Então junto com Outubro, se foram novembro, dezembro, Natal, Ano novo, Fevereiro, e os outros meses seguintes.
Agora eu tinha um emprego, uma casa, uma mãe, um pai, uma cachorra, e amigos.
Não poderia dizer que minha vida voltara a ser como antes, afinal não tinha mais um filho da mãe que se chamava Mike, não tinha mais uma chefa exploradora... Agora eu tinha uma cachorra, uma mãe e um pai verdadeiramente... Tinha o carinho das crianças do orfanato... Tinha a religião, e tinha amigos novos como Jake e Tanya.
Meu pai e minha mãe em janeiro decidiram largar Washington para trás, e vieram morar em NYC. Alugaram uma pequena casa em um vilarejo, e embora me chamasse para morar lá com eles, eu queria minha independência. Afinal eu tinha vinte e três anos, e obviamente não poderia ficar para sempre nas asas dos pais.
Eu e Jake estávamos mais próximos a cada instante. Ele era meu melhor amigo e eu podia contar sempre com seu apoio e seu carinho. Era perfeita a nossa conexão, e eu estava feliz por ter ele em minha vida.
Rose e Emmet estavam noivos, e casariam dali dois anos. Não sei por que tanto tempo para se casar, porém acho que Emmet queria realmente se firmar na carreira, para depois poder iniciar uma família.
Confesso que me surpreendi com essa fala dele, afinal não era muito comum para Emmet ser tão... Estranhamente responsável.
E Edward? Bem, eu sabia dele de vez em quando através de seus pais, ou quando ele me mandava um e-mail dizendo que estava tudo bem com ele.
Mas eu sempre sabia mais dele através de jornais e revistas que traziam notícias sobre seus shows e turnês. Cada vez ele estava mais famoso, e suas músicas mais conhecidas.
O meu toque de celular ainda continuava "Faz um milagre em mim", e de vez em quando eu me via cantarolando sua música.
Era estranho tudo o que eu estava sentindo...
De vez em quando, ao colocar a cabeça no travesseiro eu não conseguia dormir... Eu ficava olhando pela janela do quarto, observando as estrelas e pensando em formas diferentes do último ano e meio terem acontecido.
Eu me via tentando lembrar-se de seu cheiro, de seu rosto, de cada pedacinho dele, ou mesmo o timbre de sua voz.
No inverno, eu costumava me enrolar em cobertores e colocar o Cd dele para tocar... Funcionava como um anestésico, ou calmante.
Eu me sentia enrolava por sua voz, e eu chegava até o ouvir sussurrando o meu nome baixinho e dizendo que me amava.
Mas eu sabia que isso era tudo fruto de minha mente bipolar... Eu sabia que já não o amava...
Quer dizer... Não tanto quanto eu o amava. Diabos! EU NÃO O AMAVA MAIS!
Eu já havia superado, e ele agora era só uma parte remota, porém ao mesmo tempo inesquecível de minha vida.
Então um dia enquanto me arrumava para ir ao orfanato, eu ouvi a campainha tocar.
"Droga." Murmurei enfiando o tênis com rapidez no meu pé, e pulando que nem uma maratonista a caminha de Sky que estava no meio do caminho.
Arrumei meu cabelo rapidamente no processo, e me perguntei quem raios era a pessoa que estava a essa hora no meu apartamento.
Abri a porta, e meu queixo caiu dez centímetros, ao ver quem estava ali.
"Edward...?"
"Oi Bella." Ele sorriu torto. "Quanto tempo."
"O que... Que você está fazendo aqui?"
"Eu... Eu..." De repente a imagem dele começou a desaparecer. Ei! Desaparecer? Edward! Edward!
Estiquei minha mão para tocá-lo e não permitir que ele se fosse, porém ele se foi, e no lugar somente estava meu vizinho, carregando uma sacola de pães na mão, e me olhando confuso.
Dei um sorriso amarelo e fechei a porta, me instalando nela com os olhos fechados.
"Por Deus, eu não posso continuar com essas malditas alucinações de novo!"
Suspirei, e passei a mão freneticamente pelo meu cabelo, enquanto me chutava mentalmente.
"Foi você quem escolheu... Foi você..." Eu ficava repetindo em minha mente.
Engoli qualquer coisa que tinha no armário, e fui certificar Sky, que estava grudada a um ossinho de borracha, e extremamente emo nos últimos dias.
"Oh, cachorra... O que houve?" A peguei no colo, e rosnou. "Ei, sou sua mãe e exijo respeito aqui!"
UGH! Sky estava se comportando como uma perfeita criança rebelde devido á ausência do pai.
Então a peguei no colo rapidamente e embora ela me mordesse, eu a coloquei em sua jaula e fui até o orfanato com ela.
Lá dentro as crianças me receberam super felizes, e quando eu liberei Sky ela rosnou para todos e ainda continuava carregando o bendito ossinho na boca.
Revirei meus olhos e avistei Jake, conversando com a diretora do orfanato.
"JAKE!" Ele se virou rapidamente e me lançou um grande sorriso, enquanto falava alguma coisa para a diretora, e vinha em minha direção.
Jake estava mais musculoso recentemente, e eu desconfiava que ele estivesse virando um ratinho de academia. Apesar dele não querer demonstrar eu sabia que ele ficara feliz por Edward finalmente ter saído de seu caminho, e também ficara mais 'livre' para flertar comigo.
Durante um tempo eu hesitei, porém logo eu percebi que 'eu não estava presa á ninguém', porque então resistir se ele era um cara bacana, legal, simpático, normal, e verdadeiramente gostava de mim?
Porém nunca passamos de andar de mãos dadas, e alguns beijos singelos que eu logo cortava.
"Oi Bella." Ele me deu um abraço e um beijo na bochecha, e eu não pude deixar de ficar confortável com seu toque. Jake era um cara legal para namorado.
"Eu preciso de sua ajuda..." Fiz um biquinho. "Sky está entrando em depressão!"
Ele riu, mas logo foi ver a cachorra que rosnou de início, mas como bom veterinário que Jake era, ele logo conseguiu examinar a pequena.
Então ele disse que a vacina anticoncepcional que eu havia dado á ela há alguns dias, provocara uma gravidez psicológica na cachorra, e agora ela achava que o ossinho era seu filho.
"O QUÊ?" Olhei para o projeto de gente que ali se instalava. "Quer dizer que eu virei avó de um ossinho de borracha?"
Ele riu. "Isso passa, cerca de duas semanas. Mas é melhor você tentar esconder o ossinho dela. Ela pode deixar de comer, ou até de fazer algumas necessidades fisiológicas por causa do objeto."
"Jesus."
Ele riu. "Ei não se preocupe. É normal..."
"É normal eu ser avó de um ossinho de borracha?"
Ele riu novamente enquanto passava os braços pelos meus ombros. "Não se preocupe, Bella. Você ainda está muito bem."
"Certo." Revirei meus olhos.
Então passei a tarde inteira ali com as crianças, e Tony – o líder da gangue infantil- não falava comigo, ou pelo menos não falava enquanto eu estava com Jake, o que era raro.
Eu estava ficando preocupada, porém nunca surgiu uma boa oportunidade para eu saber do que se tratava.
Então, em Abril de 2009, apareceu uma Alice com uma roupa inteiramente rosa, com óculos rosa, e até mesmo o cabelo rosa, e claro, mascando um chiclete rosa.
"OHMEUDEUS, está tendo teste para a pantera cor de rosa e eu perdi?" Brinquei.
