De Repente... Religiosa - Capítulo 21: De Repente... Quando Já Se Viu O Mesmo Filme

Depois de horas pensando... Eu percebi algo que abalou, literalmente, minhas estruturas.

E não foi a música 'como Zaqueu'. Ei, eu não 'como' Zaqueu... É 'como', no sentido de comparação, ok?

Céus! Não se podia contar com nenhuma mente inocente hoje em dia.

"Eu preciso de uma Bíblia." Murmurei, saindo do banheiro e disparando para o quarto onde Alice, Esme e Carlisle estavam felizes, comemorando o "neto" e "Sobrinho".

"Querida, eu..." Esme começou se levantando com um enorme sorriso no rosto.

"Esme, você tem bíblia?"

"Mas é claro que tenho querida..."

"Pode me emprestar?" Falei rudemente. "Por favor...?"

"Claro." Ela piscou confusa. "Quer que eu chame um padre para uma oração?" Depois ela riu. "OH, Edward é um padre!"

Todos riram, mas eu fiquei ali catatônica. Por que dalê piadinha sem graça! Até eu com minha piada do Sexto Sentido, ou mesmo da do leite de caixinha, me sairia melhor.

"Por favor, Esme. Eu preciso." Implorei. Será que ela não entendia que eu estava em um momento crítico? Talvez, eu fosse ' a escolhida' por Deus, e ele tenha feito um milagre em mim.

Espera! Jesus! Será que isso são conseqüências da quantidade de vezes que eu cantei "Faz um milagre em mim?"

Será que Deus realmente ficou de saco cheio, e resolveu, literalmente, acatar meu pedido?

Oh Jesus!

"Certo..." Esme respondeu tentando esconder a cara 'tomara que meu pseudo-neto não puxe a mãe mentalmente' e alguns minutos depois ela voltava com uma bíblia e algumas velas no caso 'que eu quisesse fazer uma oração reforçada. ' Acho que fui meio rude ao ignorar e sair correndo em direção ao banheiro com a bíblia em baixo do braço, mas acho que eu estava desculpada, sendo que eu ESTAVA GRÁVIDA.

Apesar de eu estar ali no meu cantinho feliz e recluso que era o banheiro por vários minutos, com a desculpa de estar passando mal, a ficha ainda não havia caído. Muitas coisas haviam caído... Como minha expressão, excrementos físicos, até mesmo a comida do almoço, mas a bendita ficha... Bem, essa demorava.

Talvez ela se achasse uma 'lady' e estabelecesse seu próprio infeliz horário. Talvez a bendita esteja rindo de mim nesse exato momento. É. Bem possível.

Se contar que até grama recém cortada ria de mim. Ok. Eu sei... Não deveria me humilhar mais... Mas é hábito, né?

Folhei rapidamente as páginas, chegando a rasgar algumas no processo. Bufei, e obrigando minha própria respiração a se acalmar, tentei achar a página de maneira decente. Usei as técnicas 'respiração Sky' e logo consegui alguma melhora.

Ok... Agora a questão era saber onde estava aquilo.

Mas eu sei... Eu sei...

Batuquei na bíblia como forma dela me dizer onde estava o que eu procurava. Talvez acontecesse que nem nos filmes. Uma boca feia e enrugada, se bem que na verdade, eram sempre aquelas bocas esculturais, aparecia, e falava comigo.

Algo do tipo:

"Ei, onde está aquela passagem?"

"Terráqueo... Antes você deve responder uma charada..."

Ok. Ok. Eu sei que eu sou idiota. Mas se bem que eu realmente preferia resolver uma charada agora, a ter que encarar os meus 'lindos' problemas de frente.

Eu lembrava alguma coisa, por causa da época que eu fingira ser beata e me ingressara na carreira de 'conhecedora de cada versículo, capítulo, e vírgula' que tinha na bíblia.

Mas na verdade... Acho que tudo o que eu realmente guardei, foi que o primeiro livro é Gênesis e o último é o Apocalipse.

É. Alguma coisa. Se pensar que muitas pessoas não sabem nem o que é uma Bíblia, e associem isso com "Biblioteca", eu posso garantir que eu não sou o fim do mundo.

Deus! Eu já estava com bastantes problemas, e agora eu também tinha que gastar meus últimos neurônios achando citação?

Se Edward estivesse ali pelo menos... Opa! Isso me lembrou o motivo por eu estar naquela aflição.

Em um momento de desatento, o livro dos livros caiu no chão, e por um milagre, a página aberta trazia o que eu queria:

"Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida a um homem, chamado José, da família de Davi; a virgem chamava-se Maria. [...] O anjo lhe disse: 'Não tenhas medo, Maria, porque achaste graça diante de Deus. Vê: conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. [...] Maria, porém, perguntou ao anjo: 'Como acontecerá isso, se eu não convivo com um homem? ' Respondeu-lhe o anjo: 'O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o consagrado que vai nascer levará o título de Filho de Deus." (Lc 1,26-38).

Senhor! Então era isso!

Oh Jesus! Isso era algo revolucionário! Mágico! Esplêndido!

Realmente o cara lá de cima levara literalmente as minhas cantorias, e fizera um milagre em mim.

Por que, simplesmente...

Eu. Estava. Grávida. Do. Espírito. Santo!

De todas as coisas bizarras que já aconteceram em minha vida, e olha que não foram poucas... Essa ganhava o OSCAR, Prêmio Nobel, ou vai lá se saber o que mais.

Como eu poderia estar grávida, sendo que na primeira e única vez que fiz amor com Edward nós usamos preservativo?

Claro que usamos!

"Edward..." Sussurrei quando este respirava fundo. "Aqui." Estendi minha mão até a mesinha da cabeceira e peguei o plástico onde estava a camisinha.

