A Infiltrada 2 - Capítulo 02: Aquilo Que Se Guarda No Coração

"O coração tem razões que a razão desconhece." (Blaise Pascal)

“E aqui vai mais uma música de Lady Gaga para você, madrugador...”

“Se foram à porra dos bons tempos.” O homem bufou mudando a estação do rádio. Sintonizou em qualquer estação local esperando ouvir notícias, mas sabia mesmo antes de constatar que ninguém faria nada àquela hora da madrugada. Só se dava a esse trabalho talvez por algum instinto ou para evitar que olhasse pelo retrovisor em direção ao banco de trás onde uma mulher fazia malabarismos para se livrar das roupas fedorentas.

“Por acaso você pegou essas roupas de Ângela?” Bella perguntou, frustrada.

O general arriscou um olhar pelo retrovisor e respondeu com a voz carregada de sarcasmo.

“Talvez você tenha engordado.”

Bella pegou-o olhando e gritou: “Não me espie!”

O general rolou os olhos. “Como se você esquecesse que já vi muito mais que isso.”

Bella trancou o maxilar e decidiu por ignorar. Conseguiu fechar a calça e colocou o casaco de frio, se sentindo um pouco mais aquecida. Livrara-se um pouco do fedor, ou deveria já ter se acostumado com ele, mas por um ou por outro ainda não se livrara do general Cullen e isso era o mais dramático.

Passou para o banco da frente com intentos de atrapalhar a direção do general, mas só o que recebeu foi um bufo irritado. Quando desabou no banco do passageiro tirou uma mecha da peruca da frente dos olhos. Estava disfarçada... De novo.

“E você parece me lembrar sempre disso... Como se você não conseguisse esquecer. Não consegue não é mesmo?” Provocou, evitando olhar o homem que a salvava, que a provocava e que fazia de sua vida um furacão. Se o olhasse constataria novamente como estava bonito todo de preto, com um boné dos Yankees e óculos escuros, mesmo sendo de madrugada. Edward explicara que caso precisassem, estariam fazendo papel de marido e mulher e Bella sinceramente não queria que precisassem disso, pois lhe dava calafrios imaginar o que aquele homem enorme, forte, musculoso... Alto... Forte... Musculoso... Alto... Forte... Com aqueles braços e aquelas costas poderia fazer com sua mulher.

O general continuou com o olhar fixo na estrada decidido a ignorá-la. Só Deus sabia como fora difícil sair da NSA naquele dia. Depois de todas as obrigações e do contato com o órgão responsável em NYC pelo narcotráfico, ainda tivera que resolver várias coisas pendentes. Recusava-se terminantemente a dirigir sequer o olhar a McCarthy, e só depois de muitas horas que conseguiu sair da agência sem ser visto.

Saber que estava ali... Com quem a agência que trabalhava e prometera lealdade mais procurava e queria... Saber que estava protegendo-a, ajudando-a... Mantendo-a viva, era... Estranho. Nunca pensou que se importaria tanto com alguém – ainda mais alguém que detestava – mas acreditava que seria realmente um desperdício perder uma pessoa com tão belo soco de direita.

Seus pensamentos vagavam para vários lugares atípicos, mas os manteria para si e com o tempo os destruiria e iria colocá-los em seu devido lugar: Na inexistência.

Mas o que não conseguia colocar na inexistência era justamente uma lembrança recente. Eles... Na sala de controle marítimo. Aquele olhar que Bella dera quando lhe contara a verdade, aquele olhar que o lembrava tanto dele mesmo, e que estranhamente não queria ver nela. Sabia exatamente o que estava sentindo – já passara por isso – e estranhamente não queria que sentisse o mesmo. Sabia que o momento de pensar seria inevitável, mas queria que pelo menos por algum tempo se visse livre.

Então todas as tentativas de ignorá-la foram para o espaço quando soube que precisava tirá-la do entorpecimento que o silêncio entre os dois provocara. Teve vontade de rir de si mesmo, afinal poucas horas antes matara um homem a sangue frio. Já matara outros homens antes, em batalhas, guerras, conflitos, para seu país e sua proteção... Seu treinamento lhe ensinara a atirar com intenções de desarmo e morte... Fizera aquilo... Matara alguém que poderia um dia ter uma família, alguém para quem voltar... E, no entanto lá estava vasculhando a mente em busca de algo para tirar alguém de uma autocomiseração sem limites que ele mesmo já sofrera.

Com o canto do olho observou seu perfil: Seu nariz reto quase encostado na janela preta do carro, observando a mudança de paisagem e as luzes da estrada. Seus olhos estavam refletidos no vidro e pareciam tão vidrados como o primeiro.

“Ei, general! O que está fazendo?” Bella pulou quando sentiu uma mão a tateando.

O homem revirou os olhos. “Dá pra você sair do meu caminho? Estou tentando pegar algo.”

“A mim?” Arregalou os olhos.

O general bufou. “No porta luvas.”

Bella abriu o porta luvas e olhou-o inquisitiva. “Não tenho boas lembranças da última vez que abri um porta-luvas.”

