A Infiltrada 2 - Capítulo 06: O Garoto Edward Cullen

Se houvesse algum concurso com o título “A mais Bela Freira do Mundo”, “Ou Miss Freira Universo”, com certeza Bella ganharia. Olhando-se no espelho menor que a palma de sua mão com dobrinha alaranjada, soube que sua vocação esquecida era realmente a religiosa. Olha só esse hábito preto e branco, olha esse véu, ou como lá se chamava... Realmente ouvira em algum lugar que estava na moda usar somente preto e branco, e...

Céus, quem ela estava tentando enganar?

“Cadê o meu cabelo? Cadê meu cabelo?” Exclamou levando as mãos a cabeça coberta pelo véu. “Cadê minhas orelhas, meu pescoço, minhas pernas, meus braços, meus joelhos, céus, até a pontinha do meu dedão?”

“Algum problema, querida?”

Bella logo se endireitou e deu um sorrisinho amarelo. “Nenhum. Irmã.”

Ela sorriu e olhou-a da cabeça aos pés. “Você ficou muito bem com o hábito. Se eu não soubesse melhor, falaria que você nasceu para isso.”

Bella tentou ignorar o calafrio que percorreu sua espinha ao ouvir aquilo. Estava certo que ela tentou melhorar seu humor e situação achando que realmente estava um “pão” naquele hábito, mas ouvir assim... E bem, a freira não parecia estar brincando. Freiras brincavam?

“Como assim ‘se eu não soubesse melhor’?” Franziu o cenho tentando controlar a preocupação que se instalara em seu corpo, afinal, não sabia ao certo o que o general falara para Mary. Ainda achava um pecado estar escondida em um orfanato governado por freiras, como descobriu. Havia uma igreja ali perto que era responsável pela transformação do antigo convento no orfanato para crianças carentes, abandonadas e órfãs. Havia outro convento na cidade, o “atual”, mas algumas freiras viviam ali para cuidar de tudo, e administravam ali uma pequena escola, pelo menos até os primeiros anos escolares das crianças.

“Ah, bem...” Ela deu um sorrisinho matreiro que Bella já estava se acostumando. “Sua vocação é com certeza o casamento.”

“Casamento? Eu?” Não pôde controlar uma risada esganiçada, mas acabou olhando uma cruz na parede e fechou a boca, achando falta de respeito.

A freira sorriu como se soubesse de um segredo e foi até ela e deu-lhe um abraço. “Certamente é contra as regras lhe dar um hábito como você não é freira... Mas Edward falou que é necessário.”

Assentindo, mordeu os lábios e perguntou: “Ele falou... Alguma coisa a mais?”

A freira deu um sorrisinho enigmático. “Ah, deve ter comentando uma coisa ou duas, mas bem... Vamos. Você precisa conhecer o orfanato. Com certeza não vai querer ficar o tempo todo trancada no quarto, não é?”

“Não, claro que não.” Bella respondeu, mas a verdade era que queria. Desde que chegara lá na madrugada do dia anterior, tomara um bom banho e fora direto para a cama. Até se surpreendeu quando recebeu um chá para ajudar a dormir de Mary. Ficara no mínimo desconcertada, afinal... Ela era uma criminosa e estava sendo tratada como... Alguém... Normal. E diabos, aquilo era exatamente o que não era.

Quando acordara se surpreendera por serem cinco horas da manhã. Afinal, dormira bastante não foi? E tipo... Não fora cinco horas da manhã que ali chegara? Mas então percebeu que eram cinco horas... Do dia posterior.

Dormira um dia inteiro! E quando levantou estava muito melhor, apesar de dores que não tinham antes começarem a aparecer, junto com alguns arranhões, hematomas e uma dor de cabeça dos infernos. Sem mencionar o maldito pesadelo com os Volturi.

Dividia o quarto com uma noviça, de mais ou menos dezessete anos – e quando mencionou sua idade, Bella se achou “a vovó do quarto”. Céus, ela deveria melhorar aquele trauma com idades.

Mas Catherine, como chamava à noviça, era muito gentil... Um pouco tímida na verdade. Mostrou-lhe o hábito e como colocava quando Bella se embolou no monte de tecido e desabou no chão. De todas as coisas que um dia imaginou em vestir, roupas religiosas eram as últimas da lista. Na Itália nunca fora á igreja – por Deus, seria muita hipocrisia também – e nem tão pouco se via precisando de um Deus, mesmo que alguns religiosos insistissem que Ele era a solução para todos os problemas. E bem... Sendo realista, nem Deus poderia resolver seus problemas.

Bella geralmente se sentia um lixo perto de algumas pessoas, em questões morais, claro. Principalmente com Mary, que era uma senhorinha simpática ou muito boa, ou muito ingênua. Bella ainda estava em dúvida. Não a pressionou para saber quem era ou o que era para o generalíssimo, somente lhe sorriu e assim que a pegou ainda olhando pela janela chamou-lhe e sugeriu educadamente que tomasse um banho.

E agora estava andando pela estrutura com Mary. Estava tudo bem silencioso, como quando chegara.

Achando que aquele véu na cabeça era demais a agüentar, tirou-o. Mas quando Mary viu, colocou de novo, somente dizendo:“Edward disse...”

Para ela tudo era “Edward disse...”, “Edward aquilo...” Era como se ela adorasse imensamente o general. Visse nele o exemplo de boa rendição e santidade. E se ela contasse para a freira a verdade? O “gege” realmente perderia alguns pontos. Ela poderia se divertir com isso.

Era estranho ter pessoas se referindo ao general como “Edward”. Sempre pensara nele como “o general”, “o tiranossauro Rex”, “o bruto”, “o violento”, “o arrogante”, mas nunca como “Edward”. Parecia tão... Humano... Normal... Civil.

“É... Ele sempre tem algo para dizer a todo mundo...” Resmungou. Geralmente ordens, deve-se ressaltar.

A freira deu de ombros. “Ele tem suas razões misteriosas, sempre teve. E você também e não estou pronta para pressioná-la a contar, não se preocupe.”

Bella meio que se divertiu ante a imagem de uma velhinha empurrando-a contra a parede e mandando dizer tudo se não morria. É. Bem louco.

Controlou-se e mordeu os lábios. “Ele sempre foi... Assim?”

A mulher riu. “Assim... Um pouco, rígido?” Não pôde esconder o alívio ao perceber que a freira não era alienada... Afinal, ela adorava tanto o general que era capaz de falar que era um anjo e que estava acelerando o processo de beatitude no Vaticano. Mas espera aí... Para se tornar santo não tinha que morrer antes? Saco... Não sabia nada daqueles assuntos, mas tanto faz.

Assentiu e a mulher deu de ombros enquanto caminhava pelos corredores. Percebeu que carregava um potinho de remédio nas mãos. Seguiu-a e não pôde deixar de observá-la com o canto do olho enquanto caminhava por entre os corredores.

“Ele sempre foi uma criança difícil. Extremamente inteligente, deve-se ressaltar.”

Bella rolou os olhos, mas a freira não percebeu e continuou:

“Todos ficamos muito apiedados dele quando chegou aqui. Céus! Ainda me lembro como se fosse hoje. Aqueles olhinhos verdes estavam tão tristes, sem vida, sabe? Ele não falava nada, até que pensamos no começo que era mudo... Também se recusava a comer, a se socializar, a sequer se mexer. Ele ficava lá na cama dele, parado, olhando para frente com os olhos fixos em algo que não conseguíamos ver.” Ela meio que estremeceu e dobrou um corredor. Bella ouviu alguns sussurros distantes e logo surgiu uma porta grande de madeira.