"BELLA!" Ela veio correndo me abraçar. "Que saudade!"
Eu a abracei e depois olhei bem para seus cabelos cor de chiclete. "O que você fez?"
Ela revirou os olhos. "Gostou? Lindo né?"
"Alice, você parece a Power Ranger Rosa!"
"Oh! Isso é bom ou ruim?"
"Sei lá." Dei de ombros. "Mas... Ei, cadê o hábito?"
Ela riu. "Eu deixei o convento! Vocês estavam certos, TODOS certos. Eu não tenho a mínima vocação! Com Edward padre eu me deixei levar achando que era esse meu destino também, porém... Não é." Ela deu de ombros.
"E posso saber o porquê de tudo rosa?"
"Oras... É só para dar uma mudada, amanhã mesmo vou voltar ao normal." Ela sorriu travessa.
Então de repente um Jasper, ex-sacristão da catedral – que agora entrara para a faculdade de direito- começara a freqüentar assiduamente o orfanato, onde Alice era super voluntária.
Eu levantei minhas mãos para o céu e agradeci que finalmente ele tomara alguma atitude, não uma tão grande quanto seria necessário, mas pelo menos ele agora estava se aproximando mais uma vez da baixinha.
Então foi nesse mesmo mês de Abril que Jake me chamou para um jantar em seu apartamento. Ao chegar lá, vi que grandes emoções me aguardavam, porque o que era antes um apartamento com cores claras e aconchegantes se tornara... Romântico.
Havia somente uma luz irradiando das velas, e do corredor que levava aos quartos, e o apartamento se encontrava uma penumbra fresca. Uma mesa de jantar para dois estava posta no centro da sala iluminada por velas e enfeitada com rosas vermelhas.
"É... Cadê nossos amigos?" Perguntei, mordendo os lábios. Ele sorriu enquanto apagava uma vela, com um sopro.
"É só nós dois, Bella..."
"Mas... Você disse..."
Ele veio atrás de mim e tirou lentamente meu casaco, logo depois fazendo uma pequena massagem ali.
"Eles não vão vir... Deixe de ficar tão tensa... Só curte a noite..."
Eu estava frígida. O que Jake pretendia com todo aquele cerco que ele formara?
"Ei..." Ele virou meu rosto para trás fazendo com que eu visse seus olhos âmbares. "Fique calma..."
"Estou calma." Respondi rápido. Ele riu baixinho então me pegando pela mão, me ajudando a me sentar.
"Obrigada." Respondi ainda incerta, enquanto o assistia contornar a mesa e se sentar na sua cadeira de frente para mim.
Olhei incerta para ele mais uma vez, e ele sorriu calorosamente para mim.
Tentei sorrir de volta, enquanto pegava como uma válvula de escapa a garrafa de vinho que tinha ali.
"Ei, calma..." Ele sorriu.
"Eu a-do-ro vinho." Disse enchendo minha taça e bebendo tudo rapidamente. Ele arqueou uma sobrancelha para mim, e minha resposta foi simplesmente encher novamente a taça.
Eu não sabia o que eu estava sentindo, de repente a única coisa que eu conseguia pensar era Edward, Edward, e olha que surpresa, Edward!
Minha vontade era de pegar uma marreta e bater-me minha cabeça até eu poder esquecê-lo!
Fazia seis meses que eu não o via, já era hora de deixá-lo como uma simples lembrança não?
Eu estava com raiva de mim mesma... Porque eu não era capaz de viver o presente e me desconectar do passado de momento efetivo.
Inferno! Eu quero ser feliz!
Então no término do jantar, Jake foi até o super potente aparelho de som que estava em uma estante de mogno ao lado de uma enorme TV de Plasma, e colocou uma música calma e lenta.
Ele esticou a mão para mim e dançamos...
Eu já estava mais solta devido ao vinho, e comecei a perguntar a mim mesma que eu poderia dar um jeito em minha vida com Jake.
Era óbvio que eu já havia pensado nisso antes, porém naquela situação as coisas pareciam mais... Concretas.
Então novamente uma lembrança me invadiu. Edward e eu dançando lentamente em cima do tapete da sala, depois de sentarmos-nos à mesa de queijos e vinho que eu havia preparado.
E depois a noite maravilhosa que tivemos...
UGH!
"Ei Bella, o que está fazendo?"
Fui até a mesa e enchi novamente minha taça com vinho, e tomei tudo em um gole só.
"Relaxando." Respondi me voltando para ele, novamente.
Então, calmamente, percebi que Jake estava próximo demais a mim. Eu prendi minha respiração e meu coração começou a bater mil vezes mais rápidas, mas não do jeito que eu ficava com Edward... Era estranho.
Então, os lábios de Jake encontraram os meus... E ele me beijou.
Eu hesitei no começo, porém eu me perguntei por que eu estava sendo tão idiota, e correspondi.
Então, lentamente ele se afastou e sorriu para mim, pegando minha mão e beijando as costas dela.
"Você é linda..."
Eu estava estática.
"E... Eu te amo..." Ele sorriu novamente. "Eu sei que... Bem, as coisas que nos ocorreram nesses anos... Porém, Bella, eu realmente te amo, e quero passar minha vida com você..."
ENTÃO, eu percebo o quanto meu cérebro Einstein não aparece em horas boas, ou melhor, o quando meu cérebro Einstein não queria aparecer.
"Edward." Logo me chutei mentalmente por ter falado aquilo, como se fosse uma afirmação ou um comentário sutil? Jesus! Eu era uma idiota!
Os olhos de Jake ficaram pretos de repente, e sua boca se curvou minimamente, porém ele logo se recuperou, e me olhou sério.
"Eu sei que ele foi um empecilho, mas ele se foi... E você continua aqui, e eu também. Não me importa se você ainda goste dele, ou pense nele... Eu amo você, e quero que você seja feliz... Comigo."
Lágrimas começaram a surgir em meus olhos. Mas não pelas palavras de Jake, mas sim por eu perceber o destino que se desenfreava em minha frente.
Uma vida... Com Jake. A tão esperada vida normal, com um marido normal, sem empecilhos, podendo casar na igreja, com filhos legítimos... Sem uma imprensa atrás de nós, sem ameaças pelo nosso amor...
Ali na minha frente eu vi a tão esperada vida normal que eu queria ter.
"Ei... Não chore..." Ele limpou as lágrimas gentilmente, e me abraçou, e no meu pescoço ele sussurrou: "Eu vou estar com você... Sempre... Vou ser seu amigo, seu companheiro... Seu amante... O pai de seus filhos..."
Então parecia que uma benção havia me atingido, porque meu celular começou a tocar.
Ouvimos a música "Faz um Milagre em Mim" ressoar, e nos encaramos constrangidos.
"Alô!"
"BELLA!" A voz de Alice quase estragou os meus ouvidos.
"Oi Alice." Dei um sorriso culpado para Jake. "Acho que eu estou ocupada agora..."
"Pois é... Está com Jake, não?"
Bufei. "É interessante como você sabe, e mesmo assim, liga."
"Então, mas é algo MUITO IMPORTANTE!"
"E o que é?"
"JASPER ME BEIJOU!"
Eu tive que me distanciar do aparelho.
"Que bom para vocês..."
"Sim, não é? E ah, amanhã eu vou pintar meu cabelo de vermelho!"
"Posso saber por quê?"
"A cor do amor..." Ela suspirou. Jesus, ela era louca.
"Que lindo Alice."
