A Infiltrada 2 - Capítulo 07: Pequenos Novatos

Please, come home for Christmas - Bon Jovi.

Os sinos irão anunciar as boas notícias
Ó, mas que Natal para se sentir triste
Minha gatinha se foi, eu não tenho amigos
Para me desejarem felicidades

Os coros cantarão "Noite Feliz"
Aqueles cânticos natalinos a luz de velas
Por favor, volte para o Natal
Por favor, volte para o Natal
Se não for para o Natal
Que seja para a noite de Ano Novo

Amigos e companheiros mandam lembranças
Tão certo quanto as estrelas que brilham no céu
É Natal, é Natal meu caro
A época de estar com as pessoas que você ama

Então você não vai me dizer
Que nunca mais vai andar sem rumo?
Natal e Ano Novo
Nós te encontraremos em casa

Não haverá tristeza, mágoa ou dor
Eu ficarei feliz por ser Natal mais uma vez...

“BELLA, BELLA! OLHA O QUE EU FIZ!” Quando a criminosa virou-se na direção da voz, de repente tudo ficou escuro e gelado.

“Aaaaaah!” Esperneou ao sentir a bolada de neve na cara. Por que mesmo se voluntariara para tomar conta das crianças enquanto brincavam no pátio, agora coberto por camadas e camadas de neve?

Ah sim... Porque se não fosse aquilo, teria que ficar na cozinha preparando as coisas para a ceia. E não queria por dois motivos: Ainda gostava imensamente de sua mão e de seu rosto – e não estava a fim de se queimar de novo – e outro motivo era porque provavelmente Mary estaria lá.

Não que Bella não quisesse ver a freira, tá bom... Talvez estivesse a evitando. Não queria ver olhares de reprovação ou situações confusas... Já tinha tudo por si só.

“Não. Não! NÃO!” Gritou quando percebeu um monte de pivete com bolas de neve na mão prontas para o bombardeiro em que o alvo era ela. Talvez tenha percebido tarde demais e quando tentou escapar, acabou caindo de cara no chão.

Humilhada, ouviu as risadas divertidas dos moleques. Trincando os dentes com força, percebeu que estava sendo vencida por um bando de gente menor que um metro e quarenta. Poxa! Torcia para que não existisse nenhum “sindicato dos criminosos humilhados”, pois senão teria logo que entrar em um deles.

“Ok... Ok... Vocês querem guerra?” Disse parecendo séria quando se levantou. Os meninos colocaram a mão para trás e fizeram caras inocentes. Bella quis continuar séria, mas foi um grande esforço para isso. Os cantos de sua boca tremeleavam na vontade de rir. “Certo...” Disse despreocupadamente. “Acho que me rendo!” levantou as mãos para o ar. “Não sou boa o suficiente para vocês, ó campeões de bolas de neve!”

Rindo foi para o outro lado do orfanato, escondida. As crianças ainda não foram procurá-la, então rapidamente pegou o hábito, dobrou e enfiou na calça que usava por baixo para esquentar. Esticou as mangas e fez uma pirueta com o véu. Como ela poderia entrar em uma guerra com um monte de pano atrapalhando?

Agachou-se e começou a capturar um monte de neve, colocando dentro de um balde que achou por ali. Haha, eles veriam só!

“ACHEI A FUGITIVA!”

“MEU DEUS!” Bella se assustou tanto, mais tanto que jurou que pulou dois metros e ainda segurava a mão no coração. Ergueu os olhos e encontrou um menininho arteiro, o Tony que parecia satisfeito por tê-la achado e iria já contar para os outros.

Poxa... Deveria ter um respeito pelos mais velhos ali, não? Ela quase pensou que realmente haviam a achado. Alguém que logicamente tinha mais de um metro e cinqüenta.

“Espera Tony!” Chamou o garoto quando controlou a respiração. “Não conte aos outros! Vamos montar uma equipe, você e eu! E derrotaremos todos nossos inimigos!”

O menininho cruzou os braços de encontro ao peito e arqueou uma sobrancelha. Bella meio que levou a cabeça para o lado como um cachorrinho confuso vendo a semelhança com alguém. Ohmeudeus, e se ele fosse filho do general?

E se... Em uma daquelas escapadas atrás da igreja ele tivesse feito mais do que...

“Você acha que eu tenho o quê? Cinco anos?” Questionou. “Ei, porque está me olhando assim?”

“Ah... Nada.” Bella engoliu em seco. “Vai, Tony! Nós somos o lado negro da força, juntos, unidos venceremos todos que nos enfrentem!”

“E o que eu ganho com isso?”

As semelhanças só estavam aumentando...

Bella pensou em alguma coisa enquanto olhava ao redor. “Um doce?” Questionou. Lá vai se saber o gosto de crianças hoje em dia? Espera... Ela lá sabia o gosto de uma criança de qualquer época?

O menino pareceu pensar. “Que doce?”

“Pelo amor de Deus!” Exclamou pegando o balde cheio de neve ainda não congelada. “Eu lhe dei a oportunidade, meu caro soldado, de juntar-se a mim e ao poder... Não aceitando, agüente as conseqüências!”

Fez uma saída dramática, até que o menino a puxou pelo braço. “Ok! Ok!” Exclamou.

Menino esperto!

“Temos um trato?” Questionou com a mão estendida.

“Feito!” Ele sorriu.

A guerra de neve poderia ter sido definida em uma só frase: Eles foram arrasados.

Poxa... O começo foi bom para o lado de Bella, porque tinha um monte de neve que quase soterrou o líder do outro grupo. Mas eles eram mais numerosos e menores, e a coluna de Bella não ajudou muito.

Mas foi divertido... Ok, Tony foi um traidor, era verdade. Vendo que estava perdendo, decidiu aliar-se ao inimigo. Quando falou que iria processá-lo, somente lhe mostrou a língua.

No fim, foi tudo muito divertido, até as freiras saírem correndo do orfanato e ir socorrer Bella que estava sendo enterrada viva na neve, e um boneco de neve – que era a lápide – estava sendo construído.

Bem... Depois daquele tempo no orfanato percebeu que se tudo desse errado não viraria prostituta, poderia virar babá! Professora de parquinho! Realmente estava fazendo bom um trabalho ali, como entrar em discussão com um menino de oito anos sobre quem era melhor: O Mário ou o Luigi.

Bella não fazia a mínima idéia da diferença entre os dois, mas como uma boa negociante começou a apontar detalhes que a personagem deveria ter. Como olhos, nariz... Boca... “Ele tem olhos, então é melhor!” Ok... Foi totalmente patético.

Depois de um banho bem quente, foi ajudar nos últimos detalhes da árvore enorme de Natal que estava no meio da sala de estar. Havia uma lareira com um bom fogo crepitando, e quando ninguém estava vendo Bella discretamente virava as costas para ela e ficava observando o teto.

Quando entrou na sala, viu a irmã Mary mexendo em várias caixas de papelão contendo enfeites. Pensou em dar meia volta e quebrar uma perna, mas uma pontada surgiu em sua cabeça. Precisava saber de algumas coisas...

Engolindo em seco se aproximou e começou a mexer nos enfeites e colocar na árvore sem olhá-la. Mary deu um sorrisinho de cumprimento e a criminosa ficou pensando o que exatamente perguntar, até dar de ombros, parecendo casual.

“O gene... Digo, Edward costuma passar o Natal aqui?”

Mary negou tristemente. “Não... Você ouviu o que o padre disse.”

Idiota. Idiota. Ela ouvira, mas queria é saber se não dissera a ela alguma coisa sobre este natal.

“Então...” Pigarreou. “Você disse que... Huh... Eu estava pensando...” Ugh. Vamos Bella você já enfrentou situações piores que essa. “Que mães geralmente enxergam os filhos além do que são, e...” Aquilo não estava dando certo.

“Quer perguntar alguma coisa, querida?” Ela incentivou encarando-a com os olhos azuis.

“Não, eu só... Estou comentando que mães geralmente querem o melhor para os filhos e talvez o ‘melhor’ não exista.”

Evitou encará-la, e depois quando houve vários segundos de silêncio, lançou-lhe um olhar pelo canto do olho. A freira percebendo, olhou-a parecendo curiosa.

“Sobre o que exatamente você está falando?”

Ah não.

“Nada em especial...” Desconversou pegando um guarda-chuva listrada de vermelho e branco. Não conseguiria aquilo.

Então a freira suspirou e olhou-a. “Você já ouviu falar em um pensamento assim: ‘Para cada homem há um tipo exato de mulher?”

Assentiu.

“Bem... Todas as mães querem os melhores para os filhos, e este melhor pode ser traduzido como esse tipo exato que cada um tem.”

“Mas...” Limpou a garganta, desconfortável. “Como sabemos quem é o seu tipo certo?”

A freira deu um sorrisinho enigmático. “Eu não sei. Sou uma freira, lembra-se.” O sorriso se alargou e depois foi degradando ligeiramente. “Mas sei que muitas vezes quem achamos que é, não é. E quem achamos que não é, é.”

Bella franziu a testa, confusa.

“Bem, é melhor deixarmos isso de lado.” Sorriu levantando-se e dando um tapinha em seu ombro. “Ah, e me desculpe pelo papo de anteontem... Não deveria ter falado nada para você.”

E se foi. Bella bem percebeu que ela não falou “me desculpa por ter falado aquilo”, porque aí poderia ser o que falara antes de virar-se “você não é mulher para ele” ou coisa assim. Ela se arrependia de ter falado tudo.

Amargurada, sentou-se no chão sozinha perto da lareira se perguntando qual seria o tipo do general. E ao pensar nele, sentiu algo estranho no peito.

Tentava evitar pensar nele nos dias que estava ali... Tentou ser uma pessoa extremamente feliz, realizada, alguém quedefinitivamente não queria um cara arrogante ao seu lado.

Mas o problema... A porra do problema era que queria

Ficava pensando como estavam as coisas na NSA. Como ele estava... E se alguém tivesse pegado ele? E se McCarthy houvesse feito as pazes e em um ataque de lealdade ao país resolvesse entregar tudo? E se nesse exato momento alguma equipe especial estivesse vindo para o orfanato pegá-la e mandá-la direto para um Supermax? (Porque ainda achava que se fosse presa, que fosse um presídio de segurança máxima.)

Suspirou e sentou-se de frente para o fogo. A ironia de tudo era que desde começo odiara o apelido que o general a chamava, mas agora, o que mais queria era ter ele ao seu lado murmurando “novato”.

