De Repente... Religiosa - Capítulo 14: De Repente... O Natal!

Bate o sino pequenino, sino de Belém... Já nasceram teus meninos, para nosso bem, Ei!

OUCH! Quem fora o infeliz que inventara toque de celular natalino? Ah... Não sabia, mas quem o colocara fora eu mesma, então concluindo, eu era uma infeliz.

"Alô?" Minha voz saiu levemente rouca e embargada, e eu limpei a garganta para amenizar a situação.

"Bella!" Ouvi a voz tão conhecida de Rose ecoar do outro lado da linha. Rose era tão intensamente animada nas manhãs de sábado e domingo que chegava a doer.

"Sim, Rose, há que devo a honra em uma madrugada de sábado?" Perguntei, tirando os fios de cabelos rebeldes que insistiam em cair no meu rosto, apesar de eu continuar com os olhos fechados e a cara devidamente enterrada no travesseiro.

"Madrugada? Bella! São oito horas da manhã!" Isso geralmente seria madrugada para mim, mas não quando eu tinha um 'encontro' com o padre Edward em poucos minutos.

"Eu não acredito nisso!" Eu exclamei me levantando em um salto e arrancando latidos desesperados de Sky que rolara na cama e por pouco não se espatifara no chão.

"Oh, fico feliz que eu esteja servindo como despertador para você, senhorita." Disse com ironia. Eu comecei a rodar em círculos pelo quarto ainda com o telefone apoiado na orelha.

"Que engraçado, Rose." Eu disse procurando algum par de sapatos.

"Mas sério... Você vai se encontrar com quem á essa hora? Jacob?"

Revirei meus olhos. "Você realmente gostou dele, não?" Falei amargurada. Jake era extremamente legal, mas por um longo tempo eu ainda não esqueceria que ele atrapalhara um momento bem importante que poderia ter acontecido. E também não gostava quando todos achavam que ele era o cara ideal para minha quase seca do ano.

"Ele é um cara legal." Respondeu. Eu coloquei o telefone no vivo voz e joguei em cima da cama enquanto corria pelo quarto pegando algumas peças de roupa e tentando vesti-las o mais rápido o possível. "E você está solteira, ele também. E o Natal está ai, vai mesmo querer passar as festas sozinha?"

"Eu passei vinte anos da minha vida assim, Rose." Argumentei.

"Vinte e dois, porque os que você passou com aquele cachorro do Mike não contam." Retrucou estressada.

"Ok. Ok." Terminei de vestir a calça jeans e uma blusa folgada branca. Eu geralmente me arrumaria mais, mas como era um dia típico de neve, tudo estaria devidamente coberto por casacos. "Será que Alice se importaria de eu usar o sobre tudo dela de novo do show ontem?"

"Claro que não." Rose assegurou com uma risadinha.

"O que foi?" Perguntei prendendo meus cabelos em um rabo de cavalo.

"Você, com certeza, está indo se encontrar com Jake." Revirei meus olhos. Eu não respondi nada, pegando um frasco de perfume e passando por todo o meu corpo. Nem tempo para um banho decente eu tivera, e tomara que o perfume desça conta do recado. "Não é?" Rose pressionou.

"Por que você acha que tudo é um encontro? E que tudo envolva ele?"

"Não sei." Ela disse irônica. "Mas mesmo assim te desejo sorte... Acho que coisas boas vão acontecer com você hoje."

"Tomara!" Gritei por cima do ombro e pegando o sobre tudo creme que eu usara no dia anterior no show. "Agora eu tenho que desligar. Te ligo depois."

"Vai lá tigresa." Disse com uma risada e desligando logo depois.

Revirei meus olhos pela milésima vez naqueles dez minutos que eu estava acordada, peguei minha bolsa, e coloquei ração no potinho de Sky, saindo logo depois do apartamento e fechando a porta.

Só quando eu estava indo em direção á garagem, que eu fui lembrar que Sky também estava sendo 'convidada'.

Me xinguei mentalmente e fiz todo o percurso que eu acabara de fazer só que no inverso, encontrei uma Sky emburrada e lambuzada de ração, e coloquei dentro de sua jaulinha devidamente aquecida e protegida.

Desci até a garagem de novo, cumprimentei o porteiro Wars, e rumei em direção á Starbucks.

Pr. Edward

"Alice?" Abri a porta do seu quarto só o bastante para colocar minha cabeça dentro. Alice estava toda empoleirada no meio de vários edredons de diversas tonalidades de vermelho e rosa. Tanta diversidade assim chegava a doer meus olhos, e isso se somou a toda a vontade que eu tinha de sair dali o mais rápido possível. "Alice?"

"Hmmm...!" resmungou tampando o rosto com as mãos enquanto se esticava como uma gata.

"Eu vou sair, e já venho ok? O café da manhã já está pronto na cozinha."

"Hmm... Você é um anjo, Jasper..."

Jasper? Oh Jesus. Eu realmente teria que ter AQUELA conversa irmão-padre para irmã-sem-vocação-quase-freira logo quando eu voltasse.

Peguei um papel e escrevi um bilhete para Alice, já que eu tinha certeza que ela estava no mundo dos sonhos românticos, e não devidamente prestando atenção ao que seu irmão dizia em uma manhã de sábado.

Saí de casa e tirei o volvo da garagem sendo abordado logo por alguns fiéis que me cumprimentavam.

Coloquei uma música animada para agitar meu dia, já que eu estava cansado demais por causa do show ontem, e eu precisava estar devidamente lúcido com esse encontro de Bella, para pensar coerentemente e claro... Não ceder ás tentações.

No tráfego minhas mãos batucavam no volante, até que eu ouvi o telefone do carro começar a tocar.

Depois de uns cinco plim plim, que eu fui abaixar a música e apertar o botão vermelho.

"Padre Edward Cullen, falando." Disse enquanto fazia uma curva em uma rua estreita.

"Que é isso, Eddie. Cerimônias comigo?" Reconheci logo a voz estridente de Emmet do outro lado da linha. Revirei meus olhos, claro, não deixando de observar o horário que era.

"Acordado às oito da manhã? Que milagre!" Retruquei.

"Você sabe muito bem, querido padre, que eu sempre acordo cedo... E sempre vou tomar meu café nas Starbucks."

O carro entrou em ziguezague, e eu quase bati no poste e atropelei uma velhinha, com roupas de beata.

Abaixei o vidro e pedi desculpas, sendo quase xingado, mas quando ela me reconheceu, começou a falar sobre meu show e como ela não desgrudava do rádio a noite toda.

Depois de ouvir pacientemente e quase ser morto de frio, fechei o vidro e o carro foi dominado pela risada estridente de Emmet.

"Ah, você continua ai?" Provoquei.

"Claro. Cara, você é famoso mesmo..."

Revirei meus olhos e nem me dei ao trabalho de responder. Até lembrar-me do que quase me levara a ter pontos de multa na carteira.

"Emmet, você não pode ir á Starbucks hoje."

"E por que não?" Ele perguntou surpreso.

"Por que... Huh vou estar com Bella lá." Mordi meus lábios já esperando a reação dele.

"Bella? Aquela Bella? A Bella... Não Rose... Bella vida... O Edward tá falando de um show de um italiano que vai ter..."

Franzi o cenho.

"O que Rose está fazendo ai com você?" Já havia chegado à Starbucks e já estava estacionando o carro no estacionamento. Logo me lembrei de uma cena com Bella ali, onde ela entrara em uma camionete querendo folhinhas com desenho das super poderosas. Seria engraçado, se não fosse trágico.

"É, huh..." E se seguiram vários sons de um Emmet envergonhado e de uma espécie de tapa que ele retrucou com um ardoroso "AI!" "Eddie, querido, pode deixar que eu não vou para lá hoje, huh... Boa sorte... E tem que me contar tudo depois..."

"Emmet... Você dormiu na casa de Rose?"

"Vemos-nos no show do italiano!" E logo ele desligou. Ri internamente enquanto saia do carro. Pelo menos alguém da história se dava bem...

Suspirei e passei a mão pelos cabelos, nervoso. Será que Bella viria? Ou será que ela realmente havia recebido a mensagem? E se ela não tivesse dormido em casa?

UGH! Tira esses pensamentos da cabeça, Edward!

Bella

Eu estava suando horrivelmente, e com um tremendo frio na barriga quando avistei a fachada da Starbucks.

Eu não tinha a mínima idéia do que Edward falaria... Eu nem sequer sabia se dali sairia algo bom... Ou mais brigas e discussões.

Eu estava atrasada. Cerca de meia hora, embora eu me esforçasse para dar uma de super herói e pular sob os carros ou mesmo dar uma de Harry Potter e me desfigurar, ou tele transportar, ou que diabos seja o que os bruxos maiores de idade faziam.

Sky latia querendo sair de seu ninho, e eu a repreendi por osmose, dizendo que ela tinha que se comportar. Por que era a primeira vez que ela via o ex-pai dela, e ela não podia fazer ele se tornar pai de novo.

A lanchonete não estava cheia, porque ainda existiam pessoas de bom senso no mundo que dormiam pelo menos até as dez em um sábado. Mas deu um pouco de trabalho para achar Edward, e só fui ver onde ele estava, quando ele me chamou, e por incrível que pareça ele estava bem ao meu lado, em uma área que não era reservada.

Eu tive que controlar a minha decepção. Aliás, o que eu queria? Que ele alugasse um compartimento extremamente particular em que ninguém nos incomodasse? E que ainda por cima pudessem tirar mais fotos comprometedoras?

Eu me sentia um adolescente indo ao primeiro encontro. UGH bufei. Se aquilo pudesse ser chamado de primeiro encontro.

"Oi." Eu disse tímida de frente á Edward. Ele levantou os olhos e sorriu para mim. Não aquele sorriso que mostrava todos os dentes, mas aquele sorriso que parecia... Sincero. Logo eu me senti revigorada com aquilo.

"Oi Bella." Ele disse ainda com o sorriso. Fiquei ali ainda de pé segurando a jaula de Sky que se mexia que nem louca. Edward se levantou e se agachou em direção á jaula. "Ei garota... Que saudades de você..." Sky enfiou a cabeça de alguma maneira desconhecida pela ciência entre as grades, e lambeu a mão de Edward, que sorriu mais ainda fazendo carinho na parte que ele conseguia tocar.

Eu fiquei comovida com aquilo. Aliás, eram pai e filha. Não! Era ex-pai e ex-filha.

Ele retirou as mãos e me encarou lá de baixo, e seus olhos verdes brilhavam intensamente. Eu estava petrificada diante da beleza dele, que eu havia ficado privada por tanto tempo.

Eu era uma estúpida por aquilo, disso eu sabia.

"Eu também senti saudades sua, Bella." Disse, e eu fiquei totalmente absorvida no movimento de sua boca carnuda e sedutora ao extremo.

"Eu também." Respondi com um sorriso de lado, tímido.

Ele se levantou e afastou a cadeira para eu me sentar, eu logo sentei e coloquei Sky ao meu lado, e observei ele se sentar em sua própria cadeira na minha frente, como se nada tivesse acontecido em momento algum.

Ele se sentou e apoiou o cotovelo na mesa, e colocou sua cabeça em suas mãos, ainda me observando.

Eu corei absurdamente e torci minhas mãos em baixo da mesa.

O que estava acontecendo comigo? Parecia que era a primeira vez de tudo de tudo... Mas a questão era que eu não estava acostumada a não saber o que aconteceria dali á um minuto ou dois, ou como eu estaria quando saísse dali.

"Huh... Não é arriscado?" Eu perguntei com a voz rouca.

Ele me encarou com a sobrancelha erguida até entender realmente sobre o que eu estava falando.

"Digo... Já estamos sendo ameaçados... E tal..."

Ele encolheu os ombros. "Quem não deve, não teme."

Eu engoli em seco. "Claro."

Edward fez sinal para um garçom – que eu notei logo- e pediu um café da manhã no melhor estilo banquete para nós dois.

Eu o encarei, atônita.

"Banquete?"

Ele sorriu AQUELE sorriso torto. Fui para a lua e voltei. Ops é de dia. Contento-me só com fui para o céu e voltei, então.

"Você está muito magra..."

Eu corei. "Gorda para os limites hollywoodianos."

Ele me encarou intensamente por cima da mesa. "Boa o bastante para mim."

Eu engoli em seco e abaixei meus olhos.

"Hey, o que foi Bella?" O ouvi perguntar me fazendo erguer os olhos.

"O que você disse?" Perguntei piscando os olhos.

"Que as mulheres americanas não sabem o limite da magreza."

"Ah..." Torci minhas mãos mais ainda, e tentei ao máximo não abaixar meus olhos com a sensação de vergonha que eu estava. Que não aconteçam mais alucinações... Que não aconteçam mais alucinações...

Eu ainda estava rezando internamente quando alguém ao longe veio cumprimentar Edward. Parecia um velho amigo de colégio ou coisa do tipo.

"Eddie." Ele disse enquanto Edward levantava e o abraçava.

"Arthur!"

"Quanto tempo... Você realmente está ainda padre, huh? Eu fui ao seu show ontem, quer dizer," Ele revirou os olhos. "Minha mulher me obrigou. Tentei falar com você no camarim, mas não deixaram. Você sabe como são esses seguranças..."

Eu corei absurdamente e quis enfiar minha cabeça em algum lugar de preferência lá no Alaska.

"É, eles não deixavam ninguém entrar." Edward retrucou dando um olhar de esguelha para mim. "Essa é Bella, uma paroquiana."

Uma paroquiana... Uma paroquiana... Quase contive minha vontade de vomitar a qualquer momento. UGH! Paroquiana é sua avó!

"Olá!" Ele disse me cumprimentando. "Ual, você é linda!" Ele disse para desespero de uma mulher lá nos fundos, que eu presumi que fosse sua mulher.

"Obrigada. Você não é nada mal também." Disse sorrindo amarelo enquanto apertava sua mão. Olhei de esguelha para Edward que me olhava com aquele olhar cínico. Mas parecia que o tal de Arthur não reparava nisso... SERÁ QUE ERA UMA ALUCINAÇÃO ATÉ AS FEIÇÕES DE EDWARD?

Senhor, me salva!

"É, ela é muito bonita." Edward disse me fazendo corar, ao concordar com o cara.

O tal Arthur riu estrondosamente, enquanto batia nas costas de Edward com aquela brincadeira sem graça que os homens tinham entre eles.

"Tá vendo o que perde nessa vida, padre?" Ele caçoou e apontou para a mulher que bufou lá trás e lançou um beijinho para ela. "É por isso que saí do seminário quando encontrei Stefanini, mas você nem fez isso quando encontrou Tanya. Eu ainda lhe digo que foi um baita desperdício."

Vi Edward ficar tenso por um segundo apenas, e logo depois continuar naquela conversa de macho com o tal de Arthur.

Tanya. Não era a primeira vez que eu ouvia aquele nome com alguma coisa relacionada á Edward. A curiosidade começava a dar saltos mortais em cada célula do meu corpo, mas eu me contive.

Arthur se despediu da gente e voltou para sua namorada, mulher, esposa, ou seja lá o que fosse. Mas uma coisa ela era... A mulher que fez com que ele largasse o seminário.

Não pude deixar de sentir inveja dos dois. Aliás, ela tinha o seu quase padre. Enquanto nem isso eu tinha.

Voltamos a nos sentar, e Edward ainda encarava o casal à distância.

"Então, huh... Ele estava no seminário com você?"

Edward demorou alguns segundos antes de assentir. "Ele era um dos alunos mais 'aplicados'."

Arqueei uma sobrancelha e ele riu, mexendo nos cabelos.

"Aplicado o bastante em sair escondido para arranjar garotas. Na verdade ele entrou no seminário por causa da piscina."

"Da piscina?" Tive que rir com aquilo.

"Sim." Ele me encarou. "E saiu por causa de uma mulher."

"Ual... Duas coisas que andam juntas." Brinquei.

Ele riu enquanto ao longe vinham duas garçonetes trazendo nosso banquete. Logo notei que eu conhecia aquelas duas infelizes e fechei a cara, sabendo que eu não deveria agir daquele jeito.

Então quando Edward me olhou com a sobrancelha arqueada, eu me fingi o mais natural o possível.

Mas eu não pude deixar de me surpreender com o verdadeiro banquete que se prostrava ali na minha frente, e com os olhos brilhantes que Edward encarava cada prato de doce e chocolate que tinha ali.

"Fecha a boca Bella." Ele brincou quando eu percebi que realmente estava de boca aberta.

"Huh... Você vai comer tudo isso?"

"Claro que não. Eu e você." Ele respondeu enchendo o prato dele com enormes fatias de bolo e cappuccino para acompanhar.

"Certo..." Respondi enquanto colocava um brownie no meu prato.

Ficamos comendo em silêncio, até que na TV que estava ligada no alto do teto, reconheci algumas reprises do show de ontem.