"Você sempre tem dessas consigo?" Ele brincou.

"Só para ocasiões especiais. Com padres especiais."

Por isso que eu gostava de coisas escritas. Se alguém algum dia viesse me pressionar, eu poderia provar.

Mas qual outra explicação eu poderia ter?

Mas talvez... Só talvez eu não estivesse grávida realmente.

É. Era uma boa opção.

Porém, logo eu murchei no vaso sanitário.

Eu tinha os sintomas, e Carlisle era um grande médico ginecologista.

Se ele não tivesse absoluta certeza, era meio óbvio que ele não falaria até tê-la, certo?

Algo como ética, ou coisa assim não é?

Agora uma coisa que Esme e Carlisle não sabiam. Era que o neto que eles tanto felicitavam, era realmente o neto deles.

Talvez quando soubessem eles me expulsassem da casa, e eu morasse em baixo da ponte. Porque minha ex-mãe havia pegado meu ex-apartamento, com minha ex-cama, e tudo o que era meu, e eu não tinha definitivamente nada.

Quer dizer... Eu tinha Edward!

Isso pelo menos eu AINDA não havia perdido, e esperava sinceramente NUNCA perder.

Debrucei-me sobre a janela do banheiro, que dava para o quintal, podendo dali observar o canil, onde uma Sky animada corria em círculos querendo pegar o próprio rabo.

"É, garotinha..." Sussurrei com o polegar fazendo movimentos circulares na janela. "Parece que você terá um irmão."


PE. Edward


"Edward." Uma Bella gritou no telefone, assim que eu atendi.

"Por Jesus, Bella! Aconteceu alguma coisa?"

"Edward... Eu..." Ela estava chorando?

"Bella, você está me deixando preocupado."

"Edward, eu preciso falar com você, agora."

"Bella, eu estou no orfanato."

"Edward... É vida ou morte. Não na verdade, a vida de alguém, e nossa morte, e ida para o inferno devo acrescentar. Ohmeudeus, minha mãe estava certa!" Ela falava em um fôlego só e eu tinha dificuldades em entender o conteúdo ao todo.

"Bella, calma." Assegurei. "Respira... Vamos. O que é tão importante?"

"Edward, não pode falar por telefone!" Ela esperneou.

"Ok. Olha... Eu vou até aí..."

"Não!" Ela gritou. "Não pode ser aqui!"

"Aonde?"

"Na casa paroquial? Não tem ninguém?"

"Não..."

"Então, eu te encontro lá." Ela desligou na cara.

O meu coração começou a assumir ritmos frenéticos. O que Bella tinha de tão importante para falar comigo?

Saí correndo do orfanato o mais rápido que eu pude, tentando não deixar muitas suspeitas.

Mas logo eu parei... Acho que eu SABIA o que Bella queria fazer. O sinal do desespero dela.

Sorri internamente enquanto apertava meu passo. Eu sabia o que ela queria...

E por sinal, Bella, eu também.


Bella


Eu consegui despistar Esme e Carlisle rapidamente, e forcei um sorriso no meu rosto para eles, dizendo que eu 'estava muito feliz com a gravidez. '

Mas acho que saiu mais como uma careta. Algo como 'eu sou a Fiona e espero um filho do corcunda de Notre Dame.'

"Já liguei para o pai!" Esme disse sorridente.

"Como?" Fiquei confusa. "Mas eu estava falando com ele ag..."

"Bem, Jacob é um homem ocupado, mas ficou super... Chocado com a notícia."

Suspirei de alívio.

Mas por outro... Jacob estava recebendo a notícia que EU estava grávida, mas ele sabia que NÃO era dele. O pior, ele sabia de quem era.

"Acho que todos os homens ficam assim quando recebem a notícia, querida, não se preocupe." Esme me assegurou passando a mão pelos meus cabelos. De repente Esme e Carlisle começaram um 'túnel do tempo', onde eles lembravam como Carlisle ficara ao saber que Esme estava grávida...

Tava interessante a história até... Algo como Carlisle fazendo um parto normal, o celular tocar, ele atender, e conversando com a esposa, de fundo, vários gritos como "Vai, vai... Mais forte. Você consegue! Vamos! Isso garota! Estou vendo a cabeçinha! É muito grande!"

Ok. Isso no mínimo foi bizarro. Agora a questão era saber como Carlisle conseguiu atender ao telefone no meio de um parto, e até se poderia.

Mas quem sou eu para contrariar...

"Certo. Eu... Vou sair."

"Sair?" Carlisle franziu o cenho. "Bella, você desmaiou não faz nem algumas horas."

"Eu preciso ir, Carlisle." Olhei firme em seus olhos. "Eu preciso... Falar com o pai da criança."

Eles logo sorriram. "Ok. Entendemos. Quer uma carona?"

"Não, obrigada." Logo me apressei. "Eu tenho que ir sozinha."

Saí dali o mais rápido que pude, mas logo percebi Alice no meu encalço.

"Não é de Jake, não é?"

Olhei longamente para ela. "Não..." Murmurei por fim.

Ela ficou sem respiração por um longo tempo, mas depois soltou o ar lentamente.

"Eu já sabia mesmo... De qualquer modo..." Ela parecia chocada.

"Alice..." Murmurei. "Eu estou em uma baita de encrenca não?"

Vi compaixão em seus olhos.

"Sim."

"Obrigada." Revirei os olhos.

Agora o que ela não sabia era o TAMANHO dessa encrenca.

Eu tinha tantas coisas para conversar com Edward, que eu não sabia ao certo nem por onde começar.

Mas eu sabia do meu dever de contar qualquer coisa para ele antes de tudo. Antes de tomar qualquer decisão precipitada.

E claro, depois eu poderia procurar os jornais e dizer o novo milagre dos últimos 2.000 anos!