Era véspera de Natal. Não sabia se ele vinha... Não sabia nem quando o veria de novo. Disse que “viria buscá-la depois”, mas quando seria esse depois? E poxa... Ele bem que podia passar ali para ver Mary, não era? Não fazia aquilo há anos, e sabia que a freira sentia falta de tempo de qualidade com ele... Não dez minutos em uma madrugada com bagagem – ela – nas costas, ou em uma missa de uma hora uma vez ao ano.

Também... Ele podia ir lá pelo menos para dizer que estava vivo! Que o plano correra bem e que não tinha que começar a se maquiar logo porque a imprensa estava chegando junto com os agentes do governo. Porque também achava que deveria estar muito bonita se o momento chegasse.

Ela precisava saber o que estava acontecendo na NSA! Jasper... Alice... Derek... Por que ele não vinha?

Olhou no relógio e começou a ficar impaciente à medida que o tempo passava. Toda vez que havia uma batida na porta se sobressaltava achando quem era... Mas era algum maldito entregador, ou alguém da paróquia.

“Bella, está tudo bem?” Catherine perguntou.

Assentiu.

Também não conseguia se esquecer da cena horrorosa que fora ver a casa destruída depois de vinte e cinco anos. Sabia das extensões do ódio do general, mas a casa era realmente... Impressionante.

Também estava com raiva dos Volturi, mas nem por isso fizera um boneco de Vodu para cada um deles, embora a idéia lhe passasse pela cabeça.

Mas o que ela estava pensando? Seus pensamentos não eram nada coerentes!

“Vamos jogar campo minado?” Um garotinho perguntou, mas Bella abanou a cabeça e levantou-se indo para o quarto. Já estava escuro e dentre poucas horas seria a ceia... Daqui a pouco todos sairiam para a missa natalina, e não poderia ir, nem se quisesse.

Ficou lá em sua cama fazendo dobras no lençol tentando codificar todos seus sentimentos. As imagens de dois dias atrás, junto com as do último ano voltavam a sua mente constantemente.

E se ele estivesse vindo para cá e o carro derrapado na neve? Não era impossível considerando como dirigia.

E se ele estivesse realmente na cidade... Mas em algum bordel barato de meio de esquina chamando uma puta qualquer de novato e mandando ver?

Arg! Pára Bella, ordenou a si mesma. Isso não leva a lugar nenhum...

Mas não pôde evitar vários pensamentos como... Quem aquela freira pensa que é para achar que eu não posso estar aos pés do general? Quem não estava aos pés dela, era ELE, cacete!

Uma hora depois, totalmente sozinha no orfanato, os pensamentos já estavam ficando irritados.

Quando já estava perto da ceia, já queria socar alguma coisa.

Será que ele não tinha um pingo de consideração por Mary?! Será que ele não podia vir e calar a boca do padre Andrew?!

E por que raios estava pensando nele? Quem liga para o general Cullen, afinal? Quem quer que ele venha para o Natal?

“EU QUE NÃO!” Gritou alto demais, mas logo se lembrou que estava sozinha. As crianças chegaram e animadas começaram a puxá-la para a sala, e foi... Desanimada.

Ele realmente poderia ir, não?

Inferno!

“Vamos rezar!” Mary pediu já em volta da mesa e todos deram as mãos enquanto secavam a enorme ceia ali presente. Em pensar que tudo aquilo fora pago com o dinheiro do general.

Depois de rezar, a freira disse: “ATACAR!”, mas Bella gritou um “ESPERA!” antes que alguém pudesse sequer mover um músculo, ganhando um muxoxo de todas as crianças que já salivavam pelo peru. Estava bonito mesmo... Bella poderia dizer que se queimou ajudando a fazer ele, era algo útil, não?

Todos olharam chocados para ela que engoliu em seco. “Hm... Eu acho que...”

“Algum problema, querida?”

“Está com alguma dor?”

“Não, não.” Abanou as mãos. “Eu só acho que... Devíamos esperar.”

Todos se entreolharam e o padre Andrew que estava ao seu lado – e não gostava dele – colocou a mão no seu ombro.

“Todos já estão aqui.”

“Não.” Virou-se para ele com desafio nos olhos. “Está faltando quem pagou por tudo isso aqui.” Respirou fundo. “Eu só acho injusto começarmos... Sem ele.”

Mary demorou alguns segundos para perceber de quem estava falando. Um sorrisinho discreto brotou em seus lábios. “Ele não vem, querida.”

“Eu acho que ele vem.” Disse com uma confiança que não sabia de onde vinha.

“Querida, sei que...” O padre começou, mas se calou. “Ele nunca vem.”

“Mas é injusto! Esse Natal só está acontecendo porque ele pagou!”

“QUEREMOS COMER! QUEREMOS COMER!” As crianças começaram a protestar.

Mary então franziu o cenho e suspirou: “Ela está certa. Vamos esperar que...” Deu-lhe um olhar inseguro. “Ele venha.”

Enquanto esperavam, tentaram ligar para o celular dele, mas estava dando ocupado. Um pensamento brotou na mente de Bella logo quando soube do ‘ocupado’: O bordel.

Começou a ficar irritada e extremamente chateada a cada minuto que passava e a porta continuava fechada. Por que diabos fizera aquilo? Ele NUNCA vem, por que ele viria justo naquele ano?

De repente se sentiu uma idiota. Todos estavam morrendo de fome e estava lá os prendendo. O general não ligava para o orfanato, para as pessoas que o criaram e não tinha nem o desplante de ir até ela e desejar um “feliz natal, novato.”

Com certeza estava em outro estado, na sua casa, com três vacas peitudas fazendo sabe se lá o que com ele, enquanto ela, as freiras, o padre e as crianças esperavam que ele criasse um censo de... Dever.

Sem coragem de encarar os outros, disse que era melhor comer. Mary abraçou-a e depois foram até a mesa, mas Bella não estava com nenhum apetite.

Olhando para as pessoas ao seu redor lhe recorreu que não conhecia nenhuma delas. Estava ali há uma semana, teve momentos bons, e lhe acolheram bem... Mas sentia um grande vazio dentro de si.

Vazio esse que não foi preenchido por nenhuma comida que colocou em seu prato. Depois da ceia, foram até a sala e ela tentou se animar com o pedido suplicante das crianças para abrir os presentes ali, e não ao amanhecer.

Tentou até fazer parte de um jogo de mímicas, mas apesar de superficialmente estar bem, rindo e brincando e tentando mostrar que esquecera o incidente da ceia, por dentro não estava assim...

Queria muito, muito alguma coisa. Mas não sabia exatamente o que.

Estava vazia... Estava cansada... E nem Tony e suas piadas conseguiram alegrá-la. Não eram eles... Era ela.

Nunca ficara assim, e estava se odiando por isso. Então decidiu deixar todos curtirem o natal feliz deles, e ficar em qualquer lugar sozinha, com sua mistura de sentimentos. Ninguém ali merecia uma criminosa poluindo o ambiente contente deles.

“Aonde vai, Bella? Venha jogar... Que jogo é esse?”

“Também não sei, mas parece legal!”

“Não,” Tentou sorriu. “Eu vou... Tomar um ar puro.”

Saiu da sala, ignorando os olhares e as risadas no caminho. Saiu para o jardim coberto pela neve e sentiu os flocos suaves cair em seu véu. Mesmo o jardim tendo uma entrada e vista para a rua, estava sozinha lá fora. Ninguém estaria andando uma hora dessas... Todos estariam comemorando com suas famílias, com as pessoas quem amavam.

Libertou o cabelo do grosso véu e permitiu que eles ficassem cheios de flocos e os derretessem. Voltou à cabeça para o céu e fechou os olhos, curtindo a sensação gostosa.

Ali, nem reparou em um carro preto que estava parado na rua em frente do orfanato.

Bella suspirou e notou seus pensamentos caminhando para seu futuro. Ela não gostava desses pensamentos... Mas um dia teria que encará-los. E estava tão distraída que não notou o som dos passos se aproximando – se bem que estes eram quase imperceptíveis.

Estava pronta para entrar e tomar um bom porre de vinho quando sentiu uma mão apertando sua boca com força e um corpo forte se prensando contra ela. Assustada, tentou gritar, berrar... Oh céus! Alguém estava pegando ela! Tinham a descoberto! Iria morrer!

Tentou lutar... Inferno! Se fosse ser pega, que fosse com classe e dignidade. Tentou, mas quem lhe segurava era muito mais forte. Mordeu a mão que lhe segurava e ouviu um rosnado que foi eclipsado pelo seu grito:

“Me solta, seu pecador! Você está agarrando uma freira!” Tentou desesperadamente embargar. Será que ninguém tinha senso de solidariedade ali não?

Vamos lá... O que aprendemos com o general Cullen quando te prendem por trás?

Estava com um enorme sentimento de pânico crescendo dentro de si... Por que raios fora sair do conforto e segurança do orfanato? Agora estava ali... Presa! Oh céus... A vida fora uma merda, mas pelo menos uma merda SUA! E queria ela de volta!

“Olha aqui, seu herege! Você vai para o inferno!” Tentou lutar, mas quê diabo de homem forte da porra. Sentia que algo estava estranho... Algo estava familiar... Mas não conseguia entender o quê.

O pior era que ninguém do orfanato parecia ouvi-la dali, e quando tentou gritar, acabou sendo jogada no chão, na neve e soube que era seu fim.

“Não! Não! Você pegou a pessoa errada! Eu sou inocente, não fui eu!” Chorou desesperada tentando empurrar aquele corpo, até ouvir uma gargalhada que lhe gelou os ossos.

Oh céus... Era o cara da serra elétrica, sabia.

Ergueu os olhos prontos para confrontá-lo quando a visão quase lhe deu um infarto. O homem em cima dela era... E que estava rindo era...

“GENERAL!” Gritou totalmente chocada ao ver quem estava em cima dela. Ficou paralisada por um momento não sabendo se ria se chorava ou se batia nele. Rindo era a coisa mais linda do mundo. Ela sempre se acostumara a vê-lo sério com sua costumeira cara de mau, mas quando seus lábios se abriam em um belo sorriso, ele... Era... Era... A porra de um gostoso.

Mas essa porra de gostoso que estava em cima dela assustara-a de propósito e estava rindo DELA! Era lógico que, na primeira vez em que ele fizesse alguma coisa do tipo “não sou inumano”, que fosse CONTRA ela.

