Algo em minha traição parece ter feito Leah despertar da inércia em que vivia desde que Sam acabara seu namoro com ela. Agora minha prima usava uma abordagem bem mais passional. Ou devo dizer que: Ela me odiava e não sentia necessidade em esconder isso de ninguém! La Push inteira já sabia a espécie de VAGABUNDA que eu era.
Claro, não dava mais pra ficar hospedada na casa de meus tios e nem tão pouco pagar acomodações no motel a algumas milhas dali, o que me fez considerar fortemente que eu deveria ir embora e deixar a poeira baixar.
Enquanto eu catava minhas roupas que Leah tão gentilmente jogou na rua assim que pode sair correndo da casinha onde me encontrou nos braços de seu ex-namorado, Sam tentava me convencer de que eu deveria deixá-lo cuidar de tudo.
— Você fica na minha casa! — sua voz era seria e autoritária.
Eu me mantinha temporariamente calada e tinha em mim muito remorso e um tanto de raiva de me meter tão fundo assim nessa historia de terror e amor eterno. Se eu fechasse os olhos ainda podia senti-lo em mim, dentro de mim e por toda parte. Amá-lo de volta estava me deixando louca.
— Eu não vou pra sua casa, Sam. —disse com convicção enquanto fechava minha mala na calçada mesmo.
— Não vou deixá-la ir embora, sem chance. — ele me puxou pelo braço. O aperto de ferro me subjugou.
— Está machucando! — eu disse sem olhá-lo. Ele largou imediatamente.
— Desculpa Emily. —sua voz tinha dor. Virei-me para olhá-lo e ele parecia mais perdido do que eu.
— Tudo bem. — tentei acalmá-lo.
— Eu não posso ficar longe de você, entende? Não posso! — ele disse com a alma inflamada e eu me resignei a suspirar, afinal, eu também não queria partir.
* * *
E então eu acabei na casa do velho Quil Ateara, que era membro do conselho e se condoeu com a minha situação e a de Sam impedindo que eu voltasse de vez para Makah ou mesmo caísse na estrada como eu teria feito.
Tia Sue não falava mais comigo então eu entendi que não deveria voltar à loja. Precisaria arrumar outro emprego depressa, pois meu pouco dinheiro já acabava e eu não ia ficar na casa dos outros sem poder ajudar nas despesas, nem tão pouco deixaria Sam pagar tudo como ele gostaria de fazer.
Doía-me muito ver Seth me virar a cara quando eu passava de bicicleta em frente sua casa e ele estava na varanda com o vizinho. A bicicleta, eu tentei devolver, mas isso ele recusou dizendo que era um presente e que não importava o que tivesse acontecido, eu ainda o merecia.
Quase chorei quando ele disse isso e via nos seus olhos que ele não estava necessariamente me culpando e sim, tentava manifestar apoio à irmã. Acho que era mesmo isso: As pessoas apoiavam Leah. Era só uma conseqüência disso, fofocarem pelas minhas costas e se virarem para outro lado quando eu estava presente.
Não me sentia no direito de me enfurecer com elas; simplesmente acumulava em mim essa revolta. Sam estava trabalhando todo dia na reforma da casinha que eu encontrei e que foi o nosso lugar durante aquela maldita e também bendita tempestade.
Ele estava demorando porque não tinha ajuda e só podia se ocupar disso depois que terminava o experiente de trabalho, mas me prometeu que Jared, um amigo dele, iria começar a ajudá-lo assim que a semana de provas da escola acabasse. Logo eu poderia me mudar.
Falei com todos que conhecia e que ainda estavam dispostos a me ouvir sobre o fato de estar desesperada por um emprego. Quando não achei nada fui obrigada a ligar pra minha mãe e pedir ajuda. Felizmente, minha irmã Kelly atendeu ao telefone e me passou um recado valioso: Tamy, uma amiga de Port Angels estava trabalhando em um clube noturno e eles precisavam de uma atração para tocar três noites por semana.
Nunca na vida tinha tocado pra uma platéia, mas acabei cedendo, afinal, se eu não tivesse coragem para fazer isso eu iria acabar comendo pop-tards para sempre e só isso.
Sam não gostou nada de me ver a caminho de Port Angels e acabou insistindo tanto que eu deixei que ele me levasse em vez de ir com a carona que Tamy havia arranjado pra mim.
Depois da primeira apresentação eu parecia bem mais calma e capaz de me apresentar normalmente dali pra frente e foi o que eu fiz por duas semanas, conseguindo uma paz que em La Push eu não tinha. Sam e eu também tínhamos momentos valiosos depois que ele me pegava, no final da noite.