Eu sorri. Edward me encarou.

"O que foi?"

"Você." Disse apontando para a TV. Ele encarou por cima do ombro e se virou abanando a cabeça.

"O que foi?" Foi minha vez de perguntar vendo sua expressão.

"Vão reprisar pela semana inteira..." Ele revirou os olhos. "E vai tocar o telefone duas vezes mais essa semana."

"Como se já não tocasse o bastante." Brinquei. Ele engoliu uma garfada de torta de morango já que ele devorara todo o bolo, e me encarou enquanto bebericava seu cappuccino.

"Tocava mais quando você ligava." Eu ruborizei tanto, mais tanto, que eu deveria estar mais vermelha do que a toalha que cobria aquela mesa.

"É, huh... Estava ocupada."

"Não precisamos fingir que nada ocorreu, Bella." Disse calmamente.

"Oi?" Perguntei confusa.

Ele lentamente colocou o guardanapo que usava em cima da mesa.

"Você não precisa arranjar desculpas para as coisas..."

"E nem você lançar indiretas." Retruquei.

"Ok." Ele sorriu. "Vamos ao que interessa?" Ele perguntou. Eu somente assenti, aguardando o que estava por vim.

"A ameaça."

"Sim, a ameaça." Conclui tristonha.

"Mike ainda não disse o quanto quer, ou como quer... Cheguei à conclusão que isso é mais um jogo para ele, do que qualquer outra coisa."

"Tipo, Super Mario Bros?"

Edward riu, passando a mão pelos cabelos, de novo! Daquela forma linda... OI? Eu estava virando manteiga.

"Acho que ele quer brincar com a gente, deixar-nos desesperados que tudo aquilo vá para algum jornal, e que acabe com a minha carreira."

Assenti de novo. Edward era inteligente né?

"E por isso, eu acho que simplesmente devemos ignorar... Porque ele não vai fazer nada, porque se fizer não ganhará dinheiro nenhum... Então simplesmente temos que continuar vivendo nossas vidas da melhor maneira."

"Ignorar?" Perguntei confusa.

"Sim." Ele disse com um sorriso.

Eu hesitei por um instante ponderando aquilo. "Parece bom... Para mim."

Ele sorriu e abaixou os olhos para a mesa levantando-os logo depois já sem o sorriso no rosto.

"Na verdade, eu poderia ter falado isso por telefone... Mas... Eu queria te fazer um pedido."

Meu coração parou por um longo momento... Oh Jesus. O que ele iria falar? Era aquilo que eu estava pensando?

"E o que é?" Inconscientemente eu fui me aproximando dele devagarzinho, esperando pelo momento fatal.

Ele suspirou e seus olhos brilharam.

"Que você volte para Deus."

Eu voltei todo o meu corpo para trás e o olhei confusa.

"Voltar... Para Deus?"

"Sim... A igreja... Ao orfanato... As crianças sentem sua falta... Alice, Emmet, Rose, Jasper, sentem sua falta..."

Eu engoli em seco. "Só eles sentem minha falta?"

Ele fechou os olhos por um instante, e quando os abriu de novo, vi todo um misto de emoções.

"Você sabe que não."

Eu sorri involuntariamente. Ele suspirou e relaxou na cadeira.

"Eu sei que você está evitando esses lugares por minha causa... E sei que... Isso faz mal para todos... E não quero isso."

"Eu sei..." Murmurei.

"Por isso eu achei que se pedisse para você... Você voltaria."

Eu pesei aquilo em minha mente longamente.

"Eu me sinto culpado toda vez que uma criança pergunta onde você está... Eu me sinto responsabilizado com tudo isso..."

Eu levantei meus olhos e eu o encarei, e vi o laço invisível que nos unia ali.

"Você quer que eu volte?"

"Bella..."

"Responda-me, Edward." Pressionei.

Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos.

"Quero." Eu sorri. "Pelo bem das crianças e de todo mundo."

Eu nem liguei para o resto de sua frase. Somente aquela única palavra ficou martelando na minha cabeça. Quero... Quero... Quero...

Porque de algum modo eu sabia que ele se incluía no 'todo mundo'.

"Você pode levar aquele, huh, seu amigo se quiser..."

Eu sorri ainda mais se era possível. As engrenagens começaram a funcionar furiosamente dentro de minha mente.

"Ok."

"Isso é um sim?" Ele perguntou esperançoso.

"Sim. Eu aceito voltar." Agora foi à vez de ele sorrir brilhantemente.

"Você não sabe o quão aliviado eu me sinto por isso, Bella. Você me tirou um enorme peso das costas..."

"Eu sei." Respondi simplesmente.

"E..." Ele disse calmamente. "Prometo que vou tentar não te fazer lembrar-se de nada de... Huh, antes... Vamos passar uma borracha em tudo, ok? Eu prometo isso para você." Ele disse convicto.

"Ok." Eu sorri gentilmente e ele logo retribuiu o meu sorriso.

Eu sabia que Edward sorria porque eu voltaria á estar sempre perto das crianças, e que nós tínhamos concordado em passar uma borracha em tudo, mas o que ele não sabia, era que aquela simples conversa havia me feito ver que ele ainda me amava, e desejava.

E que talvez um pedido singelo estivesse sendo feito por de trás de suas palavras.

Algo como que algum padre queria deixar de ser padre.

Eu sabia que ele nunca faria isso sozinho, e eu não me importava de ajudá-lo nessa tarefa.

Eu já estava cansada também de amar um cara que estava preso em alguma coisa que não fosse eu. E era hora de lutar.

Porque vida era luta não é?

E algo me dizia que eu não havia lutado o suficiente.

E logo eu me lembrei de uma comercial de uma igreja universal, que o cara berrava horrores na TV, mas que as palavras grudaram em mim feito ferro em brasa.

"Você tem que lutar pelo o que você quer irmão e irmã. Lute! A vida é curta! E Deus está com você! Aleluia!"

E realmente a borracha havia sido passada no nosso passado, e deixado o espaço totalmente em branco para que eu fizesse de maneira eficiente e DEFINITIVA o que eu tinha que ter feito há muito tempo.

Conquistar Edward realmente, e fazê-lo largar aquela batina.

Eu ri internamente com aquilo, enquanto Edward sorria para mim. Ele não fazia nem idéia do que o esperava... E eu estava mais do que ansiosa para começar o meu jogo.

O jogo de conquista para tirar certo padre de dentro da batina branca e estolas vermelhas, para ir direto para os meus braços. Onde ele realmente pertencia.

Amém!

"Hmm... Sky, você está comendo demais." Resmunguei enquanto via que a ração da belezinha estava acabando. Ela somente virou a bunda para mim em resposta, enquanto ela continuava deitada preguiçosamente em sua caminha aquecida. Revirei meus olhos, e me sentei no tapete ao lado da caminha dela, e coloquei o notebook no colo.

Sky me olhava com os olhos azuis atentamente, com aquela maior expressão de tédio que ela tinha. Eu batuquei na tela do notebook esperando pelo "Avada Kadrava", que me indicasse a hora mais auspiciosa para abri-lo e iniciar minha nova atividade extracurricular.

"Está vendo né, Sky?" Cutuquei a pequena. "Nunca arranje um cachorro que é complicado demais... Isso inclui tanto alguém dos Garanhões da Cidade quanto um padre, ok?" Ela resmungou e fechou os olhos.

O que tinha dado nessa cachorra hoje gente?

Suspirei, e abri o notebook.

Fui até o Google, que não era Microsoft, nem Yahoo ou qualquer outro site de buscas na internet. Eu já tinha dito que aqui não existe esse negócio de patrocínio, e que eu posso falar da marca que eu bem entender. Mas se alguém tipo, quiser liberar um dinheiro, eu nem me importo, sabe?

Vamos ver...

Pensa Bella. Pensa...

Oh, má idéia. Eu logo me lembrei do jeito que o encontro de hoje mais cedo terminou. Aquela coisa toda de 'esquecemos tudo', 'apagamos o nosso passado', e 'felizes para sempre'. Na boca de Edward...

UGH!

Fiquei matutando qual seria a reação de Edward se ele soubesse que eu não desistiria tão fácil assim do MEU padre pop star da fé.

Mas é claro!

Digitei as palavras na caixa de busca:

"Como conquistar um padre gostoso e pop star da fé."

Hm... Esperei a lerda conexão tomar seu chazinho e girar a manivela até que apareceu o tal infeliz "0 resultados."

Hmm... Tenho que ser mais precisa. Batuquei um instante no teclado até digitar de novo, de uma forma que eu achei melhor.

"Como conquistar um padre?"

Resultados 1 - 10 de aproximadamente 1.970.000 para como conquistar um padre. (N/A: Procure no Google minha gente, porque realmente tem!)

Eba! Eu tinha quase dois milhões de alternativas. Vamos ver...

O Crime do Padre Amaro - 11/02/2005 - Livros Obrigatórios | Resumos

Convivendo em um ambiente amoral, entre carolas e padres corrompidos, Amélia facilmente se deixa seduzir pelo padre Amaro. ...

Carolas e padres corrompidos? Jesus!

Padres pedófilos – ISTOÉ Online

Capa. Confissões obscenas. ISTOÉ revela o diário de um padre pedófilo que relata suas experiências e conta como conquista suas vítimas. Alan Rodrigues ...

Oh, isso seria interessante. Mas não para que eu quero. Além do que o caso não era pedofilia, Hello, pode não parecer, mas eu sou maior de idade!

Como devo fazer para conquistar um padre? - Yahoo! Respostas

O que sinto por ele é amor de verdade. ... É só namorar no confessionário! Jasmim nele! ... VIRAR FREIRA... É SÉRIO... Ele é padre, fez voto de...

Oh... Interessante. Abri e vi algumas respostas das pessoas.

1 - "Simples... Convença-o a largar a Batina!

Se ele sentir amor por você poderá fazer isso. Afinal... O que no princípio era permitido aos padres, a muito vem sendo proibido como fim de que a família do padre não herde da igreja.

Economia antes que a morte os separe.

Mas é uma boa sugestão. Faça-o largar a Batina... Ou tente esquecê-lo. Boa Sorte! E vê se não perde a Kbeça heim!"

2- "Seja sensual, apareça pra ele arrumada e decotada, estimule o intelecto dele ao mostrar sua inteligência com perguntas instigantes sobre a fé dele, faça elogios a ele enquanto homem, diga que gosta da sua moral, da sua devoção, mas também do seu corpo malhado. Dê a ele brecha pra te ajudar em alguma coisa, mostrar que é capaz. Se você valer a pena, ele não vai resistir.

Mas, cá pra nós, péssima escolha, não? Se você for transar com esse cara, vai ter que arrumar espaço extra no quarto pro sentimento de culpa dele. É terrível."

3- "É só namorar no confessionário!"

4-"VIRAR FREIRA... É SÉRIO"

5-"Não Tem Coisa Melhor Pra Fazer?"

6-"Noossa, parece novela mexicana!

Tenso :S"

É. Eu tinha algumas opções: Virar freira, namorar no confessionário (HAHA, eu já havia feito isso!), e ser sedutora.

Hm... Essa realmente foi uma coisa reveladora. A resposta número dois era muito boa. E logo salvei no Word.

Sedutora.

Eu já tinha cansado daquele modo de busca, resolvi tentar outro.

"Padre gostoso, lindo, maravilhoso, pop star da fé."

Logo apareceu:

Você quis dizer: padre Edward Cullen.

HAHA. Por isso que eu amava o Google.

Havia milhões de artigos sobre Edward, e comentários de como ele era um desperdício e tal.

Até que eu vi um artigo que me interessou.

"Seminário Diocesano, NYC. 2001."

Edward Cullen há dois anos no seminário... Arthur Coyle larga o seminário para viver com mulher... Tanya Denalli..."

Oh. Arthur, o cara de hoje mais cedo na Starbucks que conhecia Edward do seminário e fugia para se encontrar com mulheres. E Tanya!

O que Tanya tinha haver com o seminário e com Edward e Arthur?

Abri o artigo.

"Arthur Coyle entrou no seminário em meados de 2002 quando ainda tinha 17 anos, mesma idade de seu melhor amigo seminarista, Edward Cullen.

Sempre se suspeitou que Arthur fugisse na calada da noite á fim de ir a bares noturnos e encontros com mulheres, já que um dia foi pego vários travesseiros em lugar de seu corpo na cama, e batom de mulher em uma de suas camisas.

Seu companheiro de quarto, Edward Cullen, desde 15 no seminário, provavelmente encobria o amigo de suas escapadas, e inventava boas desculpas quando esse era pego em algumas situações duvidosas.

Arthur dois meses depois confessou tudo ao padre responsável e deixou o seminário, indo viver com agora sua atual mulher, Katie Dennali, irmã de Tanya Dennali, ambas as filhas da cozinheira do seminário. Pressupõe-se que é daí que Katie e Arthur se conheceram.

Em entrevista ao bispo, Tanya afirmou que algumas vezes viu Arthur saindo tarde da noite, quando esta ajudava a mãe, como todos os dias, a cuidar da cozinha e dos famintos seminaristas. Mas nunca achou que fosse nada ilícito, e nem que esse fato estivesse ligado com a irmã.

(...)

E começou um monte de coisas mais que não eram de importância. Mas um fato era certo... A tal de Tanya Dennali, é irmã da mulher que bufou na Starbucks, que fez com que Arthur deixasse o seminário em menos de um ano. E essa Tanya estava sempre no seminário, porque ela ajudava a mãe na cozinha deste...

Então era daí que ela conhecia Edward! Mas pelo artigo não tinha nada demais... Mas algo dentro de mim dizia que havia acontecido mais nessa história do que realmente falava ali.

Deixei aquilo de lado por alguns instantes, aliás, eu tinha prioridades no momento, e eu tinha mais é que honrá-las.

Fiz várias pesquisas, dentre elas contendo mulheres desesperadas dizendo o tamanho do amor por Edward e blabla... E até, pasmem, algumas que fizeram um abaixo assinado para entregar ao bispo para ele deixar de ser padre!

Isso pode? Quer dizer, a parte do abaixo assinado.

Tem até um site de justiça que mostra alguns BO's recusados que entraram para a lista dos engraçados e que eles divulgavam na internet.

Algo como uma velhinha beata processando Edward por deslumbrá-la e roubar os seus sonhos. HAHA. Se for esse o caso, vamos já para a delegacia!

Depois de mais coisas infundadas, e totalmente bizarras eu abri de novo o Word onde eu havia salvado uma dica que eu achara interessante.

O número 2 que dizia como eu deveria ser sedutora e mostrar inteligência.

Huh? Bem... Edward já me conhecia o bastante, e já sabia do meu QI tão avantajado... Com certeza seria estranha uma mudança totalmente 360º de uma hora para outra.

Mas a questão era... Eu havia conquistado ele... Ele me amava... O que eu buscava era uma forma desse desejo e amor forem tão irresistíveis que ele finalmente largasse aquela batina.

Eu precisava me tornar mais importante do que qualquer lembrança de oito anos gastos nessa vida, ou mesmo todo o remorso para ele.

Isso seria difícil...

Já que eu estava boiando mesmo resolvi dar uma olhada no meu Orkut, e de repente se fez a luz!

Sorte do dia: "Você já está meio caminho andado, o que você espera? Ande mais meio!" *

*Totalmente criação minha :)

Eu ri comigo mesmo conseguindo um olhar de esguelha de Sky que morria de fome. Eu já tinha o mais importante não é mesmo?

Mas realmente a parte da sedutora caberia bem em qualquer nível de conclusão que eu quisesse chegar.

Peguei um bloquinho das meninas super poderosas, ri internamente de novo, e minha caneta de veludo rosa – que eu mantive bem longe de Sky porque ela adorava coisas 'felpudas' – que diga minha finada pantufa de gatinho.

Vi pelo canto do olho ela lançar um olhar de cobiça para a caneta e grunhi para ela, mostrando os dentes. Ela me olhou... Olhou... Revirou os olhos e voltou a dormir.

Sério. Os cachorros puxavam a personalidade do dono?

Por que se fosse... Puts, como eu era chata!

Bem... Vamos fazer algumas anotações específicas. Fiquei uns vinte minutos/horas rabiscando e recolocando palavras aqui e ali, e depois sorri satisfeita com meu trabalho. Sério. Eu pensava seriamente em publicar no jornal, ou mesmo colocar no Google.

O título era o melhor.

"EDWARD CULLENBatina não combina com seu corpinho sexy, baby."

Fórmula 1 – Seja sedutora.

Fórmula 2 – Seja interessante.

[...]

Fórmula 25- Torça pelos YANKEES.

Fórmula 26- Compre o boné dos Yankees para especificar isso.

[...]

Fórmula 56 – Use pasta de dente branco clareadora.

Fórmula 57 – Compre um colar em forma de maça.

[...]