Do lado de dentro havia vários risinhos e vozes e a freira soltou um suspiro brincalhão.

“Incontroláveis!”

Então abriu a porta e Bella foi invadida pela visão de várias camas espalhadas ao longo de um amplo quarto. Logo se lembrou de alguma maldita novela mexicana “As Chiquititas” e teve que rir com isso. Havia cerca de dez camas e em todas havia meninos.

Perguntou-se se era um orfanato só para garotos, mas logo notou outra porta do outro lado do corredor que trazia uma plaquinha charmosa que dizia “Meninas”.

A freira entrou cessando os barulhos e todos se embrulharam na cama como se não estivessem acordados. Bella sorriu, mas não se atreveu a sair da proteção do batente da porta.

A freira caminhou até a última cama onde havia um menino que tossia ocasionalmente. Ela levantou-o, deu o remédio e depois de algumas palavras levantou-se em direção a Bella.

Antes de ir disse por cima do ombro: “Vão dormir garotos!”

Houve risinhos e a freira logo fechou a porta atrás de si.

“Parecem um tanto rebeldes.”

“São uns amores.” A freira suspirou demonstrando claramente o carinho que sentia por eles.

“Há quanto tempo está aqui?”

“Ah minha filha... Anos... Anos... Desde que era noviça.”

“Oh.”

“Não vou levar isso como uma ofensa a minha idade.” Sorriu.

Bella protestou. “Nunca foi minha intenção, senhora.”

“Pode me chamar de Mary, querida, e não, não tenho certeza.”

Bella deu um sorriso amarelo e de novo se sentiu levemente desconfortável pela situação. A mulher estava lhe tratando gentilmente sem saber quem na verdade era. Estava escondendo uma criminosa e nem ao menos estava desconfiada disso.

Logo tratou de mudar de assunto. “Acho que acordamos você, ontem.”

“Não... Eu acordo muito cedo.” Ela garantiu. “Geralmente quatro horas da manhã. Preciso começar a preparar as coisas por aqui.”

“Existem outras irmãs também?”

Ela assentiu. “Mas como se diz... Uma boa cama em um bom dia frio é indispensável.”

Sorriu e seguiu-a.

“Creio que conheceu Edward no trabalho dele.” Mesmo lançando uma suposição, parecia que a freira já sabia a resposta.

A criminosa se surpreendeu e já se sentindo mal resolveu não mentir. Totalmente.

“É. Mais ou menos isso.”

“É de se imaginar, afinal ele nunca sai de lá. Fico feliz por ele ter encontrado alguém.”

Bella estava pronta para perguntar quem raio era esse alguém que ele encontrara quando entendeu. Abriu a boca e começou a protestar agitando as mãos freneticamente no processo.

“Não, não... Acho que a senhora está confundindo um pouco as coisas. Eu e o general não... Não temos nada.” Assentiu se sentindo no dever de acalentar aquela afirmação. “E nem teria como. Definitivamente. É impossível.”

A mulher não se sobressaltou, mas olhou-a com um sorrisinho sábio. “Por que impossível?” tinha certeza que de alguma forma a senhora estava a testando.

“Por que...” Bella começou, mas se calou sabendo que não poderia expor os verdadeiros motivos. Parte deles, talvez. “Por que eu não gosto dele.”

“Não?”

“Não... Eu meio que... Odeio-o.”

A mulher agora sim se surpreendeu. Bella continuou tentando fazer com que a senhora acreditasse nela.

“Tipo, isso é bem verdade. A gente não se dá bem. Ele já fez coisas horríveis comigo e eu com ele, admito. Não existe nada romântico em tentar matar alguém, você sabe.” Percebeu que estava falando demais, então concluiu. “Hipoteticamente, claro. Quem ousaria tentar matar ele né?” Rolou os olhos e continuou. “E você viu como ele me trata? É um grosso, violento, bruto, nem um pouco cavalheiro...”

“Mas está te ajudando.”

Bella logo perdeu todos os argumentos. Calou-se e engoliu em seco. Por fim suspirou vencida:

“É um ponto, mas isso... Isso não significa nada. Definitivamente. Ele tem os motivos dele, e bem... Não é nada envolvendo meu bem-estar, acredite... E...”

“Querida,” A freira gentilmente cortou-lhe a fala. “Não sei o que realmente está se passando... Nem tão pouco tenho certeza se quero saber,” Ela teve um calafrio, já pressentindo que o que quer que aqueles dois estejam envolvidos não era algo muito saudável. A ignorância era bom calmante. “Mas se ele te trouxe aqui, para onde nunca trouxe ninguém, para onde sabe que estará segura e onde você pode conhecer um pouco dele, é porque não te odeia.”

Bella foi abrir a boca, mas foi interrompida novamente.

“E certamente,” Ela continuou sorrindo sabiamente. “Você também não. Por mais que você queira acreditar que sim.”

Bella não pôde responder nada por alguns instantes e quando por fim uma frase espertinha surgiu-lhe como inspiração, não conseguiu dizer, pois a senhora já estava caminhando de novo.

“Venha, venha comigo. Preciso de ajuda com o café da manhã. Logo essas crianças vão acordar e você vai descobrir o que realmente é algo indomável.”

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Ok, talvez estar ali não fosse de modo... Tão ruim. Bella até se adaptou um pouco. Ok. Tinha a grande diferença de cenário. Saíra de um dos centros mais informatizados do mundo para ir a um lugar quase colonial... Mas bem, tinha uma TV até bacaninha, ali não tinha?

Na maioria das vezes estava ligada no canal de desenhos animados e céus, tinha coisa ali que nunca ouvira falar na vida. Mas claro, sua infância não fora justamente assistir “Coragem, o Cão Covarde” ou “O Clube das Winks”, era mais como jogar CS na vida real. De vez em quando roubava o controle para buscar alguma coisa na CNN, ou algum outro canal de importância que pudesse falar sobre ela. Porque ainda estava decidida que se fosse ser procurada nacionalmente que fosse com coisa realmente importante! Nada de jornalzinho local!

Mas não tinha nada, e bem, o general deveria estar tomando conta de tudo. Ah, inferno! Ela estava evitando pensar nele, mas ocasionalmente voltava a sua mente.

Estava se dando bem com as crianças... Algumas eram desconfiadas com tudo o que fosse novo, mas Bella tinha um ou dois truques de mágica na cabeça envolvendo barbantes e moedas de vinte e cinco centavos. Até ensinou alguns golpes para alguns meninos e se sentiu a “freira desviante de caminhos”. Ok... Ela não tinha culpa que pediram para tomar conta das crianças. Nunca tivera muito contato com elas, e acreditava que o fato de tratá-los como “pequenos adultos” fazia com que gostassem dela.

Tá... De fato ela não estava indo tão mal... Um menino apareceu com um soco inglês que conseguira em-algum-lugar-secreto-ignorado-por-Deus e pedira para Bella ajudá-lo a dar bons socos, mas ela foi muito sensata e disse que “Deus castigava quem usava aqueles instrumentos...”

As outras freiras envolvidas foram instruídas que Bella viera de outra cidade, e que passaria algum tempo ali no orfanato. Algumas acharam estranho, mas souberam acolher Bella muito bem. As crianças não podiam dizer a ninguém quando fossem sair para a missa semanal, e nem para um passeio qualquer que havia gente nova. A irmã Mary inventou uma boa desculpa que aplacou a desconfiança dos pivetes.