Era uma oportunidade de nos conhecermos e conversarmos tudo o que deveríamos saber um do outro sem toda aquela nevoa de mentira e vergonha que pairava sobre nossas cabeças desde que nossa situação se tornou publica. Lembro de ter tirado fotos em uma cabine e nós éramos como dois adolescentes bobos demais.
Cada coisa nova que eu descobria dele era como outra característica que eu já aprendia em seguida a admirar; seus defeitos me eram muito toleráveis e eu entendia toda sua linguagem corporal. Seu bom coração em cima de todos aqueles músculos era o que mais me comovia. Ele era realmente um ótimo rapaz, como diria minha mãe, e, acreditar que fomos feitos um para o outro era mais do que fácil, longe de nossos problemas e dentro de nossa própria bolha de felicidade.
No entanto, era a moto de Sam fazer a curva da rua principal da reserva e toda a minha esperança se esvaia como se tivessem aberto o ralo. Não me sentia no direito de tocá-lo, de olhá-lo com o carinho que sentia, com o amor que já me consumia. Eu era só aquela vagabunda, que mesmo sem muita responsabilidade sobre a tragédia geral, acabei roubando o homem da vida da minha prima, melhor amiga, quase uma irmã. Era eu a responsável pelas lagrimas de Leah e como diabos eu poderia viver um amor assim? Como supostamente eu deveria sorrir para Sam enquanto ela se fechava para todos dentro de seu quarto?
* * *
Era uma quinta feira chuvosa, quando eu precisei pegar carona para ir ao bar onde me apresentava por que pela primeira vez Sam não estava livre para me levar, já que prometera alguma coisa à sua mãe. Entrei no carro do Mark, o bar-man, e minha jaqueta estava toda encharcada, o que fez ele me ceder gentilmente a sua quando eu comecei a tremer de frio. Agradeci e me aconcheguei na roupa seca desejando que Sam pudesse ter me levado e aquecido todo o meu caminho com sua temperatura sempre muito alta.
Assim que acabei de tocar a ultima musica eu comecei a juntar as minhas coisas, colocar o violão na capa e pretendia ligar pra Sam me buscar, então fui andando até a parte da frente, perto do estacionamento onde tinha um orelhão.
— Vejam só... — a voz aterrorizante e totalmente conhecida de Julian me fez derrubar o telefone. Virei-me respirando fundo e tentando não entrar em pânico.
—Sai de perto de mim. — eu falei tentando colocar toda a minha confiança, mesmo com vontade de gritar por ajuda.
— Você ta muito bonita, garota! Vai me dizer que achou outro homem que te domasse? — ele avançou outro passo em minha direção e eu cambaleei me apoiando num poste próximo.
— Acho melhor me deixar em paz, pro seu próprio bem. — eu avisei me enchendo com um pouco mais de coragem quando me lembrei do que Sam poderia fazer com ele se ao menos soubesse o que o desgraçado me fez.
— Achou mesmo que eu não te encontraria? — ele não pareceu nenhum pouco intimidado, ainda avançando a passos calculados em minha direção. Graças aos céus a porta do bar se abriu e o Mark, que tinha me dado carona mais cedo veio até mim com o semblante sério e os punhos serrados.
— Algum problema por aqui, Emily? – ele era levemente maior do que Julian e seus ombros eram mais largos. O cretino, que um dia eu tive o desprazer de namorar, deixou um sorrisinho esperto alargar seus lábios finos e foi se afastando.
— Vejo você depois, Emily. — e já de costas, virando apenas a cabeça, completou: — Isso ainda não acabou! E assim que ele sumiu de vista, eu senti os soluços me tomarem e abracei Mark apertado tentando controlar o meu desespero.
Mark retribuiu o abraço e tentava me confortar, mas eu ainda tremia como vara verde, completamente desequilibrada. Não era daquele abraço que eu precisava por mais amigável que ele fosse. Eu precisava de Sam, ali comigo. O seu calor e a segurança que eu sentia com ele.
Como se minhas preces fossem finalmente atendidas, alguém limpou a garganta próximo demais ao local onde eu ainda abraçava o bar-man. Eu já era capaz de reconhecer todos os sons que ele fazia e me virei depressa para vê-lo. Mas o semblante de Sam estava carregado e as mãos estavam em punho, tremendo ocasionalmente.
