De Repente... Religiosa - Capítulo 31: De Repente... Nuestra Verdadera Vocación

POP PEOPLE

EX-SACERDOTE E NAMORADA SÃO PRESOS ASSIM QUE PISAM EM AEROPORTO.

Soubemos através de fontes fidedignas que o casal mais polêmico dos EUA chegaria á NYC na noite passada de uma viagem á Cancun, México.

Depois de uma semana foragidos, o casal retorna e logo são presos no aeroporto.

Isabella Swan pede por piedade á nossos correspondentes (veja a foto ao lado), e logo é interceptada pelo dono do aeroporto.

A acusação seria o adultério. Fontes dizem que ela está casada, pois no casamento, ou quase, ela chegou a responder o 'sim'.

"Ela disse o sim! Todo mundo a ouviu dizer o sim! Então ela é esposa de meu filho! Pois ele também disse o sim! Sim! Sim, entendeu?" Exclama Sue Black, a mãe do ex-noivo depois de provar a todos que conhecia o advérbio de afirmação mais usado.

Contudo depois de liberada, soubemos que as acusações eram infrutíferas e Sue fora presa por falso testemunho e desacato a autoridade, não sem antes dizer que a mãe do delegado era dela. (?)

Seria então, homossexual?

Edward Cullen nos revelou que marcará uma coletiva de imprensa para nos revelar a versão deles sobre os fatos.

Agora, sim, o casal mais polêmico terá a chance de se explicarem á sociedade que um dia chegou a comprar CD's do padre Edward Cullen e a respeitá-lo como ícone religioso.

Dizer – como todo final de estória- que tudo se resolveu perfeitamente e estávamos felizes para sempre seria hipocrisia de minha parte.

Afinal, na vida real isso não acontecia, embora do "feliz para sempre" eu e Bella estivéssemos bem próximos.

No dia seguinte da volta de Cancun fomos até nossa família, onde reunimos todos e conversamos dizendo que eu e Bella nos amávamos e resolvemos ficar juntos definitivamente.

Enquanto eu recordava, imagens começaram a ser relembradas em minha mente e me vi absorvido na noite em que tudo aconteceu.

Casa dos Cullens.

(Um dia após viagem.)

"Será que eles estão todos aí?" Perguntou uma Bella preocupada olhando para a casa.

"Estão..." Segurei mais firmemente a mão dela. "Eu liguei para Alice e confirmei."

"Ah tá... Então foi ela quem ouvi gritando que 'nós éramos dois escrotos por não avisarem nada á ela' e blábláblá?"

"Aham." Controlei uma risada. "Ela também informou que o mundo sofria uma grave crise e que não deveríamos esbanjar riqueza jogando celulares por aí."

"Certo..." Mordeu os lábios e voltou a ficar nervosa.

"Ei amor... Tá tudo bem. Eles não mordem." Acariciei de leve seu rosto. Ela sorriu, e eu teria esperado mais algum tempo até que ela estivesse pronta quando um "PSIU" ecoou no jardim.

Bella paralisou e eu vistoriei a região procurando o criador do barulho, até que rolando por entre os pequenos arbustos e totalmente vestido com roupas camufladas aparecia um Emmet, o nóia.

"Emmet o que você está fazendo?"

Então ele nos olhou assustado. "Como vocês me viram?"

Revirei os olhos. "Será por que você está na nossa frente?"

"Ei, eu estou invisível." E apontou para suas próprias roupas. "Tipo, aquela mulher lá do Quarteto Fodástico."

"É FANTÁSTICO!" Dessa vez foi Bella que tratou de revirar os olhos.

"Você não está em uma selva sabe..." Acrescentei.

"Ah..." Ele continuou agachado e depois apontou o dedo para algum lugar do jardim. "É tudo culpa de Mike."

"Mike?" Perguntamos confusos até que um Mike totalmente irritado aparecia e dava um grande pedala em Emmet.

"Seu idiota! Você não serve para missões importantes e extracurriculares."

"Posso saber o que os dois estão fazendo no jardim da casa dos meus pais?" Perguntei cruzando os braços de encontro ao peito.

"É segredo." Mike começou.

"De estado." Emmet terminou batendo continência.

Bufei em impaciência.

"Bem, já que esse é o caso... Acho que Rose iria gostar de saber que o namorado dela está por aqui..." Bella ameaçou dando um passo em direção á porta da casa.

"Ok. Ok." Emmet a olhou espantado. "Vou revelar tudo."

"Emmet, seu fraco." Mike temperou, porém Emmet com a mão no peito revelou algo como 'lealdade aos amigos acima de tudo' ou mesmo 'quero ter filhos um dia para dizer á eles do pai maravilhoso que tem'.

"Mike aqui..." Apontou. "Quer se infiltrar lá dentro da casa, ou fazer alguma coisa para poder falar com Tanya."

"Por quê?" Bella perguntou.

Mike interrompeu.

"Eu não vejo ela desde seu ca... quase-casamento, e tenho que falar com ela."

"Hmm..." Bella olhou sugestiva para mim e depois para os dois homens. "Acho que alguém está apaixonado..."

"Quem?" Mike perguntou franzindo a testa. Emmet começou a olhar para os lados procurando.

"VOCÊ!"

"Claro que não!" Respondeu chocado com as mãos no peito.

"Não importa." Cortei já que o menino parecia que começaria um bate e boca com minha namorada. "Continue Emmet."

"Então... Aí ele falou que precisava de minha ajuda, e eu falei que não, pois ia rolar barraco e eu queria estar presente." Tanto eu quanto Bella o encaramos com incredulidade.

"Enfim..." Continuou. "Ele me falou que se eu o ajudasse isso contaria como uma atividade extracurricular, e isso têm muito peso aqui no currículo dos EUA, sabe?"

Eu quase levantei as mãos para o céu e pedi por paciência, mas Bella fez isso por mim.

"SENHOR! Dê uma parte de meu cérebro Einstein para EMMET!"

"Hein?" Perguntamos confusos.

Ela somente riu sem graça e me abraçou.

Acabou que os dois idiotas continuaram com seu plano mais idiota ainda, enquanto eu e Bella entrávamos na casa com o coração na mão, pois ali estavam todos que nos eram importantes de algo modo e os quais nós devíamos algumas satisfações.

Não larguei a mão de Bella um segundo se quer. Era como um estado de 'proteção' que eu ligava e pretendia nunca tirar da tomada.

E se acabasse a energia? Bem. O meu amor geraria força suficiente para suplantar qualquer falta.

Pois assim era o amor verdadeiro.

Todos ali presentes, incluindo meus pais, os de Bella, alguns amigos já esperavam basicamente pela notícia.

Houve algumas dúvidas sobre os jornalistas e nossas vidas dali para frente, porém eu garanti que tomaria conta de tudo e seria um homem honrado para Bella e minha família tanto a que eu já tinha tanto a qual eu iria construir.

Depois – mas não menos difícil – encaramos os tablóides.

Marcamos uma entrevista coletiva para evitar diversas delas, e revelamos que estávamos junto sim, pronto acabou e que eles convivessem com isso.

Houve um tremendo bafafá, contudo saíamos com a promessa de não revelar mais nada.

Dois meses se passaram e as notícias ainda circulavam, e as pessoas ainda nos olhavam nas ruas, afinal não era algo muito 'esquecível'. Contudo dava para andar na rua sem ser agarrado ou apedrejado e nem mesmo receber propostas de revistas masculinas e programas de culinária.

Ok. Ainda havia as tais propostas, contudo eu polidamente rejeitava.

Eu definitivamente não era mais padre, e minha situação estava certa.

Tive minha conversa com dom Daniel e agradeci por tudo o que ele havia feito por mim. Por ser meu pai espiritual e por não me julgar.

Meus shows realmente haviam sido cancelados, e Amber não era mais minha empresária, já que não tinha mais o que fazer. Ficara triste com o rumo das coisas e assim eu também. Eu gostava de ser cantor, mas o meu público alvo estava muito abalado e acreditava que 'não seria mais religioso já que não é padre'. Como se esse fato tivesse me feito aliar com o demônio ou me virar contra Deus. E era isso o que mais me chateava.

Eu continuava morando na casa dos meus pais, ainda temporariamente, pois tinha meus planos futuros com minha amada.

Contudo isso não me impedia de passar algumas noites com ela. E foi em uma manhã de Natal que Bella não queria sair debaixo das cobertas de nenhuma maneira, alegando que estava mal e que iria morrer.

A neve caía bem visível em sua janela e eu aumentei o nível do aquecedor para ver se a 'preguiça' se dissipava.

Mas logo ela saiu das cobertas, e foi correndo até o banheiro onde se trancou por meia hora, e sempre que eu perguntava se estava bem me respondia com gemidos e xingamentos.

Primeiramente pensei que estivesse com manha de Natal, não querendo assim sair da cama no frio, mas logo vi que ela realmente estava mal e isso me preocupou terrivelmente.

"Bella! Vamos. Abra a porta. Fiz um chá para você." Falei de frente a porta do banheiro.

"Eu não vou conseguir engolir... Edward vá curtir seu natal. Eu fico em paz aqui. HOHOHO!" Ela falou fracamente e eu poderia imaginar a situação péssima que se encontrava do outro lado.

"Vamos. Você precisa tentar." Batuquei com o punho fechado na porta novamente.

Depois de alguns minutos, ouvi a tampa de algum vaso sendo fechada – provavelmente ela tinha se debruçado sobre ele sentada- e passos arrastados em direção á porta.

Quando a abriu, revelou a imagem de uma Bella com o rosto verde e os olhos fundos.

"Bella, o que te aconteceu...?" Perguntei vistoriando seu corpo procurando por algo errado e fora do comum.

"Não sei..." Ela engoliu em seco algumas vezes, pareceu se engasgar e logo vomitou no chão bem em minha frente.

"Ah Bella..." Resmunguei e peguei nos cabelos dela puxando-os para cima. "Você precisa de um médico."

"Não..." Ela murmurou com a voz entrecortada. "Eu acho que já sei o que é..."

"Pelo amor de Deus me conta! Estou preocupado."

Ela se recuperou do recente vômito, limpou a boca e me olhou parecendo que cairia a qualquer minuto, porém em seus lábios um sorriso estranho se formou.

"Eu estou grávida."

"O quê?" Então depois quem estava passando mal, precisando desesperadamente de um chá e desmaiado era eu.

Bella

Eu não entendia por que Edward estava tão nervoso! Tá bom que homens geralmente têm a tendência de passar mal com a notícia de uma gravidez, mas eu nunca vira Edward como esse tipo de homem.

Está certo que quando eu ficara grávida há alguns anos e dissera á ele, ele me culpara e não acreditara, contudo agora realmente estava vivendo como um bom pai que eu sabia que seria.

Ele andava de um lado para o outro no consultório de seu pai, e seus cabelos pareciam assumir formas de várias estátuas devido às intensas esfregadas que ele ali fazia com as mãos.

"Edward você está me deixando enjoada só com esse andar..."

Ele parou prontamente.

"Eu estou nervoso..."

"Jura?" Perguntei controlando a risada.

"Carlisle não chega com esse resultado!" Esperneou.

"Eu sinto que estou grávida, Edward. Nem precisa de exame. Eu já engravidei lembra?"

Ele então me olhou com os olhos culpados. "Desculpe..."

"Pelo quê? Por me engravidar? Pode deixar que eu tenha parcela de culpa também." Ri.

"Não... Pelo outro bebê. Sinto como se eu tivesse feito você o perder..."