"Ah, tem outra coisa também... Edward está em uma turnê no Tennessee!"
"Que ótimo!"
"Pois é, está ficando perto de NY. Mal posso esperar..."
"Ei, Alice... Agora tenho que desligar ok?"
Ela protestou, mas finalmente desligou, e eu me voltei para Jake que pegou em minhas mãos, e novamente disse:
"Então, Bella..." Ele estava praticamente suando e parecendo muito ansioso. "O que você me diz? É a segunda vez, porém... Acho que as circunstâncias são diferentes..."
"Sobre o quê?" Perguntei confusa.
"Oras..." Então, ele se ajoelhou e... AH NÃO! NÃO! NÃO!
Retirou uma caixinha de veludo do bolso e abriu revelando um lindo anel incrustado em diamantes. Não pude deixar de arfar com a visão, e logo vi seus lábios pronunciando roucamente às próximas palavras:
"Isabella Swan, aceita se casar comigo?"
PE. Edward
"Ei... Isso foi legal." Minha nova empresária e assistente chamada, Amber Nyx, disse com um sorriso nos lábios, e um movimento das mãos que demonstrava vitória.
Eu extremamente cansado me deixei cair no sofá de dois lugares preto que estava há um canto do lado do frigobar, e fechei meus olhos, com um sorriso nos lábios.
"Foi..." Sussurrei preguiçosamente. "Parece que... Eles realmente gostam de mim..."
"Claro que gostam." Amber disse pegando uma garrafinha de água no frigobar e estendendo para mim, notoriamente. "Você é um ótimo cantor, e eles vem que uma ótima pessoa também..."
"Oh, estão enganados!" Ela riu, enquanto pressionava a garrafinha em minha frente. "Vamos, Edward! Tem que beber, tem que recuperar a voz!"
Abri somente um olho e fiz um biquinho. "Saí de NYC, e deixei minha mãe lá, mas parece que encontrei outra com você."
Amber era assim. Estava chegando na casa dos quarenta, e parecia muito maternal, e claro que incluía no pacote o fato de ser mandona. Porém eu a adorava.
"Vamos, Edward!" Ela tentou parecer séria, porém um sorriso orgulhoso se estampou no canto de sua boca. Com um gemido de frustração dei alguns goles na garrafa.
Então limpei a boca com as costas da mão e avistei alguns papéis espalhados pela mesinha de centro.
"É o seu itinerário, e também algumas encomendas que recebeu!" Amber, sempre prestativa, respondeu antes mesmo que eu conseguisse formular a pergunta.
"Você parece que lê meus pensamentos..."
Ela encolheu os ombros, pegando os papéis e colocando dentro de uma pasta vermelha que sempre carregava consigo.
"Vou deixar em seu apartamento depois. E ah, sua mãe ligou. Mas disse que você estava ocupado."
"O que ela disse?"
"Falou que você está sumido e que deveria ir para NY!"
Eu ri. "Ela diz isso nos últimos meses..."
Então Amber encolheu a pasta no peito, e se sentou ao meu lado, me olhando preocupada.
"Ei... Eu sei que você está fazendo sucesso, e tudo, porém não é chato, ou ao mesmo cansativo demais ficar migrando pelo país freqüentemente?"
Suspirei e tomei mais alguns goles d água, enquanto olhava para o relógio, percebendo que tinha cinco minutos até chegar à saleta ao lado onde o jornal local de Memphis, Tennessee esperava para uma entrevista.
"É..." Falei incerto. "Porém... É necessário..."
"Por quê?"
Então logo várias imagens começaram a inundar minha mente, e eu abanei minha cabeça para tentar evitar ao máximo.
"Ei, você tá ganhando dinheiro não tá, Am? Então, quer perder a renda?" Tentei fazer piada, porém ela pareceu não engolir muito, percebendo que algo mais se instalava ali.
Fiz a entrevista para o jornal, e logo depois, agradecendo aos céus, cheguei ao apartamento temporário que eu me encontrava em um dos mais luxuosos hotéis da cidade.
Não que eu fizesse questão... Era alguma coisa haver com 'direitos artísticos' ou vai lá se saber o quê.
Era estranho estar nessa vida errante pelo país... Um padre nômade. Se não bastasse ser padre, agora recebia o título de 'nômade'.
Mas estava sendo interessante fazer uma das coisas que eu mais tinha prazer que era cantar, mas chegava a certo ponto, que se tornava uma rotina chata e a saudade de casa matava por dentro.
Então no canto da mesa de mogno, bem na entrada do quarto, havia os papéis que Amber guardara.
Suspirei, e tirei a camiseta no meio do caminho, enquanto ia em direção ao banheiro e tomava uma boa ducha.
Enquanto secava meu cabelo com a toalha, cacei nos armários por alguma roupa bem velha e confortável que eu pudesse usar, e acabei achando um par de moletons pretos e surrados.
"Jesus." Sussurrei quando os vi indo para o chão. Oh mão boba!
Então um papel estava no meio deles, e com um franzir de testa, examinei do que se tratava.
Rapidamente meu coração pareceu se torcer, e meus olhos lacrimejaram como uma perfeita mulherzinha, ao ver a foto de um ano e meio atrás, tirada no orfanato, com todo mundo fantasiado.
Emmet... Rose... Jasper... Alice... Sky... E Bella.
Ela era linda com seu sorriso ingênuo e seus olhos e cabelos escuros constatando perfeitamente com sua pele clara.
Então estava ai a resposta para a pergunta de Amber.
Por que era necessário eu continuar nessas turnês?
Para poder esquecê-la.
Abanei minha cabeça novamente, e vesti o moletom, deixando a foto agora cuidadosamente guardada no criado-mudo.
Muitas coisas ainda não tinham mudado. Uma delas era eu ser um cara condenado, que colocava uma foto auto-condenante em um lugar que eu veria provavelmente todos os dias. Somente para eu ficar com saudades de casa, e das pessoas que faziam parte dela.
Eu realmente... Realmente era um cara bipolar, idiota, cabeça-dura, e vai lá se saber mais o quê.
Tentei preparar alguma coisa para comer, e recebi um telefonema de Amber dizendo que viajaríamos para Knoxville amanhã à noite.
Perdi todo o ânimo ao ver o estrago que eu fizera com o coitado do ovo, e fui me distrair vendo TV.
Na TV estava passando uma série de filmes românticos e o da vez era Ghost.
Sorri nostalgicamente ao me recordar de Bella assistindo á esse filme tantas e tantas vezes.
Comi uma barra de chocolate, e mudei de canal a fim de ver algo que me fizesse esquecer-se do passado.
Então na Warner Bros passava um seriado que estava na cena em que o mocinho voltava depois de dez anos que fora comprar pão para a mulher, pedindo por perdão.
UGH!
No E! Contava a história de uma mulher que engravidara em um convento e não se sabia de quem ela havia engravidado. Então submeteu todos os padres, e até faxineiros á exames para descobri a paternidade.
UGH! Por que os padres? A mulher poderia ter fugido do convento! Por que justo procurar nos padres?
E até no Cartoon Network, passava um desenho da mulher se casando com um cara que não gostava, e de repente na hora do 'alguém tem algo contra' o cara que ela gostava aparecia.
JESUS! Desliguei a bendita TV, e me perguntei quando finalmente eu poderia me esquecer do passado, e das coisas ligadas á ele, e poder seguir meu futuro que provavelmente seria este:
Sozinho. Padre. Comendo chocolate. Em um apartamento em uma cidade que eu não conhecia.