O orfanato estava cheio de preparativos para o natal, em que ou você ajudava ou morria. Todos os pratos da ceia, biscoitos, guloseimas, bebidas – não-alcoólicas. Claro. Com exceção do vinho para os adultos – enfeites para o prédio, incluindo meias na lareira, uma grande árvore de Natal. E havia presentes, fato que a surpreendeu. Mary disse que anos atrás não poderia dar nada as crianças no natal, pois não tinham condições, mas que começaram a receber uma ajudinha e agora poderiam oferecer coisas melhores. Achou que se tratava de alguma instituição da capital que ajudava. O governo ou coisa assim.

Bella se envolveu bastante e ficou grata por isso, afinal podia fingir que era uma pessoa normal por algum tempo. Quando voltava para a cama, exausta, quase não pensava na vida ou nos Volturi. Mas os sonhos continuavam aumentando... Gradativamente. Sabia que precisava de um plano... Precisava pensar nas conseqüências futuras, afinal... Não ficaria para sempre no orfanato, não seria foragida para sempre. Precisava ir até a Itália... Precisava acabar com os Volturi, e depois? Entregar-se-ia?

O que realmente a fazia se encher de coisas para fazer, era o temor que sentia quando percebia que em todos os seus planos – ou na maioria deles – ela começava a considerar o generalíssimo... Ok... Ela não mudara muito a opinião sobre ele – duro, insensível, e com um beijo provocante que... Deus! – e sabia que ele só a ajudava por causa de um plano que ele tinha estabelecido ali mesmo naquelas paredes. Ambos com interesses – como no início – e com desejos de atingir seus objetivos. Mas por que pensar tanto nele, ou ficar lançando algumas indiretas para Mary se ele freqüentava o natal por ali, quando não se importava?

Por que... Ela realmente não se importava, não era?

De fato, conhecera coisas sobre ele que tinha certeza que ele nunca falaria. Um dia, o padre da região chamado Andrew, um senhor de aproximadamente sessenta anos, fora ao orfanato visitar as crianças e as reunira em uma pequena salinha de aula, onde começara a ensinar sobre a história do Natal. Logicamente, todas as crianças eram ensinadas na fé Católica e Bella meio que se sentiu mal de novo por estar ali. Seria o representante do diabo? A má influência?

O fato é que pela primeira vez na vida soube que Jesus não nascera em Jerusalém. Para ela sempre fora tão óbvio... O nome era parecido, não era? Poxa, como ela adivinharia que nascera em Belém? Mas aí as coisas começaram a fazer um pouco de sentido depois que relembrou a música natalina “bate o sino de Belém.”

Os natais na máfia eram geralmente coisas nada religiosas – bem longe disso – se bem que Aro desse uma de cara de pau e fosse até o Vaticano ficar no meio do povão, quando se sentia entediado. Dizia que encontrava quem realmente o queria. Era triste.

Depois da pequena catequese, o padre, algumas freiras – incluindo Mary, que Bella pegava-a observando-a longamente – e ela estavam na cozinha. A foragida estava fazendo alguns biscoitos com formas de árvores de Natal. Na verdade, estava tentando.Mas a massa não ficara consistente o suficiente, e quando ficara irrecuperável prometeu que iria reembolsar os ingredientes.

Entreouviu uma pequena conversa entre eles, em que o padre perguntava do general. Somente Mary sabia que ela estava envolvida com o homem, então disse que o vira recentemente e que talvez desse uma passada. Pelo modo em que falou, era bem óbvio que ele não fazia muito isso. E então padre começou a falar sobre ele.

Bem... Parecia que ele não tinha muitos assuntos mesmo.

“Quando ele tinha dez anos, foi à primeira comunhão dele, lembra Mary? Céus, aquele cabelo estava horrível. Pior do que todos os dias. Juro que joguei água benta para ver se dava um jeito, mas nem assim. E quando ele deixou cair à hóstia no chão? Não... Acho que não foi realmente ele, mas bem... Fui dar na boca dele, e acabou que caiu no chão.” Rolou os olhos. “E a foto com os outros colegas?”

Bella acabou vendo essa foto depois, e se surpreendeu com um general de dez anos de idade – e mesmo com essa idade, era bem mais alto que os demais. O cabelo era um pouco mais claro e estava vestido com uma bata branca, no meio de outros catequizados. Na verdade... Ele estava sussurrando no ouvido de uma garota com aparência bem mais velha que ele, que Bella soube que fora a primeira quem beijara, atrás da igreja.

“Mas ela era quatro anos mais velha que ele!” Mary abanou a cabeça enquanto colocava um monte de farinha em um pote. “Aquele menino sempre foi um terror... Meio fechado em si, calado... Mas tinha um desejo absurdo de conhecer tudo. Quantas vezes a irmã Patrícia não o achou atrás da árvore com uma garota diferente? Céus. Briguei tanto com ele.”

Bella rolou os olhos. Então o general fora um mulherengo juvenil. Na NSA nunca soubera muito sobre mulheres em sua vida, mas sabia dos hábitos de alguns militares em visitar “casas noturnas” a fim de diversão. O general provavelmente estava no meio.

“E quando a Mary Collins começou a chorar? Acredita Bella...” Mary se virou para ela. “Que ela tinha se apaixonado pelo garoto? Aquele danado! Mas ele não queria nada, virou para ela e disse ‘garotas só atrapalham’... Depois de algumas semanas consegui convencê-lo a não se assanhar com as meninas do orfanato, e ele aceitou. Graças a Deus, o que poderia ter acontecido aqui?”

“E ele já assentou o pé?” Andrew perguntou. “A última vez em que o vi foi na missa em janeiro desse ano, perguntei para ele quando celebraria seu casamento e ele disse que ‘casamento é para fracos’, vê se pode?” O padre não escondeu o ressentimento na voz. Ele vira o general crescer – assim como Mary, - mas parecia que não aprovava as decisões e feitos em sua vida. Não que Mary aceitasse... Mas pelo menos não carregava ressentimento na voz. “O que você acha, querida?”

Só depois de alguns instantes que Bella percebeu que o padre estava falando com ela. Abaixando os olhos e engolindo em seco, deu de ombros: “Acho que está errado. Só fortes agüentam casamentos.”

O padre riu e disse que ela precisava conhecer o general. Eles se dariam bem. Bella meio que achou tudo muito irônico.

“Na verdade, ela o conhece.” Mary comentou enquanto com uma colher de pau batia no braço de Bella, de brincadeira, mandando que ela se afastasse de algo a mais que pudesse estragar. Qual é! Não tinha culpa de nunca ter cozinhado na vida! Na verdade... Já servira uma mesa, poderia contar não? Estava fingindo ser uma garçonete – com um uniforme muito curto, ressalta-se – tentando entreouvir a conversa de um cara poderoso com seus sócios. Resumo da ópera: acabou na cama com o cara, descobriu que estava fazendo negócios com um representante francês. E inesperadamente uma semana depois, ele estava fora do negócio e os Volturi dentro.

Bella meio que encarou chocada a freira.

“Conhece...?” Andrew arqueou uma sobrancelha.

“É...” Bella engoliu em seco e olhou para Mary com os olhos confusos.

“Conhece.” Deu um sorrisinho. “Antes de descobrir seu verdadeiro caminho, ela trabalhou para a NSA.”

“Jura?” O padre recostou-se a cadeira. “Então você deve ter a mesma opinião minha sobre o Cullen.” Ele estalou a língua, e nesse momento duas postulantes entraram na cozinha e começaram a fazer parte da conversa.