"Edward." Levantei-me prontamente e eu o encarei segurando seu rosto com minhas duas mãos. "Você. Não. Tem. Culpa. De.Nada. Pare de se culpar! Foi o destino, ok?"

Ele suspirou pesadamente beijou a palma de minha mão. "Ok."

Nesse momento Carlisle irrompeu no quarto com os exames na mão.

Ele parecia bem feliz. "Eu tomei a liberdade de ver os resultados logo quando saíram..." Ele falava tentando esconder a empolgação.

"E o resultado é...?" Edward perguntou me abraçando.

"POSITIVO!"

Edward então se levantou em um salto e com um extremo sorriso abraçou Carlisle e os dois homens começaram a pular pelo consultório.

"EU VOU SER PAI! EU VOU SER PAI!"

"EU VOU SER AVÔ!"

"Eu vou ser mãe!" Gritei querendo participar também.

Edward então se virou para mim com os olhos brilhando e me girou pela sala.

"Obrigado Bella. Obrigado. Obrigado. É O MELHOR PRESENTE DE NATAL DO UNIVERSO!"

"Edward, cuidado ela está grávida." Carlisle advertiu.

Ele logo parou de nos mover e me colocou novamente na cadeira com todo o cuidado e atenção.

Revirei meus olhos para seu lado tão super protetor.

"Edward estou grávida, não doente."

Ele sorriu. "Eu tenho que comprar várias coisas. Brinquedos, roupinhas, carrinhos, e..."

Eu ri. "Nós nem sabemos se é menino ou menina."

"Podemos saber não pai?" Perguntou o futuro pai super ansioso.

"Ainda não." Carlisle riu. "Calma, filho, mas antes de tudo temos algumas precauções... Como Bella já sofreu um aborto espontâneo, ela terá que ter mais cuidado durante essa gravidez."

"Pode deixar pai." Edward sorriu olhando para mim e acariciando minha barriga. "Eu vou cuidar de Bella e do bebê como se fosse minha vida. Na verdade, é minha vida."

Eu sorri para ele e acariciei seu rosto, agradecendo por ser tão abençoada por ter um homem como Edward em minha vida.

Edward

A gravidez de Bella foi um verdadeiro impulso para eu começar a colocar nosso relacionamento nos eixos.

Eu sabia que por mais que evitássemos as notícias de nosso filho, logo estas espalhariam pela mídia, e as proporções não seriam muito boas para nós.

Então, quando esta notícia se espalhasse... Que outra melhor fosse junto também.

Eu tentei preparar tudo da melhor maneira que pude. Com a ajuda das agora inseparáveis Tanya, Alice e Rose.

Está certo que isso me acarretou ser o único homem no meio de um grupo das luluzinhas.

"Eu não sei..." Tanya choramingou enquanto pinicava alguns papéis com a ajuda de uma tesoura. "Ele não larga do meu pé, e quando o faz, eu fico estranha... Sentindo falta dele sabe?"

"Tanya querida..." Rose disse rindo junto com Alice. "Acho que você está apaixonada pelo Mike líder dos Garanhões da Cidade!"

"NÃO! Isso não!" Ela quase berrou. "Ok. Confesso. Talvez um pouco mexida, mas... UGH! Ele é um tremendo galinha."

"Mas pelo o que você disse..." Alice ponderou. "Ele insinuou que se você o aceitasse, ele largaria a organização."

"Mas e se ele não estiver sendo sincero? Ele já tentou me enganar uma vez."

"Dá uma chance pro garoto." Rose ponderou. "Talvez ele esteja entrando nos eixos pela primeira vez na vida!"

"Não sei..." Ela murmurou com a cara chateada. "Edward como vai o prato?" Finalmente notaram que eu estava no mesmo recinto que elas.

"Vai bem..." Falei distraído com os pensamentos longe.

"Ih... O que foi maninho?" Alice me abraçou encostado à cabeça no meu ombro. Larguei a colher na panela e me virei para ela, suspirando cansado.

"Não vai desistir vai Edward?" Rose perguntou preocupada. "Vamos! Você é o único homem que salva nessa região! Ah claro e Jasper..." Acrescentou ao ver o olhar mortífero de Alice.

"Não! Claro que não! Nunca estive tão certo em toda minha vida... Mas... Ah... Questões..."

"Eu acho que sei." Alice suspirou. "Você já falou com ela?"

"Não." Abaixei minha cabeça mexendo nos meus cabelos com frustração. "E se ela se der conta do fato e sei lá... Não me querer mais?"

Alice revirou os olhos. "Larga de ser idiota, Edward! Lógico que ela vai te querer de qualquer jeito!"

"Mas eu gostaria de dar isso á ela... E eu também gostaria sabe?"

"Você não pode ter tudo maninho." Ela sorriu tentando me confortar.

"Descobri recentemente." Suspirei. "Bem, vamos continuar com o prato e os preparativos. Prove. Está bom?"

"Você é um ótimo cozinheiro, Edward." Ela aprovou.

Então eu lembrei algo que eu queria saber e resolver também.

"Tanya, você tem notícias de Jacob?" A expressão dela então murchou.

"Ele está mal... Trabalha menos, e está tendo algumas reclamações dos clientes." Suspirou. "Ele está recebendo bastante apoio, eu tenho conversado bastante com ele, e Leah está sendo um anjo."

"Leah?"

"Aham." Assentiu. "Ela é a secretária da Clínica. Ela tem conversado com Jacob, deu uma força danada. Acho que ela gosta dele..."

"Tomara que ele possa gostar dela." Rose comentou.

E eu também esperava.

Bella

Apesar das várias recomendações de Carlisle eu estava levando uma gravidez legal. Eu sentia que não perderia o bebê dessa vez, mas também todo cuidado era pouco.

Edward tocou a campainha de minha casa e eu logo tratei de observar minha imagem no espelho para ver se estava bonita.

Retoquei o batom e desamassei o vestido, indo abrir saltitante a porta para logo em seguida parar estupefata ao ver a visão dos deuses em minha frente.

"Edward...?" Gaguejei ao ver meu amor vestindo lindamente de smoking e com uma rosa estendida em minha direção.

"Amor." Sorriu torto me entregando à rosa. Peguei-a e a cheirei sorrindo logo em seguida.

"É linda..."

"Como você." Ele sorriu e me estendeu o braço. "Pronta?"

"Sim..." Respondi ainda embasbacada pela lindeza encontrada bem em minha frente.

Edward me guiou até seu Volvo e dirigiu apenas com uma mão, já que a outra segurava a minha e fazia movimentos circulares em seu torso.

Parou em frente a um restaurante que dava para frente da Estátua da Liberdade.

Ele abriu a minha porta e me ajudou a sair do carro. Guiou-me até dentro do restaurante á uma área reservada onde o garçom fez uma reverência ao passar.

"Senhores... Posso trazer o prato?" Perguntou polidamente. Edward assentiu e logo vieram várias travessas com uma comida de dar água na boca.

"Pode se servir." Sorriu em minha direção e eu quase pulei em cima dele, mas me controlei. Servi-me da comida e identifiquei o tempero como conhecido, porém eu nunca jantara naquele restaurante.

"Parece que eu já comi..."

Ele sorriu torto. "Acho porque fui eu quem fez."

"Você?" Quase engasguei com a comida. "Então por que estamos em um restaurante?"

"Achei melhor aqui do que em seu apartamento ou na casa de meus pais. Mas a comida fiz questão de cozinhar e mandar os garçons trazê-la."

"Só você. Cuidado para não ser contratado pelo restaurante." Sorri e comemos durante a noite. De vez em quando eu dava alguns olhares de esguelha para a Estátua da Liberdade, mas eu tinha algo bem mais belo em minha frente, se vocês bem me entendem.

Então uma música calma começou a tocar e Edward me chamou para dançar, o que eu prontamente aceitei.

Dançamos e rimos enquanto conversávamos de coisas banais e superficiais. Então Edward cobriu meus olhos com as mãos e me guiou para algum lugar.

Ouvi-o abrindo uma porta de vidro e logo caminharmos alguns metros.

"Edward..." Ri caminhando desajeitadamente.

"Já vai, amor." Respondeu.

Ele estava atrás de mim e sussurrou no meu ouvido quando tirava suas mãos de meus olhos.

"É tudo seu." Então estávamos em uma espécie de varanda da área reservada e lá surpreendentemente parecia que a Estátua e a Lua cheia estavam no alcance de nossas mãos. E as luzes da cidade e dos prédios iluminavam tanto embaixo quanto o meu lado. E uma fonte se via praticamente a nossos pés.

"É lindo..." Sorri apreciando a vista.

Ele então me abraçou por trás e encostou sua cabeça no vão do meu pescoço e ombros.

Ficamos lá não sei por quanto tempo até que ele pegou minhas mãos nas suas e começou a movê-las no ar, notando o efeito bonito que elas proporcionavam e o encaixe perfeito.

"Você é perfeita para mim..." Ele sussurrou em meu ouvido. "O encaixe perfeito..."

Gemi e fechei os olhos levando minha cabeça para trás.

"Eu quero passar minha vida inteira ao seu lado." Sussurrou me causando arrepios.

"Eu também..." Murmurei.

Ele então com um floreio de mãos me girou para ficar de frente á ele. Ele se separou de mim, porém antes que eu pudesse argumentar e puxá-lo de volta ele se ajoelhou em minha frente retirando uma pequena caixinha de veludo vermelha de seu paletó.

OH DEUS!

Ele olhou para caixinha e depois seu olhar se voltou para mim. Aquele olhar intenso e de um tom de verde maravilhoso. Eu conseguia ver praticamente o amor de Edward por mim naquelas íris cristalinas.

"Por isso, Isabella Swan, eu quero que você seja minha esposa, a mãe de meus filhos, e minha amiga, companheira, irmã, amante pelo resto de minha vida. Aceita se casar comigo?"

Eu quase tive um ataque epilético naquele momento.

Edward lindo maravilhoso estava me pedindo em casamento?

AAAAAAAAAH... QUE LINDO, QUE FOFO E...

"Sim! Sim! SIM! SIM! YES! SI! POR QUE NO?"

Então ele se levantou sorrindo e me rodopiou no ar soltando uma sonora gargalhada.

"Obrigado Bella. Obrigado por ser assim, obrigado por aceitar ser minha."

Eu sorri enquanto ele calmamente colocava o enorme anel de diamantes e rubi no meu dedo e logo depositava um singelo beijo na região.

As lágrimas de emoção já brotavam de meus olhos e se eu sobrevivesse até o final da estória eu ficaria muito feliz.

"Eu que te agradeço Edward. Você me salvou lembra?"

Ele sorriu enquanto me abraçava forte.

"Você me salvou também..." Ele então riu e acariciou minha barriga. "Está vendo bebê? Mamãe e papai vão se casar!"

Edward

Depois de sairmos do restaurante e Bella não esconder o sorriso de satisfação do rosto, a vendei com um lenço preto na desculpa das surpresas ainda não terem acabado pela noite.

Ela se encontrava agora resmungando enquanto eu a guiava por entre os caminhos e a prostrava na melhor posição possível para obter a melhor vista.

"Edward..." Gemeu reclamando. Eu sorri e lentamente fui retirando sua venda.

"Este, Isabella Swan, é o nosso presente de casamento." Murmurei e logo a venda era retirada completamente de seus olhos.

Afastei-me um pouco de minha noiva para ver sua reação e percebi ela piscando os olhos diversas vezes, até eles se arregalarem e a boca abrir em surpresa.

"O quê...? O quê... É? É o que penso que é?"