“Mas dessa vez se encontrar camisinhas talvez seja para usar com você, esposa.”

Bella arregalou os olhos e olhou-o. “Ei, eu serei sua esposa somente se houver intervenções no caminho,” Ela respirou fundo. “E fique sabendo que nunca transaria com você. Nem que fosse o último homem da face da Terra.”

Não soube por que falara aquilo, mas dissera com bastante ênfase como que para assegurar a si mesma. Se não fosse pelos nódulos do homem ficando brancos com o aperto que deu no volante, teria dito que não sofrera com sua afirmação.

“Você sabe...” Disse depois de um tempo, parecendo calmo. “Eu posso muito bem dar meia volta e voltar á NSA. Lá tem uma cama quente esperando por mim e uma vida dentro da lei.”

“Isso é uma ameaça?” As narinas de Bella dilataram.

O general olhou-a pelo canto do olho com uma de suas sobrancelhas se arqueando por cima dos óculos.

“Aquilo foi um desafio?”

A ira de Bella acendeu-se. “Eu não estou te desafiando! E...” Esfregou as mãos no rosto em frustração. “Por que estamos falando disso?”

O homem bufou. “Pegue logo o aparelho preto.”

Bella obedeceu e entregou-o, não deixando de perceber que havia um revolver lá dentro. Edward desviou o olhar da estrada para manipular o objeto.

“Sabe... Eu não fugi da NSA para morrer na estrada, dá para pelo amor de Deus, olhar para frente?”

O general bufou e somente de propósito deu uma pancada no volante que fez com que o carro desviasse um pouco da linha reta. Bella segurou-se com as duas mãos no banco e praguejou-o.

“Para uma criminosa, você é muito certinho, novato.”

“Eu só estou tentando preservar minha vida.”

Devolveu o aparelho ao porta-luvas e voltou a olhar para a estrada. “De nada.”

Bella foi perguntar o que raios aquilo significava quando viu que o general tensionara: “Tem uma patrulha logo à frente.”

Bella logo se arrumou no assento. “E o que eu faço?”

“Fique quieta.”

Um policial fez sinal para que parecessem e o general obedeceu, embora por um segundo a foragida achasse que fincaria o pé no acelerador e sairia correndo a trezentos por hora. Vindo do general, não duvidaria de nada.

“Boa noite.” O guarda disse parando ao lado da janela que Edward acabara de abrir. O general respondeu com um aceno. “Documentos?”

Puta merda! Pronto, era o fim. Bella olhou para a estrada calculando quanto conseguiria correr antes que o policial a alcançasse. Ele era de meia idade, e um pouco acima do peso – daqueles que comiam rosquinhas açucaradas – e não seria muito difícil. Mas teria um carro, e ela não. E porra, nunca pensou na forma como iria ser presa, mas com certeza não estava em seus planos ser pega por um policial americano típico. Seu orgulho não aceitava nada mais nada menos do que um esquadrão da SWAT e os agentes do FBI. Juntos.

Mas se surpreendeu com o general falando com ela em tom calmo:

“Querida, pode, por favor, pegar os documentos no porta-luvas?”

Ela demorou alguns segundos para perceber que quem falara aquilo fora mesmo o general, mas então logo a ficha caiu. Ele era seu marido, eventualmente... Precisava se portar como tal. Maridos não chamavam esposas de “novato”, nem mesmo a mandava calar a “porra da boca antes que jogue ela pela janela”, como já ameaçara.

Bella estendeu a mão até o porta-luvas e abriu tomando o cuidado de deixar a arma fora da vista do guarda. Era para ameaçá-lo? Céus, quantas pessoas morreriam aquela noite para que pudesse fugir?

“Só os documentos, querida.” O general voltou a repetir olhando-a com firmeza. Bella então procurou e qual não foi sua surpresa ao achar um envelope com os documentos do carro. O general estendeu ao guarda que os examinou por alguns instantes, até devolvê-los.

Ele abaixou um pouco a cabeça para observá-los e Bella não o encarou diretamente, mesmo estando disfarçada. Notou pelo canto do olhou que ele observava o general até com certo respeito. O pior era que aquele homem não precisava estar fardado e nem ser conhecido como militar para exalar aquela áurea de liderança, respeitabilidade, e virilidade, principalmente.

“Bela esposa... Estão indo passar as férias de Natal com parentes?”

“Minha esposa brigou com a família há muito tempo. Decidimos passar nossa quinta lua de mel na Flórida.”

O guarda deu um assovio malicioso. “Bem... Boa sorte aí. Pode seguir. Boa viagem. E cuidado com a neve!”

Edward assentiu e arrancou pneus. Quando a casinha do policial sumiu de vista, Bella olhou para ele com a sobrancelha arqueada:

“Quinta lua de mel?”

“Mulher minha não tem descanso.” O general provocou.

Bella engasgou com a própria saliva e demorou um pouco para se recuperar.

“Mas não se preocupe, novato, afinal só hipoteticamente somos marido e mulher.”

Bella tinha certeza que o general estava possuído por algum espírito aquela noite e um nó se formou em sua garganta durante boa parte do caminho, até por fim relaxar e perguntar:

“Há quanto tempo você tem esse plano?”