Não sabia realmente como agir... Estava tão feliz por vê-lo ali... Não se enganara afinal, estava certa, ele viera para o natal. Mas também estava muito brava.

“Não, novato. O papai Noel.” Provocou. Bella então cerrou os dentes.

“Seu idiota! Grosseiro! Rude! Escroto! Seu...” Começou um impropério de xingamentos enquanto com os punhos fechados batia no peito forte do homem. “Você me assustou, foi de propósito... Argh!”

O general sentou-se na neve enquanto tentava se proteger do ataque da novata que o seguia para onde fosse. Segurou os punhos dela, impedindo-a de continuar e então, ironicamente disse:

“Feliz Natal para você também, novato.”

“Você quase me deu um infarto!” Protestou.

“Não tenho culpa se seu coração é velho demais. Reconheça isso.”

Bella fechou a cara, tentando parecer enfurecida – que de certo modo estava – mas também estava contente... E assim tentava a todo custo impedir que um sorriso aliviado surgisse em seus lábios.

Deus quando criou os homens deu duas notícias: Uma boa e uma ruim. A boa era que muitos sentimentos diferentes poderiam coexistir ao mesmo tempo em uma mesma pessoa. A ruim era que aí você ficava confuso e não conseguia entendê-los.

“Posso saber o que faz aqui fora?” Resmungou.

Ele estreitou os olhos, ainda segurando seus punhos em suas mãos duras como ferro. “EU quem deveria fazer essa pergunta.”

“Eu estou tomando um ar. E você está atrasado!”

“Atrasado estaria se McCarthy tivesse olhado melhor o orfanato e te visto dando sopa por aí. Dá para você agir como uma foragida que é, e não como um cidadão respeitável?”

Bella gelou. “Ele esteve por aqui?”

O general estava se perguntando se deveria colocar medo dela. Inferno! Ela poderia estar andando livremente pelas ruas de Washington se ele não tivesse interferido. Será que tinha algum senso de sobrevivência? Olhando nos olhos chocolates encarando-o arregalados, achou melhor não.

“Mas poderia.” Rugiu. “Qualquer um que passasse poderia te ver.”

“Se você tivesse vindo antes, eu não estaria aqui, mas lá dentro.” Protestou.

O general franziu o cenho se perguntando do que raios aquele novato estava falando sobre.

“De que porra você está falando?” Perguntou por fim.

Foi à vez de a criminosa franzir o cenho. “Oras, da festa de natal que você deveria estar agora.”

“Aonde?”

“Aqui, pelo amor de Deus!” Bella quase gritou. Ele estava zoando com a cara dela?

“Mas que porra...” Começou e então abanou a cabeça. “Não vim para festa nenhuma. Já estou indo embora.”

“O QUÊ?” Bella meio que murchou. Notou que suas mãos ainda estavam presas e lutou para se desvencilhar. “Quer dizer... Que... Você não veio passar o natal aqui?”

“Por que eu viria?” Ele rolou os olhos.

Foi como levar uma pedra no coração. “Então o que diabo está fazendo aqui?”

O general tentava se convencer que fora á Washington três dias atrás porque talvez houvesse um atentado terrorista á Casa Branca e a ajuda dele fosse necessária.

Na véspera de Natal, tentou se convencer que ainda estava em Washington porque talvez o presidente o chamasse para a ceia do Natal. E como era bem educado, recusaria cara a cara.

E também tentou se convencer que fora ao orfanato por que... Por que... Talvez... O grupo terrorista mudasse o alvo para lá. Deus sabia que um milímetro errado no lançamento poderia jogar os mísseis quilômetros longe do alvo original.

Olhou a estrutura familiar, iluminada e enfeitada para o Natal. As risadas e conversas vinham lá de dentro entusiasmadas enquanto ele ficava lá no carro, com o aquecedor ligado, sozinho.

Até que teve um lampejo de alguém caminhando pelo jardim coberto de neve, separado dos outros. Era uma freira e quando tirou o véu percebeu que era o novato.

Logo se ajustara no banco de modo a encará-la diretamente, vendo os cabelos caindo no tecido e sua face virar de encontro ao céu de olhos fechados. Sentiu algo estranho dentro de si... Algo que sentia muito nos últimos tempos quando a via. Aquela porra da NSA não era a mesma coisa sem ter alguém para encher o saco. Na verdade tinha, mas ninguém o revidava de volta... Todos só abaixavam a cabeça e saíam correndo de medo.

Não queria sair daquele carro... Mas então convenceu a si mesmo que se ele havia visto ela da rua, qualquer outro poderia ver. E se fosse McCarthy? Black? Ou o próprio presidente?

Então decidiu ir ao encontro dela e dar-lhe um pequeno susto... E depois iria embora. Aquela mulher teimosa e prepotente estava desobedecendo as suas ordens de ficar dentro do orfanato, fora de vista, e totalmente vestida de freira... Ela precisava de uma lição.

Quando a agarrou tentando dar-lhe um belo de um susto que serviria como punição por estar tão desprotegida, seus planos eram de se manter sério, seguro e depois ir embora como se nada houvesse acontecido – depois, claro de chutá-la para dentro do orfanato.

Mas ela começou a se desesperar como se achasse que realmente era alguém, e começou a praguejá-lo e se defender como se realmente fosse uma freira. O general tentou ficar sério, mas quando a jogou no chão não conseguiu dominar aquele sentimento estranho dentro de si.

Tantas coisas passaram dentro dele. Tudo grande o suficiente para torná-lo a bosta de um confuso, mas o que realmente o surpreendeu era que estava feliz por vê-la. A porra de um sentimento estranho e bom rompendo em seu ser.

E ele riu... Riu. RIU! Só a porra daquele novato poderia fazer alguma coisa daquele jeito! Riu de suas desculpas esfarrapadas e tentativas de manter o “criminoso” longe.

O general pareceu nervoso de repente, e começou a se mexer desconfortável. “Huh... Digamos que eu estava passando, quando eu vi certo alguém se achando dentro das leis, a vista de qualquer um que saísse na rua, como se não tivesse meio MUNDO procurando por ela!”

Bella bufou e cruzou os braços de encontro ao peito. Então ela não estava certa afinal de contas... O general não iria para a festa, ele só viera ali para lhe dar um susto! Estava brava com ele por isso, mas não desistiria de levá-lo.

O general precisava de uma vida, de pessoas que gostavam dele ao seu redor, e não ficando sozinho em alguma porra de bordel com putas que ele chamava de novato. E claro, era uma boa oportunidade de mostrar a Mary que se ela quisesse... Bem... Se quisesse o general passava o natal lá.

“Já que você está aqui,” começou. “Não custa nada entrar.”

“Não.” Ele respondeu, fechando a cara. E foi como se os muros que sempre tinha a seu redor voltassem a cercá-lo. Levantou-se rigidamente, e Bella seguiu.

Ela encarou por um bom tempo aparentando frieza e lembrou-se de todas as coisas que aprendera sobre ele naquela semana. Respirando fundo, olhou-o com gentileza.

“Você não está sozinho, sabe.”

Ele bufou e cruzou os braços de encontro ao peito. “E você está vendo alguém aqui comigo, por acaso?”

“Você está assim por que quer!” Proclamou levando as mãos para o ar em frustração. “Ali dentro tem pessoas que se importam com você. Sua família.”

“Minha família morreu há muito tempo, novato.” Disse se preparando para ir embora. “Não deveria ter vindo.”

“Deveria sim!” Bella foi atrás dele impedindo de ir mais longe. “Você tem pessoas que se importam com você, é você que não se importa com elas. Se você está sozinho, é porque quer! E isso digo até em questão de mulher, porque vi como você...” Engoliu em seco. “Levava elas para trás da igreja.”

Com essa o general parou e olhou-a de cima abaixo. “Andou criando meu dossiê, por acaso?”

Bella bufou e deu de ombros. “É impossível não aprender sobre você aqui. Mary me contou muita coisa... E...” Ela suspirou. “Ela ama você, general. Como um filho.”

“Eu não tenho mãe.” Grunhiu entre dentes. “A única que eu tive morreu há vinte e cinco anos, novato, caso você não se lembre.”

“Quem não parece lembrar-se disso é você!”

“O quê?” Murmurou, chocado.

“É isso mesmo!” Bella já estava ficando irritada. “Você esquece que foram seus pais que morreram, e não você! Você vive como se eles ainda estivessem aqui.”

“E o que você pode dizer sobre isso?” Ele estava furioso, isso estava claro pelo seu rosto e seus olhos que a encaravam chamuscando.

“Meus pais foram assassinados, e eu trabalhei para os assassinos minha vida inteira! Eu sei!” Bufou. “Mas eu superei a morte deles há mais de quinze anos, e sim, eu tenho raiva deles e vou me vingar por eles e por MIM! Mas isso não é desculpa para deixar para trás as pessoas que te amam... E você tem quem te ama, EU não!”

Ele olhou-a chocado por suas palavras, mas nem tão pouco menos irritado, ou propício a ficar ali. Há anos não passava um natal no orfanato, não seria agora que iria.

“Isso é realmente emocionante,” Disse não parecendo achar nada emocionante. “Mas não tenho tempo para isso.”

“Tem tempo para o quê, ir a um bordel e ficar com gente que só quer o seu dinheiro?”

Ele cerrou os dentes. A raiva já estava bem forte agora e só Deus sabia a força que fazia para não dar um soco na cara do novato.

Ele pegou-a pelo braço e foi arrastando-a até que lhe jogou contra o tronco de uma árvore, prensando-a com seu próprio corpo. De onde estavam ninguém que saísse pro jardim os veria.

“É melhor você calar a boca.” Ameaçou.

Bella meio que tremeu – definitivamente não de medo – e ergueu o olhar encontrando o dele, tentando aparentar indiferença.

“Essas pessoas não querem sua renda.” Murmurou já perdendo um pouco do senso. “Você ajuda-as com dinheiro,” Quando ele a olhou surpresa acrescentou. “Eu posso ser detetive, sabia?” Suspirou e continuou. “Isso é bom, ótimo... Elas estão tendo um natal decente por sua causa... Mas quem Mary quer... Quem todos querem... É você.” Sentiu raiva de si mesma porque percebeu que não estava falando de Mary, mas também dela mesma. “E não seu dinheiro.”

Ele olhou-a frio e calculista como se analisasse todos os ângulos da situação. E Bella soube que talvez não estivesse TÃO irredutível quando antes.

Tentando ignorar a pressão do corpo másculo dele contra o dela, murmurou:

“É Natal, general. Dá uma chance.”