Então segui a direção de seu olhar e avistei a casa que se erguia em meio a belos jardins que continham em sua maioria belas roseiras perfeitamente cultivadas por minha mãe.

A casa era branca com alguns detalhes em azul, e em sua frente se estendia uma varanda com aspecto confortável e ainda algumas poltronas e cadeiras para descanso.

A casa tinha dois andares com as janelas dando para a rua, sendo que exatamente no meio tinha uma janela maior com largas cortinas que era do quarto principal.

O nosso futuro ninho de amor.

"Essa, Bella, é nossa casa." Respondi orgulhoso do trabalho de carpintaria que eu havia feito e a decoração de minha mãe e Alice.

"Sério?" Ela se virou para mim e logo novamente para a casa. "Edward... É... É... Simplesmente... Perfeito." Ela começou a chorar e eu a abracei olhando também para a casa.

"É nossa, meu amor. Nossa. Somente. Onde nós teremos nossa família, criaremos nossos filhos, onde Sky irá brincar... Onde ficaremos velhinhos, onde veremos nossos filhos partirem... Onde cultivaremos nosso amor cada vez mais."

Ela então se virou para mim e me beijou calmamente por alguns segundos.

"Eu nunca tive tanta certeza que você era o amor de minha vida como agora."

Eu sorri emocionando com suas palavras, enquanto a abraçava firmemente e sentia os nossos corações baterem em uníssono, demarcando assim o começo de uma vida boa e melhor para nós.

Bella

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EX-PADRE E ISABELLA SWAN SE CASAM HOJE!

Há alguns meses, precisamente cinco meses o país se chocou com a notícia de que o famoso padre Edward Cullen interrompera um casamento dizendo que amava Isabella Swan, e logo depois eles fugiram e ficaram em Cancun, no México por uma semana longe de tudo e todos.

Depois de alguma insistência, eles concederam uma entrevista coletiva e falaram as seguintes palavras:

"A vida fez com que nossos caminhos se tornassem confusos, porém nós nos encontramos e percebemos que nosso lugar é ao lado um do outro. Durante dois anos tentamos fugir disso, e fomos interrompidos diversas vezes, mas finalmente percebemos que não podemos viver longe um do outro. Então, doa a quem doer."

Essa frase dita por Edward Cullen repercutiu durante várias semanas pelo país, e houve vários programas e blogs discutindo a situação do casal.

Poderia então um padre se casar com uma mulher?

Senhores! Isso não se pode no religioso, mas no civil, nada impede.

E é o que acontecerá hoje em Março de 2010 no cartório da cidade.

E junto com essa notícia bombástica soubemos que a senhorita Isabella está grávida! Isso mesmo, caros leitores! Grávida de cinco meses (não é uma boa coincidência?).

E apesar de tudo nossos sinceros votos de felicidade ao casal, que sejam felizes!

"Já pensou se eu não estivesse casando?" Perguntei jogando o jornal de lado. "Eles falariam horrores das doutrinas religiosas sobre casar virgem e essas coisas loucas..."

"Edward é inteligente." Minha mãe comentou me cutucando no alto da cabeça com um alfinete.

"AI!"

"É só parar quieta, e pronto!" Suspirei e ela continuou. "Tem noção de que em menos de metade de um ano é a segunda vez que você se casa?"

Revirei meus olhos. "Tecnicamente... É a primeira vez."

"Você me entendeu." Então ela deu uma finalizada com spray e virou a cadeira em direção ao espelho. "Pronto."

Olhei o resultado no espelho e sorri. "Ficou bom. Obrigada mãe."

"Nada. E vê se não foge do casamento dessa vez certo?"

"Certo." Sorri, e ajustei melhor o vestido no corpo. Eu estava me casando com um vestido longo rosinha bebê, com alguns bordados em preto e branco. Alice enchia a boca para dizer que era uma de suas primeiras aquisições. "Não fugiria desse casamento por nada!"

"Sabe... Eu não estou muito acostumado á comparecer em dois casamentos de minha filha..." Meu pai tagarelava. "É meio estranho, você sabe..."

"Pai!" Revirei os olhos.

Então meu pai me levou de carro até o cartório onde Edward lindamente me esperava com um sorriso torto.

"Olá." Ele sorriu. "Você está linda."

"Obrigada." Rodopiei o corpo de brincadeira.

Alice bufou. "Ninguém mais acredita que o noivo não pode ver a noiva antes do casamento?"

"Alice, isso não é tecnicamente um casamento religioso." Retruquei.

"Mas mesmo assim!" Mostrou a língua.

Percebi que Edward repentinamente se mostrara cabisbaixo.

"Aconteceu alguma coisa? Falei alguma coisa?"

"Não..." Apressou-se em responder. "É que... Bem..." Desviei o olhar. "Deixa para lá! Vamos entrar! O juiz está esperando."

Quando eu ia abrir a boca para retrucar um fotógrafo pede uma foto o que foi concedida por nós dois. Quando este foi embora, me voltei novamente á meu futuro marido.

"Edward..." Pressionei. "Fala-me."

"Não é nada..." Desviou o olhar.

"Edward, se você não falar eu não entro nesse cartório com você!" Ameacei e ele prontamente me olhou.

"Certo... OK... É que, não é que não esteja feliz em casar e tudo... Muito pelo contrário... Mas eu gostaria... De... Sei lá... Casar com você na igreja... Você vestida de véu e grinalda... Como noiva... Recebermos a benção de Deus."

"Edward..." Acariciei seu rosto com leveza. "Isso é importante, eu sei... Mas estar com você é mais ainda. Sério. Agora pára de se enfurnar com esses pensamentos!"

"Ok." Ele sorriu fracamente. "Pronta para casar e se amarrar á um ex-padre velho e caduco?"

"Estou pronta para me unir para sempre com o amor de minha vida." Sorri e o beijei levemente, e logo entramos no cartório.

Os meus padrinhos foram Rose e Emmet, e de Edward Jasper e Alice.

Sky – que parecia muito mais feliz do que nunca- estava presente no colo de Tanya que se encontrava abraçada á Mike. Os dois pareciam ter se acertado e ela resolveu dar uma chance para o coitado, que finalmente mostrava sinais de melhora.

A cerimônia prosseguiu calmamente, e logo estávamos assinando o livro, sendo seguidos depois pelos padrinhos.

"Então os declaro, perante á lei, marido e mulher." O juiz declarou com um sorriso pelo qual retribuí á Edward que logo me beijou, o que foi seguido de vários aplausos animados.

Fizeram questão de projetar uma chuva de arroz enquanto eu e Edward saíamos correndo do cartório.

Não viajamos em lua de Mel devido a minha gravidez então nos curtimos em nossa linda casa mesmo, e eu praticamente transbordava de felicidade.

Edward pareceu esquecer qualquer coisa relacionada ao casamento no religioso, e finalmente estávamos juntos, verdadeiramente.

O tempo estava se passando e eu e Edward estávamos no orfanato. As crianças ficaram extremamente felizes com a notícia que eu e Edward estávamos juntos, e o melhor de tudo, não acharam estranho.

"Tia! Você poderia emprestar sua bola para a gente, né?" Um menininho me cutucou.

"Que bola?" Perguntei, franzindo o cenho. Até que eu compreendi que a coisa rolante em questão era minha proveniente barriga de vários meses.

Eu mereço senhor...

Então Edward não escondeu a risada e praticamente rolava no chão com a inocência infantil.

Estreitei meus olhos para meu marido. Ou melhor... Futuro ex-marido?

Edward queria brincar com fogo rindo de uma mulher grávida e hiper sensível e irritadiça!

"Não, querido..." Acariciei seu rosto de leve, o que o fez se assustar, por motivos óbvios. "Mas sabe... Edward tem duas bolas bem legais. Você poderia brincar com elas."

E como previra, ele logo parou de rir e me mostrou a língua como resposta.

"Você poderia dar um nome para ela não poderia? Poderia não poderia? Eu poderia escolher o nome não poderia?"

"Por Deus, Tony! Vê se muda os verbos pelo bem da humanidade!" Joguei minhas mãos para o alto.

"Tia, você tá muita chata." Cruzou os braços contra o peito visivelmente irritado. "Sabe o José, aquele menino que come dez pizzas no café da manhã? Pois é, ele rola na grama e leva a gente junto. Por que a tia também não?"

"Tony..." Edward apareceu com alguma bola de beisebol. "A tia tá meio... Hm... Impossibilitada de sair rodando."

"Não entendo por quê." Outro bico. "Mas o tio poderia brincar comigo, não?"

Edward sorriu e assentiu, e eu respirei aliviada.

Já bastava às piadinhas e as brincadeiras das crianças com minha barriga.

Mas não poderia negar que Tony era o garoto mais contente tanto com a gravidez, tanto com o meu casamento com Edward.

Então meu cérebro Einstein deu as caras novamente, e eu praticamente puxei Edward pelo colarinho até o canto.

"Não me diga que anda sedenta por sexo, amor?" Brincou o infeliz.

"Edward, estou realmente irritada com essa gravidez... E acho que vou começar a soltar as pelancas em cima de você."

"NOOOOSSSSSSSAAA... Essa eu não perdoava! Devolve Edward." Emmet gritou de algum canto do jardim enquanto esperava embaixo da macieira a maça cair com o poder de sua mente.

Edward revirou os olhos e colocou as mãos em cada canto da minha barriga e começou a fazer alguns movimentos tranqüilizadores.

"Vamos, Bella... Respiração... AUN..."

Eu rolei meus olhos para meu esposo. Qual é, ele queria me aquietar com isso?

Mas eu também não era de ferro e nem tinha um coração de pedra, e mesmo que a tentativa de massagem de Edward não fizera efeito, só o carinho e atenção já me faziam sentir um tiquinho melhor.

"Tenho um negócio sério para falar com você."

Ele arqueou uma sobrancelha.

"Agora estou com medo."

Eu ri com a expressão assombrada dele.

"Edward, qual é... Eu sei falar de assuntos sérios de vez em quando."

"Fale." Pediu, dando um beijo casto em minha testa e esperando pacientemente.

Então eu falei, e incrivelmente percebi os olhos de Edward se iluminar ao ver que ele achava o mesmo que eu.

Então fomos até a diretora do orfanato e essa se mostrou muito receptiva e feliz com nossa proposta.

"Ele ficará muito feliz." Garantiu.

Mas será mesmo? Eu sei lá! Tudo bem que eu estava grávida, de primeira viagem, e logo de cara assumiria dois?

"Edward, eu acho que vou dar para trás."

Ele riu e me abraçou por trás, encostando sua cabeça em meu pescoço. "Você será uma mãe maravilhosa. Não tenha medo."

Então me permiti sentir mais revigorada e confiante com aquelas palavras.

Não sei por que me surpreendi ao ver Tony brigando no jardim com Emmet. Emmet por si estava querendo brincar de carrinho de um dos membros da gangue de Tony, enquanto este como bom líder infantil encarava o homem dois metros maiores que ele.

"Acho que sei por que me apego tanto á ele." Abanei a cabeça.

"TOOOOOONY!" Chamei, contudo ele estava bem entretido na conversa com o jogador de hóquei. "TOOONY!" Não sei mais por quantas vezes repeti o nome dele, mas Edward já estava me oferecendo um copo d'água e me levando para o hospital.

Até que finalmente um dos subordinados da gangue vestido casualmente em uma tarde de sol e arco íris de marinheiro, - com o mar bem ali do lado por sinal – chamou a atenção do menino com nada mais nada menos do que um bolada nas costas.

UI! Isso que eu chamo de atacar o amigo pelas costas.

