quando eu me transformo, então preciso sempre carregar uma peça de roupa comigo e é mais fácil carregar uma bermuda porque eu não sou um canguru com toda aquela coisa de bolsa na barriga ... – ele disse, se escorando numa das almofadas virando de lado pra mim e me deixando sem pulsação por um segundo.

- Ahh! – eu praticamente babei.

Sério, isso estava bastante vergonhoso.

Um trovão arrasador me pegou de surpresa me fazendo voar na direção de Sam, meu corpo se chocando com o seu.

Nunca tive medo dessas coisas, mas ultimamente tudo parecia motivo para que eu me acovardasse.

Ele me abraçou instantaneamente, como se estivesse programado a se mexer no esmo ritmo que eu. Seus braços fortes e seguros ao redor dos meus braços finos e frios que eu apertava contra meu peito em ansiedade.

- Você tem um cheiro tão bom! – ele suspirou em meus cabelos, me deixando completamente arrepiada. – Eu poso senti-lo a muitos metros agora. – Completou, parecendo nem ao menos realizar o que dizia. Tão natural.

- Você também cheira muito bem! – eu parecia ter entrado na mesma viagem lesada.

Sam apenas sorriu baixinho e muito grave de encontro a minha nuca, me excitando.

“Isso não vai prestar!” – eu pensei já me sentindo totalmente rendida a presença daquele homem-lobo.

- Emily? – A voz dele estava incerta e vacilante como nunca antes esteve.

- Sim. – eu me virei para fitar-lhe, o que foi um grande erro já que a primeira coisa a minha frente era aquele seu olhar intenso e arrebatado do primeiro dia, o olhar por detrás de cada vez que ele me olhou.

Lá estava a adoração, o compromisso e o desejo que eu também sentia arder em mim. Tudo à que Leah não teve direito – minha mente gritou com amargor.

- Você acha que um dia poderá me amar? – ele disse humildemente, quase como quem se lamenta.

- Eu já TE AMO! – me exaltei, quase gritando. Toda a indignação e impotência que eu sentia perante esse amor, sendo extravasada da maneira mais irresponsável para o nosso caso: A verdade.

Vi quando os olhos negros de Sam perderam o foco e se arregalaram. Ele meneou a cabeça parecendo ligeiramente abobalhado.

- O que você disse? – ele quase gaguejou, a voz mais grossa que de costume.

Se houvesse apenas susto naquela expressão eu teria recuado, armado uma desculpa, voltado ao plano original de me esconder e evitar, ou qualquer coisa que me livrasse de confessar o obvio.

Foi, com certeza, a esperança nos olhos dele, o brilho quase insano e letal, a alegria que tentava se conter para que aquele coração não parasse com o impacto; tudo isso me venceu.

- Droga Sam! – praguejei, mirando meus olhos no edredom para não encará-lo. – Eu já te amo! – tentei muito não chorar. - Eu te amei desde o primeiro momento. – sussurrei tão baixo quanto pude na esperança de ele não ouvir.

Mas ele me ouviu.

Em um piscar de olhos ele estava em mim, em todo o lugar.

Seus lábios chocando-se com os meus. Minha boca respondendo automaticamente, impedindo minha mente de trabalhar enquanto meu corpo exercia os comandos mais inacreditáveis do meu subconsciente.

Eu passeava uma mão pelo tórax exposto de Sam enquanto a outra mão estava firmemente apoiada em sua nuca, de encontro a seus cabelos espetados e crescidos.

A língua dele pedia passagem de uma forma doce e ao mesmo tempo viciante. Minha língua procurava a sua na dança incansável em que nos movíamos. Minha cintura comprimida pela palma quente demais de sua mão direita. Ele era firme, mas não me machucava. O aperto de ferro me fazia querer estar mais perto dele.

Com seu cheiro se mesclando a cada partícula de ar que eu respirava e sua saliva se fazendo doce de encontro a minha. Sem planos para nos separarmos, tipo, nunca.