F. 105 – Leve sempre uma foto dos dois juntos e deixe cair, propositalmente, no chão ao lado dele.

F. 106 – Não se esqueça de se agachar e mostrar parte do fio dental vermelho quando fizer isso.

[...]

F. 563 – Saiba dizer que o ano é 2007, porque faz 2007 anos que Jesus nasceu.

F. 564 – Não se esqueça de perguntar qual método ele prefere. Como Maria ficou grávida sem ato sexual, ou o contrário.

[...]

F. 1684 – Não se esqueça de cantar a música tema. "Entra na minha casa, entra na minha vida..."

F. 1685 – Não se esqueça de fazer uma dançinha na parte do "mexe minha estrutura."

[...]

F. 354634634 – Sempre se lembre que ele é padre, mas é homem.

F. 354634635 – E faça ele se lembrar sempre com aulas de anatomia para as crianças.

OBS: Use o padre como 'Body'.

Ufa!

Bem... Aquelas eram bem interessantes... Ah, por favor, aquilo seria muito bom no final das contas... Lista melhor do que a minha não existia!

Ele é padre, mas é homem!

Não, esse deveria ser o subtítulo do artigo.

Pronto! Perfeito!

Mostrei para Sky que ficou um pouco mais alegrinha, porque afinal se tudo desse certo, ela teria o seu papai gostoso novamente.

Eu já estava cansada de tanto procurar maneiras de conquistas, ou como fazer com que ele finalmente largasse a batina...

Resolvi me distrair já que ainda nem passava da hora do almoço. Isso que dá acordar cedo, o dia não passa!

Procurei meu jogo favorito, Guitar Hero, e fiquei tocando aquela música louca da Gun's and Roses.

Eu o descobrira em algumas noites de insônia há pouco tempo, e ficara extremamente viciada. Era tipo uma cafeína.

Eu até já pegava o teclado, fingia que era uma guitarra e tocava sem deixar nenhuma bolinha passar.

Eu realmente adorava ver o: "Você é fera!" do final do jogo.

Não sei por quanto tempo eu continuei ali, até que Rose me ligou enchendo meu saco e perguntando como fora o encontro com Jake.

Hello! Alguém fala, por favor, que não foi isso?

Mas ela estava irredutível e eu logo desliguei o telefone na cara dela, dizendo que se ela não acreditasse em mim que ela ligasse para Jake.

E não é que dali alguns minutos o telefone tocou de novo?

"Rose, caramba, eu já te disse que eu não saí com Jak..."

"Bella?"

"Jake?" Eu engoli em seco.

"É. Sou eu." Ele respondeu nervoso.

"Oh desculpa Jake..." Sky bufou da caminha dela. "Eu pensei que era Rose."

"Agora você tem certeza que não é ela mais, né?" Ele brincou.

"Não." Ri. "Agora eu sei que é você."

"E que som é esse ai?" Eu fiquei confusa, até ver que o jogo continuava aberto.

"Ah... É Guitar Hero." Respondi envergonhada. Eu... Uma mulher de 22 anos, totalmente viciada em Guitar Hero... É...

"Eu gosto também." Disse rindo. "Podemos jogar qualquer dia desses."

"Claro." Mordi meus lábios.

Ficamos naquele vácuo adorável...

"Então... Eu liguei porque vi aqui na ficha da Sky a data da última vez que você comprou ração para ela... E provavelmente já vai acabar se já não acabou."

Cara. Ele lia mentes.

"É verdade! Ela está toda pálida aqui..." Disse medindo a febre dela. "E acabou de rolar os olhos de tédio... São sintomas né?"

"Sintomas?" Ele perguntou confuso.

"Sim... Da anemia."

Ele riu do outro lado e eu fiquei me perguntando do por que. Gente esquisita!

"Certo. Se você quiser, eu posso levar alguns pacotes para você... Já estou saindo da clínica mesmo, e sua casa é do caminho da minha."

Eu mordi meus lábios. Eu pretendia ir fazer minha volta teatral ao orfanato daqui a pouco, bem na hora em que elas estivessem acabando de almoçar. Sim, eu tinha crise de estrelismo. E Jake indo ali, poderia atrasar meus planos... Se bem que...

Lembrei-me da F. número 44656, e pensei que aquela seria a melhor oportunidade para colocá-la em prática.

"Claro. Estou te esperando." Ficamos ali mais algum tempo até ele desligar. Sky me olhava horrorizada e logo eu entendi seu drama.

"Eu sei Sky... Eu pensei no plano ao invés de você... Mas pense bem... Ambas vamos sair ganhando não é?"

Ela somente virou a bunda para mim e voltou a dormir.

Logo que eu tentei dar vida á certa pintora de rodapés, eu corri para o banho, e me escaldei da melhor maneira que eu conseguia.

Passei perfume, vesti minhas melhores lingeries – que não eram grande coisa – passei mais perfume... Credo! Eu estava cheirando a umas dez mil fragrâncias diferentes.

Ai que eu fui ver que eu não tinha nada... Sedutor para vestir.

Antes que eu me desesperasse eu liguei para Rose e tive que repetir muita "Desculpa Rose...", "Eu estava brava.", "Eu te amo." E aturar muitos 'não ouvi direito' da parte dela.

Até que finalmente ela concordou em levar algumas peças de roupas dela para minha casa.

Eu pedi que ela ficasse aguardando, enquanto eu vestia a calça extremamente colada e baixa da Diesel, com uma blusa igualmente decotada azul com detalhes em branco.

Coloquei um scarpin preto, e eu realmente estava aceitável, embora bem desconfortável com aquela roupa.

Deixei meus cabelos soltos e ondulados naturalmente, e Rose me ajudou na maquiagem. Logo eu tossi umas diversas vezes, e ela me deu diversos tapas para ficar calada.

"Isso tudo é para o Jake, huh?" Ela perguntou com a sobrancelha arqueada.

Eu revirei meus olhos e fiquei calada sabendo que nada que eu falasse a faria mudar de idéia. E para piorar a situação, Jake tocou a campainha nesse exato momento e Rose foi atender saltitante, enquanto eu terminava de me arrumar.

Rose também trouxera um casaco até os joelhos que não era exatamente um sobre tudo, mas igualmente chique. Que apertava o corpo e dava ares à imaginação.

Coloquei uma boina preta e deixei-a um pouco de lado, criando aquele ar de mistério e sensualismo que Rose dissera que daria.

"BELLA!" Ouvi Rose gritar da sala. Ajeitei-me uma última vez e corri até a sala. Não! Espera! Endireitei a coluna e os ombros, e andei como modelo. Eu deveria testar a reação nos homens, e por que não no Jake?

Logo quando ele me viu ele deixou cair à sacola que ele trazia e abriu a boca em um perfeito "O"

Rose sorria vitoriosa de algum canto da sala.

"É, huh... Isso tudo... É... Pela... Huh, ração?" Jake gaguejou. Ri internamente imaginando Edward fazendo aquilo.

"Claro que não!" revirei meus olhos. "Mas muito obrigada." Lancei um olhar charmoso que pareceu que saiu meio estrábico, mas Jake ainda me encarava como seu fosse a Jane e ele o Tarzan. UGH! Que ele não pensasse em rolar pela selva comigo!

Peguei a ração, abri e coloquei no potinho de Sky, que cheirou... Cheirou... Fez cara feia, mas finalmente percebeu que sua fome era maior que qualquer birra com Jake.

"Jake... Huh... Eu e Rose vamos ao orfanato que nós somos voluntárias..." Eu mordi meus lábios tentando ser sexy. "E... Pensamos que você poderia nos acompanhar..."

Rose lançou um jóia discreto e sibilou um "MENINA ESPERTA!"

Jake fechou a boca e engoliu a saliva e respondeu rapidamente.

"Claro, claro. Quando?"

"Agora!" Quase gritei pegando a chave de casa e já me dirigindo para a porta, rebocando os outros dois comigo. Claro, que esse último tive que empregar um pouco mais de força estilo homem verde.

Quando eu estava quase fechando a porta, dei um tapa na minha testa e murmurei um "Como eu pude me esquecer disso?"

Voltei para o apartamento e peguei o meu bloquinho-artigo. Sorri largamente enquanto colocava-o no bolso interno do casaco.

Quando saí Jake achou que era para ele e quase bateu o carro.

Ri internamente, ao saber que aquilo era uma pequena amostra do que aconteceria com Edward.

Bella

Eu nunca fora o tipo de garota que parecia que nascera com os dons 'sensuais'. Em toda minha vida eu sempre fora do tipo que aprendia as coisas á muita observação e muita paciência.

Mas realmente havia uma parte de mim – uma que antes estava bem escondida– que resolveu dar finalmente as caras.

A parte que queria preservar um amor tê-lo para mim, e finalmente agir como uma mulher.

Mas não como qualquer mulher.

Logo quando Jake parou o carro de frente ao orfanato. Eu saí extremamente confiante, com um sorriso que parecia zombeteiro para muitos, mas para mim só tinha um verdadeiro significado.

O que finalmente eu estava fazendo algo certo em minha vida.

Pe. Edward

Logo depois do encontro com Bella na Starbucks, um sentimento estranho me invadiu.

Geralmente eu era bem sensível á perceber feições, e sentimentos ocultos que não conseguiam se refugiar nos olhos das pessoas.

Mas naquela situação eu sabia que algo a mais estava se passando pela mente de Bella, mas logo eu decidi deixar de lado.

Afinal... Se tivesse algo, ela me contaria, não?

Talvez fosse preocupação com a ameaça, ou incertezas da vida.

Mas pelo menos eu estava mais aliviado por mim. Já que eu não ficaria tão suscetível assim á ela.

Por que se eu tinha certeza de alguma coisa nessa vida. É que eu era um condenado.

Antes do almoço eu tive a tão prometida conversa com Alice. Falei para ela que a vida religiosa não era algo que poderíamos pensar por uma vez, mas várias. Por que seria algo pela vida inteira, e se aquilo acabasse dando errado – ou coisas imprevisíveis acontecem – o sofrimento seria grande demais.

Mas ela logo retrucou com aquela língua afiada que eu havia tomado minha decisão aos quinze, e eu por minha vez, a lembrei de Tanya. Eu deixei Bella de lado, ela não precisava saber.

Ela ponderou aquilo por alguns minutos, mas depois voltou com uma série de argumentos que só faziam sentido na cabeça irritante dela.

Eu sabia que não era somente eu que tinha a certeza de que Alice não servia para ser freira, e também ela acabaria percebendo, mas isso poderia ter seu tempo. Daqui uma hora ou dez anos.

Mas não quando ela tinha duas semanas apenas para se decidir, mas não que fosse um caminho sem volta– tinha cerca de seis anos até o voto perpétuo – mas a sensação de perda de tempo de uma vida que parecia longa, mas na verdade era curta, era algo muito ruim de sentir.

Eu sentia isso quando pensava em largar tudo por Bella.

Era como se minha vida INTEIRA não tivesse valido nada.

Depois da conversa, que aparentemente não havia resultado em nada, eu cantei pneus do meu volvo C30 até o orfanato, onde já começariam os preparativos para a ceia de Natal que aconteceria ali.

O dinheiro do show seria todo revertido para essas coisas, além de suprimentos básicos para as crianças. E todas achavam que já que elas não tiveram uma Ceia de ação de graças digna, poderíamos caprichar com esse dinheiro, no Natal.

Bella concordara em voltar ás crianças e ao orfanato, mas eu não sabia quando. Me chutei mentalmente por não ter feito ela prometer uma data, horário e segundo para isso. As crianças realmente precisavam dela de novo, e... Bem, de certo modo... Era sempre bom vê-la

E beij... EPA! Pára Edward.

A fachada do orfanato não era uma das melhores – e uma reforma seria outra opção do dinheiro – mas os enfeites natalinos e os bonecos de neve espalhados por todo o 'jardim' deram um ar acolhedor interessante.

As horas se passaram, e há pouco as crianças tinham almoçado. Emmet também estava lá, esperando por Rose que tinha ido à casa de Bella.

Eu não sabia se isso era uma esperança ou não, mas continuei firmando em minha mente que minha preocupação era pelas crianças.

Um menininho de olhos azuis e cabelos desgrenhados – o que fez logo com que eu me lembrasse dos meus – veio até mim. Ele era um bem petulante, aquele tipo de garoto 'líder' que sempre tinha nas melhores – e piores – turminhas.

Reconheci também que era o mesmo que tinha proposto o vampirinho morder a menina super poderosa.

Perguntei-me se ele pediria de novo, mesmo eu não sendo um real vampiro e Bella realmente não estar ali, mas algo nos olhos dele dizia que ele adoraria ver aquela cena novamente.

"Tio..." Começou. "Cadê a menina super poderosa?"

Eu reprimi o aperto do meu coração toda vez que as crianças me perguntavam aquilo. E pareciam que elas ME escolhiam para aquilo... Como se elas soubessem do meu ponto de ligação com ela.

Uma ligação que definitivamente nunca foi de padre-paroquiano.

"Eu já lhe disse, Anthony..." Comecei novamente o meu discurso. Claro, mudando o nome, eventualmente. "Ela está huh... Doente... Mas ela vai voltar... Ela disse que está com muitas saudades de vocês." Disse minha melhor desculpa, mas o menino não estava mais olhando para mim, mas sim para um ponto atrás de mim.

"O que foi?" Perguntei curioso. Obviamente Alice chegara com alguma guloseima ou brinquedos antecipando o natal e seu espírito mamãe Noel. As expressões do menino mudaram para um enorme sorriso, mostrando todos os dentes. Ele virou os enormes orbes azuis para mim, que brilhavam, e disse:

"Ela não parece doente agora..."

"De quem você está falando?"

'BELLA!"Reconheci a voz de Emmet gritando em algum ponto atrás de mim.

Música: 50 Cent - Candy Shop

Um sorriso involuntário se formou em minha boca. Ela havia vindo! Ela veio, realmente!

Eu estava pronto para vê-la no seu costumeiro macacão de jardinagem que ela usava, ou mesmo nas blusas folgadas e despreocupadas que ela tinha em monte no guarda roupa- não que eu saiba as roupas que ela tenha no guarda roupa.

Eu me virei e tudo pareceu em câmera lenta de repente. Bella aparecera na enorme porta, acompanhada de uma Rose radiante e de um homem.

Ela estava linda... O rosto dela aparentava alguma coisa diferente...

O sorriso! Sim... Eu nunca tinha visto aquele sorriso nela.

Era sempre algo totalmente feliz, inocente, como uma criança. Mas aquele sorriso puxava um canto da boca dela, deixando o levemente maior que o outro. Parecia uma mistura de sexy com zombeteiro.

E... Bem... Eu gostara daquilo.

Ela olhou para todas as poucas crianças que estavam ali, que sorriam alegremente e se dirigiam á ela.

Mas tudo estava em câmera lenta como eu disse. O homem sorriu também, e Rose jogou os cabelos para trás. – Parecia alguma coisa do tipo 'poderosos chefões', mas com certeza aquilo deveria ser produto da minha humilde imaginação.

Bella varreu o olhar pelo salão, e encontrou os meus, verdes, e totalmente abobados, e naquela câmera lenta.

Ela aumentou o sorriso, ainda do mesmo jeito sexy – Oh porque eu estou percebendo isso mesmo? – e levou as mãos até o laço do bonito sobre tudo que marcava cada curva de seu corpo – eu realmente estava pensando isso? – e com um manejar das mãos ela o abriu, lentamente... Torturamente... Quando este finalmente saiu, se revelou... – Oh Jesus.

Eu nunca tinha visto Bella daquele jeito.

As roupas dela era sempre tão explicitamente normais... Vamos dizer... Inocentes... Uma das coisas que eu sempre amara nela.

Mas aquele modo, huh, sedutor... Realmente estava fazendo algo esquentar.

Para completar ela retirou a boina que usava em um movimento para trás, e balançou os longos cabelos levemente caracolados no ar. Estava tudo em câmera lenta, na minha mente super fértil, e dava até para ver cada movimento... Cada sentido dos seus fios lindos.

Ela olhou uma última vez para mim, e desviou seu olhar, abraçando algumas crianças que vinham correndo para abraçá-la.

Então o efeito passou, e todos os sons voltaram tão normalmente como sempre foram.

Oh que fora isso?

Percebi que tinha alguém perto de mim, e quando me virei vi que era Anthony, que ao contrário das outras crianças, continuava ali.

Achei estranho, principalmente ao notar para que direção seu olhar estava fixo.

"Tio..." Ele apontou. "O que é esse negócio no meio da sua calça?"

Olhei para baixo, e instintivamente minhas mãos voaram para cobrir o volume que se avantajara ali.

Agora eu entendia o que ficara quente no meu corpo.

Eu ia dizer para Anthony para ele não contar a ninguém, mas ele faria exatamente o contrário, sabendo que ele era uma criança.