Depois de o garoto jurar vingança e perseguir o próprio amigo, finalmente consegui puxá-lo pela camisa, com muita delicadeza e empurrá-lo para uma área reservada onde eu e Edward nos sentamos e ficamos repentinamente nervosos.

Toda minha áurea de durona então foi água abaixo e eu estava estudando as possibilidades de pular da janela.

"O que foi?" Perguntou o líder 'dimenor', desconfiado. "Eu juro, juro que não fui eu! Dessa vez..." Acrescentou amargurado.

"Não Tony. Não é nada disso." Edward garantiu escondendo a risada.

"Temos uma proposta para você. Na verdade... Uma história para contar." Falei quase arrancando meus cabelos fora. Nunca pensei que fosse tão difícil... Uma guerra seria mais fácil? Será?

"História? Depende da história... Se for àquelas histórias que a Claire costuma ouvir, não quero." Fez bico.

"É legal, Tony." Garanti.

Edward então se inclinou na cadeira e falou com ele em tom de segredo.

"É algo muito importante certo? Mas você que decidirá o final dela, entende?"

Ele pareceu relutar até que finalmente demonstrou interesse. Tony era o tipo de garoto que queria tomar controle das situações, e era isso que estávamos propondo á ele.

A diretora, bem mais entendida em psicologia do que nós, explicou que ele havia formado um grupo ao seu redor como forma de suprir a necessidade que tinha dos pais que nunca conhecera, e que vira em Edward e em mim, uma forma parecida do que ele chamava de 'pais'.

Isso, ele confessara algumas horas antes do meu quase-casamento com Jacob quando viera ao orfanato. Não sem deixar muito o orgulho de lado, mas na ocasião ele realmente se encontrava chateado por me ver casamento com Jacob.

Edward então sorriu me encorajando, e eu respirei fundo evocando todos os mestres dos magos celestiais, e meu cérebro super potente hiper potencializado.

"Existia em algum canto de NYC um casal que se amava muito... E que eles sofreram muito para ficarem juntos." Tá. Passei horas escrevendo algo e tentando decorar. "Porém como o destino assim o quis e o amor era muito forte, eles finalmente se acertaram. Eles se casaram... E a mulher do casal está esperando um bebê que irá nascer daqui a alguns meses..."

Ele franziu a testa.

"Eu conheço essa história de algum lugar..." Ufa. Suspirei de alívio. Pelo menos ele reconhecia, era bem melhor do que ele virar simplesmente e dizer "É legal. E o Kiko?"

Eu realmente odiava essa expressão "E o Kiko?" Por que mexer com o infeliz que queria sua bola quadrada? Por que não dizer logo de uma vez, "o que eu tenho haver com essa merda, porra?"

Ok. Isso não tinha nada haver, e talvez minha gravidez tivesse um efeito inverso em mim e me tornado uma pessoa voltada á crimes penais.

OHMEUDEUS! Edward era melhor dormir com blindagem.

Edward então prosseguiu ao olhar desconfiado para minha cara de psicopata. Será que ele recebera a vibração? Que ele tivesse, pois eu iria querer o pai dos meus filhos depois que tudo passasse.

"E esse casal era voluntário de um orfanato onde tinha crianças muito especiais e que eles amavam muito. Mas tinha um garotinho lá dentro que sempre quis que o casal ficasse junto e sempre armava coisas para os dois." Alargou o sorriso e segurou minha mão. "E ele disse uma vez que não queria que a mulher casasse com outro homem, pois via o casal como os pais que ele não tinha."

Então nos pequenos olhinhos âmbar de Tony a percepção começou a aparecer. Ele olhou para todos os lados procurando alguém imaginável que fosse o foco da conversa. Ao não encontrar ninguém, simplesmente fez uma careta estranha, talvez lutando contra seu orgulho.

"Mas... Esse..." Começou fungando.

"E o casal como tinha um carinho muito especial por esse garotinho, decidiu que a filhinha deles merecia um irmão. Um irmão muito, muito legal, bacana e inteligente."

Então eu continuei já tomada por mais coragem. E tomando todo o cuidado para não deixar o efeito reverso de a gravidez sobressaltar.

"Tony... O casal dessa história somos nós... E o garotinho é você... Eu e Edward conversamos e vimos que queremos muito... Que... Você... Bem..." Olhei para Edward pedindo por arrego e este prontamente atendeu.

"Queremos que você venha morar conosco, Tony. Queremos adotar você."

Ele ficou longos cinco minutos paralisados. Em sua mente infantil vi o computador funcionar rapidamente. Afinal, em mentes mais 'velhas' era engrenagens, mas com toda essa modernização...

"Tipo... Vocês... Huh... Seriam meus... Pais?" ELE ENTENDEU! Eu realmente estava com medo de ter que desenhar ou algo do tipo.

Seria meio estranho ele entender ao invés da nossa vontade, um menino esqueleto, provavelmente sem nutrição e morrendo definhando os ossos, no meio de um espaço branco, voando por falta de chão. E alguns poucos fios de cabelos grossos saindo da bola que era a cabeça como se fossem cobras. E os olhos mal pintados, e a boca virada em uma careta maligna do Chucky.

Não era motivo então para respirar de alívio?

Não poderia traumatizar o menino logo de cara. Tinha que esperar ainda um tempo... Um grau de intimidade.

Assentimos, enquanto prendíamos a respiração esperando pela resposta do garoto.

"Eu... Eu... Nunca pensei que... Alguém me quisesse..." Falou confuso, e então tentando ao máximo esconder as lágrimas nos abraçou fortemente, talvez assim achando que estava imune de qualquer visão de sua sensibilidade.

"Isso quer dizer que sim?" Perguntei abraçada a ele.

"SIIIIIIIIMMMMMMMMMMMMM!" Gritou com a voz embargada. Deveria estar se odiando por ser emotivo. "Mas eu tenho que vir aqui visitar meus amigos."

Revirei meus olhos enquanto pensava que um líder não abandonava sua gangue.

As lágrimas começaram a sair de meus olhos assim como Edward, e sorrimos um para outro por cima da cabeça de Tony.

Nossa família estava ficando completa, e nosso amor cada vez maior.

Estávamos com vários planos em nossas vidas.

Eu e Edward estávamos casados e só faltavam algumas semanas para Nessie nascer.

Confesso que estava levantando as mãos para o céu e praticamente dançando "It's Raining Men" pela casa com a vassoura de companhia.

Sempre achei legal gravidez... Nos outros.

Nunca me imaginei como uma mãe legal, participativa, carinhosa e que trocasse aquelas coisas nojentas que chamavam socialmente de fraldas.

Agora eu via minha mãe com uma guerreira, pois para agüentar uma bunda branca suja de 'laminha' não era fácil não.

Além do que não conseguia achar uma posição decente na cama, e Edward foi chutado dela diversas vezes.

O coitado até parecia compreensível e tratava de me encher de doces. Já que em sua mente formiga, doces curavam qualquer male. Mas isso não evitava que eu ficasse irritada, mandava tudo á merda, e acabava que a única coisa para 'mandar a merda' a disposição era o meu marido, e algumas noites ele tivera que dormir no sofá, ou mesmo no quarto de Tony dividindo a cama em forma de carro.

Eu não fazia idéia das coisas que os dois homens diziam sobre mim naquele quarto, mas acho que era melhor não saber. Isso se eu queria continuar tendo um marido gostoso para me abraçar de noite e roçar sua barba por fazer em minha nuca.

A papelada de adoção de Tony foi um pouco demorada, mas depois de um mês ele já estava morando em nossa casa, recebendo visitas freqüentes de uma assistente social para conferir se éramos bons pais.

A mulher era uma velha mal encarada, e eu tinha vontade de testar práticas de boxe com minha barriga, mas meu senso maternal – que relutantemente eu vi que eu tinha – me fazia frear antes mesmo de dar um passo.

A mulher me fazia perguntas e até teve o disparate de me pedir um autógrafo para sua filha. Um bom "não" se formou em minha boca, mas o olhar pidão de Edward atrás dela, me fez pensar em Tony e a adoção. Então, calmamente rabisquei qualquer nome com qualquer letra em qualquer lugar da bunda da mulher e estendi o convite para a família dela, se quisessem.

Apesar de tudo, a mulher ainda acreditava que seria ruim para Tony viver em um mundo em que a mídia perseguisse, ou mesmo os coleguinhas ficassem enchendo a cabeça do menino com coisas sobre os pais.

Contudo, eu e Edward sabíamos muito bem que não ganhávamos nada indo pelo o que os outros pensavam, e lutamos pela guarda de Tony.

E enfim, conseguimos.

Edward estava desempregado, porém ele tinha um fundo de poupança que usava além do meu salário como jornalista.

Agora ele resolveu fazer faculdade de Medicina, pois achava que um dos motivos para ter se tornado padre era justamente o fato de ajudar as pessoas a solucionarem seus problemas. E com a medicina, assim como seu pai, poderia continuar com esse trabalho.

A música era a paixão dele, e me doía o ver cantar suas músicas religiosas pelos cantos da casa, ouvir seus antigos CDS e assistir os seus próprios shows com aquela sensação de nostalgia.

Eu sabia que sentia muita falta da música como profissão em sua vida.

Então eu realizei meu sonho de adolescente apaixonada. Ok! Exagerei. Mas uma noite pedi para que ele cantasse comigo "Faz um milagre em mim", e cara, era muito bom cantar junto ao seu líder religioso, ainda mais quando este é seu marido.

"Edward o que você estava pensando quando compôs essa música?" Perguntei certa vez, e ele falava com minha barriga com uma autenticidade impressionante. Até parecia que ele ouvia respostas, pois sempre murmurava um "Sim", "não", "Jura?", "É realmente impressionante".

"Eu compus no meu último ano no seminário..." Ele suspirou nostálgico. "Eu estava feliz por me tornar padre, e queria expressar em palavras que eu queria ver Deus... Queria que ele fosse parte de minha vida, e que eu tivesse a sabedoria para passar para as pessoas isso..."

"Você sente falta, não é?" Perguntei carinhosamente.

Ele fechou os olhos. "Sinto, mas... O meu lugar é com vocês, e com esse bebê, com Tony, percebo que era para eu ser pai. Não pai espiritual... Mas... Isso." Resumiu.

No orfanato, como forma de suplantar a falta da música, ele começara a dar aula de instrumentos e vocal para as crianças, com Tony como seu assistente.

Tony fazia questão de se dizer 'maestro' e cobrava muito dos seus colegas subordinados que apesar do líder não estar mais SEMPRE presente, ainda o era.

Foi até engraçadinha a cerimônia solene no jardim do orfanato com todas as crianças e amigos reunidos em roupas de velório.

As crianças pintaram em cartolina uma coroa que eles copiaram de algum conto de fadas, e com muita fita crepe conseguiram fazer um redondo no meio dela, colocando logo depois na cabeça de Tony que usava um galho da macieira como trono.

Teve até um discurso de um Emmet emocionado sobre "Um rei não perde a majestade."

E depois até Jasper entrou na brincadeira contando a história "Das tranças do rei careca."

E nesse momento Edward estava lindamente sentado em sua poltrona de leitura no quarto de smoking, enquanto eu terminava a maquiagem.

Dei alguns passos para trás e me olhei inteiramente no espelho e bufei.

Lápis. Ok. Rímel. Ok. Blush. Ok. Sombra. Ok. Delineador. Ok. Base. Ok. Pó compacto. Ok. Batom. Ok. Brincos. Ok. Cabelo. Ok.

Então por que eu sentia que estava faltando alguma coisa?