“Que plano?”

Bella rolou os olhos. “Qual é, você não pode ter resolvido tudo em questão de horas! Um carro, um plano, documentos que pudessem convencer o guarda a nos deixar passar, isso...”

“Cala a boca, porra!” Ele cortou-a e ela se calou, ofendida. Ele então suspirou e voltou a relaxar. “Não sei como agüentam.”

“Quem?”

“Maridos... Namorados... Esses idiotas que se acham apaixonados por alguém e que se amarram a pessoa como se ela fosse à razão da existência. Quase vomitei em ter que chamá-la de ‘querida’, existe coisa mais ridícula que essa porra?”

Bella bufou, exasperada. “Caras falam essas coisas porque demonstra carinho. É gentil e...” Calou-se ao perceber com quem estava falando. “Mas você não vai entender, você é incapaz de algo gentil.”

O general revirou os olhos. “Pode ter certeza de que quando um cara te chama de ‘querida’ ele na verdade deseja estar te chamando de outra coisa... Na cama.”

Bella bufou, exasperada. Olhou a estrada, mas logo começou a perceber que o general tinha razão, pelo menos com os homens que já se envolveram com ela. Na Itália.

Suspirou e acabou mexendo em uma mecha de sua nova peruca ruiva. Mordeu os lábios olhando para o reflexo do general no vidro, e sem encará-lo, perguntou:

“E quando um homem chama a mulher de ‘novato’, o que ele na verdade quer dizer?”

O general trancou o maxilar e engoliu em seco. Bella ficou observando seu perfil rígido e deu uma risadinha. Ele lançou-lhe um olhar mortífero.

“É uma forma sutil de dizer ‘cala a boca antes que eu te jogue para fora do carro’, entendeu?”

Bella não se abalou pelas palavras dele e deu outra risadinha que só pareceu irritá-lo mais. Algo o perturbara com sua pergunta, e um dia descobriria o que era. Chegara a um ponto em que o conhecia o suficiente para saber quando algo o irritava, perturbava ou o deixava confuso. Ele era muito bom em construir máscaras e se esconder atrás delas, mas Bella era PhD na arte “desvendando o general.”

“Já estou me arrependendo dessa porra.” Ele resmungou para si mesmo no meio do caminho, mas não deu meia volta nem diminuiu a velocidade, do contrário, apertou ainda mais o acelerador, ainda se mantendo no limite permitido de velocidade, e voltou a buscar algo pelas estações do rádio. Ao não achar nada, encostou-se de melhor forma no encosto do assento.

“Eles não vão dar um aviso?”

O general negou. “A NSA não faz nada antes de uma reunião do conselho, e mesmo se alguém tentasse dar o aviso agora, acho que o orgulho da NSA impedirá. Mas com certeza estão fazendo buscas. Um helicóptero estava rondado por aqui.”

“Orgulho?”

O general bufou. “Ao conseguir escapar da NSA, depois de um ano como infiltrado, passando por todos os guardas bem embaixo dos narizes dele, feriu-lhes o orgulho de uma forma imensurável.”

Bella riu consigo mesma, e olhou o general de soslaio com um sorriso matreiro. “E o que você faria? Avisaria o mundo sobre minha fuga para saírem atrás de mim ou ficaria com seu orgulho impenetrável?”

“Opção C.”

“Não existe opção C!”

Ele virou-se com uma sobrancelha arqueada.

“Se eu estivesse no comando, novato, não precisaria nem engolir meu orgulho, nem avisar a imprensa, porque você nunca teria conseguido fugir.”

Bella engoliu em seco sabendo da verdade daquelas palavras. Sem o general nunca teria conseguido aquilo, e isso só piorou seu ânimo sabendo que estava nas mãos daquele homem.

“Ainda bem que o cara fodão da NSA tem um ódio tão grande pelos Volturi...” Disse com ironia. “O que seria de mim sem eles, não?” Perguntou com a voz carregada de frustração, raiva e ironia.

Mesmo a pergunta sendo retórica, Bella olhou para o general vendo se responderia. Seu maxilar estava trincado e um músculo saltava... Parecia tenso ou extremamente irritado com algo, mas bem, aquilo era o estado normal dele.

Bella tentou ignorar o maldito sentimento que nutria desde que vira o general esperando-a com o carro. O alívio que sentira ao ver que ele não quebrara com a promessa, e que estava esperando-a... Aquela sensação de estar segura, como em nenhum outro lugar poderia estar persegui-a... E queria afastá-la. Era irracional, não era?

Continuava cansada e cheirando a esterco – e tivera que sofrer alguns comentários chatos do homem ao seu lado -, mas sabia que a noite ainda não havia terminado. Deveria ter um longo caminho a percorrer, havia ainda uma parte do plano a seguir, e só Deus sabia onde repousaria a cabeça aquele dia – se repousasse.

O general deu uma guinada no carro e Bella se assustou. “Qual é seu problema?”

“Chegamos.” Avisou, simplesmente. Bella olhou através do vidro e se deparou com um motel de beira de estrada, simples e que parecia mal assombrado.