Eu estava quase indo dormir, achando que era melhor forma de esquecer – pelo menos por algum tempo – quando eu me distraí com os envelopes em cima da mesinha de mogno na entrada do apartamento.
Joguei o papel da barra de chocolate no lixo, e peguei os envelopes, sentando com eles no colo, e examinado cada um deles.
Shows... Shows... Agradecimentos... Minha mãe, Emmet... Uma do Dom Daniel, e outra extremamente formal e lacrada que estava na cor vermelha.
Nesta o fecho era dourado com o símbolo de uma catedral... Olhando de perto, a Capela Sistina.
Então olhando para o remetente, eu vi que vinha do Vaticano.
Por que eu receberia uma carta do Vaticano?
Tentei caçar em minha mente alguma coisa relacionada, mas conclui que olhando e vendo realmente o que era, era melhor do que ficar supondo coisas.
Abri o envelope e de dentro saiu um papel nobre com inscritos em itálico.
A saudação estava em italiano, porém o resto da carta se encontrava em inglês.
Então à medida que meus olhos iam correndo pelas palavras da carta, meu coração começava a bater mais rápido, eu arfava, e meus olhos se arregalavam a cada palavra lida.
Mil lembranças inundaram minha mente:
"Cartão?" A moça perguntou.
Eu precisava de algo que tivesse significado, mas ao mesmo tempo em que não pudesse levantar muitas suspeitas.
"Hum... Eu irei falar com o bispo amanhã." Ouvi a moça digitando alguma coisa e depois ela voltou a falar.
"É um pedido de casamento?" Ri.
"Mais ou menos isso."
[...]
Eu queria Bella. Eu precisava de Bella. E era isso o que eu tinha que fazer.
"Eu quero ser afastado da igreja." Cuspi as palavras tudo de uma vez.
"Afastado...?"
"Eu quero deixar de ser padre. Definitivamente."
[...]
"Essas coisas demoram Edward. Temos que mandar ao vaticano, o papa tem que aceitar, e assim um longo processo... Mas você sabe que a partir do momento que você recebeu o sacramento da ordem, você será sacerdote para sempre. Aos olhos de Deus. Não importa o que eu, o papa ou qualquer outra pessoa faça."
Ainda chocado, eu abri a carta do bispo que era praticamente um bilhete:
"Caro Edward,
Recebi uma notificação na Cúria que você receberia a tão esperada carta, e acho que quando esta chegar até você, você já terá recebido.
Eu lhe prometi que mandaria o requerimento ao Vaticano, e o fiz. Não tomei decisões por você. Nunca.
Aí está a carta, porém... Como eu o vejo como um filho Edward, e também considerando as coisas ocorridas, você terá escolha.
Se você ainda estiver com a decisão de largar a batina, use a carta.
Se não, você pode queimá-la, ou guardá-la.
O seu futuro está em suas mãos.
Fraternalmente,
Dom Daniel, da cúria diocesana de NYC.*
Eu olhei para as duas cartas em minhas mãos.
Depois de um ano, eu finalmente havia recebido a carta para largar o sacerdócio. Durante tanto tempo esperei, que eu nem tinha mais esperança que ela um dia chegasse.
Porém ali estava ela... Em minhas mãos.
Assim como eu entendia, que meu futuro também o estava.
Bella
MERDA! MERDA! MERDA... OH Merda!
Então eu me senti no meio de uma curva em alguma maldita pista de fórmula um, e um carro á trezentos por hora vinha vindo em minha direção.
E de repente... PLAFT!
"Bella? Você está bem?" De repente me vi sendo apoiada no enorme sofá de couro branco de Jake, e as luzes antes apagadas para dar o clima de romance, foram acesas fazendo arder ligeiramente meus olhos.
Então encarei Jake em minha frente, e senti que eu tinha que dar uma maldita resposta.
E quem disse que a segunda vez era mais fácil?
Jesus! A segunda era mais difícil, porque no caso eu não tinha DESCULPA!
Procurei por algo em minha mente que quando eu chamasse 'Desculpa!"ela gritasse "Presente!"".
Porém não achei.
"Ei... O que foi...?" Jake me trouxe uma taça de vinho que eu bebi com avidez, fiz uma cara amarga ao terminar, e ele perguntou colocando uma mecha dos meus cabelos para trás da orelha. "Está melhor?"
Assenti ainda entorpecida.
"Bella, você está estranhamente quieta, você não é assim..."
"É... Somente estou confusa..."
Ele riu nervoso de repente. "Ok, se você não quiser aceitar... Ei, eu aceito. Eu vivi uma vez, posso viver outra..."
"Ei Jake, fica quieto!"
Ele me olhou assustado.
Suspirei, enquanto passava as costas da minha mão pela minha testa.
"Eu..."
"Você?" Ele pressionou com os olhos ganhando um brilho diferente.
"Eu... A..."
"Sim...?"
MERDA! MERDA! SAÍ DA MINHA CABEÇA EDWARD!
"Eu acei..."
"Sim...?"
"EU ACEITO CASAR COM VOCÊ, PORRA!" Eu disse de uma única vez, e logo quando eu proferi as palavras parecia que um caminhão havia atingido meus pulmões, me deixando sem ar.
Jake então ficou estático, com um sorriso bobo nos lábios, e procurando entender se realmente havia ouvido certo.
Diabos! Até eu me perguntava se eu havia falado certo!
"Você... Você..."
Então enquanto Jake tentava encaixar as palavras em sua mente veterinária, eu enchi mais uma taça de vinho e bebi com um só gole.
"OHMEUDEUS!" então eu fui erguida no ar por um Jake alucinado, e comecei a ver tudo preto. "Calma, garoto!" Pedi, querendo descer de seu enorme abraço elevaste, e sendo contagiada pela risada estrondosa de Jake.
"Ah, Bella! Eu te amo... Eu te amo... Eu sabia que meu destino era com você! Eu sabia! Sabia!" Então ele me beijou novamente, e eu me deixei levar.
Afinal... Para todos os fins e todos os meios, eu estava ali com meu futuro marido.
SETEMBRO DE 2009
PE. EDWARD
"AH, EU NÃO ACREDITO!" Alice berrou no telefone, e eu tive que afastá-lo para poupar os meus tímpanos. "COMO QUE VOCÊ NÃO ME DISSE ANTES ISSO?"
"Ei Alice, calma..." Fiz uma careta para Amber e esta somente sorriu e continuou ajeitando os documentos necessários para o check-in. "Não é o fim do mundo, irmã."
"NÃO É O FIM DO MUNDO? Edward você nem sequer avisou sua família que você estava voltando!"
"Eu queria fazer uma surpresa, porém você estragou."
"Eu ainda não contei para eles." Podia até ver o revirar de olhos dela do outro lado e a cara feia que fazia. "Eu estava muito ocupada tentando apertar o bendito botão "SEND" desse telefone!"
"Alice... O vôo já vai chamar e eu preciso arrumar as coisas aqui."
"Ah ótimo! Mas saiba mocinho que tem algumas coisas que você precisava saber ANTES de vir para cá."
"E o que é? Ninguém quer mais meus shows em NYC?"
"Idiota." Ela de repente maneirou na voz, então disse: "Está sentado?"
"Alice..."
"Ei é sério!"
"Estou." Porém não estava. Amber dera sinal dizendo que terminara com os papéis e que já podíamos esperar o avião, que chegaria dali alguns minutos.
"Então... Bella vai se casar."