"Eu estou enorme!"

"Você está linda, amor..." Edward respondeu automaticamente ainda com os olhos no livro de medicina que estava lendo. Ele parecia bem absorto na tarefa. Vai ser intelectual lá na...

"Você nem me olhou!"

"Não preciso." Sorriu largando o livro e vindo em minha direção. Mas nesse processo outro pequeno livro caiu de dentro do grosso de medicina e meus olhos se arregalaram.

Era muito clichê isso não? OHMEUDEUS! Eu tinha um marido então... Marido. Será que aquelas revistas eram quadrinhos pornográficos? Em que a família Simpson e outros desenhos animados apareciam em imagens... Fazendo... Desenhinhos?

"Edward Cullen." Levei a mão na cintura com o rosto corando de raiva. Podia sentir os meus cabelos esvoaçando como nos filmes nesse momento.

Eu estava esperando mesmo que eu tivesse um marido que não olhasse para esse tipo de coisa? Que se contentasse com o material – agora roliço – que tinha em casa?

Ele pareceu assustado e levantou as mãos como um culpado sendo pego em flagrante.

"Eu posso explicar..."

"Como assim 'você pode explicar? ' Eu já entendi T-U-D-O!"

Ele então franziu a testa. "Ei, não precisa fazer uma tempestade em copo d'água. Sei que às vezes você faz isso também..."

"O QUÊ? COMO OUSA EM ME DIZER ISSO?" Ele estava dizendo que eu ficava... Olhando... Quadrinhos eróticos!

EU VOU DAR A LOUCA!

"Bella, ei se acalme. O bebê..." Disse calmamente, imitando a respiração de cachorrinho que eu logo segui mal humorada.

O bebê. Certo. O cachorro ainda tentava se esquivar.

Ele encolheu os ombros parecendo envergonhado, logo depois de constatar que eu estava mais calma.

"Eu só... Bem, desculpe... Mas eu não queria bancar o inseguro..."

"Inseguro?" Perguntei com os lábios tremendo.

"É." Ele mordeu os lábios e pegou o livrinho. "Nunca pensei que fosse precisar disso, mas acho que eu tenho, bem... Eu tenho medo de ser..."

"De ser o quê?" Pressionei não entendendo muito tudo aquilo.

"Um mau pai." Ele confessou deixando assim cair os ombros e seus olhos abaixarem em vergonha.

Então eu fui invadida por uma avalanche de culpa e compreensão e me chutei mentalmente por ser tão injusta e me deixar levar pelas bobagens que eu mesma pensava.

Então calmamente peguei os livros das mãos do ex-padre e sibilei baixinho:

SEJA UM BOM PAI!

AS MELHORES DICAS!

Então as lágrimas vieram aos meus olhos com a mesma intensidade da onda de culpa. Eu sabia que estava sendo emotiva, mas... Ah qual é, EU ESTAVA GRÁVIDA E...

"Desculpe amor." Abracei Edward com força enterrando minha cabeça no vão do seu pescoço. Ele hesitou até retribuir o meu abraço. "Você será um ótimo pai. Não precisa disso."

Então o encarei. Aquelas duas orbes verdes brilharam tristemente em minha direção.

"Eu sei que você será uma boa mãe, mas mesmo eu te dizendo isso você lê alguns livros..."

"É diferente." Dei de ombros corando.

"Não é." Acariciou meu rosto. "Eu acho que a gente tem medo de... Darmos errado nisso. E vermos que estamos embarcando em um navio que não nos aceita como parte da tripulação."

Assenti, sabendo que se tratava da mais pura verdade.

"Eu faço uma proposta então..." Ele abriu um sorriso torto. "Paramos de pensar nessas bobagens, e imaginamos o máximo possível que seremos bons pais, sim."

"É aquela teoria barata de pensamento positivo?"

Ele assentiu. "Ok." Suspirei.

Ao mesmo tempo os nossos celulares começaram a tocar. Ao olhar em meu visor notei um "ALICE" e no de Edward "JASPER."

Rolamos os nossos olhos enquanto atendíamos.

"EDWARD, CARA, IRMÃO..."

"BELLA, SUA... SUA... AMIGA DEPRAVADA..."

Fui até o outro lado do quarto já que ouvia duas pessoas gritando através dos aparelhos.

"Ei Alice. Calma... Respira. É só seu casamento."

"É SÓ MEU CASAMENTO? COMO VOCÊ OUSA DIZER ISSO?"

"Ok... Então, é só... O começo de sua vida com seu grande amor. Ficou melhor?"

"Não."

"Ótimo." Revirei os olhos.

"Bella, não estou suportando isso aqui! Os Garanhões da Cidade estão fazendo as unhas dos meus pés!"

"O quê?" Gargalhei.

"E eles são horríveis. Digo. Horríveis mesmo. Tem um que na massagem quase massacrou minhas costas! Ele achou que o tubo de gel fosse uma metralhadora e começou a me bombardear!"

"Depois dizem que eu sou a exagerada?"

"Não... Não sou. Olha... Eu digo que... Se eu for nesse casamento com este cabelo parecendo uma arara com cruzamento de mico leão dourado..."

"HEY, BABY. ESTÁ ATRAPALHANDO O MOMENTO SPA!" O Spa foi pronunciado como se tivesse falando 'pá' com muita entonação.

Rolei meus olhos. "E quem é você?"

"Sou Derek, baby. Meu telefone é... Raiz quadrada de 46, com % de 5896, dividi pelo PI, aí você pode achar a função de X e o conjunto da imagem, com o plano cartesiano. Depois faça a equação de 5896x²+545x+46546x4.00000 = 45 e multiplique pelo teorema de Tales misturado com o de Bhaskara e todo cara grego que você lembrar...E aí você terá o número do meu telefone. Estou piscando para você nesse momento."

"Ei, você é louco?"

"Não, querida, é que agora nós do GC temos regras de avaliação de candidatas."

Com essa eu tive que rir.

"Quer dizer que as mulheres precisam estar aptas para ser chifradas, usadas e depois largadas?"

"Ei! Não seja tão mááá... Nós só saíamos com pessoas inteligentes. Então, baby, tenta a sorte e pense na questão. Agora no momento estou lançando um olhar 43 para você..."

"Então eu..."

"Agora estou tirando minha blusa lentamente..."

"Acho que vou chamar meu marido." Falei controlando a risada.

"Marido? SAÍ FORA, BUDEGA LOUCA!"

E depois o costumeiro 'tu tu tu' do final de ligação.

Esses GC tomavam alguma coisa?

Agora vi que pelo menos Mike era sensato, pois quando ele era o líder, os GC tinham um pouco de sentido, embora para achá-lo você precisava ter uma mente aberta... Um coração aberto... E uma tendência á coisas absurdas impressionante.

Quando pensei que estava livre de esquisitices, meu celular voltou a tocar. Procurei por Edward e este estava sentado tenso na poltrona dizendo algumas leis de Freud para Jasper, que estranhamente parecia se acalmar com isso?

"BELLA, EU TE AMO!" Fui à recepção da ligação.

"Alô para você também, estranho."

"Engraçadinha. O cara ficou tão distraído descrevendo o que ele estava fazendo – e isso não foi muito legal de assistir – que eu consegui fugir! E eu te digo nunca mais entro nesse SPA! Os GC estão necessitados de dinheiro, minha filha, e isso em troca de proporcionar pesadelos nas mulheres e nem é por largar na cama com um filho na barriga!"

"Que ladainha. Ave Maria cheia de Graças..."

"Então Bella... Sabe... HEHE." Ela deu uma risadinha sem graça. "Eu acho que estou presa no meio do deserto... Não, não... Na verdade parece que estou naquele filme 'O dia depois de amanhã', e estou com medo e... AAAAAAAAH!"

"OHMEUDEUS, ALICE?"

Eu virei uma pedra de gelo, e logo depois de me livrar dessa sensação comecei a bater no celular a fim de fazê-lo voltar á vida.

Malditos celulares novos!

"Edward... Eu acho que o celular pifou." Bufei. Ele nem sequer me ouviu, ele estava gritando com Jasper.

"LARGA DE SER IDIOTA! ELA TE AMA, E VAI ENTRAR NAQUELA IGREJA! Cara, para com isso. Não vai ter padre nenhum lá para fugir com ela..."

Eu riria da situação senão estivesse tendo um grave pressentimento.

Alice estava em perigo!

E... Olhando para o relógio faltava uma hora para seu casamento!

Ah não... Não diga que sobrou para mim?

Poxa! Eu estava grávida, não poderia dar uma de heroína do mundo!

Cara, eu posso até salvar agora, mas todos vão ser massacrados em 2012 mesmo!

Bufei e peguei as chaves do Volvo.

"Edward..." Chamei. Ele rapidamente me olhou. Eu abanei as chaves em minha mão.

"Aonde vai?" Perguntou com a testa franzida.

"Salvar o mundo!" Revirei os olhos.

Ele abriu a boca para protestar, mas Jasper gritava horrores do outro lado.

Então desci as escadas o mais rápido possível com as mãos nas costas.

"Ah... Nessie nasce logo! Eu vou sair rolando daqui a pouco." Reclamei.

"BELLA!"

"Oi, Tony?" Perguntei olhando para o menininho de cachinhos com a cara por entre as escadas.

"Eu não estava ouvindo atrás da porta nem nada... Mas você irá salvar o mundo?"

"É... Acho que vou."

Os olhinhos dele brilharam. "Posso ir?"

"Não, é perigoso e... Ok pode ir. Pegue suas coisas."

Ele deu vários pulinhos com o punho chutando o ar e dentre de alguns segundos já voltava com uma enorme mochila de acampamento.

"Posso saber aonde você vai?" Arqueei uma sobrancelha.

"Oras... Temos que estar preparados!" Fez uma cara dramática. Ok. Não era hora de discutir com o garoto.

Dei partida no carro e logo me veio uma coisa bem interessante por sinal em minha cabeça.

Para onde eu estava indo mesmo?

"Marujo, acho que temos um pequeno problema..."

"Inimigos pela área?" Ficou de cócoras no banco de trás e começou a olhar pelas janelas com um binóculo.

"Então... Eu não sei para que lado seja para salvar o mundo."

"Você não sabe?" Perguntou murchando no assento.

"É... Não."

Aliás... O que Alice havia dito? Parece que estou no meio do deserto? Deserto em NYC? Manhattan? Não... Parece que estou no filme "O dia depois de amanhã"? Ok. Esse filme se passa em NYC, mas a gente já tá na cidade, obviamente.

"Você tem pistas?" Tony perguntou pegando alguma coisa de dentro de sua enorme mochila camuflada. Logo vi que se tratava de grossos óculos de grau. Aqueles fundos de garrafa dos NERDs sabem?

"Desde quando você usa óculos?"

"Desde agora. Eu tenho que entrar no personagem." Como eu ainda estava com cara incrédula, ele deu de ombros. "Todo filme de suspense tem um cientista sabe-tudo, temos certa falta de personagens aqui então..."

"Certo, então vamos lá cientista sabe-tudo." E falei o que Alice tinha me dito.

E para minha surpresa depois de cinco segundos e alguns milésimos ele deu estalos nas mãos e um sorriso enorme.

"DESCOBRIU?" Perguntei animadamente.

"Não."

"PUT..." Respirei fundo. Não era uma boa coisa ensinar palavras feias para seu filho, Bella. "Então por que falou?"

"Ah... É assim que acontecem nos filmes. Dá um estalo e puf... Aparece a idéia."

"É ISSO!" Falei batendo na testa e quase batendo o carro com isso.