“Eu acho que um pé de pimenta naquele jardim ficaria muito bom...” Bella começou querendo desesperadamente fugir daquele assunto.

“Ele não vem aqui há séculos, e é como se esquecesse que esse foi o lar dele durante treze anos!” O padre cortou-a claramente magoado. A ex-infiltrada sabia que Mary também se ressentia, mas não dizia. Gostava tanto do general, que só sabia falar bem dele. “Ele fica lá naquela agência, trabalhando o ano inteiro, salvando o país ou sei lá o quê. Ok. Não estou reclamando da parte patriótica, mas ele precisa de tempo para si mesmo! Ele não cuida da própria vida.”

Oh céus, me tira dessa! Tira-me dessa!

“Ele é muito ocupado. É um trabalho duro.” Mary interferiu gentilmente.

“Ah Mary, não se iluda. Parece que se esquece de nós, de tudo o que fizemos por ele... É um menino ingrato isso o que ele é.” Bella se viu lançando um olhar duro para o padre, que felizmente não percebeu.

“Dizem que ele é o melhor militar do país, padre.” Uma noviça interferiu claramente vendo o desespero de Bella para sair daquele assunto. Estava se sentindo levemente desconfortável. “Saiu uma reportagem dele recentemente, foi comparado com um leão e tudo.” Bella meio que riu ao lembrar-se da conversa que eles tiveram sobre aquilo.

“E é o único militar com menos de vinte anos de carreira que conseguiu as três estrelas.” Outra noviça sorriu. É, parecia que ele era meio famoso por ali. Mas como... Se ele nunca aparecia como eles diziam?

“E o que isso importa?” O padre ergueu as mãos em frustração. “Ele pode ser o presidente do país, mas precisa de uma família. Estou vendo ele com quarenta anos e sozinho... E quando ele tiver que se aposentar? Como vai ser?” Mas que padre chato, Bella pensou.

“Não tenho certeza se chega até lá...” Mary comentou com a voz triste enquanto mexia em um ensopado. Bella sabia o que ela se referia... Algo que estava se perguntando recentemente: O que faria depois que cumprisse a vingança? Teria sentido continuar vivendo uma vida de merda, uma vida que só passa pela dos outros para estragar e magoar? Ela viveria até os quarenta anos?

“Outro dia, fui visitar os presos do presídio do outro condado. Acredita que por algum motivo citei o nome dele, e os presos ficaram enfurecidos? Alguns diziam que o motivo por eles estarem lá era justamente o general... A fama dele se espalha, e não é boa. Nem um pouco. As pessoas têm medo dele.”

“Ele não é má pessoa...” Mary já tinha parado de mexer o ensopado e lutava contra as lágrimas. Bella meio que se sensibilizou por ela e se surpreendeu ao sentir algo borbulhando em suas veias.

“Não estou dizendo que ele seja só acho que não há nada que podemos fazer por ele... Trabalhamos treze anos por isso, e não deu certo e você sabe Mary. Tenho medo do homem que ele possa ter se tornado.”

“Na verdade. Eu discordo.” Bella se surpreenderia se alguém dissesse aquela frase, mas ficou ainda mais chocada quando soube que fora ela quem falara.

Todos da mesa voltaram-se para ela e notaram a mão que apertava com força uma colher de pau. Bella tentou controlar a raiva que crescia em si, mas não deu muito certo.

“Não que eu discorde que é ruim o general não vir aqui, que as pessoas tenham medo dele, ou que levava as garotas para trás da igreja para fazer sei lá o quê... Ele pode ser mau de vez em quando, rude, violento, grosseiro e nada educado, mas com certeza é o homem de mais coragem que eu conheci.” Disse e encheu o peito e continuou. “Uma vez alguém tentou me matar, e ele me salvou... Outras eu quase morri por minha própria estupidez, e ele também estava lá. Ele me ensinou coisas que salvaram minha vida... E me ajudou quando ninguém mais me ajudaria. Ele manda tudo pro inferno, quando é para conseguir aquilo pelo qual acredita. Ele pode ser o menino e homem que se fecha para todos e constrói muros ao seu redor, mas ele também é o homem que luta pelo que quer... E sabe o que ele é. Tanto sabe, que ele afasta as pessoas para que elas não sofram... Tanto sabe que a razão da vida dele é vingar a morte daqueles que mais amou.. Não esqueceu de onde veio, pois afinal... Ele ajuda o orfanato a se manter, e dá as crianças o que ele não teve quando esteve aqui.” É... Ela descobrira que o motivo das coisas terem melhorado por ali, das crianças terem um natal decente, com boa comida, roupas e presentes era o dinheiro que o general dava todos os anos para o orfanato. E não era pouca coisa.

“Uma vez ele apostou a própria vida só para chegar a uma pessoa e lhe dizer à verdade que fora escondida dela durante toda sua vida. Somente para ser decente com ela. Então não precisa temer pelo homem que ele se tornou, porque pode não ser o melhor do mundo, mas com certeza há mais nele do que ele mesmo imagine.”

Respirou fundo e só então percebeu que suas mãos estavam tremendo. Virou-se para o padre e então disse:

“E eu acho padre, que como sacerdote e alguém que o viu crescer, você deveria entendê-lo como ninguém.” Largou a colher de pau na mesa fazendo um pequeno barulho, e acrescentou: “Mary entende.” E dizendo essas palavras virou-se e saiu pela porta, deixando para trás várias pessoas chocadas e de boca aberta.

Quando saiu da vista de todos, respirou fundo e chocou-se contra uma parede. O que fora aquilo? Acabara de brigar com um padre por causa do general. Por que fizera aquilo, inferno? Tá bom... Não gostara nem um pouco do modo como Andrew falara dele, como se fosse um homem que não tinha jeito, que era totalmente errado. Ok... Por muito tempo Bella pensara assim, mas descobrira que não era... Totalmente verdade.

E só naquele discurso, que foi deixando sair pela sua boca direto do coração, que percebeu o que realmente o general havia feito por ela. Não fora pouco... E apesar do modo... Peculiar de ele ser... De um modo ou de outro, ele fora a melhor coisa que lhe aconteceu nos últimos anos. Porque finalmente com ele, tinha alguém a quem pudesse entender... E quem a entendia também. Mesmo que fosse uma foragida do Estado, e ele o cara que teoricamente deveria prendê-la.

E não importasse o que o mundo pudesse falar sobre o general. Ela sempre se orgulharia de ser “o seu novato.”

-


Ela não defendera o general... Não defendera... Não defendera... Não defendera...

“OUCH!” Esperneou quando sentiu o chão desaparecendo de seus pés e logo voltando quando desabou com a cara nele.

“DESCULPA!” Uma voz gritou ao longe por cima do ombro, pois o dono dela continuava correndo atrás de sei lá o quê.

“Pivetes!” Bella chorou se levantando do chão e limpando a poeira do hábito. Nunca teria filhos! Então riu, porque a idéia era inconcebível – literalmente – pois nem pai tinha. Ok... Mas se um dia quisesse um, realmente quisesse, tinha todo aquele negócio de ir até um banco de espermas, não é? Se bem que a idéia era meio nojenta. Vai lá se saber de quem é. Depois o bebê nasce com algum problema irreconhecível e incurável e... Ugh!

Não querendo ver ninguém por algum tempo, Bella acabou caindo em uma espécie de escritório. Ok... Ela não estava com a intenção de conhecer mais sobre o general – na verdade depois da raiva inexplicável da cozinha queria é distância - mas meio que se tornou inevitável quando se viu ao redor de vários arquivos e achou um livrinho que só depois de algum tempo percebeu que eram anotações feitas pela própria Mary. Bem... Como só percebera depois de ter começado, não era considerado um pecado, era?