Eu já não sentia frio, em vez da sensação de vazio e medo, uma onda de calor parecia me subir pela espinha se alojando em meu baixo ventre, os toques quentes dele eram como o combustível para essa sensação. Comecei a perder o ar, literalmente.

Sam se afastou de minha boca apenas para que eu respirasse colando sua testa na minha com um sorriso imenso, que ameaçava rasgar-lhe o rosto rígido e sério.

- Como eu te amo Emily, eu te amo tanto... Você foi feita pra mim. – ele atropelava as palavras com sua voz rouca demais e totalmente ofegante.

- VOCÊ foi feito pra mim! – eu retruquei ainda boba pelo beijo.

Pareceu a coisa certa a se dizer já que ele começou a me beijar de novo, dessa vez com sofreguidão, mordiscou meu lábio inferior me custando um gemido. Me assustei com o quanto eu o queria, com o quanto me sentia pronta para ser dele. Não tinha como ser normal.

Separei-me dele, acariciando suas maças do rosto, bem proporcionadas em sua pele um pouco mais escura que a minha. Seus olhos pareciam dois ônix lapidados na luz difusa da tempestade.

Levei a mão a barra de meu sweater e o tirei sem nenhum problema através da cabeça, ficando apenas com uma blusinha branca semitransparente que usava como roupa de baixo.

- Você vai precisar me guiar. – eu falei, enquanto sentia meu coração martelar em meu peito e meu ultimo resquício de sanidade me abandonar.

- Você tem certeza? – ele me perguntou em um fio de voz, o desejo exalando em cada uma de suas silabas.

- S-im. – eu consegui gaguejar enquanto desabotoava a minha jeans e me deitava de encontro ao colchão.

Eu o vi deitar-se comigo, de lado, e tomar-me em um beijo vacilante enquanto sua mão despia minha calça jeans percorrendo minhas cochas e meu quadril, apertando meu bum-bum e me trazendo pra mais junto de si.

Um riso nervoso escapou da minha boca quando o senti contra as minhas cochas, completamente excitado. Ele beijou meu pescoço dando pequenos chupões no meu colo e nos meus ombros fazendo mais e mais arrepios me acertarem.

Me concentrei em explorar os músculos que sempre admirei tanto de longe, traçando padrões em seu abdômen e agarrando seus braços com certa fome, enquanto o sentia suspirar quase que inaudível contra minha orelha.

Ele tirou minha blusa com maestria e expôs meus seios sem pudor, beijando-os e me fazendo contorcer-me em suas mãos. Mantendo-me presa pela cintura ele tomou um mamilo em sua boca circulando-o com a língua, banhando meu corpo em um fogo irreversível enquanto eu o puxava pra mim, gemendo e implorando com os olhos.

Sam se despiu da bermuda, a única coisa que o separava de mim, além de minha calcinha pouco adequada de algodão branco, grande e sem graça que me deixava completamente embaraçada por explicitar o quanto eu estava molhada.

Beijou meus lábios com um roçar insinuante e se pôs a tirar a ultima barreira em nosso caminho, distribuindo beijos por minha barriga e meu sexo, colocando-se entre minhas pernas para me tocar com sua língua em movimentos lentos e delirantes, fazendo minhas mãos acorrerem a seus cabelos pedindo por mais.

Quase gritei em protesto quando ele deixou meu sexo em brasa para traz refazendo o caminho ao longo do meu corpo, chegando até minha boca e me beijando com mais luxuria do que havia beijado até agora. Se aconchegando em cima de mim, enquanto eu sentia seus ossos pélvicos de encontro a minha pele e seu sexo roçava no meu me fazendo fechar os olhos, gemer e ofegar como uma descontrolada.

- Eu quero que olhe pra mim. – ele ordenou, me prendendo aos seus olhos. – Você precisa ficar comigo, entendeu?

Eu balancei a cabeça erguendo meu quadril e me oferecendo instintivamente à ele.

- Apenas fique comigo e confie em mim. – ele pediu com intensidade.

Nada era mais certo, nada parecia mais certo, nada soava mais certo do que beijá-lo enquanto ele penetrava meu corpo com cuidado, tentando se acomodar onde não havia espaço para ele.