Por isso dei um sorriso e praticamente fiz uma maratona até qualquer lugar em que ninguém me visse.

Oh Jesus. Eu era um condenado.

Eu demorei um bom tempo até voltar... Bem... Não que... Ah você sabe... Mas bem... Imaginação fértil a minha... Você sabe...

Enfim! Aquelas alucinações bizarras voltaram á minha mente, e bem... Eu não queria que ninguém me visse tendo aquilo.

Mas era totalmente louco, aliás, Bella não estava vestida tão sensual assim... Quer dizer seria uma coisa com um espartilho – ei, era um padre falando mesmo? Eu nem devia saber o que era um. Se bem que... Eu já havia recebido de uma fã pelo correio. – mas... A quem eu queria enganar mesmo?

Vamos... Massageei minhas têmporas e fechei os olhos com força.

O que sempre a terapeuta fala?

"Você deve encarar seu problema... Encarar ele de frente... Se você se enganar, você não vai se ajudar!"

Fiquei repetindo por um longo tempo – parecendo um disco arranhado – mas pelo menos eu poderia ficar seguro quanto á 'absolvição'.

Oh Jesus, eu provavelmente sonharia com aquelas palavras.

Respirei fundo diversas vezes, e abri meus olhos lentamente observando o corredor que se estendia dos meus lados.

"Calma... É só ter calma..." Eu murmurei para mim mesmo, mas aquilo soou alto demais para meus ouvidos.

Certo. Agora além de câmera lenta, estávamos tendo outro efeito especial. O do eco.

Não que isso fosse realmente um efeito especial... Mas bem...

Quando eu finalmente me dei o sinal verde, eu bati no peito, repeti que sou forte umas mil vezes, e me pus a andar de volta á luz.

Mas nem cheguei a dar dois passos, pois uma risada baixinha invadiu meus ouvidos, e a visão dela encostada causalmente na parede me fez retesar. E oh Jesus, aquele sorriso continuava ali.

"Falando sozinho padre Edward?"

Eu me controlei do pequeno susto, e fiz o maior esforço possível para não descer meu olhar para determinadas partes de seu corpo que estavam minimamente detalhadas e voluptuosas com aquelas roupas.

"É, huh..." Engoli em seco. "As crianças finalmente te deixaram respirar?" E agora você vai me fazer parar de respirar?

Ah qual é, eu era padre, mas era homem afinal de contas. Algo que estava no meio das minhas pernas e que dera sinais de vida há alguns minutos era prova disso.

"É..." Disse flexionando as mãos e olhando para suas unhas. Aproveitei aquela deixa para me recompor e aparentar a mais séria das expressões. "Alice chegou com alguns doces, então..."

"Ah tá." Disse minimamente. O que tinha acontecido comigo afinal?

Lembra da conversa de hoje mais cedo Edward... Lembra do que você mesmo propôs.

'Passar uma borracha no passado... Passar uma borracha no passado. '

UGH! Parecia mais que essa borracha era do kit favelinha, porque apagando alguma coisa era que não estava.

"Então, huh... Fiquei feliz que você tenha vindo..." Retornei. Aliás, eu tinha que agradecê-la por isso. Antes de qualquer outra reação, eu estava grato por ela ter voltado para as crianças.

"É." Ela voltou seu olhar para mim com um sorriso feliz nos lábios. "Eu tinha esquecido como é bom ficar aqui com elas."

Assenti e ficamos naquele silêncio por algum tempo, até que eu decidi que um corredor deserto, com Bella daquele jeito ali, e com minha mente fazendo milhares de divagações e 'combinações', não seria uma boa idéia continuar ali.

"Então, huh, acho melhor indo então... Os preparativos para a Ceia vão começar, e temos bastante trabalho."

"Ah claro." Ela disse se endireitando. "Mas antes eu queria que você conhecesse uma pessoa." Ela mordeu os lábios. Eu respirei fundo, mentalmente. "Edward?"

"Claro." Sorri.

Ela sorriu de volta, e sumiu pelo corredor, e alguns instantes depois ela voltou segurando pela mão, um homem alto, moreno e... O infeliz.

Era o tal de 'Jake'.

Ele me cumprimentou com um aceno de cabeça, e eu fiz o mesmo. Bella sorria para nós dois, e com gestos disse:

"Bem, eu sei que vocês já se viram... Mas nunca foram realmente apresentados... Então," Ela se virou para Jake. "Jake esse é o padre Edward, um dos fundadores desse orfanato. E padre, esse é Jake."

Jacob estendeu a mão e eu hesitei por um longo tempo, até que eu a apertei.

"Prazer padre."

Eu resmunguei internamente. Por que todo mundo frisava no 'padre' hoje? Ah... Deve ser por que eu sou um! UGH!

"O prazer é todo meu." Respondi, mas por educação, do que por qualquer outra coisa.

O infeliz apertou firme minha mão – para mostrar que era 'macho' – mas eu logo reprimi com mais força, e ainda com um sorriso no rosto.

Ele realmente achava que um padre não era forte?

Ele com certeza era um preconceituoso como Bella fora uma vez, e eu o faria mudar de opinião rapidinho, assim como eu fizera com ela.

Claro... Não como os mesmos métodos.

Ele fez uma careta, e soltou a mão 'discretamente' ajeitando ela ao lado do corpo.

Bella nos olhava como se tivesse assistindo um filme de comédia.

"Algum problema?" Ela perguntou.

Eu me virei para ela e sorri.

"Nenhum" Eu e o infeliz respondemos juntos.

UGH! Eu não entendia nem milésimo do meu repentino comportamento. Eu era bipolar realmente...

Vamos Edward... Vamos...

'Passar uma borracha no passado... Passar uma borracha no passado. '

Era minha própria proposta e eu estava tendo dificuldades de exercê-la.

E Bella realmente estava, já que parecia que ela tinha levado BEM a sério.

Agora eu entendia suas roupas e comportamentos diferentes. Ela havia mudado para o infeliz!

E eu me lembrei da apresentação. Ela não havia deixado claro se ele era 'um colega, amigo, affair, namorado, primo... ' ou qualquer outra coisa.

Comecei a me perguntar se era essa sua intenção.

Mas, claro que não. Ela realmente havia levado á sério minhas palavras, e bem, era para ser assim, não é?

Jesus, além de condenado, eu era bipolar.

Bella continuou sorrindo, e mexeu nos seus cabelos levemente.

"Bem... Já que vocês se deram tão bem como aparenta... Vou deixar vocês se conhecerem melhor." Eu quase não acreditei nas palavras dela, e tive que piscar algumas vezes para pensar que aquilo não era uma alucinação. "Vocês vão se surpreender ao ver o quanto em comum vocês têm." Ela deu um sorriso inocente que pareceu bem maligno para mim.

Ela acenou e foi saindo remexendo os quadris longamente conforme andava.

Eu via que o infeliz estava tão abobado quanto eu, mas ao contrário de mim, ele estava era pelo modo que Bella estava andando.

No fim do corredor ela olhou por cima do ombro e deu um aceno com uma piscadela para nós dois.

"Como ela é quente..." Vi Jake murmurar.

Dei um murro no ombro dele, e ele se comprimiu de novo, segurando-o.

"Ei, por que você fez isso?"

"Vai dizer que doeu?" Perguntei inocentemente. "Pelo menos na minha concepção, é assim que homens de verdade se cumprimentam."

Ele me olhou com ironia nos olhos. "Bem... Sem ofensas, mas... Você não é realmente um homem..."

Ah que lindo! Agora além de aturar o infeliz, eu teria que suportar ele questionando minha sexualidade?

Jesus! Onde eu aprendera a pensar dessa maneira das pessoas?

Realmente Bella, ou melhor, o infeliz revelava o verdadeiro homem das cavernas que existia dentro de mim. Aquele que defendia a fêmea.

Não que Bella fosse minha... UGH! Eu realmente era um condenado.

Eu o encarei com tanta precisão e intensidade, que palavras não foram realmente necessárias.

Ele entendera o recado, pelo menos era isso que eu esperava.

"Quer conhecer o orfanato, ou o machão não é macho o suficiente para ver todas essas crianças com histórias de vida bem mais profundas e com sentido do que as sua jamais terá?"

Ele engoliu em seco, e depois reprimiu um sorriso.

"Aposto que você vai se surpreender."

Eu saí andando em direção ao fim do corredor com ele aos meus calcanhares.

Realmente Bella havia dito que tínhamos muitas coisas em comum?

Mostrei todas as acomodações do orfanato, apesar da raiva, ou ciúmes ou o que quer que seja que me apossava no momento, logo o espírito natalino junto com a magia daquele lugar, fez com que eu relaxasse um pouco, e falasse com o amor que eu sentia sobre o orfanato para o infeliz.

Jacob parecia até interessado com as coisas, e não houve mais farpas entre nós.

Não vi Bella durante o 'tour', provavelmente ela junto com os outros estaria do lado de fora arrumando as últimas coisas dos enfeites.

Anthony apareceu correndo por nós com um enorme galho de árvore nas mãos.

"Hey Tony!" O chamei. Ele se virou prontamente, sorrindo. "Esse é o inf... Jacob."

"Oi Jacob."

Ele sorriu. "Hey, pode me chamar de Jake. E aí para que vai usar esse galho?"

"É para o anjo de neve. Tias Bella, Rose e tio Emmet estão lá fora brincando com a gente."

Eu sorri. E segui o garoto até a entrada do orfanato. Jacob veio conosco, e quando chegamos lá todos estavam montando castelos de neve – se bem que eram meio impossíveis – bonecos e anjos de neve.

Logo meus olhos varreram o lugar. Localizaram um Emmet rolando com Rose pela neve, e Alice e Jasper – que provavelmente haviam acabado de chegar- fazendo anjos de neve.

E Bella... Bem... Apesar de ela estar com casacos de frio, eu ainda conseguia ver... EPA! Ela estava de joelhos no chão ajudando as crianças a fazerem um boneco.

Percebi que Jake olhava para a mesma direção, e tratei logo de evitar isso.

"Esses enfeites foram feitos pelas próprias crianças..."

"Oh... Bonitos." Disse não de fato ainda olhando para mim. Olhei para a direção e vi Bella ajoelhada voltada para nós fazendo um montinho de neve com as mãos, e deixando aparecer um pouco de sua blusa, e conseqüentemente o seu decote avantajado.

Engoli em seco, e logo guiei um infeliz bobo pelos ombros até uns arbustos onde poderíamos nos sentar.

Não que eu quisesse ficar ao lado dele para sempre, mas pelo menos assim, eu garantiria que ele não estaria perto de Bella.

Hey! Não era isso o que eu queria mesmo? Que ela encontrasse alguém e que ficasse longe de mim, quer dizer, não tão longe, somente não perto o bastante para criar situações constrangedoras?

Jesus. Quem estava conseguindo me entender agora?

Jacob olhava para tudo com um misto de adoração, e eu quase... Repito, quase, diminui o sentimento obscuro que eu tinha por ele.

Pelo menos, eu conseguia ver, que ele realmente se interessara por um lugar que eu aprendera a amar com um lar, e pensado nas crianças como meus próprios filhos, e que isso não era nenhum fingimento para impressionar Bella.

"Sabe... Eu nunca fiz trabalho voluntário... Quer dizer, na escola eu fazia, por que conta para o currículo*, mas era uma obrigação, não voluntariedade. Mas aqui... Aqui é diferente..."

*Nos EUA, trabalho voluntário tem um enorme peso no C.V.

Eu tive que concordar com ele.

"Ei... Desculpa pela má impressão inicial... Eu não queria ter insinuado aquelas coisas..." Ele falou me surpreendendo.

"Sem problemas." Eu disse. Se bem que aquela não era o real motivo para o clima tenso entre nós, mas era uma boa forma de diminuir.

"Mas hey... O que você, huh... Pensa sobre... Bella?" Eu o encarei confuso. Ele realmente estava me perguntando isso? Ele vendo minha expressão logo tratou de explicar. "Eu sei que você é padre e tudo... Mas bem... Você deve ter uma opinião sobre elas, aliás, você não é cego."

"Eu, huh..." Engoli em seco, observando-a rindo e brincando com as crianças. "Ela é uma pessoa boa."

Ele riu. "E bota boa nisso."

"Eu não estou falando nesse sentido." Falei ofendido.

Ele arqueou uma sobrancelha. "Ok. Desculpe... Esqueci que você é padre e tal..."

"Não."

"Não o quê? Não é padre?"

"Não seja ridículo." Rolei meus olhos. "Somente acho que existe muito mais nas mulheres do que simplesmente a aparência."

Ele concordou, mas ainda continuava sorrindo zombeteiro. "Mas a gente não pensa muito nisso agora quando vê ela desse jeito, né?"

Eu não respondi, mas internamente concordava com ele.

Bella me deixava louco de todas as maneiras possíveis, e essa de hoje era mais uma delas.

Deus me daí coragem. Amém.

Eu tinha certeza que Jacob iria continuar com seu papo sobre Bella, e eu já tinha até um parâmetro de onde aquilo iria chegar algo como 'você realizaria nosso casamento'?

UGH! Mas antes do cérebro dele comandar suas cordas vocais, vi Bella olhando para nós, e vindo em nossa direção.

Ela andava com um pouco de dificuldade na neve por causa do salto, mas ainda assim...

"Vocês garotos estão se dando bem?" Ela perguntou sorrindo e tirando um pouco de neve dos cabelos.

Não respondemos.

"Algum problema?" ela mordeu os lábios e arqueou a sobrancelha.

"Não." Respondemos em uníssono.

Ela sorriu de novo. "Bem... Quem quer ser meu voluntário como anjo de neve?"

"EU!" Jacob se levantou prontamente. UGH!

Bella pareceu um pouco decepcionada, mas eu tinha certeza de que era produto da minha imaginação. Eu tinha chegado a um ponto que eu não podia acreditar no que eu via mais. Na verdade eu ainda nutria esperanças de que tudo aquilo fosse uma boca alucinação máster presente de Natal adiantado, se bem que as coisas estavam bem reais para ser uma.

É. Além de condenado, bipolar eu era louco.

Oh Jesus.

Bella mordeu os lábios. "Oh... Você é muito alto, Jake."

Ele pareceu magoado.

"Acho que não terá espaço." Disse. "Mas Edward cabe."

Ok. Agora além de condenado, bipolar, louco eu era baixinho?

Quase que fiz minha maior carranca, e tratei de engolir todo o meu orgulho para um lugar bem profundo dentro de mim.

Certas coisas têm limite... E muitas já haviam passado verdadeiramente dele.

Eu não era baixo. Eu era bem alto. 1,83, mas realmente Jacob parecia que tinha cerca de 2 metros.

Eu tinha quase plena certeza de que Bella estava fazendo tudo de propósito.

"Acho que não daria um anjo bom." Argumentei com o maior nível de dignidade que ainda me restava.

Ela sorriu presunçosa. UGH! Esse novo humor de Bella ainda me mata. "Você é padre." Ela frisou. "Ninguém seria um anjo melhor do que você."

De repente eu me lembrei de quando ela havia me dito que eu era o anjo dela.

Mas isso havia sido ainda quando éramos 'amigos', e ela falava em uma total inocência.

Será que isso era uma indireta dela que tudo voltara como era antes?

Mas logo varri esses pensamentos da cabeça, e continuei irredutível em minha decisão.

Jacob voltou a se sentar ao meu lado, e parecia que estava magoado ainda com Bella. Também, ele havia sido chamado por ela, e a dita cuja colocara ele aos meus comandos.

Eu ficaria do mesmo jeito.

"Vamos, padre." Ela argumentou. "As crianças vão adorar."

Eu olhei para ela e vi que ela realmente estava determinada naquilo. Quando vi que Jacob iria ir nem que para isso destruísse o anjo de alguém, eu me levantei em um ímpeto e segui Bella, que sorria vitoriosa.

Jacob foi chamado por Rose, e ele foi arrastando os pés, enquanto eu seguia Bella até uma área onde a neve ainda estava intacta.

Ela se virou para mim. "Agora deite."

Eu fiz o que ela pediu e deitei na neve. Eu estava bem agasalhado, mas mesmo assim um calafrio se alastrou pelo meu corpo.

Eu sabia como fazer um anjo de neve. Era só ficar balançando os braços e pernas no chão até ficar a silhueta da pessoa ali.

Mas Bella me surpreendeu se agachando para perto de mim.

"O que você está fazendo?" Perguntei.

Ela arqueou uma sobrancelha. "Fazendo um anjo de neve."

"Pelo que eu saiba isso se faz sozinho. Não precisa de ajuda." Retruquei. Ela bufou, mas sorriu provocadora depois.

"Você e essa mania de fazer tudo sozinho." Senti a indireta ali, mas levei para o rumo da alucinação de novo. "Eu vou fazer esse anjo de neve." Ela disse com intensidade.