— Atrapalho alguma coisa? —a voz dele era sombria. Eu queria gritar: “É claro que não!” e “Do que você está falando?”, mas tudo o que consegui foi dar dois passos que me distanciavam de Mark e dizer para ele: — Muito obrigada! Vejo você amanha. — e ele entrou outra vez no bar.
—Eu vim te buscar. —Sam continuava distante e ainda mantinha as mãos em punho.
— Isso é muito bom! — eu tentei passar todo contentamento em minha voz, mas ela estava trêmula ainda. Saiu como um lamento.
—Essa jaqueta não é sua. — ele observou. — O Mark me emprestou, mais cedo quando eu peguei carona com ele. — expliquei.
— Eu quero que você devolva! — ele foi enfático.
Eu ia começar a discutir, mas me lembrei que não devia irritá-lo e mesmo magoada com toda aquela atitude idiota dele, eu apenas tirei a jaqueta e me virei pra devolvê-la.
Na volta pra La Push havia só o silencio das palavras não ditas e o bolo que crescia dentro de cada um de nós, sendo perigosamente alimentado por toda a conspiração que havia contra nossa felicidade.
* * *
O encontro com Julian tinha reacendido em mim a chama do medo. Os pesadelos voltaram, e também, as tremedeiras e os ataques de pânico durante a noite.
Como raramente Sam e eu podíamos dormir juntos devido a minha situação de hospede na cada do Sr. Ateara, minhas noites não me rendiam descanso algum, e eu estava um caco. Como se não bastasse, o cretino voltou a me procurar em La Push e Sam viu ele me intimidando.
Felizmente, eu estava tentando passar despercebida e consegui distraí-lo o suficiente. Mas não antes de Sam dar uma boa olhada nele, no carro em que ele entrara e que parecia alugado. Era tão difícil. Eu não conseguia contar tudo para ele. Não conseguia me abrir e tirar o peso da minha consciência e isso criava uma enorme desconfiança entre nós e era minha culpa.
Eu tinha uma mistura de vergonha por ter me envolvido com Julian, sendo tão boba e ingênua, além da certeza de que Sam agiria guiado por sua raiva e acabaria com ele. Mesmo que Julian fosse um cretino eu não queria o sangue dele em minhas mãos e Billy concordou comigo quando tive que me aconselhar com ele a respeito disso, me explicando que os Lobos, quando jovens, são realmente, muito volúveis.
Claro, ainda havia Leah e sua nova postura diante de tudo. Tentou se aproximar de Sam e reconquistá-lo. E ele teve que me contar porque disse que não suportaria mentir pra mim, quando ele ficou com pena dela e se deixou beijar.
Meu ciúme me corroia e eu o odiei por sua sinceridade e seus olhos apaixonados que me diziam que aquilo foi, realmente, por pena e por culpa.
E, pensando bem, quem era eu para dizer alguma coisa sobre Leah? Quando fui eu mesma que dormi com o namorado dela de anos, mesmo que eles estivessem separados na epoca, assim que uma boa oportunidade surgiu.
Hoje eu tentaria passar uma noite agradável, pelo menos.
Já tinha avisado a todos que não dormiria em casa e estava à espera de Sam, com saudades de ficar a sós com ele, de me entregar em seus braços pra deixar o nosso desejo nublar os nossos problemas.
Sentei-me na varanda da casinha e senti o ar fresco e dotado de certo mormaço, típico do inicio do outono. Tentava me manter firme, porque eu não estava protegendo Julian de nada, eu estava protegendo o meu Sam de se tronar um assassino.
Ele apareceu por entre as arvores, ainda ajeitando sua bermuda no corpo másculo e torneado, sempre tão exposto. O sorriso quando me viu foi imediato e carinhoso, fazendo-o parecer erroneamente inofensivo, e eu senti o meu sorriso de resposta sem que eu pudesse pensar em qualquer outra forma de agir. Nós nos amávamos.
Estávamos enfrentando tudo isso, ainda com aquele sentimento dentro de nós, que só crescia. O sentimento de posse um pelo outro. Aquela força poderosa que nos atava ao mesmo nó. Isso era tão obvio e quando estávamos sozinhos era como viver em outra dimensão, uma dimensão de alegria e paz. Não ter de voltar ao mundo real seria ótimo. Tão mais fácil.
—A minha garota não vai trabalhar hoje? — ele enlaçou minha cintura e me ergueu até sua altura.
— Não. A sua garota está de folga para ter um tempo a sós com o namorado, sempre tão ocupado! — disse, jogando meus braços em seu pescoço e capturando seu lábio inferior com os dentes, de leve.