Folheou algumas páginas e achou algumas coisas:

“Eu rezo tanto para que ele se envolva mais com as outras crianças. Sinto tanto medo que ele desenvolva esses hábitos com as garotas... Não realmente se envolvendo, somente querendo satisfazer suas próprias vontades, seus desejos. E também, vi hoje ele de novo sentado ao lado de sua cama com uma vela acesa revirando mais uma vez o baú de seus pais. O estranho é que ele não chora... Eu nunca o vi chorar, nem mesmo quando ele caiu da árvore e quebrou o braço. Ele esconde as emoções e seus sentimentos muito dentro de si mesmo, e isso me apavora.”

É. Desde criança.

Revirou algumas poucas páginas até achar mais sobre ele:

“Eu conversei com ele hoje no meu escritório depois do ocorrido infeliz. Ele parecia extremamente calmo, como se nada houvesse acontecido. Estava decidida a dar uma bronca, mas uma luz veio e eu percebi que broncas não resolveriam com Edward. Então disse a ele que uma forma de honrar seus pais e mantê-los na memória era rezando por eles. Então disse que poderíamos rezar uma missa todo ano, no aniversário de morte deles, pela alma deles. Ele ficou quieto por alguns minutos, mas finalmente assentiu, concordando. Andrew logo acatou a idéia.”

Bella procurou alguma coisa que pudesse lhe explicar o que fora o “ocorrido infeliz”, mas não achou. Depois de algumas páginas, mais sobre ele. Ele era o assunto preferido de Mary.

“O diretor Hawking ligou hoje da escola de Edward. Disse que ele precisava ir buscá-lo, pois estava em detenção. Eu sabia que ele ficava isolado na escola, não se envolvendo e nem deixando os outros com ele. Alguns valentões viram-no passar e começaram a zombá-lo por morar em um orfanato – embora isso não o impedisse de ser um dos melhores da turma. Edward ignorou e continuou andando, até que os garotos começaram a perguntar “onde estão seus pais” em tom jocoso, e dizer muitas coisas maldosas, que fez com que ele perdesse a cabeça e partisse para cima dos garotos. Eram três contra um, e apesar de sair um pouco machucado, os danos foram maiores nos garotos assim ganhando ainda mais distanciamento dos colegas, que agora não mais se atrevem a mexer com ele.”

“Fiquei feliz ao vê-lo desenhando hoje, mas quando me aproximei para ver fiquei horrorizada. Estava dividido em duas partes: a primeira com sua casa pegando fogo e os corpos dos pais, e na segunda... Um monte de homens vestindo mantos olhando para um homem alto com temor. Depois de algumas conversas com outras pessoas, concluímos que o homem era ele no futuro... E os homens com medo seriam os assassinos de seus pais.”

“Estou tão nervosa. Hoje é o baile de formatura dele, e parece que uma garota recusou todos os convites para ir com ele. Apareceu aqui na porta e tudo, quase implorando que fosse junto, mas ele se recusou a ir, dizendo palavras feias e magoando-a. Edward aos dezessete anos é um dos garotos mais bonitos que já vi. Não é raro ver garotas da escola indo às missas da região somente para vê-lo, já que todos nós comparecemos todos os domingos. Mas ele as ignora, e somente as procura quando quer...Coisas. Conversei com ele sobre isso, mas ele somente revira os olhos e diz estar grande o suficiente para saber o que fazia.”

“Depois de todos esses anos, achei que ele houvesse superado, mas encontrei-o de novo revirando o baú com o olhar mais decidido que jamais havia visto...”

“Hoje Edward chegou a casa com um folheto de inscrição do exército. Pediu para que eu assinasse – já que precisava de uma assinatura de um responsável, já que ainda estava com dezessete. E tive um péssimo pressentimento que se não fosse necessário minha assinatura, ele nem viria me consultar. Eu sei que ele está querendo isso pelos motivos errados, tento conversar, mas é irredutível...”

“... Parece que ele foi aceito em tal de NSA. É aqui perto no estado de Maryland, e logo quando se formar vai direto para lá... Parece tão compenetrado...”

“Ele fez uma tatuagem e nem me contou! Na verdade só fui descobrir quando o dono da loja que o atendeu apareceu para entregar algo que ele havia esquecido.”

“Hoje ele vai entrar na NSA. Arrumou suas malas, e recusou minha ajuda. Não quis se despedir, e pediu que eu não fosse. Eu queria ir, dar o apoio que os outros pais estariam dando para seus filhos naquele dia, mas recusou. Acredito que queira se mantiver firme na convicção que seus pais foram mortos, e que está sozinho – o que digo a ele que não é verdade.”

“Ele sobe na hierarquia com uma rapidez impressionante. De fato, quando se tornou sargento veio de surpresa no orfanato com sua farda parecendo satisfeito consigo mesmo. Fiquei orgulhosa do meu menino... Ele era um homem formado, bonito, inteligente... Mas ao mesmo tempo fiquei preocupada... Acho que nunca deixaria de estar. Eu sei que por mais que esconda as coisas dos outros, em seu coração tudo está lá, pedindo para sair. Mas foram anos e anos de treinamento...”

“Hoje ele se tornou generalíssimo. Cheguei à NSA de surpresa e ele parecia tão lindo recebendo a terceira estrela. Conheci uma garota muita simpática, Alice, que quando soube quem eu era ficou surpresa e quando lhe perguntei o motivo disse, sem jeito, que Edward nunca havia dito que tinha alguém... De fora. Fiquei um pouco magoada, claro.”

Bella estava bem compenetrada na leitura e quando achou outra citação, leu-a em voz baixa:

“E eu rezo, senhor... Rezo todos os dias para que Edward entre no caminho certo. Livre-o de todas as mágoas, angústias e maus sentimentos... Ajude-o a encontrar alguém que o entenda e que possa salvá-lo dessa provação que ele mesmo se colocou. Sinto, ás vezes, que ele sabe onde está e como está... E se pune pela morte dos pais. Como se fosse culpa dele. Como se não estar lá na hora, o fizesse um traidor. Eu sei que ele sente que tinha que ter morrido junto com eles... E temo, tanto, mas tanto que um dia uma notícia dessas chegue a mim.”

“Uma mãe nunca deixa de se preocupar com seus filhos.”

Bella levou um susto e de fato deixou o caderno voar pelo ar. Rapidamente o recuperou e com um rubor nas bochechas notou a irmã Mary na porta olhando-a com um sorrisinho.

“É... Eu só estava...”

“Matando a curiosidade.” Ela disse se aproximando. Pegou carinhosamente o caderno das mãos de Bella e começou a folheá-lo. “Deve se perguntar por que falo mais dele do que os outros. Não é? Bem... Deve ser por ele ser um menino tão difícil. Eu sinto um carinho muito grande por todas essas crianças, e sinto muitas saudades quando elas abrem as asas.” Ela deu um sorrisinho nostálgico e sentou-se na cadeira de frente a Bella. “Mas eu me sinto como a mãe dele... A maior parte dessas crianças é órfã, mas nós trabalhamos para que elas cresçam felizes, saudáveis, divertidas, e com desejo de criar futuros diferentes...” Suspirou. “Mas Edward foi imune a tudo o que pudemos fazer... Ele era muito decidido. Irredutível.”

“Continua.” Bella comentou.

A freira riu. “É, acho que piora com a idade.” Brincou.