Não tive forças para retrucar quando ela tocou em um braço e o esticou. Seria algo totalmente inocente, se ela não tivesse apertado cada parte de uma maneira que fez meu corpo estremecer, e não por causa da neve. Mesmo eu devidamente agasalhado, ela conseguia mandar aquelas reações em meu corpo.

Ela percebeu alguma coisa em mim, e perguntou: "Alguma coisa errada?"

"Não." Resmunguei. Ela sorriu e levantou. Ela estava vestindo o mesmo sobre tudo que antes, e percebi que para cobrir as pernas ela vestia uma meia preta. Para minha surpresa ao invés de dar a volta para chegar ao outro lado, ela passou por cima de mim.

Primeiro uma perna e depois outra, e naquele ínfimo momento eu percebi que a meia dela ia até o fim do sobre tudo, e que ela não estava vestindo mais a calça. Eu vi um pano vermelho e percebi que era sua calçinha.

Oh Jesus. Quando ela tirara a calça?

Eu fechei meus olhos com força tentando captar o máximo de frio da neve que eu conseguiria. Senti a presença de Bella ajoelhada ao meu lado novamente, e ela perguntando:

"Aconteceu alguma coisa?"

Não respondi. Eu tinha medo que aquilo me recriminasse.

"Sabe... Não é muito saudável dormir na neve." Zombou. "E nem muito menos ter sonhos."

Outra pontada. Abri meus olhos relutantemente e a encarei.

"Estou bem." Fiquei super aliviado que minha voz saísse firme como eu esperava.

Ela deu um sorriso torto, e repetiu o mesmo com o outro braço. Ela se levantou e foi em direção as minhas pernas, se ajoelhando perto delas. Ela tocou parte da minha coxa e foi descendo por entre a perna, abrindo ela e colocando de lado.

Ela mordeu os lábios, e me deu um olhar de esguelha. Eu somente engoli em seco.

Ela foi para minha outra perna, e fez o mesmo. De repente senti flocos de neve na minha cara, e eu agradeci mentalmente por eles. Aliás, todo frio era bem vindo no momento.

Bella continuou ali atrás das minhas pernas. E de repente a vi olhar para os lados, e logo começar a engatinhar em minha direção.

Minha respiração estava pesada, e eu poderia usar a desculpa do frio, não podia?

Ela se aproximou minimamente do meu rosto, enquanto eu sentia seus seios roçaram no meu peito através de todas aquelas roupas. Ela pegou um graveto que estava o seu lado, e fez uma auréola em cima de minha cabeça.

Quando ela terminou, ela jogou o graveto de lado e me olhou, estando assim tão perto de mim.

"Você ficou um anjo de neve muito bonito, padre."

Eu nada respondi.

Os flocos de neve começaram a ficar mais intensos e vi alguns gritinhos ao nosso redor. Será que Bella estava se expondo tanto aos olhos dos outros, ou era produto da minha imaginação?

Ficamos nos encarando por não sei quanto tempo, até que ela se afastou. Eu pensei que ela iria ir embora, mas me surpreendendo ela deitou ao meu lado da neve, fazendo o seu próprio anjo.

Depois de feito, ela continuou deitada ali sentindo os flocos baterem nos nossos rostos.

Eu não conseguia pensar nada muito claramente, nem muito menos agir.

Eu estava tão confuso e inebriado que eu poderia ter morrido congelado ali se Bella não tivesse perguntado:

"O que você achou de Jake?"

Ela realmente estava me perguntando aquilo?

"É, huh... Legal?"

"Não..." Ela se virou em minha direção apoiando o cotovelo na neve. Os flocos caiam em seu cabelo e em seu rosto, e eu quase poderia ver um anjo ali. "Você não está sendo sincero."

"Eu estou." Engoli em seco.

"Não está." Ela bufou. "Diga-me."

Hesitei por um longo momento, até que eu entendi.

"Bella..." Eu ainda estava deitado encarando o céu e os flocos que caiam. "Você não pode usar as pessoas para fazer ciúmes."

Ela soltou um gritinho abafado. "Ciúmes para quem?"

"Para mim." Respondi estando certo de uma vez por todas daquilo.

Ela bufou e ficou em silêncio por alguns minutos. Até eu perceber que já estava escurecendo e que ali continuava silêncio, o que provavelmente indicava que todos já tinham entrado.

"O que te faz pensar nisso Edward?" Ela disse se aproximando de mim e seu rosto ficando a milímetros do meu.

"Seus atos."

"Não é verdade." Ela disse convicta. "Você parece que se esqueceu do que você mesmo propôs. Esquecer o passado... É isso o que eu estou fazendo, caso você não tenha percebido." Eu sabia que ela dizia sobre Jake.

"Você mudou."

"Eu voltei a ser o que era antes."

"Não... Você não era assim... Você nunca viria para um orfanato."

Ela bufou. "Eu sei que eu me aproximei da vida religiosa, por sua causa. Mas agora não é mais. Eu fiz minha parte do trato Edward, agora faça a sua." Ela disse, e depois sorriu daquele jeito de novo, e tocou nos meus lábios, me fazendo estremecer.

Eu não falei nada.

Ela suspirou e se levantou. Mas antes de ir ela falou, com zombaria:

"Você até que dá um bom anjo de neve." E assim ela se foi.

UGH! Não sabiam quais eram as intenções de Bella, mas sabia que aquilo trouxe um enorme fardo para minhas costas.

Eu não conseguia mais pensar com clareza, estava tudo muito confuso para mim.

De repente senti a presença de mais alguém ao meu lado e já estava pronto para falar umas boas verdades para Bella, quando a voz estridente de Emmet ecoou:

"Está querendo morrer congelado, Eddie?"

"Emmet... Deixa-me em paz." Resmunguei querendo me afundar naquela neve.

Ele riu e se sentou ao meu lado. "Eu sei que você precisa de frio no momento, mas não tanto a ponto de você morrer, bro."

Não respondi nada.

"Cara... Deve ser horrível para você ver Bella toda daquele jeito para outro cara... Eu sei que tu ainda não superaste o amor por ela... Mas um dia acontece. Você já fez isso uma vez."

"Ela não é Tanya." Resmunguei.

"Eu sei, como eu não tenho vocação padre." Ele riu e deu tapas no meu ombro. "E também como você não tem."

"É claro que eu tenho!" Resmunguei.

"Aham." Ele disse sorrindo, e me puxando para sair dali. "E eu sou o Joe Jonas."

O resto do dia se passou extremamente agitado – bem pelo menos no ponto de vista das outras pessoas, porque apesar do constante movimento e trabalho de mente que eu realizava, eu nunca realmente conseguia parar de pensar em Bella.

Eu sempre pensei que seria fácil... Pelo menos ignorá-la e não ficar agindo como um idiota apaixonado. Ou melhor, um padre idiota apaixonado.

Mas pelo jeito mais difícil eu percebi que estava errado.

Não sei que santo abaixou em Bella para as mudanças repentinas, mas isso fez uma grande avalanche em meus neurônios.

Primeiro aquele infeliz que parecia que se Bella desse uma chance ele iria se rastejar aos seus pés – se bem que ele já fazia isso.

E também eu ainda não estava certo se eles tiveram alguma coisa ou não naquela noite a quase um mês. Tudo indicava que sim, mas o olhar de Bella para mim nos camarins do show, disse que ela estava sendo sincera.

Mas eu nem mais sabia o que pensar.

Segundo, as roupas bem... Provocantes que ela usava... A maneira como eu observava – ou ela me fazia observar – o seu corpo escultural de mulher.

Eu não sabia quais eram suas intenções. Se eram para mim, ou para Jacob.

Mas com certeza existiam muitas ali no meio.

Bella agora estava fazendo companhia para o infeliz, seja qualquer que fosse sua idéia de nos aproximar 'com alguma coisa em comum', ela desistiu, e começou a escoltá-lo pelos perímetros.

Está certo, que eu fiquei morrendo de ciúmes dos dois. Eles pareciam tão amigos... Tão... Tão... Livres.

Certamente eles poderiam ter o que quiser, sem nada para impedir.

Oh Jesus! Se alguma intenção de Bella era me fazer morrer de ciúmes, ela havia conseguido.

Se a intenção dela era me fazer desejar seu corpo, ela havia conseguido.

Se a intenção dela era fazer com que ela dominasse meus pensamentos por cada mísero segundo, ela havia conseguido.

Se a intenção dela era me fazer mais condenado ainda do que eu era, ela havia conseguido.

O dia se arrastou, e eu agradeci que apesar dessas minhas divagações e suposições como as coisas poderiam ser diferentes – como se Bella tivesse aparecido antes do seminário, ou pelo menos quando eu ainda era seminarista... Se Bella aquilo... Se Bella isso... – eu consegui me distrair um pouco com a animação das crianças e os enfeites para a ceia.

Bella não veio mais falar comigo, porque estava exclusivamente com 'Jake'.

UGH! Eu era bipolar mesmo. Tudo o que eu mais queria – pelo menos na teoria- era que ela encontrasse alguém e se visse livre desse sentimento por mim – mas na prática a aceitação era muito difícil.

Alice não desgrudou de Jasper o dia todo, e eu quase fui até ele e disse para tomar alguma iniciativa com minha irmã antes que fosse tarde demais.

Rose e Emmet com certeza estavam tendo algum tipo de relação. Eu não sabia muito bem se eles realmente passaram a noite juntos ontem, depois do show... Mas algo me dizia que não.

Rose era muito especial para Emmet – embora ele seja bastante confuso – e isso eu sabia através de uma confissão dele há quase dois meses, e acho que ele gostaria que tudo fosse perfeito, e não seguindo impulsos.

Mas olha só... Eu... Divagando sobre impulsos?

Justo eu que controle sobre eles tem sido uma coisa bem rara em mim ultimamente.

Quando já estava escurecendo eu precisava ir até a catedral rezar a missa das sete.

De algum modo eu não queria deixar Bella e 'Jake' sozinhos ali... UGH! Agora eu entendia porque padres não podiam se casar e ter sua própria família.

"Já vai, padre?" Bella perguntou ao lado de Jake.

"Tenho que rezar a missa das sete." Respondi controlando minhas expressões. Não deixa perceber... Não deixa...

"Ah... Eu iria como eu sempre fui..." Ela respondeu inocentemente. "Mas hoje eu vou sair com Jake, então..."

"Fique sabendo que está cometendo um pecado." Eu disse seriamente, mas fazendo aquilo parecer brincadeira. "Deus tem que vir antes de todas as coisas."

"Concordo." Ela sorriu. "Mas sábado a noite realmente não é uma boa pedida. Amanhã eu vou. Domingo que é dia de Deus."

"Todos os dias são dias de Deus."

Ela encostou sua cabeça no ombro de Jake, que encarava aquilo totalmente alheio.

"É. Mas cuidado por se ligar muito ao céu, não se esqueça que você está na terra."

Eu engoli aquela dignamente e me despedi de todos.

Dei uns mil socos no volante do volvo, respirei fundo algumas vezes, e parti rumo á Catedral.

Bella fisicamente e mentalmente estava me deixando louco.

No dia seguinte Bella apareceu na missa, sozinha dessa vez. Mas eu a ignorei, ou pelo menos tentei.

Ela não me procurou ou me esperou como ela sempre fazia em tempos antigos, e eu agradeci por isso, embora me doesse perceber que ela não ligava mais tanto para mim, e que talvez as 'intenções' que eu achava que ela tinha sobre mim, eram simples produtos da minha louca imaginação fértil.

Minha mãe e meu pai estavam na missa e vieram ver se eu estava bem. Eu realmente estava aparentando tudo o que eu estava sentindo?

O dia se arrastou como sempre. Emmet foi á casa paroquial e ficamos conversando sobre coisas banais, como nos temos de colégio.

Até que ele tocou em um assunto que eu sabia que logo cairia em outro minimamente ligado á este:

"Ah... Você sabe que eu te entendo cara..." Ele disse acompanhando o jogo sem emoções que se desenrolava na TV. "Ontem mesmo eu fiquei louco com Rose na mesma casa que eu... E sem poder tocá-la, entende?"

Então realmente eu estava certo sobre aquele ponto.

"E por que você simplesmente não evitou isso, não a levando para sua casa?"

"Ah." Ele disse dando um sorriso malandro. "Eu fiquei bêbado em um restaurante que a gente foi depois do show, aquele que você não pode ir." Eu assenti. "Rose ficou tão preocupada, e foi tão bonitinho, e ela me levou então para a casa, e cuidou de mim." Ele falou piscando os olhos e relembrando a cena.

"Que coisa gay Emmet." Brinquei.

Ele deu um murro no meu ombro. "Não é não. E quem é você para dizer de coisas gays... Você e Bella, huh?"

"A gente não tem nada, você sabe."

"Mas eu não falei isso." Ele se defendeu.

"Mas falou como... Você se esqueça muito freqüentemente que eu sou padre, não é?"

"Aposto que você também, bro."

Revirei meus olhos e fiquei em silêncio. Nada como isso.

"Mas e como você está se sentindo em relação a ela e Jake?"

"Ciúmes." Falei com hesitação, não era nada fácil dizer isso.

Emmet riu estrondosamente. "Eu sempre te disse no colégio que você estava cometendo uma loucura. Eu falei para sua mãe que você tinha 'chocolate' ao invés de cérebro na cabeça."

Eu ignorei.

"Mas..." Ele continuou com uma expressão séria. "Você se arrependeu não é?"

"De quê?"

"Padre."

Eu hesitei. "Não é que eu me arrependa..." Me enrolei. "Somente fico pensando em como as coisas poderiam ser melhores, se tudo acontecesse diferente."

"Algo como 'pessoa certa, hora errada'?"

"Sim..." Resmunguei.

"Ei, já pensou que se ao invés de Tanya fosse Bella? Você estaria feliz agora então, e sem esses montes de problema."

"Mas Bella não é Tanya." Repeti por não sei quantas vezes nos últimos dias.

"Eu sei." Emmet concordou. "Bro, você só tem que aceitar o seu destino... Como é aquele ditado que diz 'Deus escreve certo por linhas curvas?"

"Linhas tortas!"

"Hein?"

"Linhas tortas." Repeti.

"Tanto faz." Ele rolou os olhos. "Mas então... Deus tem um plano maior para você... Que nem Shakespeare disse uma vez... Existe muito mais entre o céu e a terra do que pode supor vossa vã filosofia."

Eu olhei extremamente assustado para o Emmet filosófico que estava se formando em minha frente.

"Quem é você e o que fez com Emmet que eu conheço?"

Ele rolou os olhos. "Dica para impressionar garotas irmão. Você tem que aprender." E ele riu estrondosamente logo depois ao perceber o que tinha dito.

Eu dei um murro no ombro dele e ele continuou a rir, do que pareceu um longo tempo.

E assim se passou meu domingo, e a segunda. O Natal esse ano seria na terça feira.

Isso significava que eu teria muitas missas cerimoniais para celebrar, inclusive uma às nove da noite.

Eu não via Bella desde então, e isso era bom por um lado, porque parecia que longe dela eu conseguia pensar com mais clareza.

Segunda eu passei o dia todo na Catedral. As igrejas não somente tinham as áreas onde ficava a assembléia, existiam salas, secretaria da igreja, lugar onde davam as catequeses, crismas e vários outros lugares.

Eu tinha um pequeno 'escritório' onde eu 'administrava' a catedral.

Nesse momento eu estava lá olhando as despesas dos enfeites da catedral desse ano que eu teria que acertar depois do ano novo.

Até que no final da tarde, quando eu estava pronto para ir, a secretária da catedral apareceu como uma expressão consternada no rosto.

"O que foi Rosa, aconteceu alguma coisa?"

"Bem padre... Tem uma mulher nos confessionários exigindo que você vá até lá para ela se confessar antes do Natal. Ela diz que é questão de vida ou morte."

"Mas você não disse que hoje não é dia?"

"Eu falei, mas ela foi categórica." Ela enxugou o suor que descia por sua testa. "O senhor pode, por favor, ir até lá? Ela está me enchendo às paciências."

"Ok. Mande-a entrar aqui."

"Não... Ela disse que quer nos confessionários." Eu achei super estranho aquilo, mas acabei não argumentando nada, aliás, Rosa não tinha nada a ver com aquilo.

Fui até lá e realmente tinha uma moça ajoelhada no confessionário, eu entrei na cabine e me sentei pacientemente.

"Minha filha... Você não sabe que dia é hoje?" Comecei de forma 'gentil. '

"Sei padre, mas eu precisava vir." Eu reconhecia aquela voz até no inferno.

"Bella?" Perguntei surpreso, confuso, amedrontado, e mil outras coisas mais.

"Eu vim me confessar."

"Mas... Mas... Por quê?"

"Padre, dá para você parar de interromper minha confissão?" Ela falou raivosa.