“E eu lá tenho cara de papai Noel? De bom pastor? Ou a porra que seja?” Murmurou com a voz irônica, mas Bella sabia pela hesitação dele que estava pensando.

“Não... Você tem cara de alguém que merece mais do que três estrelas no peito.”

Ele rolou os olhos. “De novo implicando com as insígnias?”

Bella deu um sorrisinho. “General... Esse é meu primeiro natal de verdade depois de muito tempo. Eu nem conheço essas pessoas, mas elas me acolheram da melhor forma. Nenhuma insígnia do mundo, mesma as trocentas que você tem, pode comprar isso.”

“Acho que foi uma má idéia trazê-la aqui. Vai realmente virar freira, novato?”

“Estou pensando seriamente.”

Ele olhou-a de cima abaixo, inclusive a mão que “acidentalmente” estava apoiada em seu peito.

“Aham.”

“Não duvide de mim!” Protestou. Porque era bem capaz de virar só para contrariá-lo.

Ele ficou olhando algum ponto por algum tempo, meio que perdido. Suas linhas faciais estavam tensas. Seu maxilar travado e todo o corpo rígido contra o de Bella.

Ela ficou a analisá-lo, admirando como ele era bem construído e com um suspiro, percebendo que não duvidava que realmente muitas meninas tivessem parado naquela mesma árvore que ela.

O general virou-se para olhá-la, com alguma coisa diferente nos olhos verdes, quando ouviram um barulho ali perto.

“Bella? Bella?” Era a voz de Catherine, reconheceu. Oh céus, e se ela a visse ali prensada por um homem na árvore? Para ela, ainda era uma freira super respeitável!

“Vai entrar.” O general rosnou se separando dela, e passando as mãos pelos cabelos acobreados. “E vê se permanece com a porra da bunda lá dentro!”

Ajeitou-se. “Você vai?” Tentou impedir que o tom suplicante e esperançoso saísse de sua voz, mas não foi bem sucedida.

Olhou por cima do ombro dela, depois para ela e somente murmurou: “Será que eu vou ter que te levar a força?!”

Bella murchou e respirou fundo. Estava pronta para começar outro sermão emocional de época de natal (que inclusive vira na TV outro dia com Tony), quando percebeu que logo Catherine estaria ali e aquilo não era bom.

Olhou para o general desejando que fosse mais fácil, mas depois de receber um olhar ameaçador do tipo ‘não me faça chutá-la pela janela’, virou-lhe as costas e andou em direção a noviça.

“Bella!” Exclamou assim que a viu. “Estávamos preocupados.”

“Só estava tomando um ar...” Murmurou seguindo a freira para dentro, olhando por cima do ombro e suspirando ao enxergar a sombra de um homem alto por ali.

--

Ao lá dentro chegar, encontrou quase tudo vazio. A maior parte das crianças já estava se recolhendo para acordar cedo na manhã seguinte para abrir os presentes. Presentes esse, Bella pensou, pagos por um homem que passava o natal sozinho sabe-se lá aonde.

Fizera sua parte, não podia fazer mais nada. Ergueu os olhos e encontrou Mary na sala da lareira sentada em uma cadeira de balanço de frente para o fogo, se balançando enquanto costurava alguma coisa. Bella suspirou e soube que falhara... Mary estava certa, ela não conseguiria fazer nada pelo homem, não era a mulher certa para ele.

“Algum problema, querida?” Perguntou sem nem ao menos se virar. Bella negou baixinho e se sentou em uma larga poltrona, se afundando e sentindo a letargia e o cansaço tomar conta de si. Era o sentimento de fracasso.

Ficou olhando para o fogo durante alguns minutos, perdida em pensamentos. Iludira-se achando que o general poderia se importar, mas ele não se importava com nada. Estava errada sobre ele e foi com essa linha de raciocínio na cabeça que ouviu uma batida na porta que a despertou totalmente.

Sem nenhum ânimo para atender, Mary levantou-se, ajustou a prega na saia e foi em direção a porta.

“Quem será a essa hora? Não estávamos esperando ninguém!”

Bella preguiçosamente enfiou a cabeça em uma mão e olhou em direção a porta. Mary começou a destravar todos os ferrolhos e a madeira logo se abriu deixando entrar por ela um vento gelado. Uma sombra se projetava no vestíbulo, até que um sapato extremamente limpo surgiu na vista, junto com calças pretas imaculadas, e um longo sobretudo de couro preto.

Então a figura tomou todo o hall de entrada e a face de Mary primeira ficou em choque, depois em incredulidade, e logo... Tomada por felicidade.

“Você veio!”

“Feliz natal, Mary.” Uma voz profunda desejou. Ao ouvir aquela voz, Bella ergueu-se assombrada, a tempo de ver o rosto de Mary se iluminar imensamente e em um átimo ela já estar nos braços do generalíssimo Cullen.

Abraçando-a sem jeito, o olhar do general encontrou com o de Bella e ela não pôde deixar de sorrir. Ele a ouvira sim e realmente se importava.

O filho pródigo finalmente voltara para casa. E pela porta da frente.

--

No quarto, em sua cama, Bella ficou olhando para o teto, impaciente e ansiosa. Não deveria estar assim... Qual era o motivo, afinal?

Tentou se convencer que tudo aquilo era irracional, mas sabia o que era a causa: O general Cullen.

Mary ficara extremamente feliz em vê-lo. E a criminosa conhecia o general tão bem que sabia que por trás daquela fachada “não sinto absolutamente nada” ele também estava bolado. Logo os deixaram sozinhos na sala com um sorriso no rosto, imaginando que Mary tinha muitas coisas a falar em particular.

Estava feliz por eles... Aquele fora seu presente de natal a freira, que estava a acolhendo com muito carinho sem nem ao menos perguntar quem verdadeiramente era. A freira que rezava há anos por aquele homem... A freira que o via como um filho e sofria quando ele não a via como mãe.

Bella queria conversar com ele – não por ele mesmo, lógico – mas queria saber o que estava acontecendo na NSA, sua situação e se tudo saíra bem. Afinal, querendo ou não, estava totalmente dependente de suas decisões.

Mas perdera a chance... Provavelmente teria ido embora de volta para o bordel. Inferno! Pára de pensar NISSO, Bella!

Não agüentando mais ficar no quarto, olhou para o relógio e constatou serem quatro horas da madrugada. Mary deveria ter acordado e já deveria estar preparando o café da manhã.

Com um suspiro, desatou as cobertas, se arrumou com o monte de pano e caminhou silenciosamente até a cozinha, encontrando todo o canto que passava deserto.

Ao alcançar o batente da porta da cozinha, parou de repente, pois ali, sentado de costas para ela na mesa, estava o general Cullen.

Respirou fundo e paralisou se perguntando o que raios ele fazia ali, quando a voz rouca rompeu a calada da madrugada:

“Examinando minhas costas, novato?”

Ela recuperou-se e rolou os olhos. Bem... Era uma idéia. Costas largas, musculosas, e postura perfeita. Sim, era uma boa coisa para se examinar.

“Pensei que você não ligava para o natal.” Disse tentando aparentar indiferença, passando por ele e abrindo a geladeira a procura de uma garrafa de leite. O leite ali era entregue como nos tempos antigos, em garrafas que um mocinho entregava na porta.

Fechou a porta com o pé, percebendo o olhar do homem cravado em suas costas. Tentou simplesmente não derramar o leite na roupa ou do copo.

“E não ligo.”

Os planos do homem eram somente dar uma passada rápida, mas logo foram minguando quando Mary convidou-o para o almoço do dia de Natal. As palavras da novata ficavam martelando em sua mente... Nunca confessaria que elas realmente fizeram seu trabalho, mas a verdade era que fizeram, o perturbando.

Tentara dormir um pouco no quarto que a freira oferecera, mas era impossível, não com sua cabeça martelando.

Bella colocou chocolate e misturou. Virou-se e sentou-se de frente ao homem. E o olhar que lançou ao seu copo, fez com que ela também olhasse a procura de algum problema, como baratas flutuando.

“Isso é leite ou é lama?” Ele torceu o nariz. “Não era mais fácil ter só colocado o chocolate, poupando trabalho de colocar leite?”

Bella rolou os olhos e só de pirraça colocou mais chocolate em pó tornando-o mais escuro ainda. Qual é? Ela gostava.

O general bufou e Bella tomou com gosto lançando alguns olhares de esguelha.

Ficaram em silêncio durante algum tempo e Bella se surpreendeu por Mary não estar lá indo de fogão em fogão.

Queria falar alguma coisa, mas não quebraria o silêncio. Esperaria que ele o fizesse. O caso era que ele também pensava do mesmo jeito.

Até que teve uma hora em que os dois começaram a se encarar esperando que o outro começasse. Bella arqueou uma sobrancelha, e o general fez o mesmo. Bella bebeu mais do leite e teve que se esforçar para não engasgar. Merda! Realmente tinha muito chocolate ali a ponto de boa parte não ter nem absorvido.

Engoliu em seco e ignorou o olhar debochado que o general lhe lançava. Por fim limpou a garganta, desconfortável e percebeu que todo seu corpo chegava a pinicar para falar alguma coisa. Não gostava de silêncio, nunca gostara.

Passaram-se uns bons dez minutos daquele jeito até Bella revirar os olhos e dizer:

“Eu me rendo.”

“Pelo o quê?” Ele arqueou uma sobrancelha.

“Por ter quebrado o silêncio.”

Ele rolou os olhos. “E quem disse que eu estava disputando alguma coisa e não simplesmente não querendo falar com você?”

Bella estreitou os olhos. “Você é tão gentil que chega a acalentar meu coração...”

“Seu coração é acalentado muitas vezes, novato, e não é exatamente pela minha gentileza.”

Bella largou o copo na mesa em um baque já se estressando. Se havia alguém que podia estressá-la em plena quatro horas da manhã, esse alguém estava sentado bem na sua frente.

“Você não tem espírito natalino, não?” Protestou, mas o general estava olhando para outro canto e não eram exatamente seus olhos. Parecia mais como sua boca.

Bella engoliu em seco e tentou ignorar eventuais reações de seu corpo... Olhou-o nos incríveis orbes verdes e notou com apreensão o general se levantando um pouquinho e começando a se encurvar na direção dela na mesa.

Gelou, esperando por alguma coisa – embora se recusasse a pensar nessa “alguma coisa” mesmo em sua mente – quando o general esticou o braço e com a ponta do dedo tirou o bigodinho de leite que se formara na mulher.