Fiquei um longo tempo em silêncio, e as palavras saíram automaticamente de minha boca.
"Bella?"
"Não, o Osama Bin Laden!"
"Com quem...?"
"Com Jacob, quem mais? Outro padre? Ou mesmo Dom Daniel?"
"Ei, por que você está tão brava?"
"Por que você é um idiota! Ela é uma idiota! VOCÊS SÃO UM BANDO DE IDIOTAS!"
Amber me olhou assustada.
"Ela fez a escolha dela, Alice... E era natural... Ela... Bem, se casar..."
Então Alice continuou falando várias coisas, porém eu nem sequer a ouvia direito.
A notícia que Bella se casaria dali a um mês em Outubro com Jacob me abalou mais do que era capaz de sequer admitir.
Fechei meus olhos e suspirei.
Era o certo a se fazer... Ela estava seguindo a vida dela, assim como estava seguindo a minha.
Pronto. Final feliz!
Céus! Por que eu simplesmente não conseguia encaixar um final de conto de fadas com a minha vida?
Ela iria se casar... Com um cara normal... Que poderia amá-la sem ninguém dizendo que era errado... Sem ninguém querendo atrapalhar, e tomar as decisões por você.
Eu havia percebido durante o meu tempo viajando que a principal razão para eu e Bella nos afastar era que o mundo conspirava contra nós. Nem era tanto 'nós' o problema, mas sim o que vinha com o pacote. "Eles."
Talvez... Se existisse um mundo somente nosso, as coisas fossem diferentes...
O envelope que trazia a carta do Vaticano estava seguramente guardado no fundo falso da mala. Há cinco meses que ele estava em meu poder, porém eu não sabia o que fazer com ele.
Voltar? Depois de todo o esforço de simplesmente conseguir ficar longe?
Era melhor não... Porém ele continuava ao meu lado, eu não o ousaria queimar ou destruir. Ele permaneceria ali comigo.
Depois de onze meses finalmente minha turnê pelo país estava terminando. Os últimos shows seriam em NY, e depois de um período de 'férias' eu sairia para outra turnê provavelmente para a Europa.
Amber fez um sinal que o vôo fora chamado, e me despedi de Alice rapidamente, enquanto pegava os meus documentos.
"Está tudo bem, Edward?" Amber perguntou preocupada.
"Não..." Me vi respondendo com sinceridade.
"Foi algo que sua irmã te falou?"
Suspirei e passei uma mão distraidamente por meus cabelos. "É mais o passado batendo em minha porta, só isso."
"Só?" Ela riu.
"É, tem razão." Encolhi os ombros ensaiando um sorriso em minha boca, contudo no resto da viagem não pude deixar de pensar nas palavras de Alice.
Eu não sabia o que me aguardava em minha cidade natal... Nem sabia como minha mente bipolar iria se comportar com certas coisas. Só esperava que Deus não deixasse fazer nada condenado demasiado... Ou talvez bipolar e apaixonado demais.
Bella
Nunca vira nada passar tão devagar quanto o último ano! Era realmente impressionante a forma como o relógio parecia parar em contraste com o intenso aumento do meu estresse e tédio.
"AIIIIÊ!" Esperneei assim que senti uma alfineta em minhas costas.
"Desculpa, chirrie." A estilista francesa disse com seu sotaque acentuado, enquanto mexia nas pregas do vestido com volúvel prazer. "Má está tão linda... Encantadora... Bela diva..."
"Oh, está mesmo." Rose disse entrando no quarto segurando uma Sky feliz no colo. Sky finalmente deixara de ser uma mãe psicológica, e agora tudo estava normal.
Quer dizer... Ela agora precisava ser muito vistoriada, já que agora tínhamos um novo vizinho, e um novo cachorrinho para se dizer.
Percebi os olhos azuis de Sky olhando para mim desconfiada, e fiz menção de pegar minha pequenina.
"MAI OI!" A enfezada estilista bateu com o leque em meus braços estendidos, e me olhou com cara feia.
"Ei, ela é minha filha!"
"Irá surrar todo o vestido..."
"É sujar!"
"Mon dieu!" Ela mexeu furiosamente nos cabelos. Somente revirei os olhos.
"Não sei por que a mãe de Jacob quis justo uma estilista francesa? O que há de errado com minha mãe? Ela é uma ótima costureira."
Rose gargalhou, e pegou um grande álbum que estava estendido em uma mesa de canto.
"Simplesmente por causa disso." Ela batucou no livro e depois o estendeu para mim.
"Isso ser?" Perguntei confusa, e reparando que a estilista apanhava vários comprimidos da bolsa e os tomava com as mãos tremendo, e água respingando para todos os lados.
Abri o álbum e então vejo as várias fotos e pequenas legendas abaixo delas.
"Ei, o que o prefeito de NYC está fazendo aqui? Ei... Esse não é o presidente do Brasil?"
Rose espiou no álbum e fez algum comentário que teria uma conversa sobre 'existe algo chamado gilete e que homens usam para retirar a barba', com o tal presidente barbudo.
"Essas, meu bem, são as pessoas que estarão presentes no SEU casamento!"
Olhei pasma para ela. "Está brincando com minha cara, não?"
Ela riu. "Bella, você está casando com um dos maiores herdeiros do estado! A família Black é tremendamente conhecida."
"Porém EU não conheço nenhuma dessas pessoas..."
"Mas estarão lá, Bella, é por isso das legendas para você saber identificá-los se não conhecer alguém e não ficar feio..."
"Vai dizer que o Brad Pitt vai estar lá também?" Ironizei.
"Na verdade..."
"Não está falando sério, está?" Meu Deus, era capaz de eu casar com o Pitt ao invés de Jacob se ele aparecesse.
"Claro que estou! O cerco social dos Black é mais político e econômico."
Rolei meus olhos. "Alegria de pobre..." Comecei mais logo algo assaltou minha mente. "OHMEUDEUS, ROSE! São pessoas tão importantes e eu? Eu sou o quê?"
Ela me abraçou. "Você é minha Bella. Minha amiga. Que só faz burrada, porém arranjou um tremendo partidão!"
"Falaram de mim?" Emmet enfiou a cabeça na porta e entrou com um sorriso. Deu-me um beijo na bochecha e logo depois foi se instalar nos braços de Rose.
"Algumas coisas realmente não mudam..." Reclamei.
"Ei Bella... Lembra do jantar hoje que a Alice nos convidou huh? Ás oito."
"Lembro..." Suspirei. "Acho que essa baixinha está aprontando algo."
"Mas que Dio é essa? Mon Jesusi! Saiam! Saiam!" A estilista madame sei lá do quê gritou ameaçando-os com a agulha.
Emmet e Rose riram, e saíram enquanto a estilista enxugando o suor da testa continuava ajustando o vestido.
Dali um mês me casaria... E um estranho sentimento tomava conta de mim toda vez que eu pensava em UM mês de... Liberdade.
Era o que chamavam de 'crise de solteiro?', sei lá, também pouco importa.
Olhei no enorme espelho que havia na parede e me contemplei. Meu vestido era muito... Bonito, porém eu acho que estaria mais segura com um mais simples e que não oferecesse risco de cair para frente ou fazer algo realmente típico a mim.
Era um vestido bordado com fios de ouro e topázio e eu usaria jóias que combinariam com ele.
Suspirei, enquanto assistia pelo espelho a mãe de Jacob entrar na porta com inúmeras sacolas nas mãos.
"Ei Bella!" Ela cumprimentou.
"Oi senhora Black."