Eu estava grávida do Espírito Santo!

Que emoção!

Eu até conseguia ver os holofotes na minha cara. Os mil cientistas debruçados em mim, me analisando com lupas e enfiando computadores goela abaixo. Via também os ratos de laboratório morrendo de inveja ao ver que as atenções agora eram minhas. Também via Sherlock Holmes revistando meu apartamento e coçando a barba dizendo "Meu caro Watson..."

Também via algumas coisas mais reais. Como, Os Azarados Anônimos formando sede em minha casa e recebendo várias pessoas que diziam estar grávidas do vento.

Ei! Isso seria emocionante. Todas as mães solteiras poderiam usar essa desculpa!

Seria algo revolucionário, perfeito, magnífico... É. Pára Bella! A quem eu estava querendo enganar?

Eu nem sabia segurar um bebê, imagina um filho!

Mas só de imaginar que uma sementinha estava se formando em meu ventre... O fruto de um amor tão intenso e proibido como o meu e de Edward, era algo, no mínimo... Interessante.

Eu sorri, no caminho até a casa paroquial.

O filho só poderia ser de Edward... Não do Espírito Santo.

Mas também, como poderia ser dele se usamos preservativo?

Jesus! Minha cabeça doía horrores.

"Bella que história é essa que eu vou ser pai, eu não to acreditando nisso, acho que eu estou sonhando, só pode, como que..."

"Jake!" Resmunguei no telefone. "Formule uma frase direito, não entendi! O que você quis dizer com 'Bella ser pai... '? Eu tenho por acaso cara de homem? Ok... Não responda."

"É que..."

"Oi?"

"Filho..."

"Quê?"

"Meu fi..."

"Cuma?"

"Porra!"

"Hein? Olha o respeito!"

"Bella!" Ele uivou. "A mãe de Alice ligou aqui dizendo que eu ia ser pai, e que a mãe era você! E pelo que me lembre à gente nunca fez nada a mais do que alguns beijos, e isso quando você estava bêbada depois de ter brigado com o seu padre há vários meses!" Ele estava berrando, e eu tive que afastar o celular da orelha.

"Jake... Eu estou grávida do Espírito Santo, então não reclama tá?" Desliguei, pois já estava chegando à casa Paroquial.

Logo me senti culpada... Afinal, Jake não merecia aquele tratamento de minha parte. Ele era um amigo esplendoroso, e eu o amava demais, assim.

Eu conversaria com ele depois. Logo quando resolvesse problemas mais importantes.

Olhei a construção em minha frente e vi a cortina aberta revelando um Edward preocupado espiando pela janela.

O taxista me olhava pelo retrovisor, e eu, disfarçadamente ajustei melhor meu boné. Eu estava vestida de homem, e esperava que sinceramente eu estivesse irreconhecível.

Suspirei, e entrei na internet de meu celular.

Eu sabia da conta exorbitante que estaria em minhas cartas no final do mês, mas era por uma causa maior.

Talvez, se eu mandasse um e-mail para a operadora, eles entendessem minha posição, e concedessem a internet de graça, né?

É... Não.

Sim, eu sei. Chega de esperanças.

Procurei por 'Gravidez com uso de preservativo. '

E constatei várias mulheres dizendo enganar os homens pregando o golpe do baú, furando a camisinha antes da relação sexual.

Não... Eu definitivamente não havia furado.

Também tinha dizendo que uma parcela mínima das camisinhas vinha estourada. Mas eram realmente muito poucas.

Eu e Edward havíamos sido sorteados então?

Também tinha a validade do preservativo.

Tinha outras possibilidades, mas a que eu mais me identificava era a segunda.

Então... Por obra de um destino irônico e filho da mãe, a camisinha estava furada, e eu engravidara de Edward realmente.

Eu sorri. Não pude deixar de fazer isso.

Afinal... Eu não estava grávida do Espírito Santo. Eu tinha certeza.

E dentro de mim naquele momento... Estava o meu filho. O filho meu e de Edward.

"Eu estou grávida!" Gritei feliz para o motorista. Este olhou para mim com os olhos arregalados, e eu ajustando o boné, disse.

"Quer dizer, grávido... É... Nunca viu aquele filme do Arnold sei lá o quê?"

"É... Não."

"Povinho ignorante. Aposto que nunca assistiu Ghost." Resmunguei, pagando-o rapidamente não antes de exclamar um 'que roubo', e desci do taxi o mais depressa.

O mesmo sentimento estranho que tomara conta de mim há algumas noites, retornara.

Mas eu logo o deixei de lado... Afinal, eu estava feliz.

Olhei Edward na janela, e me perguntei o que ele sentiria ao descobrir que eu estava esperando seu primogênito. O nosso primogênito.

Ao longe, pareci ouvir o latido furioso de Sky. Ri internamente.

"Ok... Ok... Não tão primogênito assim."

Ele abriu a porta assim que me viu, e ficou me observando dos pés á cabeça com um sorriso malicioso no rosto.

"Pois não?"

"Edward!" Resmunguei com os braços cruzados. Ele riu e me permitiu passagem, rapidamente. E logo quando fechou a porta seus braços fortes me circundaram e me levantaram do chão.

Sua boca ávida encontrou a minha, e nossas línguas entraram em uma atitude freneticamente sensual.

Eu tinha ido fazer alguma coisa lá mesmo... Mas eu tinha esquecido.

HUNF! Péssima memória. Eu precisava fazer parte de outro AA. 'Amemoriados' Anônimos. Acho que não existe essa palavra, mas por via das dúvidas, agora existe.

Eu lanço as modas aqui, baby.

Ele foi me levando até a sala e senti que estávamos no sofá da casa paroquial. Ele estava tão desesperado, tão frenético... Que eu me permiti levar lindamente por toda aquela sensação.