“Não.” O general murmurou, respondendo a pergunta que até ela já havia esquecido enquanto levava o dedo à boca e experimentava o leite.

Os olhos de Bella se alargaram e sentiu todo o corpo pinicar – desta vez definitivamente não com vontade de falar. Olhou-o com a respiração um pouco perturbada, até ouvirem um pigarrear vindo da porta.

Olhou na direção assustada, e deu de cara com a irmã Mary com aquele sorrisinho Mona Lisa no rosto. Ela já estava começando a se irritar com aquele ‘eu sei algo que você não sabe. ’

Ajustou-se na cadeira, assim como o general e ambos assistiram a irmã ir em direção ao fogo começar os preparativos.

Bella notou que ela conhecia o general bem demais, pois não estava todo o tempo abraçando-o, cumprimentando-o, ou falando sobre ele. O homem não gostava daquilo, e ela tratava a presença dele ali como algo freqüente e totalmente normal. Ato que fazia com que ele não levantasse e fosse embora imediatamente.

“Bella é uma menina ótima.” Mary comentou alguns minutos depois servindo algumas coisas para Edward. “Ela tem ajudado bastante por aqui.”

“Verdade?” Ele arqueou uma sobrancelha em direção a Bella. Ela ignorou-o, virando a cabeça e mordendo um cookie. “Que exemplo de pessoa correta.” Provocou.

Bella grunhiu por trás das costas de Mary que logo se voltou e a cara feia foi substituída por um sorriso.

Logo as noviças começaram a chegar e se surpreenderam ao ver o general ali. Ele dominava todo o ambiente e não podia evitar o ar de perigo e poder que emanava. Aquela cara de mau também não ajudava. Bella ansiava que ele pudesse rir de novo como na noite anterior... Ele estivera tão livre, tão solto... Tão... Inferno!

O pior era o que generalíssimo ficava ali como se fosse normal sua presença também... Cumprimentava as pessoas com um aceno de cabeça e não se via no dever de dar uma explicação, e nem mesmo uma apresentação.

Uma das noviças que vira Bella defender o general olhou-a curiosa, e esta somente revirou os olhos.

“Sabemos que vocês dois já se conhecem.” Começou a conversa.

O general virou-se tão abruptamente que ela até deu um pulinho de medo. Com as mãos tremendo tentou passar manteiga em um pão, enquanto engolia em seco.

“Verdade?” Ele questionou quase furando Bella com o olhar.

Mary entrou para ajudar. “Eu contei que antes de Bella encontrar Jesus, ela trabalhou para a NSA.”

O general suspirou e recostou-se na cadeira. “Ah, certo. Sabe... Eu sempre soube que Bella tinha vocação religiosa. Ela nunca me enganou.”

Bella evitou encontrar o olhar dele só de raiva. “Mas ela tem jeito mesmo com as crianças, elas as adoram.”

“Bem... É bom existir pessoas assim no mundo,” comentou com um olhar malicioso. “É incrível a quantidade de pessoas com ficha criminal andando solto por aí. Temos que ter cuidado.”

“Não é, verdade?” Mary comentou com um risinho. “Ainda bem que não temos esse problema aqui.”

“Com certeza.” O general concordou parecendo sério, mas Bella sabia que na verdade estava totalmente se divertindo por dentro.

Logo o padre Andrew chegou e a situação foi cômica. Ele parou no batente e levou um susto enorme, e teve que continuar com a mão no coração por um longo tempo. Quando se recuperou, perguntou grossamente para o general se ele finalmente lembrara que tinha lugar, e este respondeu tão bruscamente quanto, perguntando se o padre também não tinha o lugar dele, que não era o orfanato.

Por fim, Bella achou a oportunidade perfeita.

“Sabe padre...” Começou e este a olhou desconfiado, porque não era meio segredo que ela não curtia muito a cara dele. “Edward estava falando agora a pouco mesmo que estava finalmente pensando em se casar.”

“Sério?” O padre arregalou os olhos, mas estava desconfiado. Não sabia mais se de Bella, ou do general.

O noivo trancou o maxilar e devorou Bella com os olhos. Esta lhe lançou um sorriso angelical.

“Isso é verdade, querido?” Mary perguntou com os olhos arregalados, olhando para Bella discretamente.

“É.” Ele admitiu, bufando. “Com uma criminosa que tem uma boa ficha criminal, e está fugindo da polícia nesse exato momento. Acho que seremos felizes juntos.” Ironizou.

Bella olhou-o com fúria, e os outros da sala depois de arregalaram os olhos, começaram a rir achando que tudo era uma piada.

“Sempre irônico.” Mary revirou os olhos. “Não é um máximo?”

“Ah, generalíssimo.” Uma freira disse respeitosamente. “Acho que o senhor tem uma boa admiradora.”

Bella olhou-a se perguntando quem era a louca, quando percebeu que ela falaria DELA! Abriu a boca procurando por algum assunto idiota qualquer para impedir que a mulher falasse qualquer coisa.

“Admiradoras tenho no mundo todo. Quem é essa em particular?”

Bella já estava abrindo a janela com o olhar para pular por ela dali dois segundos, quando ela disse:

“Bella.”

O general paralisou por algum tempo, até lentamente sua cabeça voltar na direção dela que estava ficando vermelha. Reconheceu o ar malicioso dele, que só garantia merda, e quis sair dali o mais cedo possível.

Defender o general já era ruim o suficiente para seu orgulho, ELE SABER disso era realmente, definitivamente, idiotamente,ridiculamente MUITO pior.

“Nossa, vocês ouviram isso? Alguém me chamou.” Falou rapidamente enquanto se levantava e praticamente saía correndo da cozinha.

No caminho começou a chutar várias coisas só por raiva, mas se arrependeu quando bateu o dedão em uma quina e teve que sair pulando com uma perna só pelo orfanato.

Se o general continuasse sendo ele mesmo, e nenhum milagre natalino acontecesse, não esqueceria aquilo tão cedo e ela pagaria até a morte. Junto com seu orgulho.

“Idiota, porque você fez aquilo?” Perguntou a si mesma.

Trancou-se em seu quarto e ficou lá até que ouviu as crianças acordando e indo abrir os presentes. Sabia que estava sendo covarde, mas aquilo era demais a agüentar!

Acabou indo para a sala e encontrou todas abrindo os embrulhos e ficando extremamente felizes com aquilo. Ficou o mais longe possível do general Cullen, que observava tudo de longe, encostado em uma parede com os braços cruzados.

A alegria das crianças ao receberem o que queriam e não poderiam ter antes era revigorante. Bella já era meio emocional, e com aqueles pivetes abandonados, órfãos e carentes, a coisa realmente complicava. Esperava que o general se tocasse que era ele quem estava proporcionando aquela felicidade.

E falando nele, sentia seu olhar cravado em suas costas, mas ignorava-o.

E foi tomada de surpresa quando algumas crianças chegaram nela e entregaram-no um embrulho. Ficou totalmente em choque. Como assim ela estava recebendo um presente? Estava ali só há uma semana.

Desembrulhou rapidamente e encontrou vários cartões feitos por elas mesmas, com desenhos também feitos por elas. Era simples, barato, mas Bella se emocionou a ponto de sentir as lágrimas queimando seus olhos. Em um dos cartões estava escrito ‘para a freira mais parada dura do pedaço’.

Sorriu e meio que sentiu mal por TAMBÉM estar enganando-as. Não bastava na NSA, agora no orfanato também. Sua vida era definitivamente uma merda.

Depois de aproveitarem os presentes, quiseram brincar e Bella meio que fugiu junto com elas pro jardim de novo para fazer guerra de neve.

“Ontem vocês ganharam a batalha, mas não a guerra!” Gritou e segundos depois estava no chão coberta por bolas de neve. É. Era realmente humilhante.

“Perdendo o jeito, novato?” Ouviu a voz de o general ecoar de algum lugar em cima dela, e ela gemeu com a cara ainda de encontro à neve.

“Vai embora!”

“Pensei que fosse você quem quisesse que eu ficasse.” Disse e ela sentiu os braços dele a envolvendo e a levantando.

Ela ajustou-se e limpou a neve da cara e das vestes, recusando-a a olhar para o homem. “Mary queria te ver.”

“Aham...” Ouviu o tom debochado dele e lançou-lhe um olhar de esguelha, irritada. “Eu não sou o homem de mais coragem que conheceu?”

Bella teve vontade de morrer. “Oh, não.” Murmurou, gemendo. Virou-lhe as costas para andar em direção á Toronto, Canadá quando ele a puxou pelo braço de volta a ele.

“Me solta, general. Eu sou uma freira, se esqueceu?”

Quando ergueu os olhos se surpreendeu com o olhar intenso que ele lhe lançava. Penetrante, vivo, verde... Quente.

“Então você admite que tenha quebrado seus votos de freira com o homem mais...” Ele fingiu pensar um pouco. “Corajoso que tenha conhecido?”

Bella respirou fundo se controlando para não socar a cara do general. Seria uma má influência para as crianças, não?

“Se você quer achar assim... Mas não se iluda.” Retrucou, olhando-o com intensidade.

Ele foi dizer alguma coisa, quando uma bola de neve atrapalhou seus planos. Na verdade, duas bolas de neve. Uma na cara dela, e outra na dele.

Ficaram paralisados por alguns segundos, enquanto ouviam as risadinhas infantis.

O general levou a mão ao rosto e lentamente tirou a neve dali, com a expressão dura.

“Você realmente não sabe controlar essas crianças.” Rosnou.

“Ah é? E você sabe, por acaso?”

“Sei.”

Bella riu. “Vai nessa, então!”

“Quer apostar?” Ele arqueou uma sobrancelha.

“Sim. Estou pagando para ver.”

“Prepara o bolso então, novato.”

--

“ATEEEEN... ÇÃO!”

Se havia qualquer burburinho restante naquele jardim coberto de neve, ele se extinguiu ao som daquela palavra. Todas as crianças do orfanato estavam alinhados em uma fila e olhavam para o homem de dois metros com respeito.

Bella meio que desejou esganá-los. Por que eles não ficavam quietos com ela?!

“Meu nome é Edward Cullen, chefe de estado militar, generalíssimo que é o mais alto cargo militar e...”

“Tá. Eles entenderam.” Bella revirou os olhos ao lado dele. O homem lançou-lhe um olhar mortífero pelo canto do olho, e bufou.