"Oh, me chame só de Sue! Oh como você está linda! Madame Dufraee faz um ótimo trabalho, não?"
"Magnífico." Revirei meus olhos.
Então as duas mulheres começaram uma discussão sobre o que seria melhor acrescentar ou tirar no vestido, quando a voz de Sue chamou minha atenção.
"Bella?"
"Oi?" Me virei confusa para ela.
"Não ouviu o que eu disse?" Ela franziu a testa.
"Ah desculpe, não... O que disse?"
Ela sorriu calorosamente mostrando que eu estava perdoado pelo meu pequeno delito. "Madame Dufraee estava comentando que sempre nos esquecemos de um detalhe importantíssimo para os casamentos!"
Arqueei minha sobrancelha. "O que é? A espátula para cortar o bolo?"
Ela riu. "Oh, seu senso de humor é incrível..."
Bem, não havia nada de incrível ali.
"O que sempre nos esquecemos de escolher em um casamento então?" Perguntei impaciente. Talvez o juízo, ou o cara que entrasse na hora do 'se tem algo para impedir. '
"Oras, é óbvio! O PADRE!"
Eu engoli em seco. "Como assim... 'O padre'?
"Você precisa de um padre, não? Para celebrar o casamento!"
"Mas eu vou casar na St. Patrick's, não é o padre de lá?" Perguntei confusa.
Ela riu. "Você pode escolher o padre que quiser querida. Mas se você não tiver nenhum em mente, há um velho amigo da família..."
Estava impossibilitada de falar, afinal 'padre' me lembrava Edward e os tantos meses que não nos víamos. Inferno! Eu não conseguia esquecê-lo!
"Querida...?" Sue chamou minha atenção.
"Tanto faz." Disse me virando para o espelho novamente.
De repente eu me vi tentando imaginar onde certo padre se encontrava.
"Eu definitivamente queria parar de resolver somente coisas sobre o casamento." Resmunguei para Jake enquanto estávamos indo para a casa dos Cullens, para o jantar familiar – não tão familiar assim já que estavam indo várias pessoas que não era da família – mas segundo eles faziam parte da família, não importando os laços de sangue.
Ele pegou em minha mão e beijou as costas dela, ainda com os olhos na estrada.
"Minha mãe é meio pé no saco às vezes..." Eu queria dizer que era sempre, pelo menos quando se tratava de casamento e era essa a única "Sue" que conhecia, portanto não poderia dizer se ela era legal ou não. "Mas tenho certeza que será algo inesquecível."
Revirei meus olhos, e vi a fachada da casa dos Cullens. Estava no final da tarde e Alice me chamara para arrumar algumas coisas com ela.
"Você volta depois então?" Perguntei me virando para Jake.
"Sim..." De repente uma máscara sombria se formou em seu rosto.
"O que foi...?"
"Estou com um mau pressentimento sobre esse jantar."
Arqueei uma sobrancelha.
"Dotado de sexto sentido agora senhor Black?"
Ele riu um pouco, porém soava nervoso demais para os padrões aceitados como 'normais'.
Ele então pegou minhas mãos nas suas e me encarou firmemente nos olhos.
"Você tem certeza de sua decisão, Bella?"
"Jake, você me pergunta isso sempre. Você age como se eu fosse fugir á qualquer hora ou qualquer momento, mas estou aqui com você, não estou?" Acariciei as bochechas dele, e ele tentou sorrir.
"Sei lá," Ele suspirou. "Às vezes eu sinto que estou lutando com algo maior do que as minhas capacidades conseguem suportar. É como se eu fosse uma formiga perto do universo inteiro..."
Eu sabia que se referia á Edward. Por mais que dissesse que não havia nada entre nós, não o amava mais, e que ele estava BEM longe provavelmente do outro lado do país, não o fazia sossegar.
"Jake... Já faz um ano..."
Ele então levantou a cabeça e esboçou um sorriso. "Está certo... Eu estou sendo infantil demais, acho. Confio em você, e sei que você vai fazer o certo."
"Fico feliz com isso, Jake."
"Mas... Realmente você quer ir á esse jantar?"
Eu sorri. "O que pode me acontecer? Alice me prender na cama e me usar como boneca? Nã! Estou vacinada."
"É de outras doenças que eu tenho medo Bella..."
"BELLA!" Ouvi à senhora voz de Alice irromper meus ouvidos.
Jake revirou os olhos. "Vai lá, gatinha."
Dei um beijo em sua bochecha e desci do carro puxando a gaiolinha de Sky junto comigo.
Alice estava impaciente no alto das escadas que separavam o jardim da porta principal, e logo me puxou pela mão para dentro da casa.
"Ei, calma, Alice!"
Porém ela continuava me puxando escadas acima, e logo a empregada pegou Sky para colocar junto com seus parentes no canil.
Em todo trajeto olhei bem ao redor e vi que tudo estava devidamente arrumado.
"Alice, você não me chamou para ajudar na arrumação da casa?"
Ela sorriu. "Já está tudo devidamente arrumado, Bella.
"Então, por quê...?" Comecei, porém minha fala foi interrompida quando vi o quarto de Alice. Ele simplesmente estava lotado com roupas de todos os tamanhos e de todos os tipos, e vários potinhos de cremes e estojos de maquiagem estavam espalhados pela penteadeira enorme estendida agora no centro do quarto.
"SURPRESA!" Ela disse, idiotamente esticando os braços e mostrando o quarto.
"Alice, o que significa isso...?"
Ela revirou os olhos. "Simples e fácil. Tá-dá!"
"O que raios é 'tá-dá'?"
"Você é realmente pobre em expressões, huh? Bem... Eu aqui te apresento sua sessão de beleza pré-jantar."
Eu olhei incrédula para ela. "E para que eu iria querer uma sessão de beleza pré-jantar?"
"Você vai me agradecer Bella..."
"Você por acaso vê o futuro?"
"Talvez veja." Ela encolheu os ombros daquele jeito enfadonho que somente ela tinha.
Jesus! Por que Alice estava fazendo aquilo afinal? Talvez Jake realmente tivesse razão na parte do 'mau pressentimento'. Encarando aqueles montes de produtos e roupas eu estava tendo um.
Estava me sentindo um projétil enfadonho de alguma coisa igualmente enfadonha.
Alice sempre arranjava um meio de me surpreender por mais que achasse já a conhecer o bastante, ou pelo menos conhecer 'suas loucuras' o bastante.
Então ela me convenceu que poderia estar mais bonita para Jake, afinal, ele seria meu futuro marido e eu precisava ficar bonita para ela sempre, algo como 'auto-ajuda' ou sei lá de onde raios ela tirou uma teoria que pareceu um tanto desconexa para mim.
Por que vamos combinar, fazia dois anos que conhecia Jake, porque justo quando já estava noiva dele, com casamento marcado para um mês, eu trataria de me arrumar melhor?
Algo me dizia que Alice escondia coisas por baixo daqueles cabelos espetados e incríveis olhos verdes.
Então estava vendo o estrago que ela havia feito em mim naquele vestido preto frente único mais apertado no busto e que descia em cascatas soltas até quase os joelhos.
Ao me movimentar parecia que eu estava flutuando, porém esse efeito era só garantido sem o salto, pois com ele eu sabia que as coisas não seriam tão bonitas assim.
Então ela me dera um pequeno colar de pérolas com bolinhas pequenas, delicado, porém dava um toque extra no vestido.