O desejo já estava tomando conta de mim, e todas as saudades que eu sentia dele nesse um mês e alguns dias que se passou, fizeram meu corpo arder e se inclinar em direção ao dele.

"Que desespero..." Murmurei sem fôlego entre os beijos.

"Acho que esse é o assunto sério que você tinha para falar comigo..." Ele murmurou voltando a me beijar.

"Espera!" Me afastei. Ele me olhou confuso.

Procurei no meu campo de memória alguma coisa envolvendo sexo no que eu tinha que fazer.

É... Não achei.

"Algum problema?" Ele perguntou com aquela cara extremamente sexy que somente ele tinha.

Bem... Se não tinha nada, agora tem.

"Nenhum." E voltei a beijá-lo apaixonadamente. Logo, quando a respiração faltou, ele murmurou:

"Pois esse também é um assunto sério que eu tenho que falar com você..." Ele mordeu o lóbulo da minha orelha. "Urgentemente."

Logo eu não estava mais no sofá, e Edward me carregava em direção ao quarto. Nossas bocas não se desgrudavam, e quando o faziam, Edward apaixonadamente explorava a pele do meu pescoço e do meu colo, junto com suas mãos ávidas e nada sacerdotais.

"Jesus!" Exclamei assim quando ele me derrubou na cama caindo logo após em cima de mim.

Alguma coisa me lembrava que eu tinha algo MUITO importante para fazer. Que fora o real motivo para ir ali.

Mas eu realmente não conseguia imaginar um motivo maior do que fazer amor com Edward novamente.

"Você. Não. Sabe. Quanto. Tempo. Eu esperei... Por isso." Ele sussurrou perto da minha orelha, quando já minha blusa masculina e o boné não estavam mais comigo.

Meus cabelos foram liberados e caíram como cascata pela cama. Edward analisou-os e os admirou como se fossem a mais bela obra de arte do mundo. Algo fascinante que só ele poderia admirar.

Ele sorriu torto, e inclinando seu corpo sempre para o meu, suas mãos foram procurando reconhecer cada centímetro da pele lisinha da minha barriga, e a dobra abaixo dos seios.

Em um movimento desesperado, arqueei meus quadris para conseguir tirar minha própria calça, e com os pés retirei o tênis.

A ereção de Edward já estava bem-vinda e eu gargalhei com aquela sensação. Eu estava me sentindo plena naquele fogo intenso e naquela paixão.

Minhas mãos se espalmaram em suas costas e eu logo retirei sua camisa revelando seu peito branquinho e másculo para mim.

"U-A-U."

Edward riu, e sua boca apaixonadamente procurou a minha.

Laços desconexos começou a adentrar em minha mente.

Nossa primeira noite de amor. Cada movimento, cada gesto, cada toque... Cada palavra. Cada 'eu te amo' pronunciado.

A noite de quinta feira... O carinho, atenção, amor, felicidade...

Mas logo minha mente se encheu de coisas não tão boas... Conseqüências dos momentos de felicidade.

Carlisle debruçado em minha frente... A bíblia no meu colo... Sky correndo atrás do rabo... A pesquisa na internet...

OPS! Agora eu me lembrava o que eu REALMENTE tinha ido fazer ali.

Mas os beijos de Edward estavam tão intensos, cheios de amor e desejo. Tão bons.

Eu poderia curtir um pouquinho e depois contar as novidades, não?

"Eu te amo..." Sussurrei apaixonadamente.

"Eu também." Ele sorriu. E isso foi como um estalo em minha mente.

A gravação que eu recebera no celular. Lá dizia que Edward não me amava, mas ali, na minha frente, ele mostrava e falava o contrário.

Então era claro que ele me amava! Era claro que aquela gravação era mentira!

Uma felicidade sem tamanho adentrou meu corpo e minha alma, e no espaço entre um beijo e carícia, eu gritei para ele, como que para completar nossa intensa felicidade:

"Edward! Eu estou grávida!"

Só sei que ele ficou rígido no mesmo instante, e tudo o que estava quente... De repente... Esfriou.



O meu peito transbordava de felicidade. Afinal, apesar de todos os possíveis obstáculos que poderíamos ter em nossa jornada, nenhum deles se comparava, ao fato que o amor de nós dois, havia dado frutos.

Edward ficaria feliz, aliás, ele era padre, e assim como todos religiosos, defendia a vida.

O choque poderia ser grande... Eu admito... Afinal, não é todo dia que se é noticiado um filho... Ainda mais um filho... Vamos dizer... Proibido.

Ok. Mas eu tenho que ponderar. ESSE choque de Edward estava durando mais do que o aceitável.

Mas afinal ele se moveu.

"Jesus! Bella, eu não acredito!" Ele balbuciou as palavras enquanto me puxava para seu colo me fazendo encará-lo. "Você..." Os orbes esmeraldas dele brilharam e meu coração frenético parou por um instante.

"Sim." Respondi com lágrimas nos olhos, enquanto pegava uma mão sua e estendia sobre minha barriga ainda pequena. "É nosso filho."

"Bella..." Uma grossa lágrima caiu entre suas bochechas e com os lábios eu a retirei dali. Ele sorriu radiante para mim. "Você é perfeita. O amor da minha vida."

É... Mas aí eu acordei.

"Como?" A voz rouca de Edward preencheu meus ouvidos. Eu quase não a ouvi, pois fora um sussurro extremamente baixo e por pouco audível.

Merda! Por que nessas horas eu tinha alucinações? Eu estava querendo antecipar muito as coisas. Céus! Paciência.

Edward ainda continuava rígido e com os braços como grades apoiados ao lado de meu corpo. Eu não conseguia ver seu rosto, muito menos os seus olhos... E eu estava estranhando a situação. Afinal, não era agora que ele pulava de alegria e dizia que me amava e estava feliz, como na alucinação?