— Ah, Emily! — ele suspirou e me pegou no colo abruptamente, me carregando pra dentro e me fazendo rir de sua pressa.
— Não precisa dizer mais nada. — completou com um sorriso sacana me jogando no colchão.
— Ei! Calma ai garotão... — falei fingindo autoridade, com o dedo apontado para seu rosto.
— Você comprou camisinha? — perguntei, já descrente.
— Dessa vez sim! – ele sorriu brilhantemente e pegou um pacotinho no bolso da bermuda.
— Muito bom! – aprovei.
— Você não quer carregar o meu filho, Em? – ele perguntou de brincadeira, mordendo minha orelha e sussurrando.
Eu tremi, como sempre.
— Experimente me pedir em casamento primeiro, seu folgado! – eu consegui recuperar o fôlego pra dizer, assim que ele se afastou o suficiente do meu pescoço.
— Considere-se pedida em casamento desde a primeira vez que eu pus os olhos em você! – ele pegou minhas duas mãos com uma só e prendeu meus braços acima da minha cabeça.
Ele sorria e seu aperto era quase nulo, mas eu congelei.
Foi naquela posição que Julian me segurou. Eu soava de nervoso e sentia meu ataque de pânico bem próximo. Sam percebeu imediatamente meus olhos arregalados e meu medo. Isso fez ele me soltar e recuar, me olhando quase tão assustado quanto eu.
E então, sem mais poder segurar tudo dentro de mim, eu me levantei tropeçando e comecei a correr pra longe dali pra que ele não visse minhas lagrimas de desespero e eu não fosse obrigada a lhe contar o que tanto escondi. Entrei na orla da floresta e o crepúsculo descia sobre mim. Sam estava me chamando e eu sabia que ele não queria me pegar a força.
— Me diga o que aconteceu Emily, você sabe que isso não é justo! – ele disse magoado, de uma boa distancia. Mas eu já estava descontrolada, passando por aquela experiência horrível outra vez. Relembrando tudo como se ainda estivesse lá.
Sam fala... Eu sabia que Emily me escondia alguma coisa importante, alguma coisa que fazia seus olhos caramelados, sempre tão doces, se turvarem e enegrecerem sempre que nós estávamos próximos da verdade.
A imagem daquele cara falando com ela na praia, no outro dia, não me saíra da cabeça por alguma razão. Ele a olhava como um predador e por mais que não passasse de um humano insignificante, ele a assustava, como eu bem percebi.
Tratei de sentir bem seu rastro e me informar sobre o sujeito, só por precaução. Mas dessa vez ela foi longe demais. Não tinha ninguém além de nós dois em toda aquela área e ela estavam transtornada, de repente. Parecia ter visto o próprio Diabo em sua frente e depois correu de mim daquele jeito maluco, delirante.
Eu precisei segui-la pra ter certeza de que não se perderia na mata. Com minha audição de Lobo, mesmo estando longe, eu a ouvia balbuciar: “Por favor não... Por favor não, Julian!” – O nome de homem me deu um calafrio agourento.
Aquele sujeito me vindo a mente com mais clareza. E então eu já a tinha alcançado, a pegando pelo braço. - Quem é Julian? – eu exigi saber enquanto possibilidade atrás de possibilidade passava por minha mente e eu tentava parar com a tremedeira, porque estava perto demais dela. Ela desabou nos meus braços, as pernas cedendo enquanto caia num choro inconsolável.
— É ELE? É ele? Emily... É o homem da praia?- gritei.
—Me desculpe, eu não podia... eu não... – ela mal conseguia passar de uma palavra a outra.
— Quem é Julian, Emily? Me responda! – eu a pressionei, mantendo-a comigo.
— Eu não posso... não posso... Sam! – e ela olhava pra mim com carinho nos olhos e um pedido de clemência.
Era ele! Eu poderia apostar pelos olhos dela que tinha acertado na mosca. Comecei a refazer tudo mentalmente. O que poderia ter despertado esse seu comportamento? Se ela não me contaria eu teria de descobrir.
Lembrei-me de a ter beijado, de tê-la levado pro colchão no meu colo. Nada fazia sentido, ela ainda sorria pra mim...
E aí eu a segurei mais firme, a imobilizei, colocando seus braços pra cima...deixando ela sem escapatória.
O click na minha mente quase deu pra ser ouvido. Se era isso que a assustou, esse tal de Julian só poderia ter...
E então eu não era mais responsável por meus atos quando o calor enfiou-se por minha espinha me dilacerando e eu me afastei três passadas dela, para estar longe quando explodisse, porque eu sabia onde encontrar o desgraçado e a minha risada foi histérica e macabra por ter feito o dever de casa.