Os meus cabelos estavam meio presos, meio soltos e descia meio 'selvagem' pelos meus ombros até a cintura.
Perguntei-me se aquilo era uma festa, ou o quê, mas Alice disse que seus pais gostavam de manter um requinte nas mais 'modestas' recepções que faziam.
Pelo menos quando eu jantara ali na última vez não tivera grandes coisas... Mas também só estavam realmente a família e eu, intrometida.
"OH... ISSO REALMENTE É UMA COISA QUE EU CHAMARIA DE NOVIDADE QUENTE!"
"Do que voc...?" Me virei para ver do que Alice se referia, então soltei um grito super agudo. "SOLTA, ALICE!"
Fui para cima dela e tentei pegar o embrulho de suas mãos, porém ela foi mais rápida, e saltara da cama como uma pantera e se afastava abrindo o pacote.
"Olha... Olha..."
"ALICE!" Tentei pegá-la de novo, porém o resultado não fora muito bom. "Devolva-me isso, já!" Ordenei com a mão na cintura e a respiração ofegante.
"Ei, quando você pretendia contar sobre isso?"
"Alice..." Corri atrás dela que já se precipitava para fora do quarto, passamos por uma Esme assustada, e logo eu estava descendo as escadas indo atrás da baixinha que parecia estar sob efeito de doping. "Você realmente vai me fazer suar feito uma porca gorda pela casa inteira?"
Isso foi à brecha para ela parar rapidamente de correr e olhar para onde eu estava. "É... Bom ponto... Não depois do trabalho que eu tive..."
Revirei meus olhos.
"Agora devolve." Disse com raiva.
"Se você me explicar direitinho o que é isso, eu posso pensar..."
"Alice..."
"Você escolhe."
Suspirei, vencida. Como que eu poderia vencer alguma coisa com aquela baixinha petulante?
"Está certo. Eu te explico."
Encarei o embrulho em minhas mãos, e com um estresse evidente, encarei uma Alice sentada de cócoras na cama com os olhos ansiosos e o corpo balançando freneticamente somente esperando que eu começasse a falar.
"Certo... Eu... Estou... Escrevendoumlivro."
"Fala com a boca!"
"Eu estou escrevendoumlivro..."
"Olha se você quiser que eu te ensine como falar..." Alice se precipitou em minha direção.
"Ok, Ok." Suspirei pesadamente. "Eu... Estou escrevendo um livro."
Ela arqueou uma sobrancelha.
"Pronto, acabei."
"Bella..." Ela ameaçou.
"Ok, Ok..." Tirei de dentro do embrulho o pequeno manuscrito. Por que raios eu fora colocá-lo em minha bolsa? Ah certo, na esperança de antes do jantar poder escrevê-lo quem sabe sob inspiração de um dos lugares que me lembravam... Bem, esquece.
"Eu descobri que como forma de canalizar os meus pensamentos, ou mesmo conseguir entender um pouco minha vida complicada... Seria uma boa eu escrever sobre ela... Porém acho que está virando um romance, ou sei lá..."
"Você está escrevendo sobre sua vida?"
"Precisamente sobre minha vida quando conheci seu irmão." Confessei.
Ela suspirou, parecendo mais calma. "Bella, você ainda não o esquece, não é?"
"Claro que esqueci!" falei prontamente. Ela pareceu não acreditar.
"Ok, supondo que você QUER esquecê-lo... Como você faz isso escrevendo sobre ele? Parece que você não quer que ele saia de sua vida..."
"Ele já saiu."
Ela apontou para o livro. "Não é o que parece."
"Alice... Eu só quero entender mais sobre mim mesmo, algumas questões que ficaram... Pendentes. Apenas isso."
"Jacob sabe?"
"E por que teria que saber?" Retruquei.
Então Alice continuou enchendo meu saco querendo saber mais sobre meu bendito livro.
Ok... Não era um livro era mais como um diário.
Há alguns meses eu começara a escrevê-lo como forma de aliviar a tensão, porém com o tempo eu percebi que escrevendo e depois o lendo eu poderia entender um pouco sobre essa fase corpulenta de minha vida.
Então eu vi que poderia ser uma boa oportunidade para poder fazer com que as pessoas soubessem de um tipo de amor... Diferente, porém igualmente intenso como todos os outros.
E aí que surgiu a idéia do livro.
Só que eu tinha um grande problema.
Como eu colocaria o final da história?
"Então a mulher casa com seu melhor amigo? E cada um seguiu suas vidas?"
Não! Eu não tinha nem coragem de escrever sobre aquilo.
Era melhor deixar as coisas rolarem, e quem sabe algo mais interessante acontecesse. Algo como a forma que descobriram o meu cérebro brilhante, e tudo.
Seria um bom final.
"Então ela vive feliz sendo experimentada no Vale do Silício."
É. Seria legal.
"E qual é o nome dele... Posso saber...?" Ela perguntou interessada.
"Entre o amor e o pecado." Respondi, corando.
"OW, parece título de Best seller!"
Olhei cética para ela.
Depois ela se acalmou e perguntou petulante.
"E o que você escolhe Bella? O amor ou o pecado?" Ela fez um som de "Ai, Ai, Ai, Ui, Ui." Misturado com algo mexicano que foi realmente impressionante.
"Cala a boca, Alice!" Joguei uma almofada e cima dela enquanto esta saía rindo pelo quarto.
Então Alice finalmente ficou ocupada com algumas coisas que teria que resolver, e peguei meu livro e me dirigi até o lugar que queria ir para escrevê-lo.
Encarei a porta de madeira em minha frente, e senti meu corpo se arrepiar inteiro. Era como se uma energia extremamente forte saísse por aquelas portas e me envolvesse.
Minhas mãos tremiam quando peguei na maçaneta e a girei sentindo o pequeno ranger que a porta fazia ao se abrir.
Passo por passo eu entrei, e aspirei o ar do quarto. Parecia ter o cheiro dele, porém era impossível. Ele não morava ali há anos!
Vi o pôster do desenho animado atrás de sua cama como antes e sorri nostálgica me lembrando da primeira vez que eu entrara ali.
O quarto estava igual da última vez, e quando abaixei meu olhar para a cama, meu coração deu um enorme salto.
Ali... Dormindo como um perfeito anjo... Com os cabelos desgrenhados na cabeça... Estava Edward.
O meu Edward.
Minha respiração falhou, e eu permaneci um longo tempo paralisada.
Como ele poderia estar ali?
Então tomei coragem e me aproximei lentamente sentindo o seu perfume, e o ar que parecia reverenciá-lo como uma carícia.
Ajoelhei-me ao seu lado e minhas mãos tremeram em sua cabeça, pausando se deveria ou não tocá-lo.
Mas algo estava errado com aquele Edward.
Assim que eu precipitei minhas mãos para tocar nos seus cabelos macios e sedosos, Edward sumiu como uma nuvem de fumaça. Como um espectro que some e nunca mais volta.
Minha boca se abriu e eu comecei a me chutar mentalmente.
Diabos! Alucinações?
Elas já deveriam ter parado, durante um longo tempo!
FAZ UM ANO! FAZ UM ANO QUE NÃO O VEJO!
Eu quero esquecê-lo! Quero esquecê-lo!
Eu comecei a prender cada lado de minha cabeça com minhas mãos, as apertando firmes ali.
Por que simplesmente eu não conseguia seguir em frente? Assim como ELE provavelmente estava seguindo?
Então eu percebi que o livro fora uma desculpa para não esquecê-lo. Ao mesmo tempo em que eu queria, eu não queria!