“Se dermos meia volta, existe um hotel cinco estrelas por aqui.” Disse com uma careta.

O general rolou os olhos e tirou a chave da ignição. “Quer alguma coisa a mais, novato? Talvez uma cela com teto solar ou uma algema de ouro?”

Bella bufou. “Ok... Vamos fazer isso. É só entrar, fingir ser uma pessoa nervosa, marcar de algum modo a mente do cara na recepção e depois sair pela porta dos fundos?”

“Não.” Ele retirou o cinto e pegou novamente o aparelho no porta-luvas roçando seu braço no corpo de Bella por um momento. Bella trancou a respiração, mas o general, inabalável começou a apertar alguns botões.

“Pode me informar o que é isso, afinal?”

“Alguma das quinquilharias da NSA.” Respondeu, dando de ombros.

“Por que eu tenho a impressão de que pagaria esse carro?” Rolou os olhos.

“Livre.” Respondeu e guardou o objeto, então se voltou para ela. “Vamos entrar lá, você e eu. Não faça contato direto com o recepcionista. Eu trato de tudo.”

Bella assentiu, mas então lhe ocorreu algo. “Espera, você também vai entrar? E se quando descobrirem, interrogarem o cara e disserem que também existia um homem comigo? E se conseguirem descrever você?” Ele estava usando disfarce, mas não era muito difícil descrever um homem alto, musculoso e com pose de majestade. Porra era capaz de ele começar a disparar ordens para o recepcionista!

O homem parecia imperturbável. “Novato, para todos os fins estou dormindo em minha cama na NSA.”

“Como se você está aqui?” Persistiu.

Ele rolou os olhos, irritado. “Dá para você calar a boca e seguir a porra do plano?”

Bella engoliu em seco e desviou o olhar por um minuto, um pouco abalada. Ela só queria que o general não fosse pego... Não porque se importasse com ele – longe disso – mas porque não achava justo que alguém levasse a culpa por ela. Tá bom, ele era bem grandinho e sabia se cuidar, mas como impedir aquela porra de sensação esquisita?

Mas que inferno! Queria mais é que tudo se explodisse!

“Ótimo.” Respondeu por fim.

O general olhou-há por alguns segundos até abrir a porta do carro e sair. Olhou ao redor com olhos vigilantes. Satisfeito, debruçou-se sobre o vidro do carro e encarou-a:

“É melhor fazer com que eu não me arrependa disso, Swan.” E então acrescentou com uma entonação mais firme na voz. “E para sua informação, eu tampouco durmo com homens.”

--

Se existisse um homem na face da Terra mais irritante do que aquele general, faça o favor de avisá-la. Para poder ficar bem longe dele, obviamente.

O hotel em que entraram dava bons sinais de poder desabar a qualquer momento: Com aquelas paredes descascadas e o teto com algumas rachaduras sinistras.

“Não existe alguma lei que garante manutenção dos hotéis?” Resmungou para si mesma.

“Cala a boca.”

Bufou e permaneceu de cabeça baixa enquanto o recepcionista mal humorado pelo seu turno de expediente entregava algumas chaves para o general Cullen. Edward registrara-os como senhor e senhora Smith e ela se perguntou se era algum tipo de brincadeira de sua parte.

Não soube por que se irritara tanto... Mas por que o general tinha que dizer que não dormia com homens, alegando abertamente que ainda a achava como tal? Tá certo que o provocara dizendo que não transaria com ele nem que fosse o último homem da face da Terra, mas por que aquilo agora estava perturbando-a tanto?

Sabia que precisava tentar – no mínimo – ter um relacionamento mais amigável– pelo bem de si mesma -, mas quaisquer tentativas de camaradagem acabavam em ambos irritados e aquela tensão típica entre eles.

Antes de subir as escadas íngremes que levavam ao seu andar, espiou a televisão ligada em um canto da recepção. Um filme qualquer de madrugada. Nada sobre ela.

Ainda.

Levantou os olhos e seguiu o general escada acima. Depois de um pequeno teatrinho assumindo que eram casados, agora nem sequer olhava para ela. De repente também ficara mais introspectivo e já que o conhecia tão bem – só pelo fato de um osso em sua mandíbula estar saltando – sabia que algo o irritava.

Entraram no quarto e foi assaltada pela visão perturbadora do que parecia ser uma cama saída de um filme de zumbi e paredes vindas de uma casa mal assombrada.

“Vá tomar banho, troque de roupa, enquanto resolvo algumas coisas.” O general dissera finalmente e antes que pudesse sequer se virar para olhá-lo, a porta do quarto já fechara novamente e saíra.

“Ótimo.” Suspirou. Carregava consigo uma sacola com algumas roupas que o general pegara discretamente em seu dormitório na NSA. Foi em direção a uma porta que tudo indicava ser o banheiro, mas a maçaneta não queria abrir.

Frustrada começou a forçá-la até que estivesse batendo seus ombros na madeira. A porta se abriu depois de um tempo e trancou-a estressadamente atrás de si.