"Eu..." Engoli em seco. "Estou grávida." Repeti calmamente, mas ainda transparecendo a alegria em minha voz.

Parecia que ele estava morto.

Não se mexia... Se não fosse pelo ressoar de seu coração e do meu, eu diria que tudo aquilo era um sonho, ou produto da minha bendita alucinação problemática.

"Como?" Ele perguntou de novo, agora um pouco mais alto.

"Edward..." Murmurei. "Eu est..."

"Como?" Ele repetiu de novo. Foi aí que eu percebi. Ele havia entendido a minha fala, queria saber... Como eu ficara grávida. Será que ele não sabia como nasciam os bebês?

"Edward!" Exclamei. "Fiquei grávida na noite em que nós nos amamos pela primeira vez... No meu apartamento..."

De repente, eu nem percebi, Edward não estava mais em cima de mim. Eu me levantei por reflexo, e assim que meus olhos varreram o quarto, achei-o em uma posição tensa, com as mãos apertando firmemente o parapeito da janela de seu quarto.

Eu conseguia ver as veias sobressaltadas, e o pomo de adão quicando em seu maxilar.

O estranho sentimento adentrou em mim novamente, e por reflexo me cobri com o lençol, embora não fosse explicitamente necessário.

O silêncio rompeu entre a gente, pois Edward ainda apertava a janela com força, e eu não tinha noção do que poderia fazer.

Eu estava perdida. Totalmente confusa e inebriada.

Toquei minha barriga de leve, e acariciei sentindo o meu filho ali. Embora fosse impossível, afinal era um mês de gestação.

Meus sentidos ficaram mais aguçados com o silêncio, e meus ouvidos logo captaram um som estranho vindo de Edward.

Demorou um tempo para eu perceber que ele estava chorando.

Seria de alegria? Bem... Eu nunca tinha visto homens recebendo a noticia que iriam ser pais – a não ser na TV – e não sabia como seria a reação deles. E muito menos havia visto um padrerecebendo essa notícia. Então eu realmente estava atordoada.

Aproximei-me calmamente de Edward, recebendo as percepções que meu cérebro – uma vez útil – me mandava.

Toquei de leve seu ombro com uma mão, e ele estremeceu, mas não se virou.

"Edward..." Sussurrei, sabendo que poderia estar pisando em um campo minado. Escolhi as melhores palavras. "Eu sei que... A carta de Roma ainda não chegou, porém, até nosso filho nascer... Tenho certeza que sim, e... Nós vamos saber lidar com isso... Assim como soubemos lidar com todos os outros problemas que nós tivemos..." Engoli em seco. Porém ele não respondeu. "A gente se ama, e... Tudo vai dar certo no final... É um conto de fadas, lembra?"

Um soluço saiu das entranhas de Edward, e eu comecei a me desesperar. Com certeza ele estava pensando no futuro do garoto, e nas responsabilidades dele por ser padre. Mas ele pelo menos podia ficar feliz, para depois começar a se preocupar?

Jesus! Era um filho!

O silêncio rompeu de novo e eu fiquei ao lado dele, observando com pesar as enormes lágrimas que escorriam por suas bochechas.

Eu nunca tinha visto Edward chorar daquele modo.

"Por que está chorando...?" Perguntei calmamente tentando chamar sua atenção, e poder ver os seus olhos.

Ergui minha mão para enxugá-las, mas rapidamente, chegando a me assustar, a mão firme de Edward agarrou meu pulso no ar, me impedindo de continuar.

Depois do susto, encarei sua face, e encontrei seus olhos mais verdes do que nunca os vira. Mas o que estava ali me assustou tremendamente.

"Edward..." Balbuciei me assustando.

Ele me encarou por um longo tempo. Parecia querer adentrar minha alma no mais profundo ser... E não conseguindo seus olhos se perderam como se tivesse vagando para outra dimensão.

"Edward..." Repeti.

Ele voltou a encarar o presente, e mais uma grossa lágrima saiu dos seus olhos, caindo lentamente por suas bochechas, e descendo até o queixo. Eu acompanhei o seu caminho, e antes que eu pudesse sequer fazer ou falar alguma coisa, Edward soltou meu pulso e saiu do quarto.

Eu fiquei ali perdida por um longo tempo, tentando analisar o porquê da situação.

Inferno! O que estava acontecendo?

Ele não podia estar tão preocupado com o fato de ser padre, e da dispensa ainda não haver saído.

Ele não precisava ficar assim também... Fazer-me ficar assim...

Eu estava ficando com raiva de Edward por transformar um momento tão bonito quanto aquele DEVERIA ser em um mar de lágrimas que NÃO eram de alegria.

Respirei fundo e com altivez, vesti minhas roupas o mais rápido que consegui, e saí do quarto á passos firmes.

Encontrei Edward na cozinha, e assim que ele me viu, ele se dirigiu a sala.

Mas que inferno!

"Edward!" Berrei atrás dele. Ele ia me ouvir agora... Ah sei ia.

Ele não se virou. Corri em sua direção e peguei seu braço, tentando fazê-lo parar – assim como ele muitas vezes fizera comigo – porém ele era bem mais forte, e com um safanão ele se livrou.

Eu o encarei, chocada. Edward nunca faria nada parecido comigo.

Ele pareceu hesitar, mas deveria estar certo sobre ficar longe de mim.

Respirei fundo enquanto seguia atrás dele de novo.

"Edward. O que está acontecendo?" Ele não respondeu.

"SEU COVARDE!" Gritei, então.

Ele parou onde estava. Vi os músculos rígidos de suas costas apontando, e com um menear de pés, ele se virou para me encarar de maneira lenta.

Seus olhos pareciam lançar adagas e eu me encolhi internamente com aquilo.