"VAI PILOTAR FOGÃO!"

"VAI VOCÊ!" Respondi irritada.

"E o que é?" Tony perguntou animado aproveitando para mirar uma arma de água no cara que gritara comigo.

"Ela está no cinema!"

"Tony... Tony..." Arfei quase caindo por cima do menino. "Seja um bom filhinho e ligue para seu pai..."

"Para Edward?" Perguntou franzindo a testa.

"É..." Eu então estendi meu celular com as mãos trêmulas e ele pegou.

"Qual é o número do celular?"

"É... Ah, não lembro. Liga para casa."

"Qual é o número?"

"VOCÊ ESTÁ A UM BOM TEMPO EM CASA PARA SABER O NÚMERO, NÉ..." Perdi as paciências.

"Senhorita... Está tudo bem?" Um guarda veio em minha direção. Ele olhava para mim e o menino provavelmente pausando se eu era uma Nazaré ou não.

"Não, está nada bem." Joguei-me nos braços do segurança que me encarou assustado. "Ajude uma pobre mulher grávida... Eu estou procurando uma noiva..."

"Uma noiva?"

"É! Alice! Eu acho que sei lá... Foi raptada nesse shopping, perto dos cinemas."

"Isso é impossível."

"COMO ASSIM É IMPOSSÍVEL?" Então Tony começou a puxar a barra do meu vestido.

E isso era algo realmente impressionante. Pois eu estava toda chique em meio de um shopping de quinta!

"Espera Tony. Estou conversando com o policial."

"Olha aqui senhor..."

"Bella..." Tony ficou puxando de novo.

"TONY, JÁ DISSE QUE..."

"É Alice, Bella! Ali!" E apontou para o bar do shopping que estava perto do cinema, e lá estava uma Alice toda descabelada entornando umas mil garrafas de cerveja.

Sorri amarelo para o policial e marchei em direção á baixinha.

"ALICE!"

Ela então ficou olhando que nem uma barata tonta para todos os lados, até finalmente me ver e seus olhos se iluminarem.

"BELLLAAAAAAAAAAAAAAAAAA!"

E em sua tentativa de se levantar, acabou tropeçando e caindo de cara no chão.

"Tony, me ajuda aqui." Pedi já que eu não conseguia nem me carregar.

Alice então começou a rir descontroladamente enquanto retirava o cabelo do rosto.

"É tão bom te ver Bella nessa vida cheia de desgraças e mortes... E sangue..."

"O que aconteceu com você criatura?" Perguntei estressada com a mão na cintura.

Agüentar uma noiva em perigo até ia, agora uma noiva bêbada já era demais!

"Ah Bella..." Ela se sentou no banquinho e continuou bebendo. "Fui naquele novo Spa super chique que abriu aqui do lado do shopping e..." Fungou. "Eu queria ser tipo, a primeira da sociedade á ir e tudo... E quando eu fugi..." Fungou de novo e pegou um lencinho ressoando o nariz ali dentro e fazendo um barulho horrível. "Parei aqui... Mas vi o relógio e... AAAAAAH!" Pulou em meus braços. "Não há mais tempo! Eu estou uma monstra! Uma sapa em extinção! Uma lagarta do deserto..."

"Ei Alice... Calma..." Comecei a bater nas costas dela.

Então Tony me cutucou. "Bella, é o Edward." E apontou para o celular.

Suspirei e peguei o celular com Alice fazendo um biquinho horrível em minha frente.

"Oi."

"BELLA ONDE VOCÊ ESTÁ? EU PENSEI QUE ESTAVA BRINCANDO QUANDO DISSE QUE IRIA SALVAR O MUNDO! VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA E CARREGA UM FILHO MEU AÍ DENTRO!" Podia até ver ele do outro lado bagunçando os cabelos desesperadamente.

"Ei amor... Calma... Não se exalte. Estou aqui com sua irmã."

"ALICE?"

"Aham."

"Onde vocês estão? Eu vou buscar vocês, ah claro, você levou o carro."

"HEHE... Então, sabe Edward acho melhor você cancelar o casamento."

"Como assim?" Perguntou confuso.

Alice então começou a chorar horrores sujando meu vestido caríssimo.

"É que..." Então alguém tirou o celular de minhas mãos e o fechou.

"EI QUEM VOCÊ PENSA QUE É?" Exaltei só então olhando para quem o havia feito.

Era um homem alto, com um longo cabelo preto e liso preso em um rabo de cavalo. Uma cara de peixinho perdido, e uma pinta de estrangeiro.

"Eu sou a solução para seus problemas." Sorriu mostrando alguns dentes de ouro.

Poxa...

"Solução?" Alice então o agarrou pelo colarinho. "Como?"

"Ei calma!" Espantou ela como se fosse uma mosca. "Primeiro... As apresentações! Sou Aro Volturi, á seu dispor."


Então aquele homem estranho que soubemos ser italiano nos levou até um centro de beleza no mesmo shopping. Ele tinha um sotaque bem acentuado, e muitas vezes se esquecia que estava na presença de americanos.

Alice então recuperara a sobriedade em uma velocidade impressionante.

Ao passar as pessoas se esquivavam com medo, e tudo o que ele queria era logo cedido.

"Odeio isso." Murmurou para a gente, enquanto revirava os olhos.

Eu e Alice nos entreolhamos e continuamos o seguindo.

Se ele era um psicopata e iria nos prender ou não, no momento não importava. Dali menos de uma hora minha cunhada teria que chegar á igreja, e casar com o cara de seus sonhos, claro, não parecendo uma mendiga que acabou de rolar no bueiro.

Então Aro abriu uma enorme porta e sinalizou para que entrássemos e logo esperássemos.

Alice se sentou naquelas cadeiras giratórias e eu pulei em cima de um grande pufe.

Então o cara voltou com vários acessórios na mão.

"Vamos nos apressar! Temos que ser veloces!" E começou a puxar Alice de todos os lados com ajuda de mais dois profissionais.

Estava tudo muito estranho, mas pelo menos Alice estava entrando nos eixos aceitáveis novamente.

Enquanto fazia os acertos, o tal de Aro não calava a boca um minuto.

"Tu podem me chamar de sensível, ou seja o que for... Mas io gosto de conversar, sabe? Meus sócios são multo sei lá..."

"Espera, a gente te conhece?" Perguntei apoiando minhas duas mãos na barriga. Tony buscava alguma coisa em sua mochila do exército ao meu lado.

"AAAH, TIRA ESSE ragazzo DAQUI!" Aro gritou de repente.

"Ei, ele é meu filho!" Disse protetoramente.

"Esso no è do exercito ou alguno órgão inteligente?"

"NÃO!"

"Ah..." Suspirou e enxugou a testa. "Tu sapere como é né... Todos os meus problemi se resumem á EUA. NSA. E esses generais e pessoas de exército..."

"ÉÉ... Não estou entendendo."

"Vou começar do começo então." Continuou. "Io estava lá na minha histori "A infiltrada", aí como io no estava mais agüentando Caius cuidando de todos aqueles animais orribile e Marcus com seu bordão idiota e suas mulheres, decidi vagar pela pasta dos "MEUS DOCUMENTOS" do computador da autora..."

"Hein?" Alguém aí estava entendo alguma coisa?

"Ai tinha tanto título, mas tanto título que fiquei perso. Tinha capítulo para tudo quanto é lado, tinha um monte de 'de repente... ', 'improvvisamente*... ', ai io vi essa história, gostei e entrei."

* "De repente" em italiano - segundo o Google Tradutor.

"Como?"

"Aí io comecei a letto, e como estava estressado com mio situazione na outra fic, decidi ajudar a ragazza aqui com o matrimonio!"

"ESPERA... ESPERA... ESPERA..." Fiz um sinal para que ele parasse um pouco de falar. "Você está me dizendo que é um personagem de outra história?"

"Como tu é lerda hein!" Replicou.

Depois dessa eu me deixei desabar no pufe.

"A máfia é um saco... Ninguém quer jogar xadrez comigo lá dentro... Mio única distração é colocar bigodinho no líder da máfia russa..."

"EI! Espera!" Eu estava ficando maluca, né? Só podia. "Você faz parte da máfia?"

"Foi o que io falei! Mas no espalha, porque a gente é bem perseguida pelos EUA!" Revirou os olhos. "Pronto!" Aro bateu palminhas. "Está pronta tesoro."

Então Alice começou a dar pulinhos de alegria a se ver no espelho.

"OBRIGADA ARO, VOCÊ É O CARA."

"Pois é..." Ele ameaçou chorar. "No sei por que me colocaram na outra história, aqui il persone dão atenção á mim..."

"Companheiro valeu ae!" Disse me levantando. "Mas Alice, temos que ir..."

"AH CLARO!" Ela sorriu, mas logo seu sorriso foi diminuindo ao ver algo atrás de mim. Então olhando me deparei com algo que fez com que meu humor fosse para baixo.

A cerimônia já deveria ter acontecido em meia hora.

"Merda."

"EDWARD VAI ME MATAR! EDWARD VAI ME MATAR!"

"AAAAAAAAAAABADABADUL!"

"TONY, não piora as coisas!" Gritei do volante enquanto fazia uma curva super aberta e perigosa. Jesus! Eu estava me sentindo em uma corrida ou em algum programa idiota, ou melhor, em um filme de ação.

"É QUE AQUI TÁ MUITO LOOOOUCO!" O pivete grunhiu erguendo as mãos para o ar.

"Bella, parece uma montanha russa!" Alice reclamou.

"Qual é? Estou tentando salvar seu casamento, dá licença?"

"Ok. Calei-me."

O velocímetro já estava a quase 140 Km/h. Jesus! Eu nunca tinha andado aquela velocidade, vamos ver, em toda minha vida!

Eu poderia fazer um filme depois, ou pelo menos virar uma boa manchete.

"Grávida de oito meses e algumas semanas, quase tendo um filho, dirigi alucinadamente até a Catedral da Cidade, no banco de passageiro se encontrando uma noiva atrasada!"

"Addio, amici! Au revoir!" E de repente um Aro que estava gritando no banco de trás saltou do carro em movimento.

"Ele é louco?" Brandi.

"Ele falou alguma coisa de nos ver em outra história." Tony explicou ainda agitando as mãos no ar.

Várias buzinas vieram atrás de mim e os carros desviavam do Volvo de Edward.

"EDWARD VAI ME MATAR!" Grunhi de novo enquanto pisava mais no acelerador e desviava dos carros. Se ele soubesse que eu estava correndo naquela velocidade com o carro xodó dele, grávida e com risco de bater em qualquer poste em qualquer minuto... Bem, as coisas não estariam muito boas para mim.

"TONY! Liga para Edward!" Pedi.

"Por quê?" Revirei os olhos, mas essa foi uma má idéia considerando o meu estado de grávida-motorista.

"Para avisar que terá casamento!"

"Acho que ele cancelou!" Alice começou a chorar. "Oh Deus! Eu vou morrer AAAH SINAL VERMELHO!"

Ao ver o sinal se fechar rapidamente pisei com tudo no freio vendo logo em seguida um caminhão enorme passar.

"Essa foi por pouco..." Suspirei.

Então uma música daquele estilo 'rap' começou a tocar e, olhando para o lado, vejo aqueles carros de mano, caindo aos pedaços e pintados com sprays de 1.99.

E ainda por cima tinha aqueles caras cobertos de metálicos encarando a gente fazendo um movimento contínuo de sinal afirmativo com a cabeça no ritmo da música.

Desviei o olhar, batucando no volante impaciente.