- Pode morder o meu ombro. – sua voz era ofegante e extremamente concentrada.

Senti dor, uma resistência muscular, como quando você tenta correr mais aquele quilometro e suas pernas simplesmente falham.

Segui o conselho dele mordendo-lhe o ombro enquanto a dor aumentava e começava a se mesclar com uma sensação nova e estranhamente gostosa. O suor de meu corpo estava frio e me sentia esquisita, mas não era ruim.

- Tudo bem? – ele perguntou e parecia estar sofrendo comigo, seus olhos apertados.

- Ahan. – eu me surpreendi quando consegui sorrir para ele, deixando-o mais relaxado.

- Eu vou me mover... Eu posso ir devagar. Eu posso ir muito devagar se você quiser! – ele começou a sair de mim e meu corpo protestou me dando a primeira onda de prazer verdadeiro. Gemi em jubilo e ele voltou empurrando-se contra mim e me beijando.

Me perdi no movimento da língua em minha boca, enquanto o puxava pra mim, querendo mais do que estava tendo.

Sam obedeceu aos meus gemidos e a minha inquietação e acelerou suas estocadas, tomando meus seios para si com a boca como se fosse devorá-los, sugando os mamilos duros até que eu gritasse de prazer, não conseguisse nem mais ver o que acontecia, não tivesse tempo para registrar nada a não ser a sensação relaxante e plena na qual eu caia.

O meu primeiro orgasmo, desconcertante e perfeito.

Enquanto meu corpo se acalmava com espasmos, o corpo de Sam também tremia e um urro delirante saia de si, como se a fera dentro dele também se deliciasse com o prazer. Labaredas lambiam meu interior e eu sentia sua satisfação misturar-se a minha em um lampejo de consciência por não ter usado um preservativo.

Adormeci quase que imediatamente, exausta e feliz, implorando por apenas esse momento de paz, que fosse.

Pareceu uma eternidade, dormir ali completamente envolvida nos braços quentes e seguros de Samuel Uley, não fosse um choro baixo a me despertar. O homem que me tinha cativa pela cintura ressonava pesado, mas eu escutei com riqueza de detalhes aquele choro.

Tentei me desvencilhar de Sam para ver ao meu redor. Ele me esmagava agora. Soltei um lamento frustrado que o fez se mexer, acordando abruptamente e passando as mãos pelos olhos.

No estremo da sala onde eu e ele estávamos deitados em meio a cobertores enrolados, expondo nossos corpos nus, uma Leah irreconhecível nos fitava. O nó em minha garganta me fez engasgar e Sam puxou uma das almofadas para me cobrir, lançando-me um olhar cúmplice e culpado.

Eu definitivamente não conhecia o inferno, ainda.

5 comentários:

Leticia disse...

É so semana que vemm buaaaaaaaaa....
Confesso que não tava gostanto muito dessa fic mais agora to gostanto muitoooo....
Coitada da Lee não gosto muito ela não merece isso deve ser mitoo dificill pra ela =/

Laurinha disse...

Nossa!!!!!!!!!
Assim tão rápido.
Tadinha da Leah gente ele deve ter ficado distruida.
´quero ver como eles vão resolver isso........
só semana q vem buaaaaaaaaaaa

Hermione disse...

"Eu quero que olhe pra mim. – ele ordenou, me prendendo aos seus olhos. – Você precisa ficar comigo, entendeu?" - Nossa, nossa, nossa... que coisa mais linda de se dizer nessa hora, que respeito, que romântico. Tudo lindo, tudo muito lindo! Mas definitivamente muito triste a Leah descobrir dessa forma, dá até para entender ela ter se tornado tão amarga... definitivamente uma cena que não se esquece!!!! LINDO E TRISTE!

Amy Lee disse...

Coitada da Leah ! Tudo bem que uma hora ela iria descobri mais não queria que fosse assim =\ coitadaa 

Convidada disse...

Só falta ser exatamente nessa época a Leah se transformar em lobisomem

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