Porém, pois mais que eu amasse, e não entendesse do por que ele fazia aquilo, eu não estava gostando NADA do rumo da história.

"Covarde?" Ele repetiu com sarcasmo.

Edward já usara sarcasmo comigo uma vez, mas fora um 'divertido, brincalhão', não um cheio de ironia, desprezo... E... Decepção.

Eu tomei fôlego. "Sim. Por que você está agindo assim afinal? Ele é nosso filho não adianta você negar. Se você foge assim de mim, é porque não o quer. Não quer assumir as conseqüências. Por isso, sim, é um covarde!"

"Bella..." Ele sussurrou com escárnio.

"Edward, por favor, me diga o que está acontecendo com você! Eu quero saber! Eu preciso saber! Isso está me corroendo!" Suspirei. "Eu pensei que você ficaria feliz..."

"Feliz?" Ele repetiu de novo com sarcasmo. E depois ele me olhou zombeteiro enquanto me encarava firmemente nos olhos. "Com um filho que não é meu?"

O chão se perdeu ao meu redor. Parecia estar pisando em areia movediça, e afundando lenta... Lentamente...

Edward SÓ poderia estar brincando comigo. Como que ele poderia sequer ousar em pensar algo nesse sentido?

"É lógico que é seu!"

"Bella, chega de fingir." Ele falou com raiva. "Chega de fingir que você traz um filho dentro de sua barriga... Você nem aparenta estar grávida, você nem tem alguma saliência na barriga... OU se tiver realmente, de quem ele é?"

"Eu não acredito que você chega a ponderar que ele não seja seu..."

"Está certo." Ele levantou as mãos. "Eu realmente não acho que você saiu transando por aí com qualquer um... Então só uma solução, você NÃO está grávida!"

Foi como um tiro no meu peito.

Controlei a respiração e a raiva acendia no meu peito. Eu queria feri-lo, eu queria machucá-lo... Diabos! Eu queria fazê-lo acreditar e ver a razão de alguma forma.

Por que ele não acreditava que o filho era dele? Por que ele não acreditava que eu estivesse grávida?

Olhei para seu rosto que parecia sofrer por baixo da máscara irônica que ele trazia, e dando passos rápidos em sua direção, parei em sua frente encarando firmemente seus olhos.

Encaramos-nos por um longo tempo... O verde encontrando o castanho... E uma onda de sentimentos parecia pairar sobre o espaço entre a gente.

Minha respiração estava descompassada, e vi os olhos de Edward marejar. Mas nem isso me deu pena. Eu estava fervilhando por dentro.

Então, rapidamente, ergui minhas mãos e dei um tapa na face direita de Edward.

O estalo ressoou pela sala, e minha palma doeu com a intensidade. Edward segurou o rosto e se virou lentamente para me olhar.

"Nunca. Fale. Isso. De Novo." Murmurei com raiva, enquanto via o Edward que eu amava se transformar em um homem de verdade.

Edward ali não tinha nada de padre, ele não iria se deixar levar pelas crenças ou educação, ele estava agindo como todo homem fazia. No seu instinto primitivo e machista.

Diante de meus olhos eu via olhos verdes de outro homem me encarando. Na minha frente havia um corpo de outro homem me cercando.

Ali não era o meu Edward. Aquela nova faceta dele, eu realmente... Irrevogavelmente... Não amava.

"Nunca pensei que você fosse capaz disso..." Ele murmurou de repente.

"Do quê?" Esperneei. "De te dar um tapa. Você mereceu!"

"Nunca pensei que você fosse capaz de um ato tão vil..." Ele murmurou andando de um lado para o outro, sem se aproximar de mim. "Bella, estava tudo indo tão certo, tão bem... Por quê? Por que você teve que fazer isso?" Ele falava como que para si mesmo. Ele queria saber a resposta, mas como eu poderia dá-la se eu nem ao menos entendia?

"Edward, eu não estou entendendo a sua reação..."

"Por quê?" Ele murmurou tão fracamente me dando dificuldades para captar. Virei-me, e o encontrei sentado no chão com os braços circundando os joelhos e a cabeça no meio deles.

Eu me aproximei lentamente, hesitante.

"Edward me diga! O que está acontecendo! Eu estou grávida, isso é um fato. Eu pensei que você ficaria feliz..."

"Bella!" Ele levantou os olhos depois de gritar meu nome. "CHEGA! Eu entendi tudo!" Ele se levantou em um salto e me olhou incerto por longos minutos. "Jesus! Eu nunca pensei... Eu nunca..." Ele bagunçou os cabelos em frustração. "Está acontecendo tudo de novo!"

"O QUÊ, INFERNO!"

"Bella! Eu te amava! A gente se amava! Você não podia ter feito isso!"

"A gente SE ama!" Concertei o encarando com altivez.

"Quem ama não faz o que você está fazendo! Bella, eu já vi esse MESMO FILME uma vez, eu já estou vacinado! Uma vez eu caí como um perfeito patinho, mas agora não! Eu nunca pensei que VOCÊ fosse capaz de algo tão... Tão vil."

"Engravidar? Pois saiba que eu não fiz isso sozinha meu bem..."

Ele fechou os olhos com força, e eu me aproximei lentamente me prostrando bem em sua frente.

"Olhe para mim, Edward." Pedi. Mas ele não fez. "Olhe... Para mim." Repeti.

Ele lentamente abriu os olhos.

"Você não acredita em mim?"

Demorou até ele responder.

"Bella... Nem se eu quisesse!"

"Como assim 'nem se eu quisesse'?" Perguntei assombrada. Então era esse o grau de confiança entre a gente?

"Bella..." Ele bagunçou os cabelos de novo. "Como que você pôde engravidar se usamos preservativo?"