"AAAAH, JÁ FAZ UMA HORA!" Alice chorou.

"Calma... A gente vai entrar naquela igreja e você vai casar!" Grunhi.

"Ei gatinha!"

Vai sinal...

"Ei! A DA GRAVIDEZ!"

"Bella é com você..." Tony alertou.

"Hein?" Virei para os infelizes do carro ao lado. Um deles piscou, e o motorista falou:

"Pronta para uma raxa?"

Olhei incrédula para ele. "Estou grávida dá licença? Respeite?"

"Hm... Esquentada. É assim que eu gosto." E fez um movimento com as mãos que era para imitar um tigre seguido de um som grotesco para imitar o rosnado de um.

Revirei os olhos e então finalmente o sinal verde surgiu.

"ALELUIA, IRMÃO!" E arranquei pneus.

Então de repente uma forte dor surgiu no meu baixo ventre.

"QUE SACO!" Grunhi quase socando o volante enquanto dobrava a esquina da Catedral.

"A praça!" Alice suspirou aliviada erguendo as mãos para o céu.

"AH, MAS JÁ ACABOU?" Tony bufou do banco de trás. "DE NOVO! DE NOVO!"

Estacionei de frente á igreja e na frente dela somente alguns homens de terno e mulheres estavam lá.

"AH, será que ele já foi?" Alice murmurou abrindo a porta e saindo dali correndo que nem uma lebre.

Suspirei de alívio enquanto encostava minha cabeça no banco.

Banquei a primeira heroína grávida da história! Fascinante!

"Tony... Não chame seu pai..." Murmurei cansada e fatigada. "Ele vai me matar..."

"Vou te matar então, Isabella Cullen?"

Ah não... Não...

Abri somente um olho vendo um Edward irado ali.

"Oi amor..." Dei um sorriso amarelo.

Ele não respondeu. "Tony, saia do carro, por favor."

"Mas..."

"JÁ!"

"Tá bom né... Criança não tem mais direito nesse país..."

Assim que ele saiu resmungando, Edward entrou no carro e fechou a porta com extrema violência. Eu tremi por dentro.

Ele só ficou encarando a minha cara com extrema ira.

"Edward... Hm... Desculpas?"

"Desculpas, Bella? É só isso que me pede?"

"Olha..." Desviei o olhar. "Desculpe pelo carro, mas... Ok, talvez tenha um arranhão ou dois... Talvez o motor tenha fundido, e o pneu furado... Diabos! Talvez você nem tenha mais seu carro, por que to vendo uma fumacinha saindo do motor agora mesmo, mas... Foi para o bem de sua irmã..."

"Bella! Deixa de ser absurda." Ele rolou os olhos. "Você acha que eu estou preocupada com o carro? Você tem noção de que se algo acontecesse com Tony, você ou o bebê, eu simplesmente morreria?"

Olhei para ele. "É... Desculpe. Eu deveria ter falado com você."

Ele então soltou um longo suspirou. "Vem cá, vai." E então me puxou para um abraço, o qual eu retribuí fortemente. "Eu tenho... Medo... Muito... De perder... Vocês..."

"Desculpa..." Engoli em seco, então uma nova dor surgiu em meu baixo ventre.

"O que foi?" Edward perguntou rapidamente me checando.

"Nada..." Murmurei passando a mão pela minha testa.

"AH JESUS! BELLA! A bolsa estourou!"

"Não acredito paguei cem conto ne... Que bolsa?"

"A do bebê." Então constatei o molhado em meu LINDO vestido de festas.

"Edward...?" Perguntei hesitante. "Isso quer dizer... Que... Hm... Nessie vai nascer?"

"Vai..." Então Edward começou a se descabelar e ficar todo afoito sobre o que fazer.

"OHMEUDEUS! EU NÃO ESTOU PREPARADA PARA O PARTO! NÃO ESTOU! VAI DOOOER!"

"Amor, isso é o de menos."

"É O DE MENOS? É por que não é você que vai parir!" Eu não estava nervosa... Não estava nervosa...

"Vamos para o hospital. Bella vem para o passageiro, eu vou dirigir."

"Mas e Alice?"

"Vai casar. Jasper estava esperando ela até agora, ele não sairia daqui até uma semana se fosse preciso."

"Mas nós somos padrinhos, Edward!"

"Mas nossa filha vai nascer!" Murmurou afoito e foi uma extrema confusão até ele conseguir mudar para o motorista e eu para o passageiro.

Então uma nova contração.

"Edward... Isso... Dói..."

Então ele ficou ainda mais desesperado.

"Já vamos sair daqui e..." Quando girou a chave da ignição, o carro morreu. E diversas, diversas vezes. "MAS QUE SACO!"

Socou o volante.

"AAAH..." Gritei.

"O carro não pega!"

"Percebi!"

Então eu abri a janela do volvo a fim de respirar o ar puro e então a luz se fez!

"Edward!"

"Oi?"

"É O JAKE!"

"O quê?"

"JAKE! Ele está ali no sinal do lado da praça!" Apontei em meio a arfadas. "Naquele Corolla Preto!"

Eu não sei mais o que eu sentia. Se era a dor das contrações, ou a emoção de ver meu ex-melhor amigo depois de tanto tempo.

Então Edward não estava mais no carro e sim correndo em direção ao Corolla.

Edward

E o que importava que Jacob estivesse brigado comigo e com Bella?

E que importava tudo? SACO! Minha mulher estava quase dando a luz!

"JACOB!" Berrei, ele não escutou. Então vi os carros da outra via começar a parar, e logo o sinal de onde Jacob estava, abriria. "JAAACOB!" Berrei com toda a força de meus pulmões. Então ele olhou para os lados e seu olhar encontrou o meu.

Ele ficou olhando e logo depois o seu sinal abriu.

"NÃO! ESPERA! PÁRA!" Berrei, mas ele dera partida.

Parei imobilizado no meio da calçada, quando ouvi:

"EDWARD!" Era Bella! Ela precisava de mim!

Então tomei fôlego e tendo uma energia que não podia ser possível corri atrás do carro de Jacob com todas minhas forças.

Para minha surpresa o grande Corolla estava parado na esquina da próxima rua.

Arfando parei na janela do motorista que logo se abriu revelando o homem moreno.

"Obrigado... Obrigado..." Arfei.

"Não poderia parar no sinal." Falou seco.

"Jacob, você tem que me ajudar..." Apoiei minhas duas mãos no carro falando com desespero.

"Ajudar?" Arqueou uma sobrancelha parecendo irônico.

"Sim..." Murmurei. "Por favor... É Bella... Ela... Vai dar a luz..."

"Bella?" Perguntou franzindo as sobrancelhas.

"Sim, o meu carro pifou, nós temos que ir ao hospital, agora. Ela vai ter o bebê. Por favor, Jacob, esqueça tudo o que passou, pelo menos por hora, ajude Bella. Por favor... Eu faço tudo o que você quiser. Vou ser eternamente grato e..."

"Chega Edward!" Fez um gesto displicente com as mãos. "Só entra e coloca essa bunda no carro."

Bella

Eu quero Edward! Cadê ele?

EU NUNCA MAIS IRIA FICAR GRÁVIDA NA MINHA VIDA!

Por que estava doendo horrores e eu sempre fora muito medrosa mesmo...

"EU QUERO MEUS PADRINHOS AQUI E AGORA!" Ouvi uma Alice berrar no microfone.

Ri em meio ao desespero.

Então a porta foi escancarada e um Edward totalmente afoito me pegava com seus braços.

"Calma, amor... Já encontrei transporte. Já vamos para o hospital."

Ótimo! Já via até a cena.

Bella parindo um filho no meio de um ônibus lotado, ou mesmo em uma perua escolar cheio de garotos remelentos.

"Você não vai conseguir me levar..." Murmurei arfando.

"Se tiver uma ajudinha, talvez sim." Ouvi então a voz de Jake, e logo ele apareceu ao lado de Edward.

"Jake..." Sorri.

"Vamos Bella!" Ele disse sério. Então os dois homens me ajudaram a sair do carro. O Corolla de Jake estava atrás do Volvo e eu logo fui transportada para lá.

"AAAH..." Grunhi de novo, cravando minhas unhas no braço de Edward, que fez uma careta, mas não reclamou.

Então veio um Emmet correndo. "Cara, Alice vai ter um filho se vocês... OWN, o que tá acontecendo?"

Revirei os olhos. "Eu que estou tendo um filho, Emmet!"

Ele então ficou olhando para minha barriga. "Cara... Isso... É maneiro."

Bufei de raiva. Maneiro? Ok então! Vou transferir o 'maneiro' para sua barriga, infeliz!

"Vou contar á Alice."

"NÃO!" Grunhi. "Emmet, deixa ela casar, saco, eu ferrei com o carro de Edward só para trazê-la aqui, se ela não casar eu vou ter um filho..."

"MAS VOCÊ VAI TER UM FILHO!"

"Ah é verdade."

"MAS EU QUERO IR..." Falou com um enorme bico.

"Emmet, cara, vai lá ao casamento e avisa Alice que seus padrinhos não poderão ir. E deixe Carlisle lá, ele é o pai, não pode faltar." Edward avisou entrando ao meu lado no carro, enquanto Jacob corria até o motorista. "E você fica aqui!"

"Por quê? Por quê?" Começou a erguer as mãos para o céu, mas Jacob já dava partida.

Eu já arfava horrores com aquela sensação de medo da próxima contração.

"Está ficando muito recente..." Edward murmurou segurando minha mão com força.

Jacob dirigia olhando de esguelha pelo retrovisor de vez em quando, até que em meio á dor eu murmurei:

"Obrigada Jacob. Muito... Muito..."

"Não é nada." Falou simplesmente e logo estávamos no hospital e uma enfermeira com cadeira de rodas vinha em minha direção.

"Edward, promete que vai ficar comigo! PROMETE!" Agarrei, desesperada o braço dele.

"Prometo amor... Prometo... Para sempre."

Então eu fui colocada em uma cama hospitalar e ligada a vários aparelhos.

"Acho que dá o parto normal..." A enfermeira garantiu com um sorriso.

SORRISO? Eu não quero o normal, eu quero aquele que não tem dor! Se é que havia um que não tinha dor!

Várias pessoas começaram a me rondar, e Edward ficava ao meu lado segurando minha mão em cada contração que logo acontecia em um intervalo menor que um minuto.

Edward limpava o suor da minha testa com um pano molhado, enquanto murmurava coisas desconexas para mim.

Então depois do que pareceram horas, finalmente a enfermeira disse que poderia acontecer o parto.

Com o último fio de voz que me restou eu murmurei:

"Jacob, Edward... Chame Jacob..."

Ele não perguntou e nem argumentou nada, saiu da sala e logo voltava com um Jacob confuso.

"Fique comigo, por favor..." Murmurei. Ele assentiu segurando a minha outra mão do outro lado.

Então o médico começou a gritar comigo para eu empurrar, para eu usar força e os dois homens do meu lado me incentivam, me diziam para prosseguir, para continuar, repetiam que eu era forte, mas de forte eu não tinha nada.

Então finalmente um choro de bebê ecoou o local. Nessie foi embrulhada em um paninho e entregue a Edward que chorava emocionado.

As lágrimas também caiam afoitas de meus olhos, e Edward calmamente estendia a pequena para meus braços suados.

"Nossa filha, amor... Nossa..."

"Nessie..." Murmurei engolindo em seco enquanto acariciava a cabecinha do meu bebê. "Linda..." Murmurei super emocionada.