Eu me surpreendi e fiquei quieto, apesar de continuar ainda extremamente confuso com tudo aquilo.

"Pode começar..." Eu murmurei.

"Padre eu pequei." Ela começou.

"Pecou minha filha? Diga seus pecados diante de Deus, e se você se arrepender, eu terei o poder de absolvê-los." Falei o que sempre tinha que falar, apesar de continuar confuso com tudo aquilo.

Acabou que tudo foi uma coisa trivial. Bella confessava alguns momentos com Sky, pensamentos sobre pessoas – inclusive sua chefa – falou um pouco sobre Jake e isso foi o que mais me tocou.

"Ele me quer, e eu quero querê-lo, mas existe algo que me impede."

E cada vez mais eu me sentia mais claustrofóbico lá dentro. A tensão que estava crescendo entre Bella do lado de fora e eu ali dentro, e as lembranças da tarde a um mês em que ela viera confessar supostamente para outro padre que me amava, voltaram como um lance de fogo em minha mente.

A forma como eu não me controlei, como eu confessei que a amava também, e ficamos ali o que pareceu horas simplesmente nos beijando e dizendo como tudo era perfeito, voltaram como se fosse algo vívido.

Agora eu entendia o porquê que Bella veio se confessar... O porquê que ela queria o confessionário...

Ela queria que eu me lembrasse o que aconteceu naquela tarde. Ela queria que além de todos os outros sentimentos, eu me lembrasse o quão bom fora ficar com ela. O quão bom fora sentir sua boca na minha...

JESUS! O que Bella estava se saindo?

Uma tentadora? Uma tentação mandada pelo diabo para vir me tentar e me tirar do caminho de Deus, do sacerdócio?

Mas o pior de tudo era que eu idealizava que ela estava conseguindo.

OH Jesus, ela estava conseguindo.

Eu sabia que a fala sobre Jake havia sido um aviso também... Um aviso de que ela queria amar Jake, e que ele a queria... Só que existia alguma coisa que a impedia.

Eu.

E que se eu quisesse, eu ainda poderia ter chances.

Era isso.

Agora eu entendia o plano de Bella. Agora eu entendia que ela não resolvera passar a borracha no passado, ela resolvera lutar por mim. Da única maneira que ela achou.

Tentando-me.

Era para eu me sentir ultrajado com aquilo, mas na verdade eu gostei. Eu me senti estranhamente orgulhoso feliz... Mas eu ainda tinha consciência que aquilo era errado, mas eu já não tinha forças para revidar ou me afastar.

Bella tirou-as.

"Padre...?" Ela perguntou depois que terminou a confissão e percebi que fiquei um longo tempo em silêncio.

"Você está absolvida, minha filha."

Eu pensei que ela fosse fazer alguma coisa, aproveitar desse momento vulnerável que eu me encontrava e todas as lembranças que aquela caixa de madeira trazia, mas ao invés disso, ela se foi.

Eu saí, e realmente vi que ela não estava mais lá.

E naquele momento eu entendi novamente. Bella não iria tomar a iniciativa, eu teria.

E eu não tinha certeza o quão forte eu seria para resistir á isso.

A noite se passou como sempre... Logo ás nove horas a missa lotaria devido à celebração do Natal.

Era uma missa longa e eu me sentia muito cansado mentalmente para isso.

Agora eu entendia por que padres não podiam constituir famílias. Famílias vêm primeiro.

Sendo que as igrejas precisam vir.

As crianças do orfanato iriam vir em massa para a missa. Era algo que eu sempre era irredutível, e elas iriam cantar algumas músicas que tínhamos ensaiado.

Na sacristia eu me arrumei e vesti uma casula branca por cima da batina, que era somente usada para grandes festas na igreja.

Saí, suspirando e tentando me concentrar ao máximo na celebração.

Tudo ocorreu normal... Pelo menos eu arranjei forças do chão para parecer normal e feliz na missa.

Um padre triste no Natal?

Não. Não era muito aceitável.

Eu também me controlava ao máximo não olhar na direção de Bella. Eu sabia que eu me trairia alguma hora, mas era melhor evitar o máximo que minhas baixíssimas forças permitiam.

Foi uma missa bonita, com cantos, uma boa homilia, e tudo.

E quando acabou Alice veio quicando até a sacristia enquanto eu ainda tirava as roupas.

"Feliz Natal, padre."

Eu rolei meus olhos, enquanto ajustava a roupa no cabide. "Ainda são onze horas, Alice."

"Sim. Mas você falou na missa para todos desejarem feliz natal para a pessoa do lado. E eu estou fazendo isso." Ela disse fazendo um biquinho característico, enquanto se fingia de desentendida.

"Ok... Mamãe está aí?"

"Sim... Ela disse que gostaria que fôssemos à ceia na casa dela... Alguns parentes nossos vão estar lá."

Eu revirei meus olhos. "As festas na casa dos Cullen vão até altas horas da madrugada, acho que podemos dar uma passada lá depois do orfanato."

"Foi o que eu falei para ela." Ela sorriu. "Bem, vamos?"

Eu assenti e terminei de arrumar algumas coisas antes de ir.

No orfanato estava tudo muito bonito, fruto do trabalho de todos os voluntários e as crianças.

Todas haviam ganhado roupas novas, e estavam muito felizes desfilando por entre os corredores do orfanato.

Á meia noite, apesar de algumas crianças bem novinhas forem dormir, a maioria ficou para a ceia.

Fiz uma pequena oração, e atacamos tudo o que tinha pela frente.

Infelizmente, felizmente ou não sei mais o quê, Bella se sentou bem ao meu lado. Jacob não estava ali, ele falara alguma coisa de passar o Natal com a família que tinha não sei quantas propriedades pelo mundo afora.

Bella falava comigo como se nada tivesse acontecido e como se ela tivesse realmente passado a borracha em tudo. Eu confesso que fiquei confuso.

"Então... Acho que o Rockfeller Center é uma boa pedida." Ela disse enquanto enfiava um pedaço de peru na boca.

Eu mexi no prato, brincando com a comida. "São muitas crianças, eu acho. Talvez pudéssemos fazer turnos."

"É talvez..." Ela fez uma cara pensativa. "Sabe o que eu estava pensando?" Ela disse largando o garfo e se virando animada em minha direção. Ah... Deixa-me detalhar. Bella estava usando um vestido vermelho decotado, e bem... Huh, Justo... E na cabeça uma linda tiara dourada. Realmente com todo o espírito natalino.

"Huh... Não."

Ela revirou os olhos, mas riu. "Eu estava pensando que talvez pudéssemos levar todas a um tipo de passeio turístico pela cidade. Eu conversei com muitas delas e várias disseram que não conhecem a própria cidade turística que eles moram!" Ela exclamou. "Isso no mínimo é um ultraje."

Eu até que estava gostando do rumo daquela conversa. Algo... Inocente.

"E como levaríamos?"

Ela pensou um pouco. "Em ônibus amarelos. Aquele de escola sabe? Acho que é uma boa pedida." Ela disse resoluta de sua idéia.

"É uma boa idéia." Concordei.

Continuamos com aquela conversa por algum tempo... E eu me sentia confortável ao lado de Bella.

Claro que tinha toda aquela tensão entre nós, mas pelo menos a conversa estava interessante e não tinha nada ligado ao lado sensual.

A sobremesa foi como um manjar dos deuses. Eu quase parecia uma criança comendo tudo o que vinha pela frente e ainda com aquele sorriso no meu rosto que eu não conseguia evitar.

Bella me olhava de esguelha enquanto comia como passarinho o seu prato mínimo.

"O que foi?" Perguntei com a boca ligeiramente cheia. Ela riu.

"Como você consegue comer tudo isso, e ainda se manter no peso?"

Eu encolhi os ombros. "Acho que quando você não se preocupa tanto, você não engorda."

Ela levantou os braços, exasperada.

"Sério..." Disse, depois de umas dez garfadas de um pavê de chocolate. "Olha só, experimenta." Enchi o prato dela com vários doces, e ela me olhou horrorizada.

"O que você espera que eu faça com isso?"

"Comer é claro." Respondi com um sorriso. Eu estava gostando de provocá-la.

"Eu não vou comer tudo isso..."

"Bella." Revirei os olhos. Ela percebeu o desafio que tinha por trás de minhas intenções, e para minha surpresa e hilaridade ela encheu o prato com mais doces, e se pôs a comer em grandes garfadas.

Sorri em aprovação e continuei a me deliciar com o meu.

Emmet que também não era nada ruim de prato nos olhava divertido:

"Oh Jesus, até padres são más influências. Onde esse mundo vai parar?"

E depois rimos com tudo aquilo.

Depois da sobremesa fomos aos presentes.

As crianças pareciam que iam se rasgar de felicidade com todos os presentes que lhes demos. Brinquedos, e tudo o que mais elas queriam ganhar.

Vi Bella ficar emocionada com tudo aquilo em um canto da sala, e apesar da teoria fique-longe-dela-se-não-as-coisas-pioram eu fui até ela.

"Hey." Disse quando me aproximei. Ela levantou os olhos e sorriu.

"Hey."

"Posso me sentar?"

"Claro." Ela deu espaço para mim e eu me sentei sem encostar-se nela.

Ficamos ali observando a alegria de todo mundo em silêncio, até que ela falou:

"Você já fez o seu pedido?"

"Pedido?" Perguntei confuso.

"Sim..." Ela sorriu. "Desejos que você quer."

"Pensei que isso era só no Ano Novo."

Ela deu de ombros. "Acho que o Natal é próximo o suficiente." Eu ri, passando a mão ligeiramente pelos cabelos. Ouvi Bella prender a respiração, e achei totalmente estranho aquilo.

Até que a vi ficando meio roxa.

"Bella?" Eu a sacudi ligeiramente. "Bella? Oh Jesus. Você está prendendo a respiração?"

Ela expirou o ar de uma vez, e eu fiquei extremamente aliviado ao ver que sua cor voltava ao normal, mas minhas mãos ainda continuavam em seus ombros em uma atitude protetora.

"Eu... Estou bem." Ela murmurou.

"O que houve com você?" Procurei algum indício de resposta pelo seu rosto – como se eu pudesse achar algum.

"Nada." Ela desviou. Eu não estava nem um pouco convencido...

Mas finalmente e relutantemente tirei minhas mãos de seus ombros e fiquei ali ao lado dela, embora estivesse totalmente atento a qualquer reação de seu corpo.

Jesus! Agora eu senti um pouco do desespero que eu sentiria se um dia Bella morresse, ou sumisse, ou... UGH!

Eu estava sentindo tantas coisas em poucos dias que eu estava muito confuso com tudo.

Eu estava sentindo tantas coisas... Que um padre não deveria sentir.

Eu estava pensando tantas coisas... Que um sacerdote não poderia sentir.

Jesus! Eu era um condenado em forma de padre!

A risada de Emmet me tirou dos meus devaneios.

"Eddie, eu tenho um presente para você e Bella."

Eu pisquei algumas vezes antes de entender. Ele realmente falou 'você e Bella'? Presentes não eram individuais?

Mas quem fez essa pergunta foi à própria senhorita ao meu lado, que estava tão chocada quanto eu.

"Claro." Rose vinha atrás dele quicando levemente. Não sei por que, mas ela me lembrava muito Alice.

"Acho que vocês vão gostar... Eu ajudei Em escolhê-la."

"E o que é?" Perguntei. Emmet entregou um embrulho para Bella e eu.

Ficamos ali sem saber quem pegar até que decidi que seria ela. Primeiro as damas. Sempre.

Dentro havia uma caixinha que aparentava ser de jóia.

Mas como o presente era para nós dois se era uma jóia?

E, oh Jesus, o que Emmet andara aprontando?

Bella abriu com as mãos ligeiramente trêmulas, o que era totalmente aceitável, já que nunca sabia o que se esperar de Emmet.

Quando abriu, eu me surpreendi.

Ali estava uma cruz. Mas não era uma cruz comum. Aparentemente era, mas parecia que estava interligada.

Ela era de prata com alguns detalhes em ouro, e eu encarei Emmet confuso.

Ele já não ria só me olhava com orgulho, enquanto um de seus braços circundava os ombros de Rose.

"É como se fosse um coração de duas partes. Cada uma fica para uma pessoa. Bem, pelo menos essa é a idéia." Ele disse.

"Mas achamos que essa cruz 'dupla' seria perfeita." Rose continuou. "Por que vocês dois são ligados pela religião. Todo esse negócio de você ser padre, e Bella ter sei lá 'acordado'." Rose riu.

"Achamos que seria interessante." Emmet completou.

Eu fiquei sem palavras. E Bella olhava tudo aquilo abobada.

"É, huh... Muito bonito..."

"Emmet, você está se tornando muito profundo, cara." Disse.

"É... Eu sei." Ele deu um olhar de esguelha para Rose que corou.

Acabou que eu e Bella pegamos cada um nosso colar correspondente. Na verdade era a metade uma cruz, parecia mais como uma reta ligada por uma perpendicular, mas o coração que estava no ponto de encontro dava a idéia do que era.

Ficou muito bonito em Bella.

"Er, Edward... Para usar você precisa tirar essa cruz." Emmet disse apontando para a enorme cruz que eu sempre usara desde que o bispo havia me dado há alguns anos.

Emmet sabia o que ela significava e ele queria que eu a tirasse com certeza por Bella.

Eu o olhei incrédulo, e ele somente assegurou meu olhar penetrante. Bella e Rose nos encaravam confusas com tudo aquilo, até que eu suspirei e tirei a enorme cruz que ficara no meu pescoço durante seis anos de minha vida.

Depois de tudo, trocamos presentes entre a gente. Anthony – o garotinho que propôs a mordida – chegou e ficou observando eu e Bella com os olhos perspicazes. Eu não fazia idéia do que se passava em sua mente, mas boa coisa não era.

Dei presentes á todos eles, e chegou à vez de dar o de Bella.

Eu havia comprado um na semana passada, mesmo depois de todo aquele tempo sem nos falar. Eu tinha esperança de poder entregá-lo para ela.

Era uma pulseira de prata incrustada com pequenas pedras preciosas. Tinha um pingente com a imagem da Virgem Maria, e todo o conjunto era bem delicado.

Eu achei parecido com um presente que um padre daria, e um que ela gostaria.

Ela ficou feliz e agradeceu e logo voltou com uma caixa em suas mãos.

Para minha surpresa, se tratava de uma luva de beisebol com o emblema dos Yankees. E acompanhada, vinha alguns pares de bolas profissionais, todas escritas "GO Yankees."

Eu ri, e Emmet disse que gostaria de uma daquelas também. Ele ganhara uma camiseta dos Yankees de Bella.

O tempo foi se passando e foi se jogando conversas bem triviais.

O tópico no assunto chegou a Alice, e ela ruborizou tanto ao lado de Jasper que eu achei estranho.

Quer dizer, não era algo muito Alice.

Todos concordavam que ela não duraria muito no convento e fizeram apostas de quanto tempo duraria.

Se me lembro bem... O máximo de tempo foi dois dias.

Eu sabia que isso era uma coisa ruim, porque se ver pelo orgulho de Alice era capaz de só por isso ela ficar lá por um longo tempo.

Acabou que todos fomos nos dispersando e Emmet e eu seguimos por vários caminhos enquanto conversávamos.

Até que Anthony chegou até nós, meio fadigado, devido á uma corrida a que ele se submetera.

"Padre Edward!" Ele gritou. Eu me virei assustado.

"O que foi Anthony?"

"O senhor tem que vir até aqui." Ele disse gesticulando muito. Eu segurei minhas mãos em seus ombros fazendo com que ele ficasse quieto por algum tempo.

"Tony, me diga o que aconteceu." Falei gentilmente.

Ele olhou para Emmet que nos encarava confuso. Ele se aproximou de mim e sussurrou para que só eu ouvisse:

"É tia Bella." Eu logo esfriei. Pela expressão de Anthony e a menção do nome dela, me fez realizar que algo muito ruim acontecera.

Eu corri seguindo Anthony pelos corredores do orfanato. Estava tudo um pouco vazio já que a maioria das pessoas se encontrava no saguão.

Até que Tony me apontou uma porta no final do corredor que eu sabia que era o armário de vassouras do orfanato.

"O que tem lá?" Eu perguntei.

"Lá dentro." Ele apontou parecendo amedrontado.

Eu arfei e corri até ali.

"Bella?" Eu gritei. Abri a porta e entrei lá dentro encontrando Bella pegando alguma coisa nas prateleiras, sem realmente estar em perigo ou coisa do tipo.

"Edward...?" Ela se virou confusa, e logo arregalou aos olhos, ao ver que a porta atrás de nós havia sido fechada, e que alguém estava trancando a porta do lado de fora.

Ouvi várias risadas de crianças, e estava ainda muito surpreso para pensar em como as crianças poderiam ser diabólicas.