“ Eu vou matá-lo!” – Grunhi, entrando em fase... Mas não foi isso que aconteceu!
— Eu não posso... não posso... Sam! – eu tentei dizer, mesmo que as coisas não me parecessem certas enquanto minha cabeça latejava e eu estava entre duas realidades, no meio de minhas ilusões e da mata já praticamente escurecida.
Eu pude vê-lo se afastando, entendendo sem que eu precisasse contar. Sua risada macabra, quando ele disse que o mataria com tanta propriedade que eu tive certeza que ele saberia onde encontrá-lo. E então, era agora. Era agora que ele se transformava e me deixava ali. Era agora que ele se tornava um assassino.
O homem da minha vida, marcado pra sempre por um erro do meu passado.
Minha culpa! Fui a sua direção e encurtei a distancia.
Ele gritou: — Pra traz! – e havia tanta raiva em sua voz, tanto ódio que me machucou e atingiu. Eu não podia perdê-lo assim.
Não podia deixá-lo fazer isso.
Eu continuei avançando, como se desconhecesse o perigo, que eu não desconhecia. Seus olhos perderam o foco no mesmo momento em que eu o abracei e isso foi tudo.
Em um segundo eu abraçava o meu Sam e implorava para que ele parasse e no outro, a dor física era lacerante.
A fera me jogou pra longe me acertando com suas garras tão afiadas quanto uma navalha.
O gosto enferrujado de meu próprio sangue tomando a minha boca, enchendo-a e me fazendo engasgar. Nunca sentira nada parecido com aquilo. Nunca sonhara em me ferir tanto. Em suportar tais provações. Mas eu estava enganada, porque quando eu o ouvi... quando ouvi seu uivo enlouquecido e claro como um grito humano. Aquele lamento de consciência, torturado pelo que tinha me feito...
Nenhuma daqueles talhos abertos na minha carne doeu mais do que saber QUEM havia me atingido e com certeza nada conseguiria ser mais penoso do que fato de que eu agonizava, sabendo que, mesmo assim, eu ainda o amava.
Desmaiei, sendo jogada na completa inconsciência, e então, nada mais importava.
6 comentários:
Saudades CORINTHIANA. Ah TRICOLOR VAI PERDER. DESCULPA HERMI, MAS VOCES VÃO PERDER.
Não li mais deixo um beijo a todas. Que tenha gostado do fic pra quem leu.
Não gosto do Sam e da Emily.
Prima taidora.
Ela vai ficar mto chateada com ele, a se vai.
Quero só ver oq ele vai fazer mais vou ter que esperar uma semana
buaaaaa
Eu começei a ler e parabens a escritora. Mais desde quando soube da Leah e li AMANHECER fiquei com dó dela e esse fic fez ainda piorar. Só por isso não tenho nada contra. Mais eu iria sofrer se minha melhor amiga e prima ao mesmo tempo roubasse meu namorado. Me coloco no lugar da Leah todas as vezes.
Gosto das vilãs e não das mocinha.
A Emily não tem culpa de nada não... ela tentou evitar, a tia Stheph é que é a responsável pela infelicidade da Leah, inventou o imprinting para dar a Renesmee para o Jake! Sabe, acho que quando ela começou a escrever, o Jake era para ser só mais um personagem coadjuvante da trama, mas quando vc começa a escrever uma história ela meio que cria vida própria e aí eu acho... que a Steph acabou gostando do Jake e o personagem dele se tornou maior do que a princípio seria, então o imprinting veio como solução para dar um fim que consolasse a ela mesma (escritora), já que Jake seria infeliz sem Bella! Bom essa é a minha louca teoria! Porque na minha cabeça é a única coisa que explica como o personagem do Jake cresceu tanto, ele nunca seria grande coisa perto do amor de Edward e Bella, mas ele criou vida própria! Voltando para Fic... vale a penar ler Alice... deixe o preconceito de lado, a história é belíssima de arrancar suspiros e a autora escreve bem pra caramba! Beijocas Corinthiana... sobre o meu São Paulo.... veremos! hehehe
Apoio a Leah!
Depois de ler o capitulo anterior minha amiga perguntou o que eu faria com minha prima que eu peguei transando com meu namorado e eu disse: "Depois de bater nela, eu iria por ela pra fora e nada ou ninguem me impediria"
Concordo com a Hermione, a Reneesme foi um tapa buraco pras fãs do Jake
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