“Dizem que a loira do banheiro gosta de hotéis de beira de estrada.” Disse para si mesma, em um murmúrio.

Satisfeita por poder se livrar do maldito cheiro, tomou banho tentando ao máximo não entrar em contato com algo que pudesse lhe passar doenças sinistras. Ficou muito contente quando o sabonete estava fechadinho e novo em sua embalagem, o que permitia que o usasse livremente.

Havia uma pequena janelinha coberta por algo verde que dava para uma noite estrelada e ela observou-há por algum tempo. Lembrou-se de seus pais... De sua vida... E de como tudo estava mudando em questão de horas.

Terminou seu banho e secou-se. Procurou por qualquer roupa na sacola e colocou, até que não mais pôde fingir que tudo estava bem... Que era uma noite normal... Que era uma pessoa normal...

Céus! Era uma fugitiva! Estava foragida! Não sabia nem sequer para onde estava indo!

Mas o que mais doía... O que mais lhe castigava era aquele insistente pensamento que fora traída.

“Nós vamos cuidar de você, principessa. Você será uma de nós... A melhor de nós.”

Lembrava-se das palavras de Caius alguns dias após a morte de seus pais – o assassinato de seus pais. Com palavras e pressão fizera com que a pequena menina almejasse ser uma boa mafiosa, e conseguir trabalhar e orgulhá-los da melhor forma possível. Dando seu melhor... Seu sangue, seu suor... Sua virtude... Talvez até sua alma.

“Traditori.” Murmurou em italiano deixando sua cabeça desabar sobre suas mãos. Sentara-se na privada com a tampa fechada e se reprimia, tentando se controlar para que as lágrimas não saíssem, porque os soluços já haviam começado. “Ho fiducia in te.”

* “Traidores. Eu confiei em vocês.”

De repente até a língua italiana se tornara suja para ela. Sempre fora bilíngüe. Aprendia o italiano para lidar com as pessoas em sua volta, e inglês porque seus pais insistiam para que nunca esquecesse.

Você não pode chorar Bella. Não pode... Não pode... Ela ficava repetindo insistentemente em sua mente essas palavras, mas não conseguia evitar todas as imagens que vinham em sua mente, enchendo-a, estourando-a, perfurando-a.

O general Cullen resolveu algumas coisas e entrou no quarto procurando por Bella. Ouviu o barulho do chuveiro e relaxou um pouco. Foi até a janela e espiou por entre o cortinado. A estrada estava deserta, só com alguns eventuais carros passando por lá. Estava inspecionando de tempos em tempos a situação na NSA e se o caminho continuava limpo. Do jeito que as coisas estavam indo, conseguiria chegar a seu destino a tempo.

Foi nesse momento em que ouviu um barulho estranho. Franziu o cenho até por fim reconhecer o que eram: Soluços.

“Merda.” Resmungou, sabendo o que era. “Abra a porta, novato!” Ordenou de frente ao banheiro.

“EU ESTOU BEM!” Ouviu-a responder.

“O inferno que você está bem, abra a porta!”

“VAI EMBORA!”

O general amaldiçoou o mundo antes de se distanciar e chutar a madeira. Sem muito esforço a tranca cedeu e ele petrificou ao vê-la sentada no vaso abraçando-se e em um esforço evidente de controlar os soluços.

“Novato...” Murmurou.

“Sai general, me deixa sozinha! Sai!” Ergueu-se de repente odiando que o homem a visse daquele modo. Será que não poderia controlar suas emoções nem por um minuto sequer? Virou-se de costas não permitindo que visse seu rosto, mas seu corpo respondia com os fortes espasmos.

Sentiu um braço a tocando, mas se afastou não querendo aquele toque. Não querendo que a visse... Será que não entendia? Precisava ficar sozinha! Toda sua vida lidara com as coisas por si só, não era agora que precisava de alguém.

“SAI! EU ESTOU BEM!”

“Você nunca conseguiu me enganar, novato. Recorda-se?” Seu estado nem permitiu que percebesse o tom mais terno que o homem usava consigo.

“Por favor, por favor... Sai... Eu preciso...”

“Chore.”

“Por favor,” Implorou.

“Chore.” Ele repetiu.

Ela negou com a cabeça repetidas vezes buscando o controle. Estava tão bem até pouco tempo, precisava só se controlar agora e...

“Chore novato.”

Ela não podia ser fraca... Não podia se deixar levar por sentimentos mundanos que a fariam chorar. Chorar era para fracos... Ela não era fraca.

Tentou lutar, mas o general passara seus dois braços musculosos por sua cintura e a apertara contra seu corpo. Tentou escapar, mas sabia impossível. Fechou os olhos com força, respirando fundo e se controlando, enquanto sua cabeça se encostava àquele peito musculoso.

“Eu sei o que você está sentindo, novato... Posso parecer não me importar ou ser insensível, um monstro às vezes... Mas eu sei, confie.”

Como ela poderia lutar contra os Volturi se não podia nem ao menos controlar-se?

“Eu não chorei quando eu precisava chorar novato... E às vezes é necessário.”

“Eu preciso ser forte... Eu tenho que me controlar...”