“VOLTA AQUI, ANTHONY!” Ouviram gritos ao longe e crianças correndo, rindo.

Bella mordeu os lábios. “Se me permite... O que foi o ‘ocorrido infeliz’ que aconteceu com ele?”

“Ah...” Ela se levantou e foi até uma mesinha onde tinha um bule de chá. “Ele fugiu do orfanato.”

Bella riu. “Acho que minha idéia original de crianças de orfanato é que elas tentassem sempre fugir.”

Ela sorriu e abanou a cabeça, voltando logo com duas canecas de chá. Entregou a de Bella, que agradeceu. “Ele fugiu e foi até um bairro aqui de Washington muito violento. Foi atrás de um grupo de... Maus elementos, se assim posso dizer, para que estes ensinassem a ele a fazer... Coisas ruins e assim ele pudesse viajar para a Itália.”

“Para os Volturi.” Bella completou automaticamente.

A freira olhou surpresa para Bella por cima da xícara de chá. “Ele contou-lhe?”

Bella ficou um pouco desconcertada, até assentir.

“Que estranho...” Mary murmurou bebericando mais um pouco. Aquela mulher em sua frente sabia muito sobre Edward... E era como se ela chegasse a entendê-lo. Quando os viram juntos naquela madrugada, soube na hora que havia alguma coisa. Só no modo como se olhavam e se portavam e nas coisas que percebera na conversa com Edward. Havia alguma coisa muito forte entre os dois, não tinha dúvidas.

“E como vocês acharam-no?”

“Um amigo da paróquia mora por aqueles lados e pegou-o.”

“Tem certeza de que ele não pediu a ajuda dos criminosos? Ao invés de só pedir que o ensinassem?”

Mary negou. “Edward queria que o ensinassem para fazer sozinho. Ele acredita, até hoje, que tudo o que é importante tem que se ser feito só por ele. Ninguém pode ajudá-lo a fazer.”

Fazia sentido.

“E essa missa... Quando é?” Bella se lembrava bem do início em sua estadia na NSA, quando o general sumira por alguns dias e Alice comentara que um homem que pedia que rezasse uma missa de ação de graças aos pais todos os anos, não podia ser alguém sem coração.

“Na terceira semana de janeiro.” A freira respondeu.

Era estranho Bella imaginar o general como alguém que freqüentava igrejas. Mas sabia que ele não freqüentava, com exceção, claro, da missa dos pais. Bella brincou com a idéia de que se o general fosse católico, ela viraria evangélica, só para provocá-lo. Seria bem típico dela.

Depois de alguns instantes em silêncio, Mary começou: “Ficamos surpresos com o que você fez lá na cozinha.”

Bella estava torcendo para que não tocasse nesse assunto. Limitou-se a dar de ombros e continuar bebericando o chá. Mary observou-a divertida, percebendo como estava evitando encontrar seu olhar. Falara tudo àquilo em um impulso. Ótimo.

“Andrew e as noviças perguntaram se você... Huh teve algum tipo de relacionamento com ele.” Pelo modo como falou e a olhou sub-repticiamente estava na cara que também queria saber. “Andrew acredita que talvez ele tenha afastado você, e depois virado noviça. Mas sei que não é assim.”

Bella não encontrou seus olhos ao responder: “Eu só... Acho que devia aquilo a ele.”

“Por quê?”

“Porque ele me ajudou...” Bella então suspirou e completou. “Muito.” Confessou.

A freira assentiu e sorriu. “Ele tem um coração de ouro... Só não admite, ou deixa os outros verem.”

Ficaram algum tempo olhando para o fogo na lareira e bebericando o chá e Mary ficou pensando com seus botões que talvez aquela moça fosse a mulher certa para Edward. Estivera observando-a durante os dias que ali passara, e percebera traços de sua personalidade forte que a satisfizeram. Queria muito saber como realmente se conheceram e chegaram até ali, mas sabia que seria impossível saber no momento.

Desconfiava brevemente que talvez fosse algo... Não tão dentro da lei, mas nada poderia dizer. Mas seja o que fosse que os dois estavam envolvidos, talvez aquela fosse sua chance. Ela queria que um milagre acontecesse na vida de quem considerava seu filho, e acreditava que aquela linda mulher de olhos castanhos era o milagre.

Por isso rapidamente bolou um plano.

Respirou fundo, largou a xícara na mesinha e se aproximou de Bella pegando em suas mãos. Seus olhos azuis se revelavam enormes atrás dos óculos de grau, e sua face parecia ter envelhecido alguns anos.

“Querida... Apesar de tudo, eu confio em Edward imensamente e por isso te acolhi aqui. Eu sei que... Se ele fez isso, é porque você de algum modo é importante para ele.” Bella somente olhou-a, sentindo uma leve dorzinha no coração. “Você viu a situação na cozinha... Andrew gosta muito de Edward, é verdade, mas ele não consegue entender as coisas como eu entendo... Eu o adotei como meu filho, entende? E me preocupo tanto...”

“Eu sei.” Disse em um murmúrio de voz.

“Eu fiquei surpresa ao ver como você conhece tanto sobre ele... E vejo os dias, os anos passando, ele envelhecendo... Daqui a pouco tem trinta anos, e ainda está envolvido nisso da máfia.”

E se a freira soubesse que estava conversando com uma ex-mafiosa? Ops...

“Por isso eu peço sua ajuda.”

“Minha ajuda?!”

“Sim... Entende a minha surpresa quando o vi a trazendo aqui? Você é a única pessoa que eu conheço que é tão próxima a ele... Não sei o quanto vocês são ligados, mas eu peço como mãe que você tente ajudá-lo. Em nossas vidas existem pessoas que são capazes de enxergar e tocar nossos corações, sejam nossos pais, nossos amigos ou conjugues... Eu, não consegui. Eu queria que você tentasse. Ele precisa de um sentido real a sua vida. Todos merecem uma chance de viver. Edward precisa da dele.”

Bella sorriu desconfortável. “A senhora ainda acha que esse alguém é eu?” Realmente não conhecia a história.

“Não estou achando nada.” Deu de ombros e deu um sorrisinho. “Só peço que...” Umedeceu os lábios enquanto pensava um pouco. “Você tente... Ajudá-lo.

“Mas não posso fazer nada.”

“Talvez não...” Suspirou. “Mas tente, porque por dentro continua sendo o menino de cinco anos que estava na porta do orfanato com todos os sonhos destruídos.”

“Ele não parece nenhum menino, irmã. Ele sabe se cuidar.”

Ela sorriu. “Bella, não engane a si mesma. Você mais do que ninguém sabe que sim. E isso ficou claro em seu... Discurso. E temo que você seja a única chance dele.”

Bella engoliu em seco. “Eu não posso fazer com que ele desista dos Volturi...” Sussurrou, sentindo de repente um estranho sentimento de derrota. Não podia fazê-lo desistir, porque ela também estava no mesmo barco. “Não posso fazer ele simplesmente mudar como tem vivido, porque não tenho morais tão boas também. Não sou a pessoa para isso.”

Mas também... Por que ela? Por que tanto insistia que fosse justamente ela quem pudesse mudar o general? Por um momento considerou a idéia de informá-la quais eram exatamente as razões para estar ali, mas não conseguia falar.

“Você não pode... Ou tem medo?” Questionou.

“Claro que não! Eu...” Engoliu em seco. Mas que raio de freira! Por que ela teria medo de alguma coisa? Por acaso tivera medo de enfrentar a maior organização de segurança do mundo? Por que teria medo de... Sentimentos, ou lá o que aquilo seja?