De repente tudo começou a fazer sentido em minha mente, e não pude deixar de sentir esperança. Então era por isso! Pura e simplesmente por esse motivo, o mesmo que eu ficara tanto tempo me debatendo por.

"Edward, existem inúmeras possibilidades. Mas eu acho... Acho que furou."

Ele me encarou e eu pensei que ele havia acreditado ou ao menos ponderado.

"Invente uma história melhor." Ele cortou.

Os meus olhos demonstraram todo o meu choque do momento, enquanto as lágrimas jorravam dos meus olhos caminhando pelas minhas bochechas.

"Edward, você acha que eu seria idiota de inventar uma gravidez sendo que nós usamos preservativo? Por que eu faria isso? Por quê?"

"Por que... Por que..."

"Nem VOCÊ sabe..." Esperneei.

"Por que talvez você queira acelerar o processo para eu largar a batina."

"O QUÊ?"

"É. Talvez seja isso mesmo..." Ele falou consigo mesmo.

"VOCÊ É IDIOTA, EDWARD?" Berrei.

"Não, Bella. Sou realista... E estou profundamente magoado com você." Aquilo feriu o mais profundo do meu ser.

"VOCÊ? Chateado COMIGO?" Perguntei com escárnio. "Edward, você iria deixar de ser padre daqui algum mês, por que eu iria querer acelerar isso com uma falsa gravidez? O que eu ganharia com isso?"

"Você pode ter pensado nessa possibilidade..."

"Já sei de tudo!" Gritei. "Você não quer enxergar o que está bem na frente de seu nariz! Todos os pontos vão para o fato de eu estar falando a verdade! Mas VOCÊ não quer acreditar! INFERNO, POR QUÊ?"


PE. Edward


"Ed..." Tanya enfiou a cabeça pela fresta da porta, e deu duas batidas na madeira com um sorriso tímido na boca.

"Oi, amor." Disse sorrindo e largando o livro que lia. Fui a sua direção e puxando-a para dentro, fechei a porta e logo tasquei um beijo nela.

Separamos-nos, e eu sorrindo encarei seu rosto que parecia preocupado com alguma coisa.

"O que foi...?" Perguntei calmamente.

Ela olhou encabulada para baixo e depois ergueu os olhos novamente.

"Não precisa ter vergonha comigo, Tanya."

"Eu sei..." Ela sorriu tímida. "Ed, eu... Tenho uma coisa para contar para você."

[...]

"Tanya, meu Deus, o que foi?" Perguntei chocado assim que entrei em casa e a encontrei sentada abraçada aos joelhos ao lado da cama. Seu rosto estava marcado por intensas lágrimas, e ela evitava encarar meu olhar.

"Tanya, por favor... Você está passando mal? Jesus! É O BEBÊ?" Estendi a mão automaticamente para pegar o celular no cós da calça, e poder ligar para o hospital, porém ela me impediu.

"Não..." Murmurou fracamente me olhando nos olhos. "Não..."

"Tanya..." Me agachei ao lado dela, trazendo-a para junto de mim. "O que houve?"

"Ed..." Ela fungou.

"Sim, estou aqui." Falei acariciando seus cabelos loiros platinados.

"Eu... Menti para você..."

"Não tem importância, amor... Está tudo bem." Falei logo. O que quer que a tenha perturbando não deveria ser nada demais, e isso só estaria fazendo mal para a criança.

"Não, Ed." Ela se virou para me olhar. "É muito importante."

"Ok. Diga-me... Mas isso pode prejudicar o bebê, e não queremos isso." Sorri torto. Ela somente soluçou mais e mais, e eu comecei a achar que deveria ser algo com o bebê.

"Ed... Eu não estou grávida..."

"Mas é claro que está." Sorri nervoso.

"Não," Ela fungou. "Eu não estou grávida. Eu nunca estive."

[...]

"POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?"

"Eu tinha que tirá-lo daquele seminário, ED!"

"Ed? Não me chame assim, seu monstro."

"Não fale assim... Eu tinha que fazê-lo. Você NUNCA sairia de lá sem isso, era o único jeito! Minha mãe me pressionava, eu tinha que tirá-lo de lá, fugir com você, me casar com você... Assim como Katie fez com Arthur!"

E agora estava ali Bella... A mulher que eu sabia que a da minha vida, clonando a mulher que mais despedaçara e destruíra minha vida.

Na minha frente eu via Tanya. As atitudes de Tanya. As falas de Tanya.

A Bella que eu amava não estava ali.

"Você não quer enxergar o que está bem na frente de seu nariz! Todos os pontos vão para o fato de eu estar falando a verdade! Mas VOCÊ não quer acreditar! INFERNO, POR QUÊ?"

Bella gritara. Minha cabeça doía horrores, eu queria ficar sozinho, pensar... Ou mesmo acordar desse pesadelo.

Parecia que um caminhão havia esmagado meu coração...

Todos me alertaram sobre Tanya, mas eu me deixei levar. Ela disse que estava grávida e por isso fugi com ela, deixando meus pais, minha família e minha vocação para trás.

Mas Bella, por que estava fazendo aquilo?

Ela já me tinha, eu já pertencia á ela.

Eu iria largar o sacerdócio.

Ela não tinha motivo, mas ela também NÃO tinha como ficar grávida.

A camisinha furou? Pouco provável. Ela estava na validade, por que justo ela tinha que furar?

Mas por mais que eu tentasse ver alguma coisa, eu não conseguia! Pois eu só conseguia ver Tanya, as ações de Tanya, e a própria Tanya em minha frente.


Bella


"Por quê?" Ele repetiu.

As lágrimas já rolavam soltas e eu queria sumir do mundo, ou mesmo entrar na cabeça de Edward e fazê-lo enxergar a razão.