Ele a apertou mais contra si e de repente ouviram alguém os chamando.

“Ei, está tudo bem por aqui?”

O general amaldiçoou o maldito empregado do hotel que parecia ter ouvido o barulho produzido no quarto e viera checar.

“ESTÁ TUDO BEM!” Gritou de volta.

Ficou silêncio de repente e o general não sabia se o homem entraria ou não no quarto para checar – afinal sabe-se lá o que poderia estar passando pela mente dele – mas estava pronto para fazer tudo o que fosse necessário para manter aquela mulher a salvo.

“Ok... Se precisarem de alguma coisa, qualquer coisa, é só chamar!” Respondeu. Nesse meio tempo Bella tentou escapar, mas o general a apertou sem dificuldade. Abaixou a cabeça e sussurrou em seu ouvido:

“Esqueça onde estamos... Esqueça quem você é... Esqueça quem eu sou e nossas diferenças... Só não deixe nada ficar preso dentro de você: De sentimentos ruins guardados no coração, já bastam os meus.”

E então o copo transbordou. Bella não soube se foi por sua situação... Por sua vida, ou por simplesmente aquele homem sempre tão violento se mostrar tão preocupado com ela, dizendo-lhe aquelas coisas e não querendo que se tornasse como ele. Estava protegendo-a, protegendo-a até de quem ele se tornara.

Assim que sentiu que se rendera, o general a abraçou mais forte até que a virou para si e ela encharcou sua camiseta com as lágrimas. Enquanto ela ficava ali, em seus braços – onde parecia malditamente certo ela estar - olhou pela janela a noite que se estendia do lado de fora.

E com seu novato em seus braços e as estrelas como testemunhas prometeu que cuidaria e lutaria para que ela não seguisse seus próprios passos. Passos que levavam a vingança, construindo um homem fechado em si mesmo, para os outros, para o mundo. Um homem sem coração, sem alma e sem amor. Passaria por eles várias vezes se fosse necessário, mas não deixaria que ela fosse.

Não seu novato.

__

Bella respirou fundo e abriu a porta do banheiro, saindo. Estava com os cabelos molhados e uma toalha nas mãos os enxugava. Sentira-se um pouco revigorada com o banho, e estranhamente melhor depois que permitira soltar tudo aquilo que estava amofinando em seu peito.

“De sentimentos ruins guardados no coração, já bastam os meus,” aquela frase do general não conseguia sair de sua mente. Ela sempre o vira como um monstro, sem coração, sem sentimentos, mas de repente... Tudo mudava. Na sala de controle marítimo chegou a outras conclusões, e na parada na estrada quando ele a tratou de forma gentil com o guarda e na amostra de que não era alienado ao fato de ser tão fechado, reservado e duro com as pessoas, mas uma vez a fez ficar confusa.

Sem contar que era estranho o modo como a tratava... Além daquela tensão que existia que a cada segundo ficava mais tangível.

Ergueu os olhos e encontrou-o estirado na cama, com o casaco servindo de proteção contra os lençóis e de futuras impressões digitais. Os braços estavam atrás da cabeça que estava virada na direção do teto, com os olhos fechados.

Bella suspirou e se aproximou determinada a pelo menos deixar a convivência entre ambos menos pesada. Sentou-se na beira da cama, não se importando com proteção, já que uma hora ou outra descobririam que passara por ali. Esse era o plano por via das dúvidas.

Sabia que ele não estava dormindo. Ele não dormiria por mais cansado que estivesse antes de terminar o que começara. Era tão certo como respirar... Era ele. Era o general.

“Está treinando para ser estátua, novato?” Ela se surpreendeu com o som de sua voz e ergueu os olhos para encará-lo, mas ele continuava com os seus cerrados.

Bella deu um sorriso e abaixou os olhos, constrangida. Não sabia como continuar com aquela porra... Nunca fez aquilo e não sabia por onde começar, e cada palavra que vinha a sua mente lhe parecia ridícula se tratando de para quem elas seriam endereçadas. Talvez desafiá-lo para uma queda de braço fosse mais efetivo para mostrar a gratidão que sentia?

Engoliu em seco e limpou a garganta. “Eu... É...” Suspirou pesadamente. Respirou fundo, contou até três e soltou logo de uma vez: “Obrigada.”

Ele não abriu os olhos. “O número da minha conta bancária está sobre a mesa de cabeceira.”

Ela deu um sorrisinho e relaxou um pouco. Ficaram em silêncio por um tempo só ouvindo o som dos carros passando na estrada e de um eventual helicóptero.

Bella olhou para suas mãos e resolveu falar. Não soube por que de repente começara, mas sentiu uma grande vontade de começar, então iniciou: “Quando eu tinha seis anos minha mãe me levou para conhecer o Coliseu...” Respirou fundo e tomando forças para prosseguir, continuou. “Apaixonei-me por aquele monte de pedras, não por estética, beleza, mas pela história. Fiquei imaginando todas as pessoas que já passaram por lá, de diferentes raças, línguas, eras... Séculos. Ficava imaginando se alguém seria como eu, se alguém teria tido os mesmos pensamentos...”