“Venha.” De repente a freira se levantou. Bella olhou-a, confusa. “Você precisa ver um lugar.”

“Acho que é melhor eu não sair do orfanato...”

“É aqui perto. Esse horário as ruas estão bem vazias, se é isso que a preocupa. Eu preciso lhe mostrar um lugar.”

Bella acabou seguindo-a. Pegaram alguns fortes casacos e saíram pela rua. A neve já estava alguns centímetros acima do chão e o natal prometia vários bonecos de neve. De fato, as crianças só poderiam começar os seus no dia seguinte quando houvesse o suficiente.

“Para onde vamos?”

“Um lugar que retrata exatamente o que estava falando.” Respondeu, enigmaticamente.

Ao lado da pequena senhora, andou por residências de todos os tipos pelas ruas de Washington. Andaram umas cinco quadras e a criminosa de repente se viu quase em um sonho.

Um menininho loirinho andava de mãos dadas com a professora, com o uniforme da escola e um desenho de sua família embaixo do braço.

E de repente o menino, na verdade era Bella caminhando pelas mesmas ruas que ele, vinte e cinco anos depois.

O menininho olhava as casas conhecidas ao seu redor e cumprimentava alguns amiguinhos. E então no lugar dele surgia Bella, andando em uma rua igual, mas menos arborizada e com as casas um pouco diferentes.

O menino ouviu gritos e dobrou a esquina de sua rua. Então era Bella dobrando a mesma esquina.

Na mente dele sua casa era grande, bonita, com dois andares em tons azuis e branco. Só que quando dobrou a esquina o que viu foi a casa pegando fogo, como em uma grande explosão e vizinhos e transeuntes gritando enquanto os bombeiros chegavam tentando aplacá-lo.

E então era Bella, mais de vinte anos depois, olhando para um terreno entre duas casas modernas. Neste havia o que pareciam ser restos de uma casa... Os pedaços de madeira enegrecidos... O sinal de destruição em meio a casas modernas... A negritude intocada há mais de vinte anos, coberta por finas camadas de neve.

O que sobrara da casa da família do general.

Logo Bella sentiu uma enorme vertigem. Uma dor de cabeça assaltou-a ao ver aquilo... Não podia acreditar que...

“Sim.” Mary que estava ao seu lado completou seus pensamentos. “Isso é o que sobrou da casa. Edward herdou o terreno, e sempre se recusou a vendê-lo, ou ao menos de tirar os escombros.”

Aquilo era... Era... Doentio.

Vinte cinco anos se passaram e ele se recusava a... Céus!

“Sempre quando ele se desmotiva, ou há problemas... Eu sei que vem aqui, e pode ficar olhando durante horas... Horas... Relembrando aquele dia... Relembrando do que ele tomou como missão na vida.”

“É... Errado.” Foi tudo o que Bella conseguiu dizer, pois parecia errado... Terrivelmente. Ninguém podia se prender tanto ao passado daquele jeito. Ali deveria estar tudo novo, outra casa... Outra família, outras vidas. Um novo começo.

“Os vizinhos reclamam, mas têm medo de Edward. Foram reclamar para o governo... Mas não há muito que se possa fazer. É uma área nobre de Washington, e há bastantes compradores, mas mesmo assim... Continua aí” A freira comentou tristemente.

Bella ficou alguns minutos olhando aqueles escombros e sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Vinte e cinco anos atrás estava nascendo. Durante bons vinte anos vivera na máfia... Que não só matara seus pais e destruíra sua vida, mas a do general.

Bella nunca conseguiu entender o general tão bem quanto naquele momento.

A freira colocou uma mão gentil em suas costas e foi guiando-a de volta ao orfanato. Em silêncio, várias coisas passavam pela mente de Bella.

Ao chegar à porta do prédio, a freira virou-se, pegou em suas mãos e comentou:

“Ele é um homem de sentimentos muito profundos. Quando ele odeia... Ele realmente odeia. Mas ele também é o tipo de homem que é difícil amar alguém. Mas quando amar vai ser somente uma vez na vida. E para sempre.”

“Eu...” Bella começou totalmente incerta. Era tanta informação para sua cabeça. Tudo se confundia... Tudo se misturava. Era como um grande peso que havia sido jogado em seus ombros, e não tinha nem a mais remota idéia de como administrá-lo. “Eu... Não sou a pessoa certa. Não consigo cuidar nem de mim mesma... Eu... Não posso.” E era verdade... O que pedia era ridículo e inadmissível! Queria que ela conseguisse destruir os muros que o general construíra em sua vida... Mas o que ela sabia sobre aquilo? Ela mesma estava se corroendo pelo desejo de vingança pelos Volturi, não era uma pessoa boa e sensata – como Mary pensava. Era uma foragida federal, pelo amor de Deus!

Não conseguia olhar para a senhora, mas sentiu que endurecia e soltava suas mãos, deixando-a sem apoio. O vento frio fazia-a estremecer, e queria estar em uma cama bem quente com uma grande lareira ao seu lado.

“Talvez eu tenha me enganado...” Mary disse depois de observar cuidadosamente a mulher em sua frente. “Talvez você não seja a pessoa certa para ele. A mulher de Edward tem que ser alguém corajosa, com fibra... E que não tem medo de assumir o que sente e o que pensa.”

Bella levantou os olhos, surpresa.

A freira deu de ombros tristemente e recuou. “Desculpe. Acho que me enganei com você.”

Deu um último olhar pesaroso e entrou na casa. Bella abriu a boca para dizer alguma coisa, mas fechou, instantes depois. Pois sabia que se falasse... Diria que poderia sim ser uma boa mulher para o general.

28 comentários:

Venny disse...

estou ansiosa pelo proximo!!!!! A freira e mesmo safada!! A tentar arranjar um par pro gege kkkkkkkk

Alice Luttz disse...

Muito legal né. Cara ja esta chegando a parte onde a Natalia terminou de postar. E por isso queria perguntar a Alice se aqui vai continuar postar ou vai esperar. Nossa a Natalia domora muito tempo para postar um unico capitulo. Ainda bem que alguns e longo mais tres meses e muito. Prefiro os curtinhos. KKKKKKKKK'

Yasmin disse...

freira safada e eu que achei que pessoas que seguem a vida religiosa são santas que nada estão mais pra safados isso sim kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk brincadeira sei que tem muito pradre safado fazendo o que ñ devia com crianças

Yasmin disse...

nossa é isso que da ter uma semana de provas e trabalhos pra entregar sendo que so fazem 3 semanas que minhas aulas começaram nem vi que 2 temporada começou "os professores são maus"!!

Alice Luttz disse...

Nossa Yasmin os meus tambem são maus mais não ligo para eles. Mais e verdade tem padres que faz coisas que não deveria e o que tem que fazer não faz né. Por que o Padre Edward Cullen não larga logo a batina.

Nikita disse...

cara ...pessoal dai de baixo ta falando mau dos professores!!!!q coisa!....+ E A VERDADE , CARA ...TRABALHO???A GENTE AINDA TA EM 2010 SEGUNDO DO COMERCIAL DA FOX!!!RSRSRSRS(+ PARA MIM TBM )
PO... EM CONSIDERAÇÃO A ISSO A NAT PODERIA ESCREVER LOGO NÉ????
POXA!!!!
NINGUEM AI TEM O CEL OU O E MAIL DELA NÃO???
coitada da garota ...iria ficar loUCa de tanto eu encher o saco dela!uahuhauahuahuahauh
+ falando do capitulo!!!!!
safada mesmo a senhorinha ...+ eu gosto de mary ... acho q ela pode ajutar futuramente...não sei ,+ a bella e muuuito lesada mesmo hem???
cara ...ta na cara q ela gosta dele!!!
amooo as senas piicante dela com o gege!!!
a naty poderia mudar os nomes dos personagens e publicar o livro...eu compraria!!!!