“E este é o tenente novato. Digam ‘olá tenente, novato! ’”

“Olá tenente novato”

“Espera, por que eu sou tenente? Eu quero ser sargento!” Protestou.

O general nem olhou para ela. “Digam ‘cala a boca, tenente novato, quem manda aqui é o general! ’”

“Cala a boca, tenente novato, quem manda aqui é o general!”

Bella olhou para aquele bando de traidores incrédula, e depois para o general. “Ei, eles são somente crianças. Pára de ensinar coisas feias!” Murmurou pelo canto da boca.

O general olhou para ela com que dizendo ‘e você acha que eu sou o quê’?

“Bom.” O general disse colocando as mãos nas costas e andando na frente da fila de um lado pro outro. Era engraçado assistir as crianças arrumando as posturas com os braços para trás e fingindo ser sérios e adultos. “Para serem bons soldados, vocês precisam treinar muito. Para chegar onde eu estou...” Olhou cada um duramente. “Bom... Aí vocês morrem e nascem de novo.”

“General!” Bella protestou.

Ele ignorou-a. “Todos dêem um passo a frente.” Ordenou.

Logo acataram a ordem.

“Arrumem essa postura, vocês acham o quê, o inimigo vai esperar vocês ajustarem a coluna antes de lutar?” Logo se endireitaram. “Pés separados, queixo para cima, olhar fixo em diante, mãos para trás, peito pra frente... Vamos, vamos!”

Logo todos estavam fazendo exatamente o que o general mandava. Bella não sabia se ria ou se chorava... Tentava a todo custo botar ordem naqueles pivetes, mas tudo o que ganhava era uma sepultura no meio da neve. Já o general com um estalo de dedos fez com que o som dos grilos fosse escutado ao longe.

“Vocês precisam ser fortes para enfrentar o inimigo, então eu pergunto pra vocês: vocês estão prontos para lutar?”

“SIM, SENHOR!”

“Estão prontos para servir o país com a própria vida?”

“SIM, SENHOR!”

“Estão prontos para mandar o mundo ir se f...”

“General!”

“Tanto faz. Estão prontos?”

“SIM, SENHOR!”

“Quem são vocês?”

“SOMOS OS PEQUENOS NOVATOS!”

“De onde vocês vieram?”

“DA PORRA DO ORFANATO!”

“General, foi você quem ensinou isso para eles?” Bella perguntou com os olhos arregalados. “Vocês não podem falar aquilo!”

“Aquilo o quê?” Um dos moleques perguntou.

Bella bufou. “A palavra com ‘p’”

“Porra?” Tony perguntou.

“É!”

“Ah... Você acha que a gente tem o quê? Cinco anos?”

Depois dessa Bella desistiu. Começou a andar.

“O tenente novato está largando o campo de batalha!” O general alardeou. “Isso é certo?”

“NÃO, SENHOR!”

“Isso é corajoso?”

“NÃO, SENHOR!”

“Vocês fariam isso?”

“TALVEZ, SENHOR!”

Depois dessa quem parou foi o general. O olhar que ele deu fez todos logo se arrependerem da resposta.

“Vocês fariam isso?” Perguntou de novo.

“CLARO QUE NÃO, SENHOR!”

“Na verdade... O tenente novato não está desistindo.” Bella voltou e todos olharam para ela.

“Hmm... Vocês estão vendo? Voltou envergonhado!” O general provocou.

Bella cruzou os braços de encontro ao peito e encarou o general com os olhos estreitados, cheios de fúria. “Na verdade eu vim aqui para propor uma rebelião!”

“Rebelião!” Alguém repetiu. “O que é uma rebelião?”

Bella voltou-se para eles. “O chefe de estado aqui só está os enrolando vocês. Cadê a parte das lutas? Nós estávamos treinando com as bolas de neve, mas o que ele propõe a vocês?”

As crianças se olharam, confusas.

O general virou-se para Bella também com os braços cruzados de encontro ao peito.

“Novatos precisam de disciplina primeiro.”

“Eles são crianças!”

“Que precisam de disciplina. Não queremos que ninguém aqui vire criminoso um dia, não é verdade?”

“SIM, SENHOR!”

Bella já estava fumegando pelas narinas. “Proponho uma guerra!”

Ele arqueou uma sobrancelha. “Mas você está do meu lado!”

Deu de ombros. “Eu era uma infiltrada. Eu sou do inimigo.” Provocou.

O general revirou os olhos. “Você vai perder.”

“É o que vamos ver!” Provocou. “Quem está comigo?” Gritou. Mas só uma mãozinha se levantou da fileira, e ainda depois de algum tempo.

Bella bufou e passou as mãos estressadamente pelo rosto. “Você está virando-os contra mim!”

“Não, na verdade, quem estava em território inimigo é você!”

Enquanto os dois ficavam discutindo coisas ridículas lá na frente, as crianças os olhavam com confusão nos olhos.

“Confesse que você falou tudo aquilo na cozinha para o padre, que eu posso pensar em seu caso.” Ele olhou-a com intensidade.

“Nunca!”

“Mas eu sei que você falou.”

“Se você sabe por que quer que eu confesse?”

Ele estreitou os olhos e virou-se em direção as crianças, que logo se ajustaram.

“Tivemos um pequeno problema, mas é bem insignificante e não há porque nos preocuparmos.” Bella quis dar uma martelada na cabeça do general nesse exato momento. “Voltando... Quem são vocês?”

“SOMOS OS PEQUENOS NOVATOS!”

Dessa vez ele pulou o de ‘aonde vocês vieram’.

“E o que vocês querem?”

“DOMINAR O MUNDO!”

“Por quê?”

“PORQUE NÓS PODEMOS!”

“E o que vocês fazem?”

“GUEEEE...” Mas o grito foi interrompido quando o general recebeu uma bolada de neve na cara. Ele paralisou realmente não acreditando que aquilo estava acontecendo, até lentamente tirar a neve do rosto. Com o olhar chamuscando encontrou Bella a alguns metros sorrindo com várias bolas de neve na mão.

“O inimigo não espera aulas de disciplina.” Provocou.

O general rosnou e então ordenou: “Então é guerra!”

E foi um bombardeiro total. As crianças gritaram e começaram a correr para todos os lados tacando bolas de neve em todo mundo. O alvo do general, claro foi àquela porra de novato vestido de freira.

Ela correu dele rindo, enquanto tentava acertá-lo... E o general lançou uma bolada tão forte nela, que quase desmaiou. Mas segundos depois já se levantava se recuperando, mas o homem já estava no encalço dela, enlaçando-a pela cintura com força.

Bella estava rindo quando tentava afastá-lo, mas o aperto dele era forte... Até que ela se viu prensada contra uma árvore, na sombra, de onde ninguém poderia vê-los.

“Não se pode ter confraternização com o inimigo!” Brincou.

“Não é minha intenção, tenente novato.” Provocou e apertou ainda mais os corpos. Bella meio que teve que se lembrar como respirar. “Eu vou te contar um segredo...” Murmurou com a boca na linha de baixo de sua mandíbula. “Além de levar para trás da igreja, eu também levava para trás das árvores.”

Bella olhou-o confusa até perceber que ESTAVA ATRÁS DA ÁRVORE!

“Eu não sou igual aquelas piriguetes que você trazia aqui.”

“Tem razão. Eram mais baixas, mais novas e menos criminosas.”

Bella riu e estremeceu quando a boca do general começou a explorar seu pescoço e a linha de sua mandíbula. “As crianças estão bem ali.”

“Aham.” Ele murmurou subindo os beijos para o queixo. A criminosa respirou fundo, já apoiando uma mão naquele peito musculoso.

“E a aposta? Vai perder?” Provocou.

O general parou de repente e olhou-a com o olhar provocante e cheio de desejo. “Quer que eu te mostre aonde enfiar essa aposta, novato?”

Bella riu. “Já posso fazer uma idéia.” E então levou uma mão a seus cabelos e puxou-o de encontro a si e dentre poucos segundos os lábios dos dois já estavam unidos, em uma explosão de sentimentos.

“Feliz natal...” Ela gemeu em meio aos beijos.

“A porra de um feliz natal pra você também, tenente novato.” Provocou e Bella riu, mas não pôde fazer mais isso, pois logo seus lábios estavam ocupados pelos dele, e suas mentes cheias com um único pensamento: Eles definitivamente estavam perdidos.

68 comentários:

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiii generaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal
feliz natal pra vc tbm, meu amooooooor
UHUL, PRIMEIRA! \o/ dancinha da vitoria
nunca tinha conseguido, q bom!!!!
vou ter belos sonhos, pq ja tive minha dose de edwardnol de hj....
ushaushua

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

a propósito, a letra é maravilhosaaa
♥ Bon Jovi

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

lalalalalala pra passa o tempo e ter mais coments nessa fic óóótema *-*
ui, continuo pensando no general (sdç)
c******, kd o ar condicionado qnd se precisa dele?
uahsuahssas ngm liga pra mim akie, blz?
GENERAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL ♥

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

General, vc sabe qnt tempo eu fikei esperando vs aparece? Quase q entrei em abstinência. E, tipo, NINGUÉM vai querer me ver em abstinência.
Demoro, heim rapá?!
Mas agr ta td bem... toh em paz, toh melhor, toh tranquila... e toh pensando d+ em tu, meu florzudooo' (q q isso q eu escrevi?)
Love ya very much <3<3<3<3

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
kd as outras meninas? foro td drumi...
tão tá, depois eu vejo o q elas acharam dos meus coments... provavelmente vão achar q eu so loca, mas não seria uma mentira taaaaaaaaaaaaaaao grande assim... pensando melhor, ia ser quase q inteiramente vdd... aaah, q q eu toh fazendo aki conversando cmg no vácuo? nem eu toh me respondendo agr!!! *medodimim*
tá, já parei
chega agr
vo drumi tbm... sonha beeeeeem gostoso com meu generaaaaaaaaal
aiaiaiuiui

Alice Luttz disse...

E vamos lá.
Rainbow minha amiga por que esta roubando meu posto de escrever mais. Eu ia ser a primeira mais fui ver o one por ja ter lido esse e ja esta chegando perto para comentar e terça vai ser otimo e depois não posso dizer pois não sei. E o que e o General rindo. Um baita de um gostoso. Um baita de um filho do paimente. Um Deus Grego. Um baita..... De todas as palavras que não para de surgi mais se eu falar tenho certeza que vou ser espulça do site.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK'

Alice Luttz disse...