Ergueu os olhos para a janela e ficou a encarando. “Mas não foi por causa do Coliseu que aquele dia foi importante, foi porque naquele dia...” Deu uma pausa antes de continuar, não querendo que chorasse de novo. “Minha mãe me disse uma das coisas que mães sempre dizem aos filhos que os marcam para sempre, sabe?” Sorriu consigo mesma. “Disse que não importasse o que eu escolhesse fazer, não importasse o caminho que resolvesse seguir, eu seria a melhor, porque lutaria por isso, porque era forte para isso. E a partir de então sempre acreditei, e dei o meu melhor em quaisquer atividades que me embrenhasse...”

Suspirou e olhou para as próprias mãos. “Só que o que estava ao meu alcance era o trabalho com a máfia... E apesar de ‘valores’ eu me dediquei, quis ser a melhor.” Um sorriso irônico surgiu em seu rosto. “Eu lutei para conseguir a aprovação de todos... De meus pais aonde quer que eles estejam, da máfia... Queria achar um lugar onde pudesse chamar de ‘lar’, queria ser que nem as outras crianças que passavam pela rua, felizes, com amigos, com parentes que as amavam... Só que os únicos perto de mim eram eles. Achava que os fazendo me amar, teria aquela sensação de lar que eu perdera junto com meus pais.

Suspirou e levantou-se da cama. Passou a mão pelo rosto, em frustração. “É como ter vivido a vida inteira em um ninho de cobras e não saber... E o pior é compreender que eu não sou diferente deles, fui criada a imagem e semelhança.” Ironizou.

Então respirou fundo e voltou-se para olhar o general que a encarava na cama, com os olhos verdes analisando cada movimento seu. “Eu estou disposta a contar-lhe qualquer coisa que deseje sobre eles, general. Planos, metas, esconderijos até o maldito banco que está mancomunado com eles. Você me tirou da NSA e eu sei por que você fez isso.”

O general se sentara de repente, nunca deixando de encará-la. Uma sobrancelha se arqueou e Bella completou:

“Você quer sua vingança contra eles, e posso ser útil. Apesar de nossas diferenças, não vou deixar de ajudá-lo com isso. Vou sentir até... Prazer em vê-los pagar.” Acrescentou com ironia, imaginando aqueles com os quais vivera por anos queimando no inferno.

Não olhou para o general Cullen, mas se tivesse olhado teria visto a expressão furiosa que se espalhava por seu rosto. Ele se levantou de repente, pegou seu casaco e caminhou em sua direção.

Bella encarou primeiro seu peito, depois seu rosto e ficou confusa com a raiva que encontrou ali.

“Obrigado pela contribuição.” Falou entre dentes antes de desviá-la e marchar em direção a porta, abrindo-a com a ajuda de um tecido. Antes de sair, disse, sem rodeios. “Aqui fora em cinco minutos. Está na hora de ir.”

E em um baque fechou-a.

Confusa, Bella encarou a porta se perguntando o que falara de errado. Por que o general ficara tão bravo de repente? Suspirando, recolheu as poucas coisas que tinha e colocou novamente na sacola. Ajustou os cabelos e olhou através do cortinado. Neve... Neve...

Do lado de fora o general estava encostado contra a parede batendo a cabeça contra ela repetidas vezes.

“Volturi, só por causa da porra dos Volturi.” Ficava repetindo insistentemente, como que para garantir que aquelas palavras entrassem em sua mente e lá permanecessem.

31 comentários:

Hanna-pabline disse...

Charada!!!!
Colocareis as dicas o maximo possível em ordem.

Dica:
1°: Todos fazemos mais o Gege não.
2°: A Bella desde o começo percebeu que ele não fazia e disse que ia tentar fazer ele fazer.
3°: Conseguiu mais não foi grande coisa.

Hanna-pabline disse...

Essas eu sei que falei mais agora são a dicas inéditas.
4°: O Gege não faz a muito tempo por causa da perda dos pais.
5°: Um coisa relativa. Que fazemos sempre e as vezes sem perceber.
6°: Aqui no site sempre fazemos isso. Principalmente nos comentários.
7°: Quando estamos com amigos, familiares ou pessoas ate engraçada fazemos muito.
Só isso que posso dizer.

Hanna-pabline disse...

AH bonito agora troca né.
Vamos ao capitulo. Maravilhoso. UHU LADY GAGA. Não gosto muito mais uhu. E esta tudo otimo mais não sei o que comentar. Ja esta no trator. Deixa e ver.

Hanna-pabline disse...

Pergunta de multipliscolha. Escolha uma.
O Gege quando era mais novo ia pra de trás de dois lugares ficar com as meninas. Quais desses lugares são?
a) Para de trás da igreja e dentro do escritório do orfanato
b) Para dentro do quarto e atrás da arvore
c) Para atrás do orfanato e dentro do escritório
d) Para atrás da arvore e igreja
e) N.D.A
Sei que vocês não sabem mais tente adivinhar. Amanha veio conferir se alguém acertou. Eu acho que vou fazer mais

Hanna-pabline disse...