Eu olhei para Bella confusa, e ela respondeu meu olhar. E isso foi à última coisa que eu vi, naquele espaço apertado, porque logo as luzes se apagaram e tudo virou escuridão.

Oh Lord. Oh Lord.

Bem... Todos os meus pensamentos meio que se resumiam a isso. Claro, no meio tinham algumas palavras que normalmente um padre não falaria – ultimamente eu tenho feito coisas que padre nenhum faria – e algumas especulações que a maneira rígida de trato de crianças de antigamente, poderia ser uma forma aceitável de ensino hoje.

As risadas das crianças se afastaram e eu tentei abrir a porta, levando em consideração que talvez elas não tivessem forças o suficiente para fechá-la.

Grande engano.

Parecia que Anthony tinha tomado aulas de 'como se tornar um líder da gangue infantil', e ainda 'como trancar uma porta'.

Eu comecei a gritar chamando por alguém, mas aquele armário era bem afastado de onde era a sala onde a maioria das pessoas se encontrava. Então a chance era de um em um milhão.

De repente eu me refreei ao ouvir um soluço abafado. Eu achei que fosse algo do lado de fora, mas logo vi que estava ali dentro.

"Bella?" Perguntei na escuridão ao ouvir um novo soluço.

Não houve resposta.

"Bella... Bella, pelo amor de Deus..."

"Eu..." Ela disse entre os soluços.

"O que houve?" Tentei ir em direção a sua voz, o que era meio difícil, considerando que o armário era dois por dois, e ainda tinha várias prateleiras ocupando metade do espaço.

Eu com máximo de cuidado tentei me aproximar dela, mas ao mesmo tempo não pisar em alguma parte de seu corpo, que ali seria totalmente plausível considerando as situações.

Eu logo me esqueci de qualquer outra coisa, e meus pensamentos se focaram somente nela, e no porque de seus soluços.

Finalmente a senti sentada, segurando os joelhos no chão e com o rosto apoiado no meio deles. Agachei-me ao seu lado e perguntei carinhosamente:

"O que foi? Por que está soluçando?"

"N-nada..." Ela respondeu.

"Bella!" Me sentei ao seu lado e procurei seu rosto. Logo vi uma parte úmida que eu supus que fossem lágrimas. "Você está chorando e diz que não há nada?"

Ela bufou.

"Vamos Bella..." Comecei a me desesperar com toda aquela situação. "Conta-me... O que houve..."

"Eu... Eu... Tenho... Medo..."

"Medo de quê?"

Ela continuou a soluçar o que a impediu de responder, mas eu logo entendi.

Ela tinha medo de escuro.

Logo eu me pus bem ao lado dela, ignorando algumas latas de limpeza, que estavam no caminho.

Eu passei meus braços pelos ombros e sua cintura, e a puxei para mim. Ela petrificou, e eu logo a acalmei falando ao pé de seu ouvido:

"Tudo bem, Bella. Tudo bem..." eu queria assegurá-la que eu não iria dar uma de padre pedófilo e aproveitar do escurinho da situação.

Ela relaxou, e colocou a cabeça no meu peito enquanto uma mão acariciava seus cabelos sedosos.

Eu adorava os cabelos dela... Eram tão macios... Tão...

Tão divinamente ela.

Eu poderia ficar o resto da vida daquele jeito, só como desculpa para tê-la pertinho de mim... Mas não quando ela estava soluçando por um medo.

"O que... Será que aconteceu?" Ela perguntou depois de um tempo. Eu beijei o topo de sua cabeça e senti-a estremecer.

"Acho que algum tipo de brincadeira de Anthony e seus comparsas." Bufei. "Acho não. Tenho certeza."

"Por quê? Pensei que eles gostassem da gente...?" comecei a enrolar meus dedos em seu cabelo, enquanto minha cabeça descansava no topo da sua.

"Eles com certeza não sabiam de você no escuro... Mas acho que eles fizeram isso justamente por gostarem da gente."

Bella assentiu e ficamos naquele silêncio, até que a vi estremecer de novo.

Puxei-a para que ela ficasse mais de encontro ao meu corpo, e o espaço entre nós era mínimo.

"Melhor...?"

Ela estremeceu de novo, e eu apertei mais firme – se é que era possível. Eu queria dar conforto para ela e fazer ela se distrair do escuro que se instalara.

Porém ela estremeceu de novo e eu a levantei fazendo com que ela sentasse parcialmente no meu colo para eu poder ter acesso ao seu rosto. Se não estivesse escuro eu acho que estaríamos nos olhando cara a cara.

"Qual é o problema, Bella?"

Ela hesitou. "Acho que... Não consigo me distrair..." E aí ela tremeu de novo.

"Feche os olhos... Talvez isso ajude..." Pedi. Senti-a concordar. Logo minhas mãos voaram para as texturas de seu rosto tão perfeito e que eu amava, e eu vi que seus olhos estavam fechados realmente. "Melhor...?" Perguntei de novo.

"S-sim..."

Mas logo ela estremeceu de novo. Oh Lord!

O que eu faria para distraí-la?

"Bella..." A chamei.

"Hum...?"

"Não está resolvendo...?"

"Com você melhora, mas não realmente... O escuro continua aqui..."

"Nem comigo aqui...?"

Ela negou.

"Volte a fechar os olhos." Pedi. Eu percebi novamente que ela o tinha feito. Minhas mãos delicadamente foram de seus olhos o seu nariz anguloso e reto. Acariciei suas bochechas que estavam quentes – provavelmente coradas – e minhas mãos repousaram em seus lábios que estavam ligeiramente abertos.

Senti-a sugar o ar nesse momento, e eu me condenar mil vezes mais.

Eu era um condenado... Eu era... Eu era...

"Esqueça o escuro..." Pedi gentilmente baixo como um murmúrio. Mas eu sabia que ela tinha ouvido. Minhas mãos desceram de sua boca até o seu pescoço, sua nuca.

Eu não me atrevia a ir mais longe, por isso minhas mãos descansaram em sua bochecha.

Bella me surpreendeu. Sua respiração se encontrava ofegante provavelmente devido ao medo, e sua mão pegou a minha e conduziu até sua boca.

Eu estremeci ligeiramente, e fui me aproximando de seu rosto.

"Esqueça o escuro..." Repeti.

"Esqueço..." Ela murmurou fracamente.

"Relaxe..." Minha boca estava a milímetros da sua e eu já conseguia sentir sua respiração entrecortada.

Ela assentiu.

"Nada vai te fazer mal, nem no escuro e nem em lugar nenhum Bella..."

"Huh...?" Sua boca estava tão perto que eu conseguia até sentir o calor que irradiava de sua boca.

Logo uma mão dela pousou na minha nuca me puxando mais para perto, enquanto a outra apertava meus cabelos.

"E sabe por quê...?" Perguntei.

"N-não..." Eu beijei levemente a ponta de seu nariz.

"Por que eu estou aqui por você." Ela gemeu baixinho, e aquele foi o máximo que eu conseguia suportar. Meus lábios foram em direção aos dela.

"Bella, Edward. Vocês estão aí?"

Oh Lord! Oh Lord!

Eu juro que quase dei um salto mortal para trás com a voz forte de Emmet ecoando no local.

Eu amaldiçoei as últimas dez mil gerações dele, e com certeza chegaram até nos infelizes homens da caverna da família de Emmet.

Sim, eu era padre. Mas tinha horas que... UGH!

Que seja uma alucinação... Que seja uma alucinação...

Eu não conseguia ver a cara de Bella, mas eu tinha certeza de que ela estava como eu.

"Alucinação?" Eu perguntei baixinho.

Ouvi Bella bufar. "Acho que não. Nunca tem Emmet nelas."

Eu tive que concordar. Realmente minhas últimas esperanças foram infinito a baixo, porque eu acho que tanto eu quanto Bella não queria o Emmet participando de uma.

"Ohmeudeus... Alguém, por favor, arromba essa porta... Vai lá se saber o que Edward fez com Bella!"

"Cala a boca, Emmet." Eu gritei rolando os olhos.

"ALELUIA, IRMÃ!" Ele gritou, e senti logo um tapa sendo desferido em alguma parte de seu corpo. Que seja uma parte bem dolorosa, obrigada. "ei Rose, esse país é livre tá?"

Logo vi que as luzes acenderam. Eu pisquei meus olhos algumas vezes para me acostumar com a claridade e a primeira coisa que vi foi Bella fazendo o mesmo.

"Está bem?" Eu perguntei.

Ela estava confusa, ela não sabia o que ela pensava. "Sei lá." Ela encolheu os ombros.

"Jasper ligou as luzes... Você sabia que os meninos tiveram a inteligência de saber como desligá-las?" Emmet parecia orgulhoso e impressionado, e logo eles abriram a porta.

"Agora sabemos que temos que colocar algum alarme e super proteção em volta do painel." Resmunguei enquanto saia.

Rose pareceu preocupada enquanto ia até Bella. "Você está bem, Bella? Que brincadeira de mau gosto."

"É." Ela mordeu os lábios. "Mas eles não sabiam, Rose."

"Por isso que eu falo que essas crianças estão assistindo muito filme de policial, ou qualquer coisa do tipo. Daqui a pouco eles arquitetam um plano para dominar o orfanato!" Ela disse, e Emmet ficou divagando sobre como seria interessante ser dominado por crianças e seus metralhadores do triplo de seu tamanho.

Dei uma última olha para Bella que estava sendo amparada por Rose e logo saí por ali.

Emmet me seguiu:

"Credo Eddie, tudo isso só por causa da brincadeira dos garotos?"

Eu revirei meus olhos. "Você será um péssimo pai Emmet."

Ele sorriu de orelha em orelha. "Mas pelo menos eles terão uma ótima mãe."

Dei um murro no ombro dele e me afastei dali, indo até o jardim onde tinha a macieira e que me trazia tantas lembranças de Bella e eu também.

Eu tinha quase beijado ela naquele quarto... Tinha quase confessado que a amava... Eu tinha quase tantas coisas, que eu não conseguia articular muito bem minhas palavras.

Pois de um lado eu estava pê da vida, aliás, eu queria beijá-la.

Mas por outro, foi bom Emmet chegar, porque aquele seria mais um impulso meu, e depois traria conseqüências bem piores, como as últimas, e tudo pioraria de novo, sendo que nem voltaram a melhorar.

UGH! Vida dura demais!

Tive uma longa conversa com a gangue juvenil de Anthony, eu sabia que eles só queriam ajudar, mas eu não podia deixar aquilo em limpo.

Mas Bella veio em socorro deles e disse que estava tudo bem, só que eles não fizessem aquilo de novo.

Eu agradeci a ajuda dela, e depois dei uns doces para os garotos.

Eu não conversei mais com Bella, e também não sabia o que daria uma conversa entre eu e ela agora. E acabou que Alice me chamou para ir dar a passada na casa dos nossos pais para dar um feliz natal.

Me despedi de todos e fui embora, mentalmente batendo a cabeça no volante por ser tão bipolar e condenado nessa vida.

Bella

Ok. Que eu não tinha planejado a ida ao armário e ser presa com Edward lá, mas confesso que eu usei aquilo em meu proveito.

Não sei se foi de má fé ou não, mas eu acho que para o amor existe sempre um perdão né?

Acabou que nós quase nos beijamos se não fosse certo jogador de hóquei.

UGH! Minha vontade era de exilar ele por um mês, ou estrangulá-lo, tanto faz.

Pelos meus cálculos esses últimos dias foram bons. Eu conseguira realizar todas as partes do meu bloquinho de notas, e sempre conseguira ler as fórmulas discretamente, e ninguém percebia.

Agora a sorte estava lançada, e era ver o que o destino nos aguardava.

O dia seguinte, a quarta, houve um almoço aproveitando as sobras do dia anterior.

Eu vi Edward, mas este estava meio perdido em pensamentos, e eu internamente pedia para que eles estivessem ligados em mim.

O começo da semana se passou rápido e logo teríamos o dia do carteiro e o Ano Novo.

"SKY!" Gritei chamando a pequena que não pensava duas vezes antes de comer o pacote inteiro de ração em menos de quatro dias.

Ela veio toda saltitante agarrada a uma meia do Ursinho Pooh. Eu revirei meus olhos.

Sky talvez não fosse tão esperta assim.

Ela adorava pegar minhas coisas, então comprei a meia e coloquei 'de propósito' em algum lugar do armário. Ela logo pegou e se deliciou o dia inteiro achando que era algo pertencente a mim.

Ela se enganou! HAHA. Quem era mais inteligente aqui, hein? Quem? Quem?

Mas logo vi que ela tinha duas meias na boca, e uma delas era realmente minha.

"Sky! Você não tem modos?" Bufei e apontei para o saco de ração vazio que eu segurava. "Você comeu tudo isso aqui em quatro dias; quer virar uma cachorra obesa? Quer ter ataque do coração?"

Ela me olhou com aqueles olhinhos azuis sedutores, e minha raiva dela logo se dissipou.

"Ok... Ok... Você venceu."

Ela latiu feliz e saiu correndo pela casa, com certeza pegando mais coisas minhas.

Sentei no sofá de pernas para cima imaginando o que aconteceria entre eu e Edward dali para frente.

Suspirei, e peguei o telefone, discando o número da clínica veterinária de Jake, para pedir mais ração.

Sério. Sky me levaria à falência.

"Clínica Veterinária Black de NYC." Uma voz feminina e aveludada atendeu no segundo toque.

"Ei... Eu queria falar com Jake, er... Jacob Black."

"Ele não está." A voz respondeu. "Não quer deixar recado?" Logo em seguida ouvi um farfalhar de papéis do outro lado da linha.

Minha mãe sempre me dissera para não falar com estranhos, e para sempre perguntar o nome deles antes de tudo. Ali não seria diferente, ainda mais se tratando da ração de Sky.

"Quem está falando?" Perguntei com a voz desconfiada.

Ouvi um sorrisinho do outro lado, mas logo a voz aveludada e feminina respondeu:

"Tanya. Tanya Dennali."

88 comentários:

Alice Luttz disse...

Não encontrei. E esse nome mesmo ou a autora. Por que tem um aqui que não e o que eu estava lendo.

Alice Luttz disse...

Amiga em uma linda mulher não encontrei com essa ai não. Vou proucurar como nick.

Viihs disse...

Oh my gosh... como assim a Tanya trabalha para o Jake???? O cap foi mto legal, + eu queria que o Ed e a Bella se beijassem no armário.

Alice Luttz disse...

Tem uns que e muito carinhoso e fofo. Como Mione gosto e quando as vezes estou aqui em casa e ela não entra acabo escrevendo "MIMI" não sei por que mais e fofo. Como LELE tambem acho fofo. E as vezes cansa escrever o nome da Bebetty. No começo eu tinha que subir e copiar o nome agora aprendi.

Alice Luttz disse...

Isso ai.

Leticia disse...

Sim eu tbm fiquei meio Ahh como assim mais depois entendii kkkkk\z

Alice Luttz disse...

O meu e completamente diferente. Não e nada parecido.

Naty_14 disse...

agr entendi, brigada por me explicarem, e eu apago e coloco o Naty_14

Alice Luttz disse...

Nossa não tinha entendido o "FILHA" e fiquei. Cara ou a Bebetty e nova e teve filha ou ela e professora ou fugiu da escola. Ai entendi o minha filha. Eu sou ao contrario. Tenho um monte de mãe e não consigo ter filhas. Ja tentei mais não e pra mim. KKKKKKKKKK'

Alice Luttz disse...

Betty voltando ao Uma linda mulher nem terminei a primeira e quero asegunda. O que a Bellavai fazer quando o mundo descobre sobre sua profissão? E por qual motivo ela morre? São tantas perguntas. E só tem um jeito de eu gostar ainda mais desse fic. Vindo para esse site. Imagina. Nossa ia ser massa. Sonha não paga impóstos ta. Então deixa eu voar um pouco. A escritora poderia mandar para cá né?

Leticia disse...

Sim sim Mione muitoo fofo

Leticia disse...

Olha tipo meu e-mail é Leticia_minipiquena, masi eu apago o _minipiquena, e deixo so o Leticia, pq acho melhor agora ja as meninas não sei Naty

Leticia disse...

Então vamo fala um monte Lice pq tbm to de TPM, e quando do de TPM eu falo msm é bom poda pra fora nesses dias \O

Alice Luttz disse...

O meu nick não e como meu e-mail. meu e-mail e meu nome e meu nick não. Quando acontece todo o começo de mes que some aqui e tenho que escrever eu apago o meu nome que apareceu embaixo e coloco o meu nome fake. Voce apaga ou deixa o seu e-mail?

Alice Luttz disse...

Eu não comento no outro como aqui. Por que foi aqui que descubri a minha paixão por fics mais deixo um recadinho de que a autora fez um trabalho bom. Mais só. Mais EU aqui ALICE ou EU mesma sou do fics de forks e não abandono. (Como sou extressada e xingo muito e acabar acontecendo de não poder comentar vou para um lan hause, voces não vão se livrar de mim por tão cedo.)