Meu cade as meninas?
Garotas saudades. Saudades corinthiana ♥
Ai não tem nada pra fazer. Mentira mais estou com medo de começara a ler e o osca começar e eu ficar dividida. OU Cara*** o Robert vai esta uma delicia no osca. Rai vamos ficar conversando? Daqui a dez minutos eu volto para ver se vamos ficar falando qualquer coisa. Pode ser ate da beleza do Rob. E que não posso nem escrever e nem ler se não me perco e quando vejo o osca ja acabou e eu perdi.

Alice Luttz disse...

Ou não me abandona. NÃO VOU MORRER SOLITARIA.
Cara para com essa melasão com o Gege se não grilo e começo tambem oras. Mais parando com a gracinha que vem da sua aprte e ja estou para arrancar seus cabelos e dar para um salão de beleza para o meu aplice nossa falo demais né. Caracas meu e ainda fala coisa com coisa. Parou que agora eu vou falar comigo mesma. Bua estou chorando por nada e SOZINHA. Cara essa palavra sozinha esta hoje no meu dicionario em.

Alice Luttz disse...

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Não falei o que queria e ja esqueçi. Cara cabeça de loira e um problema.
Ah não me deixa - fazendo cara de manhosa e biquinho que e lindo como eu.

Alice Luttz disse...

E fiquei com os grilos. Meus novos amiguinhos vamos andar de mão dadas.
Ah me lembrei de uma uma coisa que meu amigo me falou que e pra a Rai. Não ri tá.

"Vou virar perereca e pular bem aqui." ai aponta para a pessoa que e a Rai por esta roubando o Ed de mim. Nossa hoje estou calma e sem expiração. Sera que minha TPM e a expiração foi fazer uma visitinha ao ator do filme que ontem assisti? Cara me abandonaram e estou grilada e ainda estou com uma musica na cabeça e querendo rever um filme antigo o que falta acontecer.

PS: Só falta o Rob não ir para o osca e nem a V e a Ash G. e cara eu bater a cabeça e esquecer do Rob, da Ash G. e do Zanessa. NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOO. ME MATEM ANTES DE ACONTECER.

Alice Luttz disse...

E mais uma coisa por que a Rai me abandonou mesmoe quero ultrapassar seus comentarios e escrever uma coisinha que vale por tudo que ela escreveu e em uma simples frase. E uma musica e da banda do momento para mime de uma cantora ai chamada Taylor - eu amo ela..

"You Are Only Exception." "You Belong With Me."
"Minha exceção." "Você pertence a mim."
Fala se essas frases não são lindas?
Tenho mais aqui mais deixarei para outra coisa.

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Não, Lice, eu estou akie!!!
É q eu tva lendo, tão absorta em pensamentos (mentira, era nos musculos do Ed), q acabei esquecendo de recarrega a página pra ver se alguém já tinha comentado tbm...
Só não garanto q vou continuar pro póximo coment, pq já até sei q tah passando pela kbça do meu daddy me mandar desligar o pc...
Mas que fike bem claro: VC NUM ESTÁ SOZINHA COM OS GRILOS!!! Coitados dos outros animaizinhos, assim eles vão se sentir menosprezados!!!
Ah, e tem EU tbm, tá?
MAs se vc já tiver desistido, vc le depois...

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Manoooooooooooooooooooooooooo
o general é mto hoooooooooooooooooooooot
ah, num canso de pensar isso... #uhulmentemaliciosaaminha
Mas é vdd, qm tem um ...(tipo sem palavras pra descrever)... desses, num consegue ficar sem pensar nele de jeito nenhum!!!
Lice, o general é meeeeeeeeuuuu!!!!
General, me ensina boxe, me joga no ringue e me chama de novatoooooooo

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Tah, agora eu vo sai msm.... Meu pai flo... Amanha de noite eu volto pra sabe a reposta da Lice...
GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥ GENERAL EDWARD CULLEN ♥♥♥♥♥♥

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

UIUIUI meu generaaaaaaaaaaal
Vo sonha com vc hj (vai se indecente, já sei)!!!!
eu sei q vc tbm vai sonha cmg!!!! dã, vc vai dormi do meu lado hj!!!
bjuuus

Leticia disse...

Carambaa meoww minha barriga doeu de tanto riri esses pequenos soltados são demaiss não tava me aguentandoo aquii foi muitoo mara A melhor parte " e de onde vocês vieram?" " TA P**** DO ORFANATO" maei de mais Rain vc é msm muitoo lokaa kkkkkk

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Num quero saí... mas tenho q...
Na esperança q a Lice ainda me responda!!!
Ah, tah num vai né?
Vo saí...
Tão tá bom...
Boa noite, meu general tdb!!!

Alice Luttz disse...

Não não dessista estou aqui!!!!!

Alice Luttz disse...

Cara eu ja pedi para parar com essa melação mais como não vai parar agora vai ser briga de igual pra igual mais agorinha minha mae esta chamando espero que não seja pro osca e nem para desligar o pc.... Cara só por que eu ia começar com a melação... Boco enorme para a vida injusta. E sempre Rai. Sempre vou responder mais falei dos grilinhos pois aqui estava escutando juntos com Pcd e Paramore.

Alice Luttz disse...

"Detesto carinhas lindinhos, gostosinhos e sensuais que se abanam por qualquer garota só para tirar um sarro e depois abandoná-las."

Olha o que a Bella fala do Ed em um fic que estou lendo que e bom mais esta ficando chato. Eu ranco os cabelos dela e dou para um buldog. Por que aquela bucha não vai para o meu aplique de cabelo nem morta.

Alice Luttz disse...

Ah falando em aplique Rai dorme com anjinhos que hoje a noite irei pegar meus cabelos para o meu aplique e MEU GENERAL TESUDO.

Gege meu amor venha para a nossa cama. Cara ou voce e a mulher e eu sou a amante do Gege. Sou a amante pois amante e melhor.
Ops como sou burra estou falando para a mulher dele que eu sou sua amante. Cara que horror. Mais voltando Gege venha para a nossa cama redonda giratoria que esta no nosso quarto de motel nos esperando.

Alice Luttz disse...

Meu estado e conhecido como roça asfaltada e bem de noite quando o barrulho dos carros passaram pode se escutar os grilos. Mais eu aqui em casa nunca escutei e hoje foi que tinha um na minha cama. Só comento hoje no hora que form despedi.

Alice Luttz disse...

Xau. Xau. General estou esperando a sua fugidinha no meio da noite.
O osca vai começar e dedos cruzados para o Rob aparecer ja que o Zac não vai.
Rob ganha alguma coisa gato.

Hermione disse...

Será que vcs duas podem deixar um espacinho pra gente comentar também?????????? Que história é essa hein Lice, sou sua BFF tá me traindo, é???? SOU CIUMENTA, TÁ!!! Eu pelo menos amo o Jake e não represento perigo algum pra vc... já a sua NOVA AMIGA... vc tem que dividir seu Edward!

Hermione disse...

Sobre o capítulo.... ai.... ai....vou ali ser feliz e já volto! (Suspiros) Super, hiper, mega, master apaixonante.... isso porque eu tava desencanando hein... O Jake que não me escute mas até que eu topava me atracar com esse general atrás da árvore.... ô homem gostoso! E ELE RIU GENTE, FINALMENTE ELE RIU! O que mais gostei foi ele ter ficado feliz e lisonjeado por ela tê-lo defendido para o padre Andrew e querer fazê-la confessar de tê-lo chamado de corajoso, mas... ele mesmo não admitir pra si que ficou radiante por isso! Demais!!! Adoro a forma como a Natália construiu o amor desses dois... é o máximo!

GabiClara disse...

Eu quase morri de tanto rir quando Ed perguntou "Vocês fariam isso?' e as crianças disseram “TALVEZ, SENHOR!”

Cara só deu Besteira com Edward e as crianças!

Alice Luttz disse...

Mione que saudades amiga!!!!
Cara ontem não tinha nada pra fazer (mentira só que se eu começasse e o osca começasse eu morreria dividida.)
Mione nunca mais nos encontramos. Estou com saudades.
Bebetty e Leticia. Sera que no canarval vamos nós encontrar aqui.... Amiga o Jake e eu não temos nada alem da... Da... Amizde super, hiper colorida.

PS: Rai nós poderiamos entrar a noite para conversamos.

PS ED: ......Cara ontem a noite estava otimo dormi com voce, mas que pena que teve que volta para a cama com sua esposa e não pudemos acordar juntos.... Estou com muitas saudades e escrevo este trecho da minha enorme carta para voce ficar sabendo que te amo muito e que mesmo sendo a outra ganho muitas joias lindas e presentes maravilhosos... Sem contar com a recompessa por esse carinho e fofura toda. Ja estou com saudades. Venha a noite aqui.

Com carinho da sua amante mais quente do que sua mulher......

Alice Luttz disse...

Ops esqueci de assinar.

. Ali Luttz ♥

Alice Luttz disse...

E vamos ao capitulo né mais antes (Ui Gege que fogo em venha que te ajudo a apagar e tambem faço trabalinho extra e corra para vim apagar o meu tambem que minha cidade vai ser incediada) Parou né.

MIONE não falei que ele ria. Mais o melhor vai ser o proximo. Cara não vai ser engraçado mais só por ter vindo dele eu quase morri de rir. E os pequenos novatos são um luxo né. Sabe xingar falar besteira e troca de lado toda hora. Oh novatinhos legais.

E vai quere nós enfrentar.... Olha que nem começamos a briga.

Alice Luttz disse...

AH TA COM CIUMES!!!!!!!
Dancinha de vitoria.
Cara não acredito que tu esta com ciumes. Meu tu e unica principalmente por ser bruxa e que pode mandar um feitiço pra mim. Então retira o que disse sobre a amizade colorida minha e do Jake.... Só foi umas duas... Tres... Cem.... Duzentos..... Só esse poquinho de tempo que nós encontramos. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK'

MAIS CARA VOCE ESTA COM CIUMES. Ai que lindinho. Ou tu e minha BFF virtual preferida (não me mande nem um feitiço) Imagina o tanto que te amo. Cara não estou acreditando. Ah vou pira a HERMIONE esta com ciumes da escritora. Não precisa tem muita de mim pra voces. Mione estou querendo ler teu fic ainda não tem data de estreia? Cara voce me deixou curiosa. E vou comentar sempre deixando o meu carinho. TU TA COM CIUMES.

Leticia disse...

Lice e Rain so tem comentario de vcs deixa um espacinho pra gente... pleaseee kkkkkk
Vcs são literalmente loucas...
Bom como a Mione tbm não represento perigo pra vcs duas estou bem contende com o Jazz!