"Bella... Você sabe por que eu voltei para o seminário depois de ter fugido com Tanya?" Ele falou me dando as costas e indo em direção a porta da casa.

"Não..." Murmurei entre as lágrimas. Ele hesitou um pouco com a mão na maçaneta, e depois me encarou com dor em seus olhos.

"Ela inventou que estava grávida só para me fazer ir com ela. E quando eu descobri... Eu a deixei."

Aquelas palavras adentraram em minha carne. Então fora por isso que ele voltara ao seminário!

Eu nunca conseguira descobrir o porquê disso, nem mesmo a própria Tanya me contara nada. Então, agora... Edward achava que EU estava fazendo o mesmo que ELA?

"Parece que essa sua amizade com ela foi uma péssima influência." Ele murmurou.

A dor dilacerava meu coração. As lágrimas insistiam em cair, e o ar faltava em meus pulmões.

Edward não podia estar fazendo aquilo comigo... Não podia. Não podia...

"Então... É assim?" Perguntei fracamente. "Assim que tudo termina?"

Ele hesitou até responder.

"Como que eu posso ficar com uma pessoa que tenta me enganar?" Ele retrucou.

Assenti por entre as lágrimas para sua atitude enquanto a passos firmes ia em direção a porta de sua casa.

Parei hesitante e o encarei por baixo dos cílios.

"E como EU posso ficar com alguém que não confia em mim?" Retruquei com a mesma voz baixa, porém fria e cortante.

Ele não respondeu nada. Seu maxilar estava travado e seu olhar desviado, firme e duro, para outro lado.

Suspirei enquanto olhava uma última vez para ele.

"Você só se esquece de duas coisas, Edward..." Ele ainda não me encarava. "Eu não sou Tanya." Suspirei, enquanto via seu rosto impassível. "E também... Nunca... Nunca mentiria para você, nem que para isso custasse minha vida."

E assim eu me virei. Ajustando o boné, andando a passos firmes e tentando enxergar através das lágrimas que jorravam dos meus olhos.

Foi desse modo que tudo acabou entre Edward e eu.

Sem olhar para trás uma vez sequer, eu compreendi e analisei o que todos já haviam me dito e repetido...

O amor entre um padre e uma mulher era... Realmente... Impossível.

E tudo que é impossível, precisa ter um fim.

Esse simplesmente era o nosso.

17 comentários:

Daniela disse...

primeira a comentar,adorei estou muito anciosa para ler o
capitulo 22.eu nunca imaginei que o edward ão ia acreditar na bella
quado vai postar o proximo capitulo.

Leticia disse...

Edward filho de uma p* o queé isso meow como assim ele não acretida na bella vai a merd* Cara queodio de você mininas eu ta odiandoo Edward por isso como assim a bela não é a TANYA... Cara eu to co tanto odio do Edward que não sei nem o que falar, se putesse teria escrito todos os palavres existendes!

Naty_14 disse...

meu coraçao!!!!!!!!!! coitadinha da bella, o ed foi mtoooooo tongo, ou sl a palavra q descreve o q eli fez com ela. por um lado eu naum qria q acontecesse isso, mais agr pelo jeito o prologo logo vai se cumpri, sera q a bella vai faze um aborto? pq qndo a esme e o carlisle ve o bebe da bella vao ve q naum tem nada a ve com o jake ou sera q ela vai explica pra elis? ateh terça, se eu naum te um ataq cardiaco ateh la.

Alice Volturi disse...

Terça-feira! ;)

Julia disse...

q odio!!! toh loca da vida com o Edward... e q saco a Esme ligar para o Jacob? q sogra entrometida... aff....toh aflita para o prox cap.

Noeme disse...

aiiiii,gente tô muitooo triste e chateada com o Edward! Como ele pode duvidar da Bella? Ela ama ele de verdade,brigou com a mãe por causa dele,já enfrentou tanto pelo amor dele e ele fazer isso? kii coisa,estou louka pra ler o proximo capitulo se eu não morrer de tristeza daqui pra lá!

GabiClara disse...

Tayna era uma criança desesperda e forçada pela mãe! Bella é uma adulta que já estava com tudo certo.Não faz nem sentido! Pq Bella iria "atacar", se a batalha já estava vencida?

Eu ODEIO o Edward! Escroto! Filho da p*! bastardo! Um M*!

Adriene Laize disse...

Que horas vai colocar o novo capituloo ???
anciosa demaiiis
Edward idiotaa :S

Alice Volturi disse...

A partir de 7 da noite! ;)

Deise disse...

07 : 13 cade o capitulo cade? hsuahusha

Adriene Laize disse...

19:23 cade o capitulo rsrs (:
anciosaa !

Deise disse...

19:34 cadê o capitulo? suahuhs
Minha irmã tá fazendo a tal monografia dela e o tempinho que tenho é esse...por isso que to aqui de plantão ; posta aí

Deise disse...

19:40

Adriene Laize disse...

19:51

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! POR QUE? POR QUE? POR QUE?! COITADA DA BELLA! AIIIIIIIIIIIII QUE RAIVA DO EDWARD! ELE NÃO PODE FAZER ISSO!!! ELE TA SENDO MUITO BURRO! AGORA,A BELLS VAI FICAR INCONSOLÁVEL E O JAKE VAI CUIDAR DELLA.VAI APROVEITAR Q ELA ESTÁ FRÁGIL E VAI CONQUISTAR ELA!!! BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! :( NÃO É JUSTO!

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

IDEM!

Viihs disse...

Meu palpite eh que, como a Esme acha q a Bella ta gravida do Jake, ela vai fazer a Bella casar com o Jake e dai no casamento o Edward vai falar que sente mto e que ama ela... E eles vao ficar juntos! Muito triste o cap... Nao queria que tdo entre els acabasse assim

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