Alice Luttz disse...

Recomendo gata. Em Vimpires a os garotos Cullens tem uma banda muito famosa e a Bella e super fã e muda para perto deles. E boa. E a do Meu Professor tambem.

Alice Luttz disse...

Mione e massa mesmo.

Naty_14 disse...

meninas, uma coisa q eu naum entendo qndo vcs flam do treko do email e nick, tipo o meu nick naum tem nada ve com o meu email e pelo q eu entendi o nick d vcs é igual ao q vem antes do @ do email d vcs e o meu naum e dai eu fiko pensando se vcs ja tentaram coloca o email e dpois apaga o q q tava escrito no nome ou nick qndo vcs vao envia o comentario. por favor esclareçam pra mim isso, sab como é q é as loiras né? bjus

Alice Luttz disse...

LELE se ela triscar um dedo nele ranco as unhas dela. Amo esta de TPM falo um monte de besteira.

Alice Luttz disse...

Um muito massa.
Um beijo para a Roberta que te ajudou.

Leticia disse...

Magina Ali se ta so cuitando do que é seu amiga, kkkkkk a Tanya mereçe vaii

R P S_CULLEN disse...

AMEI MIONE,ACHO Q VOU TI CHAMAR ASSIM! :)

R P S_CULLEN disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKK IDEM!

R P S_CULLEN disse...

PRA NÃO FICAR PARECIDO COM O PRIMEIRO,E SIGNIFICA ROBERTA PAULA,JÁ Q MINHA ''FILHA'' Q FAZ MEU EMAIL,ELA ESCOLHE O NICK,ENTENDEU? :D

R P S_CULLEN disse...

POR CULPA DO INFERNO DA ESCOLA Q É AS 8H,MAS COMO MINHA IRMÃ ESTUDA AS 7:30 E DE MANHÃ SO MUTO LERDA,TENHO Q ACORDAR AS 6H :(

R P S_CULLEN disse...

MEU PROFESSOR É BOA? E VAMPERIS ROCKS? ESSA EU JA VI ESSA VÁRIAS VEZES + NUNCA LI

R P S_CULLEN disse...

ID LIE É MUITO BOA. APAIXONADO POR MINHA EX É MEIO CONFUSA + TAMBÉM É MARA TO ESPERANDO POSTAREM A SEGUNDA TEMPORADA.NUNCA VOU ESQUECER O FIKS DE FORKS,ESSE É MEU BLOG PREDILÉTO E É O ÚNICO Q EU COMENTO :)

Alice Luttz disse...

Amiga por que voce vai ter que acorda esse horario?

Alice Luttz disse...

E isso ai. Por que no Ed ela não toca nem na roupa que vai pra doação. Ele e MEUUUUUUUUUUUUU! E se ela tocar a mão nele (coitadinha dos cabelos loiros e rosto impecavel.)
Nossa hoje estou perversa.

Alice Luttz disse...

BEBETTY uma pergunta. Por que no novo NICK voce não usou BEBETTY novamente e sim outro? E o que significa as primeiras letras(CULLEN eu sei)?

Leticia disse...

Não deixa a piriguete rouba ele de vc não... Mostra pra ela que o Jake ja tem donaa

Alice Luttz disse...

Nossa ir pra escola e um saco. Se a pessoa mais cretina do mundo que criou a escola não tivesse morrido ja tinha matado ela a sangue frio. MUAHAHA!!!!! Eu sou mal.

Alice Luttz disse...

Uma linda mulher.
SOMTHING CHANGED.
Vimperis Rocks.
Desejo desconhecido.
Meu professor.
Nem o tempo apagou.
Mais quando terminar tem mais um treilhão aqui pra ler.
Um mais esse Id Lie e bom? E apaixonado por minha ex? Tem aqui gravado só pra entrar e ler mais ate agora não li.
Ou não esqueçi Fiks de Forks não. E o primeiro da lista.

Leticia disse...

Ahh que isso bebetty 6:00 não é TÃO cedo assim, ta certo que é meio ruim pq ja se acustumou a acordar umas 10:00 mas vc se acustuma outra vez;D

Leticia disse...

Isso aew Hermi concordo em numero genro e grau \o/

Leticia disse...

Tbm continua a chamar de Bebetty \O

R P S_CULLEN disse...

VOU TER Q ACORDAR AS 6H APARTIR DE SEGUNDA :(

R P S_CULLEN disse...

as fics q eu to lendo agora são: FIKS DE FORKS(CLARO), BELLA E EDWARD AMORxÓDIO, SOMTHING CHANGED, ID LIE, PERTO DEMAIS, CASAMENTO AS AVESSAS, APAIXONADO POR MINHA EX, UMA LINDA MULHER E DESEJO DESCONHECIDO.

Alice Luttz disse...

Tambem vou ler (primeiro proucurar) dica. Proucura no top dez. Acho que esta nós menores fics. Não e certeza. Tem a Surian o Ed e a Bella na foto. Acho que ajuda.

Alice Luttz disse...

Seis horas da manha. Hoje e que não estou dormindo direito e acabei não conseguindo acorda.

Lovebells_florzinha disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

pode deixar :)

Naty_14 disse...

ss, le é mto chato isso, eu tbm conheço um monte d natalias, e tipo eu tenhu uma amiga mto proxima q se chama natalia e pra diferencia eu e ela, minhas amigas me chamam d naty e a outra d natche, e eu tbm tenhu uma amiga chamada leticia e as vezes eu chamo ela d titicia pq um priminho dla chama ela assim OIWOEIWOIEOW

Alice Luttz disse...

Agora a Hermi eu vou chamar de MIMI *--*

Leticia disse...

olha bebetty quando apaece o negocio la pra vc escoilher que tem um monte de quadrado escolhe o que tem a letra G ta bom assim é aceitoo

R P S_cullen disse...

alice me ajuda,eu ja tentei colocar várias URLs no gravatar + nenhuma é aceita! qual posso colocar?

Alice Luttz disse...

Eu tenho uma mãe e duas irmãs. Uma delas eu estou de mal e a outra estamos meio que brigada por ela me esconder as coisas e minha mãe não falamos a muito tempo.

Alice Luttz disse...

Eu to parando.
Chega em uma parte eu paro.
E sempre assim,
o unico grande que terminei
foi Coração Inquieto.

Alice Luttz disse...

Gata eu não sei. Eu coloco foto do computador. Copia para o computador e coloca lá. Eu acho mais facil.

R P S_cullen disse...

ia ser d+ ter essas fics aqui,eu ainda não sei,pra falar a verdade,eu meio q deixei de lado uma linda mulher,mas vou voltar a ler,eu acho q ela vai embora porque como so curiósa,fui ao ultimo cap.e la o ed chega em casa,preocura a bella e a empregada diz q ela foi embora,ai aparece ''continua na segunda temporada''

Alice Luttz disse...

Nossa mal acordei e ja vejo um elogio.
E melhor não continuar se não eu vou acreditar.

PS: Cintia se voce visitou um site espéro que goste mesmo estando atrasados na Infiltrada. E um beijo né?

R P S_cullen disse...

alice acho q vc ia amar essa aqui ''UMA LINDA MULHER,ESCRITA POR DYY'' é engraçada,fofa e incrivel :)

R P S_cullen disse...

pois eu tenho 2 ''fihas'' roberta e livia :)

R P S_CULLEN disse...

ALICE A Q HORAS VC ACORDA! :o

R P S_cullen disse...

vou preocurar pra ler :) vc ja leu o amante? é uma fic/oneshot muito maneira, a BELLA tem 15 anos e vai estudar em PARIS,ai ela conhece o EDWARD e,bom... não vou contar o resto :D

Alice Luttz disse...

E isso ai. Sempre vamos reconhecer pelos os Nics.

Hermione disse...

Também senti sua falta por aqui Corinthiana!

Alice Luttz disse...

Então.... Somi mais não Gabi.
Podemos ser as vezes sem noção (SEMPRE!!!!) mais somos de boa.

Alice Luttz disse...

E isso ai Hermi segura o que e seu.

Hermione disse...

Seguinte... Bebetty pra mim sempre Bebetty!!!! Adoro esse nick! Nossos nicks já pegaram... para vcs sempre serei Hermione, Hermi, ou Mione... É o nick das BFFs!

Hermione disse...

BFF's da Net... só são realmente BFF's da Net se tem contato no MSN me adicionem meninas re_mione@hotmail.com.br

Hermione disse...

Olha a Gabi aí gente... tinha sumido!!!!

Hermione disse...

Caraca... terminei de ler... pensei que não conseguiria... um monte de coisas atrapalhando!!! Afff!! Muito boa... EDWARD CULLEN - Definitivamente batina não combina com o seu corpinho sexy!!!!! Eu também concordo! Agora qual é a dessa Tanya... sai pra lá piriguete... O JAKE É MEU!!!! NÃO SE APROXIME DELE!

Alice Luttz disse...

Ou ainda to no 19. Ah ja leu "Nem o tempo apagou"? Se não leia e lindo mais so tem tres capitulos.

Alice Luttz disse...

Uma me deu bolo mais tudo bem. Mais o dia foi bom mesmo sentindo falta de voces.
Ah como foi o seu? Ou melhor os seus?
HERMI cade 'ocê' garota?

R P S_cullen disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ok! o país é livre pra dizer o q quiser :D se divertiu com suas BFFs do mundo real?

R P S_cullen disse...

eu também to lendo essa! to no cap.52, a bela ta loka de preocupação com o gabriel,o filhinho dela que é muito fofo e tem cheirinho de bala :)

Alice Luttz disse...

"Uma linda mulher".
Eu ja vi o filme e agora estou lendo.
Como a historia de uma mulher da vida que e contratada pra passar uma semana com um milionario e ambos se apaixona. New Woman !!!!!!

Alice Luttz disse...

SI. SI. Bebetty que agora e RPS_CULLEN.
Mais vou avisar que continuo te chamando de BEBETTY.

Leticia disse...

Né, não sei como o Ed consegui ficar no meio desse clima, apaixonado pela Bella mais sem poder assumir e ficar no msm clima sem medo de ninguem falar nada, Não sei pq ele não larga a batina acho que ja ta mais do que na cara que ele AMA a Bella e que não vai consiguir ficar sem ela!
Vamo bate aposta tbm gente duvido a Ali ficar mais de 3 dias ja que como Eddie disse depois dessa aposta a frente dela é bem provavel ela ficar um bom tempo no convendo e digo que esse bom tempo vai ser so 3 dias na verdade eu acho que é perigoso ela nem ir pro convendo, o Jasper bunda mole vai cria coragem e vai pedir pra ela não ir *-* ( Mais como é a Natalia a escritora espero de tudo)

Naty_14 disse...

tbm ri mto qndo o Anthony pergunta o q q era aqlo e q do mal eli prend a bella e o ed no armario, mais por um lado foi bom kkkkkk. a cada capitulo eu rio mais da bella e da sky, e a alice sonhando com o jasper? ela naum vai dura mto no convento msm. e a rose e o emmett? q clima d romance na fik

Leticia disse...

Sim senhora Bebetty melhor disendo R P S_ CULEN agora kkkk

Leticia disse...

OMG... não acreditoo so falta me dizer que a Tanya é citinha pelo Jake e não ficar queda quando Bella e o Jake começarema namorar, aff pq sempre tem que ser essa Tanya-Piriguete aparece em em em, o que é isso algum tipo de perseguição é?
Bella é uma filha to paimente doida, na verdade depois dessa espero de tudo dela, o pior é o Edward sentindo algo "esquendar" no seu corpo kkkkkkkkkk eu ri muito na hora em que o garotinho pergunta pra ele oq ue era aquilo, kkkkkk.
Esse Anthony garotinho danado de espreto do gostanto dele em kkkk

Leticia disse...

Não foi nada Bebetty, o q não fazer pra ajudar as BFF's da net*-*

Naty_14 disse...

mimimi, mais o important é q vc vai comentar ne. e MEU DEUS, o q q foi a bella tentando seduzi o ed, e eli ainda fik exitado, morri d ri, e qse morri no final, caraca, a TANYA-PIRIGUETE sendo a secretaria ou sl o qq ela é na clinica veterinaria do jake, e vcs sabem q mtos homens tem fantasias sexuais com as suas secretarias, aposta q ja rolo algo a mais do q só relaçao chefe-secretaria, e ainda mais sendo a tanya-piriguete. e cada indireta q ed dava pra bella, e dpois me matei rindo da bella escrevendo a super mega lista dla, só ela msm pra faze isso. e a musica q a natalia coloco pra nós escuta qndo a bella volta pro orfanato é mto tensa cara. cap. tenso esse hein. to lok pra ve o qq a bella vai fla pra tania. Alice qndo vai se postado o proximo capitulo d De Repente... Religiosa?

R P S_CULLEN disse...

QUE EU NÃO VOU RECEBER PORQUE ROUBARAM O ORKUT!!!

R P S_CULLEN disse...

MENINAS A PARTIR DE AGORA NÃO VOU USAR O BEBETTY_RP PORQUE ALGUM FILHO DE UM PAI RAQUEOU ESSE EMAIL :( AGORA VOU USAR ESSE A QUI!

R P S_CULLEN disse...

MENINAS,A PARTIR DE HOJE NÃO VOU USAR O ''BEBETTY_RP'' PORQUE RAQUEARAM ESSE ORKUT,E DEPOIS DE CANSAR DE PRAGUEJAR O FILHO DE UM PAI Q FEZ ISSO,VENHO DIZER Q AGORA VOU USAR MEU MSN OU O ''R.P.S_CULLEN'' NOVO ORKUT Q MINHA ''FILHA'' FEZ. E PARA PIORAR,EU NÃO SABIA Q ESTAVA RAQUEADO E MANDEI O ''BEBETTY'' PRO GRAVATAR, AGORA O FILHO DA MÃE Q ROUBOU O ORKUT VAI RECEBER O TAL EMAIL :(

GabiClara disse...

Nossa é lindo perceber que eu não perdi o dom de parecer uma maluca por descutir com o q eu estou lendo.

BEBETTY_RP disse...

PRONTO,FIZ A PRIMEIRA PARTE,AGORA TENHO Q SPERAR O TAL EMAIL :)

Alice Luttz disse...

Uhu!!! Sou a primeira.
Mentira eu não li só vim comfirma uma coisa.
Amanha a tarde que pela logica vai ser hoje (10) eu não vou passar a tarde no site ou melhor no computador. Mais estamos combinados de vim comentar as oito da noite né?
Se tiver ate a noite garotas e se não ate mais.
Tenho que ir fazer moral com minha amigas que ja estão com ciumes de voces. Vou falar muito de voces garotas. E tambem quero presente de aniversario então tem que e lá e fazer moral, né?
E uma otima leitura e CARACAS meu a Bella esta mais louca que imaginei. Ainda não terminei de ler o outro capitulo então ainda não vou ler esse. Me entreti em um fic aqui com muitos capitulos que me deixou intrigada mais não abandonei o Fiks de Forks pelo o contrario estou aqui sempre comentando e vou ler. Beijos garotas e espero ver voces amanha.
Beijos BFF's VIRTUAL!!!!!!!
GO GIRLS!!!! OTIMA LEITURA.

PS: BEBETTY tenta colocar uma foto e facil amiga só usar o tradutor e as dicas da Lety.

BEBETY_RP disse...

DESSA Q TA LENDO AGORA???

BEBETTY_RP disse...

O.M.E!!! TANYA DENNALI??? EU MEREÇO..... COMO SE JÁ NÃO BASTACE A RELIGIÃO,AGORA TEM TANYA-PIRIGUETE! FALA SÉRIO. PALMAS PRA NATALIA,A CADA DIA ELA NOS PRENDE + EM SUAS FANFICS Q NA MINHA OPINIÃO DEVERIAM VIRAR LIVROS!

Bbetty_rp disse...

desculpa meninas,eu estava sem net :( obrigada pela explicação vcs são d+! nossa leticia senti pena de vc,escreveu um texto! assim que minha net para de graça eu vou tentar :)

Grazi disse...

qual é o nome da fic ?

R P S_cullen disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk alice vc é mara ;D

Leticia disse...

KKKKKKKK, é no começo era dificil escreve bebetty mais acostumei ja, é muito fofo Lice *-* amei o *Mimi*, minhas amigas so tem um apelido pra mim Le, tipo é estranho pq conheço muito gente com apelido igual conheço umas 7Leticia, e uns 3 leandro e todo muito é Le então quando ta todo muito junto se alguem fala le olha um monte de gente kkkkk Por isso que não gosto muito do meu nome sei la tem muita gente com o msm apelido

Amy Lee disse...

haha a trilha sonora ficou fod... *-*

combinou mesmo mano , ficou massa o capítulo

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