Alice Luttz disse...

Acho que vai ser o ultimo hoje. Mais vamos lá.
BEBETTY minha amiga o Emmett e meu e não tasca a mão nele tá. Ele e pras horas vagas. A Mione fica com o Jake a Lety com o Jazz voce com o Carlisle e eu com o Emm e o Ed tenho que reparti o ultimo.

Alice Luttz disse...

Caracas acredita que eu estou no capitulo 13 de de repente religiosa e no proximo capitulo vou dizer poucas e boas do Jake se prepara para o embate Mione.

Noeme disse...

Estou sem palavras!! Ki capitulo em? Eu quase morri de tanto rir com os pequenos soldados!kkkkkkkk

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Percebeu q vc meio q se chamo de puta, né? Dexa quieto.
E qm flo q eu tbm num tenho um de reserva? Nosso relacionamento é aberto. Ele n um gosta de pessoas grudentas, e eu mto menos. Já tva sabendo de vc faz tempo, mas num ligo. Dr. Delicia e o meu Jacoube me fazem companhia enquanto o general amassa as garotinhas atrás da árvore.
ushaushauhsasu' sem briga, por favor! Sou da paz!

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

auhsuahusa, a Hermione tah com ciúmes!!!
Lice, axo bom vc da atenção pra ela, pq é bem capaz de tipo, coloca algum produto da gremialidades Weasley akie e agente é q se f***.
Fica d boa, Mione, eu e a Alice só estamos discutindo (lê-se brigando) pelo general. Pelo menos num vai rola pancadaria. Ou vai... muahahahaha
Eu so sua miga tbm, Mione? Se num so, qro se. =^.^=

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

"(Ui Gege que fogo em venha que te ajudo a apagar e tambem faço trabalinho extra e corra para vim apagar o meu tambem que minha cidade vai ser incediada)"
?????????????????????????????????????????????????????
Vc q me aguarde, Lice

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Gasp Gasp Gasp Gasp
Cof Cof Cof Cof
Vc escreveu isso, Lice, mas não sabe o q acontece d madrugada aki em ksa entre mim e o meu general gostoso. Já recebemos várias multas por destúrbio da paz aki no bairro. Não vou nem me dar ao trabalho de explicar, axo q vc me entendeu.
Só quero dizer mais uma coisa: vc fica me depreciando pq tem inveja de mim. Eu carrego a aliança com o nome dele e vc não. É pra mim q ele diz bom dia de manhã. Sou eu quem é fotografada nos eventos ao lado dele. É cmg q ele quer passar o resto da vida dele.
suhaushas não se esqueça: eu sou da paz!
Bjuss pra vc, já miguxa.

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Nãããããããão!!
Agr q a brincadeira tva ficando boa? Entra aí tbm! Ta legal. Dá até pra ver as faíscas saindo dos olhos da Lice enquanto ela observa a tela do computador, se remoendo de inveja de mim nos comentários.
uahsuasua, vc entendeu q agente é suuuuuuper miga, néah?

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Axo q vc ainda num entendeu: eu estou epartindo ele com vc. O marido é MEU!!

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Lê, os mlkinhoz td vieram da PORRA DO ORFANATO!!!
aushuahsahsuha
rilitros
obg, ei q so loka (hey!!!)

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

LICEEEEEEEEEEEEEEEEE
Deixando o Ed de lado por alguns minutinhs (calma, amor, eu já volto pra cama), qria responder uma pergunta q vc fez ontem, a d se agente podia conversar akie d noite. Então, eu meio q entro escondido de segunda, quarta e sexta, mas livre de sábado e domingo. Portanto, se vc estiver on depois das 8 agente pode até bate um papo e briga mto por causa do meu general...
Sei lá, toh até vendo q tipo, toooodos os cap de tdas as fics vão ter um montão de coments, se depende da gente hei?! auhsuasa
Tá, agora eu volto pro meu general, q tah me esperando na nossa cama, da nossa mansão.
bjo bjo bjo
fuui ♥

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Cara, toh até vendo a Alice Volturi me proibindo e comentar... Axo q isso num vai demora a acontece... FAZ ISSO CMG NUM, AMIGA!!! VC SABE O QNT Q EU ADORO AKI!!! Tipo, eu axo q so uma das únicas escritoras q se dispoe a ficar comentando e conversando... Eu me arrisco pra entra aki, táh!?!?!?!?
Resumindo: vo TENTA (so num sei c vai da certo) melhora, só não me expulsa dos coments. blz?

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

ah...ah...ah...ah.. aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhh...
generaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal
cade o prox cap, heim? qro sabe se eles vão ser pegos ou ñ (ia c mto engraçado as crianças ve os 2 e sai correndo e gritando q o general tav catando a freira) vo ri um mar inteiro c isso acontece, toh falndo sério.
Eu sei q amanha vai t mais, só toh akie pq num tenho mto o q faze agr, msm... Mentira, eu tenho infinitas coisas pra fzer por causa do CTI, mas toh ligando mto num...

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Ah, vo espera o prox cap pra comenta mais, pq tem tanto aki q num da masi pra encontra os coments q eu qro e le...
tão tah
boa noite pra vs
minha noite vai se looooonga, se depende do general. eu vo da trabalho pra ele hj... tva com mtas saudades (fiquei quatro hrs sem ele hj, dá licença!?) e ele acabo d sussurra pra mim coisas q eu não pretendo reproduzir aki, pq eu sei q tem mto menor... então eu pretendo fic acordada no mínimo até a noite de amanhã, e dps vai começa td de nvo, ai q boooom.
RBF ♥

Alice Volturi disse...

Claro que não! O objetivo principal dos comentários é interagir! :)

Alice Luttz disse...

Ora e com voce que quando ele esta carente e com abistinencia que ele vai atras? Oh não e pra o meu apartamento e para a minha cama. Quando a mulher dele briga com ele ele vai atras de voce. No por que eis a mulher. Posso não ser a mulher que ganha o bom dia. O boa noite. Que e apresentada aos outros como a mulher mais sou a mulher que na madrugada ele procura para ter sucesso e dizer que me ama. Voce pode povoa a vida dele mais não o coração. Sou da paz.

Alice Luttz disse...

Essa foi boa né.

Alice Luttz disse...

Eu ja ri dela. O Mi não precisa ficar com ciumes. Nós so estamos discutindo um relação a tres.

Alice Luttz disse...

Gata não sou a garotinha da arvore e sim a mulher com quem ele ama a noite toda enquanto voce esta lá aproveitando outro. Ah continue deixando ele na abistinencia que eu faço o trabalinho sozinha.

PS: Cara quando eu fui ler eu vi. Eu propria estou me xingando. Caracas a que ponto chegei. Mais eu não sou assim só curtu a vida e começeia falar isso para a brincadeira ficar mais engraçada.

Alice Luttz disse...

Nossa nem fala. Acho que ela vai nós espulça para de xingar Rai. Oras por que tu tem que ficar xingando em. em. Mais um dia eu fui comentar e apareceu uma frase que eu não podia comentar e eu lembrei que ela não gosta que xinga e veio na minha cabeça qual foi a palavra xula que falei. GEGE TE AMO

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Não preciso povoar o coração dele. Eu sou o coração dele. Sou o amor dele. Sou a vida dele. Sou o mundo pra ele. E olha q eu nunca me importei em querer ser, mas ele fez descobrir q sou, e que se não fosse por mim tê-lo salvo, ele não saberia o que poderia ter acontecido com ele.
Nooooossa. Zoa agora naum. Essa foi filosófica, vc tem q concordar cmg. Escrevi sem malícia e talz, essa saiu do fundo da alma (pois é, descobri q eu tenho uma!!!)

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

O.O
Oo
eeeeeeepaaaaaaaaaa, num lembro de vc lá no eo da muvuca naum. sério msm q vc tav lá???
uahsuhauhsa

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Vamo combina q os otros dois num ficam mto atrás do genreal num 66'

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

eu? xingando? qnd????

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

q bom.
eu e a lice tamo interagindo tanto q só num sai briga pq temos so pc na nossa frente, e ele é mto necessário pra le fic
náeh benheee?
uahuahsua
tva com saudade d vc, A. Volturi. fazia temps q num via eu avatar
hihi amiguinha =D

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

serio, vo drumi agr, só vo termina d copia os cap de coalescence no foforks...
bjokinhaz pra tds vcs
RBF♥
P.S.: ai ai ai ui ui generaaaaaaaaaaaaaal

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

NÃO,NÃO,NÃO! ELE É MEU EX-MARIDO,AGORA,MEU AMANTE,PORQUE EU TO CASADA COM O CARLISLE! ;)

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

aiiiiiiiiiiiiii vcs são muito lokas! amooooooooooooooooo vcs! minhas bffs da net! :D

Alice Luttz disse...

KKKKKKKKKKK'
E isso ai. Se meu computador não fosse tão precioso eu ja tinha o detonado e se ela estivesse na frente ja tinha perdido a peruca.
Mais voce xingando quando? Ja li um monte de xingamento seu aqui ta. E interragir e assim mesmo.

Alice Luttz disse...

Então meu maridinho gostoso, tesudo esta aqui na minha cama enquanto o Ed meu amante esta me esperando no nosso ap.

Alice Luttz disse...

Olha essa não tenho coragem de retrucar ficarei quieta.
Mais por ter sido bonita.

Alice Volturi disse...

É verdade, estou com muito pouco tempo livre, aí só dá pra postar as fics e nem dá pra comentar direito! ;/

Joyce_florznhas2 Cg disse...

* * lindo MEU amante né? super gato rindo,aiai não comentei antes porque estava muito ocupada com MEU ed! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk adorei os pequenos novatos,foi muito engraçado! (ALI,RAI,MIONE,LETI TO COM MUITA SAUDADE DE VCS! MINHAS BFFs DA NET!)

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

RAI, VC É MUITO ENGRAÇADA,ADORO LER SEUS COMENTÁRIOS E A SUAS BRIGAS COM A ALI PELO MEU AMANTE! KKKKKKKKKKK
ALI,JÁ ESTÁ ME TROCANDO É? :( SO CILMENTA TA?!

Millypop disse...

ai que coisa mais lindaaaaa...amei o capitulo.
onde eles estao realmente perdido é no amor.

Millypop disse...

somos duas.

ThaísLemos =) disse...

meu deeeeeeeeeeeeeeeeeus, eu amo demais essa fic *-*

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