O que a gente mais faz. Por favor pense e desculpe pela a gafe ali em baixo. Foi mal. Serio tinha certeza que era esse capitulo. Vale um cueca do Gege e vou voltar a ser eu mesma agora. E Lety eu uso hot mail.

Laurinha disse...

Nossa!!!!!!!!!
E eles ainda conseguiram fugir.......
Motel...quinta lua de mel.....soloooovvveeeeeeeeeee!
Amei de paixão
Quando sai o próximo??

Hermione disse...

O que acharam da nova organização das fics proposta pelo blog? Gostaria de saber da opinião de vcs antes de votar?

Hermione disse...

Alice Volturi como ficaria a home page? Continuaria com a capa e a sinopse das fics que estão em andamento?

Hermione disse...

Minha opinião sobre a nova organização do site, gostei dos agrupamentos feitos e da organização em ordem alfabética, gostei muito de informarem as fics não terminadas, é importante que a pessoa saiba disso de ante mão. Só estou aqui em dúvida sobre a colocação dos personagens, talvez isso possa direcionar demais os leitores, eu mesma tenho a tendência de ler fics sobre o Jake, mas se não tivesse começado a ler A Infiltrada por causa dos protagonistas serem Edward e Bella teria perdido uma grande história! O que vcs pensam?

Alice Volturi disse...

Sim, a página principal vai continuar a mesma, independente do resultado da enquete! ;)

Alice Volturi disse...

É um ponto a se pensar... Dependendo do resultado da enquete, podemos acabar tirando esse negócio de personagens principais, até porque em algumas fanfics de casal há um triângulo amoroso, e ao especificar o casal, já estamos dando spoiler.

Obrigada pela opinião! Continuem falando o que acham por comentário! ;)

Hermione disse...

SORRIR LICE.... SORRIR... DESCOBRI SÓ COM AS TRÊS PRIMEIRAS!!!

Leticia disse...

AA seria falar Eu ti amo ou alguma coisa do tipo... Seila essa da complicada Lice... AAA ja mandei o convide pra vc Gataa

Hermione disse...

Isso mesmo... vc traduziu meus pensamentos, eu queria ter colocado que os personagens podem dar spoilers mas não sabia como expressar... vc falou brilhantemente! É isso! Bem, que tal colocarem não apenas os casais, mas os personagens principais, tipo: A Infiltrada: Edward, Bella e Volturis/ Solstício: Cullens e Wolfpack /Balada: Jake e Cullens, mantem-se os personagens sem direcionar o leitor nem dar spoiler! Uma idéia!

Hermione disse...

Nossa eu que enchi de comments hoje... Mas, vamos finalmente ao capítulo, adoro os diálogos provocativos desses dois... são sempre tão carregados de segundas, terceiras e quartas nintenções sem nunca dizerem nada de fato... o que torna o clima sexy e sensual sem ser declarado!!!

Hermione disse...

Ahhhhhh vcs estão se adicionando no MSN e me deixando de fora!!!! Buáááááá! CIÚME!

GabiClara disse...

Sorrir?

GabiClara disse...

acho que ia ser melhor organizada por ordem alfabetica, então votei na primeira opção.

Alice Luttz disse...

Hermi o isso ai. Ela vai sorri. Dar boas garagalhadas. Mais não falo quando e nem com quem. Ontem tentei falar do que achei da nova organização mais não comentou e deu erro vou fazer um resumo.
Olha ficou legal mais a historia de colocar o casal não e tão bom. Como Jevens Coração e Coração Inquieto (acho que e assim, não me lembro o nome) se tivesse colocado que o casal era a Nessie e o Jake eu não ia ler por que não gosto e a historia e tão linda que perderia um otimo fic. Estou com voce comno sempre Hermi.
E alguem sabe o motivo de não estamos conseguindo responder?

Alice Luttz disse...

E Ele e só que escrevo tanto ela que acabo acostumando. Parabens. Voce a "Natalia disfarçada" acertou. Não falei que era facil.

Alice Volturi disse...

É verdade! Estamos pensando em fazer isso, essa parte ainda não foi decidida! Obrigada pela opinião! ;)

JOYCE_FLORZINHAS2 CG disse...

GOSTEI DO CAP.FICO BEM LEGAL...

Hermione disse...

Por que esse comentário tão econômico? Mudou de nick e esqueceu as amigas é?!

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

nunca MIONE! é q eu não estava muito legal! mas no próximo vou escrever tanto q vcs vão se enjoar de mim!

Alice Luttz disse...

Ontem quando eu fui falar do comentario estava dando pau aqui. Tambem ia falar isso. Sem sentido o comentario. E nada a ver com voce Bebetty.

JOYCE_FLORZINHAS2 CG disse...

HANNA ME ADD NO MSN?

Leticia disse...

Lice e Bebetty ameia afoto de vcs *-* muitoo lindasss

marii2121luttz disse...

fff

marii2121luttz disse...

kknnllllllllllll

marii2121luttz disse...

bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb

Millypop disse...

verdade...

Postar um comentário

blog comments powered by Disqus
Blog Design by AeroAngel e Alice Volturi