Hermione disse...

De tudo o que li que a Natália escreveu, esse na minha opinião foi o capítulo mais bonito, adorei os escritos da freira sobre o garoto que lhe preocupava e como Bella se envolveu com a leitura e foi pega de surpresa mais por si mesma do que pela freira, acho que agora Bella finalmente começará a sair do seu estado de letargia afetiva!!!!!

Hermione disse...

Bem Lice.... dando um tempo na Infiltrada, dá pra por De Repente Religiosa em dia... kkkkkkkkkkk
Fala a verdade se não dá maior saudades das férias, a gente na moleza lendo história diariamente... agora são 3 vezes por semana e eu não dou conta.... Aiiii que raiva...

Alice Luttz disse...

Cara ja esta no vinte acho que nem no quinze..... Caracas. Na proxima segunda eu vou ler só de repente religiosa... Nada de trabalho... Outros fics... Mais de repente religiosa esta ficando para tras por que as burrices da Bella estava me deixando ainda mais burra.... Eu tambem não estou dando conta e o que passo a tarde toda no pc imagina se nao fosse?
E estou achando que a Bebetty e a Leticia morrenram. Cara elas sumiram. Sera que foram fazer uma visita para o Cedrix (Cedrico)? Ou eu quero tambem?

Leticia disse...

OIii mininass*-*
LIce ando meio sumida pq tbm não to tanto conta tenho trabalhos inumeros pra fazer tenho e ta meio dificil de ler não to tanto conta tbm e tbm fio boa prte no pc :S Mrus profesores estão querendo me matar de anto trabalho ja pastava anatalia com suas fics agora meu professores tbm amsi ja consegui acompanhar tudo ja li os cap. que valtava pra mim chegar ao vinte de De Repende... Religiosa...

Agoraa sobre o cap. Eu ameii foi lindo Foi muito perfeito o descurso ta Bella depois dessa ela tem que acordar e ajudar o gege, meu deus louca pelo proximo capitulo não vejo a hora *-*

Geise Kelly disse...

pessoal vocês não sabem como a infiltrada vai ficar legal, eu só não conto porque esse é o papel da altora, mas gente pelo que eu li dos outros capítulos vocês vão cair pra trás quando descobrirem o que vai acontecer, vai ser muito legal!!!

Alice Luttz disse...

Gata esta dificil a resposta por isso respondo aqui.
Meu eu sei e ja tive um treco. Cara e surpreendente e ainda vai demorar e estou linda né deixando voces meio curiosas maos eu ja tinha falado que isso ia acontecer....

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Aaaaaaaaaaaaah, generaaaaaaaal, eu pxonei poti!!!!
me joga na parede e me chama de novatooooooooooooooo
tah, parei
mas ta ficando cada vez melhor, sério
ushauhsuhuahs' eskeçe o momento sonho alie^^
<3

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

eu kero meu general, qnd ele vai vir???
morrendo de abstinecia aki!!!

Yasmin disse...

Quando será postado o pro-cimo capitulo?

Hermione disse...

Oi Leti... que saudades miga! Sei exatamente pelo que está passando, também me vejo atolada de compromissos por todos os lados! Mas, dá uma fugidinha de vez em quando pra ler e comentar com a gente aqui! =)

Alice Volturi disse...

Domingo! Agora os dias de postagem são terças, quintas e domingos! ;)

Alice Luttz disse...

Raibon do ceu voce esta me matando de rir.
Mais desculpe vai ter que ir pro final da fila.
Eu sou a primeira dessa fila enorme. E vai demorar pro Gege sair daqui de casa.

Leticia disse...

Pode deixa Mione vou dar um jeitinhoo sim pra ler e comentar *-* Bejoss gataa

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

NOSSA! BARNEI AINDA NÃO VEIO ME PINTAR DE ROXO... :(
Q VELHINHA ESPERTA! JOGOU A BELLA NA PAREDE! RI MUITO COM A BELLA NO INICIO ''CADÊ MEU CBELO?'' KKKKKK FOI MITO ENGRAÇADO! TOMARA Q O EMMETT E O GEGE VOLTEM A SE FALAR,MESMO EU ESTANDO COM MUITA RAIVA DO EM,EU NÃO QUERO Q ELES FIQUEM BRIGADOS! POXA,ELE NÃO TEM CULPA! ISSO É FALTA DE MULHER! LOGO A ROSE VAI APARECER E ELE VAI ENTENDER O EDWARD ;)

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

eu idem! to super ocupada chego exausta do colégio! vou tentar me atualizar no blog até amanhã q é dia de post. novo! beijo meninas to loka de saudades!

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk q saudade de vc miga!
acabei de me atualizar nessa fik,isso q dá ir pro mundo mágico passar um tempinho com o CEDRICO!KKKKKKK

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Alice, fofa qrida minha q adora falar!!!
Concorda cmg q eu toh loca, néah? Então... Como uma loca varrida q não sabe mto bem qual o caminho do sanatório, q já foi exorcizada no msn pela best, e q tenta arranjar uma desculpa pra bater o carro do pai e levar pra oficina do Ed... eu digo a vc: SAI DAKI Q ELE É MEUUUUUUUUU!!! O.O
Ah, meu dlç num sai da minha kbça!!!!! Ele esqceu quem ele era depois de ontem a noite, então eu axo q vai demorar um pouco pra ele chegar até vc... =D
A amizade continua a msm, tá? usahushuahsashuahs' Adoooooogo vcs tds!!!!
Oto recado pro Ed, eu mudei akele q escrevi antes: Gege, me ensina boxe, me joga no ringue e me chama de novatoooooooooooooooooo
Ui sdç
ksopakspokapoks
;B

Leticia disse...

Uii a disputa da forte pelo Ed não é msm Lice e Rain... bom eu não to nessa disputa podem ficar com ele sei que a dispota pelo Ed é forte então abro mão... E fico com o Jaz acho ele lindo *-* Meu filhode um paimente lindo!!!
rsrsrsrsrs

Nikita disse...

hummm...domingo e´hoje!

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Leticia, isso msm, nem vem!!!!
husuahushausuha'
To travando uma batalha com a Alice... ou não... num sei, ela ainda num respondeu. Qnd responde eu vo sabe se é msm ou não...
Mas vc tá superhipermegaultra certa qd diz q o Jazz é filhodepaimente lindo!!! (olha eu akie já me metendo em braga de nvo!!! rs)

Alice Luttz disse...

Amo escrever mesmo.
E cara voce esta louca. O GEGE e MEUUUUUUUU!!!!
E Bebetty minha amiga que odio voce entra quando eu não estou e Barnei pinta ela loogo de roxo ou eu pinto. Raibon quer perder a cabeça e não ir para um clinica psiquiatra e sim para um enterro? Ora o Gege e meu. Nossa eu escrevo em? Vou começar a usar meus talentos.

Alice Luttz disse...

Rai eu poderia ser uma otima amiga e te dar o general e ficar com o padre, mas o padre nbão tem a mesma pegada então ate voce me convenser do contrario nossa batalha esta treavada..... E NÃO LARGO O OSSO FACIL. Nao pude responder pois tive uma festa do pigama e na hora que entre tu não estava.

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