Bipolaridade é um saco, inferno!
Seria possível que depois de tanto tempo eu ainda amasse Edward? Seria possível que depois de tanto tempo eu ainda nutrisse sentimentos por ele?
Será possível...
Inferno, não!
"BELLA!" Ouvi a sonora voz de Alice me chamar. Livrei-me de meus pensamentos e saí do quarto rapidamente querendo sair daquele estado de torpor que me encontrava.
Descendo as escadas avistei Jake parado na soleira da porta entregando o casaco leve para a empregada que o colocava no armário de casacos.
Assim que me viu, sua boca se abriu e um sorriso orgulhoso se formou em seus lábios.
"Essa é MINHA mulher." Ele disse pegando minha mão e depositando um beijo singelo ali. "Você está extraordinariamente linda, Bella."
Não me sentia nem um pouco assim, porém...
"Culpa de Alice." Revirei os olhos tentando parecer normal, todavia ele não se deixou convencer.
"Está tudo bem?"
Assenti.
"Você sabe... Ainda dá tempo de irmos embora..." Disse com o brilho de medo que teve no carro antes de eu chegar ali.
"E fazer essa desfeita, Jake? Ei, nada demais vai acontecer."
A não ser minha mente procurando por respostas que nem eu mesmo sabia.
Pe. Edward
"Minha irmã deve estar pirando..." Sorri para Amber enquanto pegávamos nossas malas no aeroporto.
"Nem a conheço, mas acho que já tenho um bom estereótipo dela." Riu.
"Você nem imagina..." Então o celular começou a tocar e eu revirei os olhos, vendo que era Alice.
"Alô, irmã."
"Está animadinho, Edward?"
"Estou voltando para minha terra." Disse pobremente.
"Ótimo, então posso saber por que raios você ainda na está na casa onde você viveu, cresceu e morreu?"
"Por que morreu?"
"Por que é assim que você vai estar se não chegar aqui agora! O jantar já começou há dez minutos, e eu não consegui enrolar mais! Nossa mãe já estava me batendo!"
"Eu disse que não precisava me esperar, e nem bolar esse jantar..."
"Edward, vai ser uma surpresa para 'todos'!"
"Certo." Revirei meus olhos. "Eu ainda estou no aeroporto, estou chegando a casa. Ei deixe a porta aberta."
Depois de desligar me perguntei se Bella estaria lá.
Bem... Acho que Alice não faria isso, faria? Faria ou não faria?
Jesus! Eu já estava começando a suar frio. E se Bella estiver lá? E com o noivo dela?
Como eu reagiria?
Uma coisa é pensar longe dela, outra totalmente diferente era ao lado dela.
Jesus! Eu era um condenado!
Bella
Então as coisas estavam ficando de repente... Estranhas.
Primeiro, por que Alice insistia para demorarmos mais para jantar, sendo que TODOS já estavam presentes?
Segundo, por que ela olhava o relógio a cada cinco segundos e se ausentava sempre com o celular na mão?
Estava começando a compartilhar com o pressentimento de Jake. O que quer que ela esteja inventando, não era algo definitivamente bom.
Então minha mente parecia sempre se voltar para alguns assuntos que tentava evitar.
Algo como 'onde estava Edward?'
A conversa com a mãe de Jacob me fez pensar nele. Ok, me fez pensar MAIS nele.
Diabos! Eu estava pensando igualmente como eu sempre pensava.
A última notícia que realmente soubera era que estava em Maryland.
Isso era mais próximo de NY do que Tennessee ou Nevada, porém eu não acreditava que ele viesse para NY.
E se ele viesse? Como eu agiria? Como eu me comportaria?
Inferno! Saí para lá!
A comida entrava automaticamente na minha boca, e meus dentes e todo o sistema digestivo trabalhavam estressadamente.
Se é que isso era possível... Meu coração batia mais rápido a cada instante, e eu me vi olhando para os lados, e procurando por alguém, porém só encontrava o olhar preocupado de Jake, e um vinco que se formara em sua testa.
A sobremesa estava sendo servida e eu segurei por um momento na mão de Jake como modo de confortá-lo e dizer que o jantar estava acabando e que nada acontecera.
Porém, eu logo paralisei.
Algumas coisas aconteceram que me fizeram aguçar meus sentidos.
O sorriso extremamente presunçoso de Alice do lado oposto da mesa era uma delas.
Minhas narinas logo foram invadidas por um perfume masculino... Que fazia um ano que eu não sentia.
Não podia ser Jake.
Era aquela mistura de colônia com creme pós-barbear, e sua essência estava inundando minhas narinas e fazendo meu coração dar saltos mortais pelo meu peito.
E não era como no quarto. Era verdadeiro... Era intenso.
Jake petrificou ao meu lado e me olhava inquisitivo, percebendo a minha aflição.
Eu prendi minha respiração, e parecia que estava no meio do clipe da música "Thriller", pois eu ouvia os passos de alguém no assoalho, passos que vinham em minha direção.
Então vi o gritinho de Esme e o movimento que ela fez para tampar a boca com as mãos. O sorriso de Emmet, e Jake virando a cabeça para ver quem chegava.
Eu já sabia quem era... Eu havia sentido o cheiro dele antes mesmo de sequer alguém vê-lo.
"EDWARD!" Esme gritou e saiu da mesa com um enorme sorriso dos lábios.
Então lentamente eu me virei e vi, depois de um ano, o filho pródigo retornando para sua casa.
* Acredito eu que não existe essa possibilidade, que depois do pedido ir ao vaticano, você poder escolher se usa a carta ou não. Porém é necessário para a fic, e que fique claro que não é algo oficial, e que realmente não poderia acontecer na vida real, isso caso vc se interesse por um padre, que definitivamente não é algo legal, e só fica bonito aqui na nossa querida ficção chamada DRR ;)
10 comentários:
*-*
e agr?
simplesmente amei ...
so nao gostei do fato da bella ter aceitado se casar com o jacob ...
mais amei que o edward tenha voltado ;)
tomara q a bella termine com o edward ...
ansiosa para ler o cap. 28
(primeira a comentar)
WoOoW... o Ed está de volta... E agora? Louca para ver o próximo capitulo!
De tres coisas eu estava convicta:
Primeira, eles vão ficar juntos.
Segunda, a Bella nunca esqueceu o Edward.
Terceira, o Jacob vai ser deixado ( e euvou consola-lo)
e ele voltoo uhu !!!!!!!!!
nossa que aflição pq esses dois não ficam juntos logo
não é obvio que não existe bella sem edward e vice e versa
a bella e o jake vao se casa mesmo? na hora q o padre pergunta aqla frase q diz se alguem tem algo contra fla agora ou se cale para sempre, o ed vai fla algo? ou eli vai dexa a bella se casa com o jake e eli vai fika sozinho? e a renesmee sera q vai aparece nessa historia? sera q vai acontece algo antes do casamento com o ed e a bella q na hora q eli pergunta se ela se aceita se casa com o jake ela vai dize naum e acaba fugindo ou flando q amava o ed? perguntas mais perguntas, tomara q sejam respondidas logo. ateh de noite meninas.
Sem palavras!
Ela ñ esquece ele
Ele ñ esquece ela!
E agora??????????????????????????????????
De repete...desesperada!
kkkkkkkkkkkkkkkk
mto bom,gente,q loucura!
eles tem que voltarem logo!
eu não quero que ese lobo de aráque case com minha belinha
(sem ofença as tens jacob :D)
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