Naquele momento então eu percebi a maravilha de ser mãe. Valia a pena a dor e o desconforto da gravidez, só por aquele momento.

Então depois de namorar minha filhinha me virei para Jacob que se encontrava com os olhos marejados.

"Segure-a."

"Eu... Não..." Ele me encarou embasbacado. "É de vocês e..."

"Larga de ser idiota, homem." Grunhi.

Ele então engoliu em seco e um pouco desajeitadamente pegou Nessie em seus braços, a segurando naqueles braços fortes que no momento faziam de tudo para mantê-la segura.

Então as lágrimas começaram a cair dos olhos de Jacob.

Segurei a mão de Edward com um sorriso que logo foi retribuído por meu amor.

"Ela é linda, assim como a mãe..." Jake murmurou.

Então naquele momento eu percebi que talvez eu tivesse meu melhor amigo de volta.

Edward

"Eu não poderia casar sem meus padrinhos!" Alice argumentou com os olhos encostados no vidro da maternidade.

"Alice... Bella quase se matou para te levar ao casamento."

"Por isso mesmo." Ela revirou os olhos se virando em minha direção. "Depois de tudo o que ela fez eu vou casar sem a presença dela e do meu irmão?"

"Mas... Você esperou tanto..."

"Esperei." Ela sussurrou bagunçando os cabelos espetados. "Mas eu e Jazz podemos casar outro dia."

"Você não existe." Sussurrei com um sorriso.

"Não vejo aonde vocês dizem que ela é linda... Tem cara de joelho." Emmet, o cara nóia disse contrariado. Dei um tapa na nuca dele.

"Quer morrer, rapaz? Minha filha é linda."

"AO paizão!"

"Emmet, você é muito insensível." Rose argumentou olhando fascinada através do vidro Nessie junto com os outros bebês. Ela ficaria apenas algumas horas até Bella se recuperar do parto e depois estaríamos liberados.

"Imagina nossos filhos, Alice?" Jasper sussurrou no ouvido dela, mas foi perfeitamente ouvido por todos.

"Ei! Eu tenho que contar uma piada!"

"AH NÃO, EMMET!" Grunhi.

"Cara, tem tudo a ver, e um bom piadista sabe o horário de suas piadas..."

"Conta logo então!" Falei ainda observando, fascinado minha herdeira.

"É assim... Uma mulher estava em trabalho de parto, aí o médico falou: Nós temos uma nova tecnologia que os homens podem também sentir a dor do parto! Vocês querem testar?"

Ah meu Deus... Lá vinha bosta.

"O cara super apaixonado pela mulher disse sim né, por que não? Então na hora H, o médico colocou que o pai sentiria 10% da dor do parto, só que o cara não sentia nada. Então foi aumentando a porcentagem de dor até chegar á 100% mas o cara ainda não sentia nada. Então o médico se desculpou dizendo que a máquina pifara."

"E terminou?"

"Claro que não né... Aí, quando os dois voltaram para o prédio deles, o carteiro estava morto no portão! HAHAHAHA!"

Olhamos incrédulo para o homem enorme que rolava no chão com as mãos na barriga e pedindo por ar.

Agora um novo ânimo havia sido dado em toda nossa família com a chegada de Nessie. Tony adorara a irmã caçula e paparicava-há o tempo todo como bom irmão mais velho.

Jasper e Alice então finalmente se casaram em outra data.

Nessie demonstrara ter os mesmos olhos que eu, aquele tom estranho de verde.

Bella ficara super contente com isso, porém tive que lembrá-la que preferia seus olhos castanhos, e então ela como resposta somente me mostrou a língua.

Nossa família estava casa vez mais unida e meus pais e os de Bella felizes pelos netos.

Jacob então tivera uma conversa conosco logo depois do parto e pedira perdão pela cena desastrosa do casamento e seu comportamento. Disse que Bella estava certa, e que agora ele achava em Leah um porto seguro para seus problemas e ela se tornava uma grande amiga. Ao falar nisso, vi seus olhos brilharem e percebi – mesmo ele não – que estava se apaixonando pela mulher.

Bella então voltou a ser amiga dele, e pediu para que fosse padrinho de Nessie, o que logo foi aceito pelo homem. Eu e ele nos tratávamos amigavelmente e sentia que adorava mesmo nossa pequena filha.

Bella uma vez viera nostálgica me lembrando de certo plano "BEER" o mesmo que usamos para juntar Rose e Emmet. Então ela propôs um "BEJL" 'Bella e Edward juntando Jacob e Leah', mas acabou que eu a convenci que o destino iria cuidar de tudo no tempo certo.

"Um doce por seus pensamentos." Sorri ao ver Bella se sentar em meu colo carregando em seu decote uma pequena barra de chocolate.

"Oh... Minha mulher é realmente uma maldade." Sorri passando uma mão por sua cintura e a outra tentando capturar o doce.

"Vamos lá, Edward... Primeiro os pensamentos."

Suspirei, fazendo um biquinho. "Estava pensando em como minha mulher é linda... Incrível... Maravilhosa... Uma ótima mãe... E que me proporcionou uma família espetacular."

"Olha..." Ela sorriu presunçosa. "Não sabia disso tudo..."

"Sabia sim!" Acusei-a com um sorriso. "Eu te lembro todos os dias, amor." Dei um beijo apaixonado nela, enquanto com uma mão tentava pegar o doce, contudo levei um tapa em minha mão, seguido de uma forte gargalhada.

"Não, não. Você tem que fazer do jeito certo!"

Arqueei uma sobrancelha.

"E que jeito certo?"

Ela sorriu maliciosa e eu logo entendi o recado, porém ao longe os gritos de Tony irromperam o local.

"PAAAAAAAAAAI!"

Tanto eu quanto Bella ficamos petrificados.

"Bella... Tem certeza de que não é o filho do vizinho?"

Ela pareceu se recuperar do choque antes mesmo do que eu, formando um sorriso em sua boca.

"É VOCÊ! Edward, Tony te chamou de pai!"

Então um enorme sorriso se formou em minha boca enquanto eu me dava conta desse fato.

Contudo um novo grito do menino me fez encarar a realidade e sair correndo em sua direção, encontrando-o no patamar da escada, caído.

"Filho..." Corri em sua direção o analisando. "O que aconteceu?"

"Tropecei..." Ele murmurou com os lábios tremendo.

"Onde está doendo me fala?"

"Achei o culpado." Bella apontou apresentando uma bolinha azul na mão. "É de Sky."

Então a cachorrinha veio correndo e começou a cercar Tony parecendo preocupada.

"Não seria melhor levá-lo á um hospital, Edward?" Bella perguntou preocupada.

Contudo depois que eu e meu pai demos uma rápida analisada em Tony percebemos que só algum arranhão de queda havia ocorrido, portanto gelo e alguns curativos iriam resolver.

Mas eu sempre me recordaria daquele dia. E Bella, entendendo isso, até tirou uma foto e me deu de presente. Eu adorei e coloquei em um porta-retrato bem ao lado de minha cabeceira.

Recordar-me-ia sempre não como dia em que Tony tropeçou na escada por causa de uma bolinha largada de Sky, mas por ele ter dito pela primeira vez para mim a palavra "Pai."

Meses depois.

"CAARA, A GENTE PRECISA IR!"

"Eu sei..." Bufei choramingando enquanto me enterrava no sofá com o controle nas mãos e via na TV o apresentador anunciar o melhor jogo da temporada de beisebol! Yankees contra Red Sox.

"Os ingressos já foram todos vendidos! VAI SER O MELHOR JOGO DO SÉCULO!"

"Então, só depende você, certo?" Emmet cruzou os braços no peito e me encarou. "Irmão, é a melhor oportunidade, tipo assim de nossas vidas inteiras! Quando um jogo desse porte irá acontecer em NYC?"

"Emmet, não exagera." Rose apareceu na sala de estar da casa dos meus pais carregando algumas latas de refrigerante e entregando para nós. "Você fala como se NYC fosse alguma cidade no interior do Maine ou Lousiana! HELLO! NYC! Todos acham que aqui é a capital dos EUA!"

Emmet bufou e quase estragou o sofá dos meus pais com todo o peso que soltou nele.

"Eu preciso ir! Só que sem Edward não tem graça! Tá bom, também os ingressos estão esgotados e nem a minha posição de chefe da redação valeu para alguma coisa! Mas Edward é famoso! Além do que ele é o único padre que fica nervoso e xinga até a mãe dos jogadores em um jogo de beisebol!"

"Ei, eu não xingo a mãe de ninguém! E nem sou mais padre, Emmet." Retruquei mal-humorado.

"Tá, mais fica todo esquentadinho. E já vi murmurando algumas maldições, que eu ouvi!"

Não sei de onde Emmet tirava aquelas coisas, mas a partir do momento que começou a falar que eu ameaçava os jogadores dos outros times "com o inferno", eu sabia que ele tirava de algum lugar da mente inexistente dele.

"Mas Edward por que você não vai?" Rose perguntou abraçando um Emmet solitário.

"Não quero deixar meus filhos..." Suspirei tomando um grande gole do refrigerante. "Espera. Onde está Bella?"

"Ela ficou na cozinha conversando com Esme."

"Está tudo bem?" Perguntei, preocupado.

"Está, Edward." Rose sorriu cúmplice. "Estão discutindo sobre como os filhos crescem rápido..."

"NÃO ESTÁ NADA BEM!" Emmet bufou. "Qual é Rose? Eu vou perder o melhor jogo do MUNDO!"

"Fica quieto, Emmet."

"Cadê aquele Tony? Hein? Ele vai concordar comigo! Ele vai convencer esse pai idiota!"

Revirei os olhos.

Bella

"Eu queria aprender a cozinhar melhor..." Reclamei. "É até meio ultrajante um homem saber cozinhar melhor do que eu."

Esme riu enquanto passava molho por cima da lasanha que preparava.

"Edward é um ótimo cozinheiro mesmo. Mas não reclame, aproveite e explore-o! É bem difícil encontrar um homem com dotes culinários viu?" Ela riu, mordicando minha bochecha com os dedos.

Sentei-me à mesa da cozinha e fiquei observando minha sogra. Rose que estava cuidando de algo no forno pegou algumas latas de refrigerante na geladeira e levou até os meninos na sala.

Esme foi preparando o prato e da sala ouvíamos os gritos de Emmet querendo ir a um jogo qualquer de beisebol.

Até que, terminando o prato, Esme se sentou em minha frente e tomou minhas mãos nas suas.

"Quero dizer que... Bem, quero me desculpar pela notícia de jornal..."

"Esme, isso foi há anos."

"Eu sei..." Ela abaixou os olhos. "E apesar de você ter me perdoado, eu ainda me sinto culpada."

"Não se sinta."

"Bem, eu vi o quanto o amor entre você e Edward é tão intenso e... Bem, o destino quis assim não é? Eu só..." Ela desviou o olhar. "Sempre achei que o caminho dele era ser padre." Então ela riu. "E eu achando que não teria netos, pois nenhum de meus filhos poderiam os dar. Mas nem Edward, nem Alice tem a vocação religiosa. E me encontro mais feliz com meus dois netos do que qualquer outra coisa. Além do que Alice e Jasper estão se ajeitando sobre isso..."

Apertei de leve a mão dela, e ouvimos um bater de porta. Esme fechou os olhos e fez uma cara de irritação.

"QUEBRA MESMO! DINHEIRO CAÍ DO CÉU!"

Eu ri.

"Não fique tão preocupada com o crescimento dos filhos... Você pode pensar que não conseguirá acompanhar, mas você irá. Você é mãe."

Sorri e pisquei diversas vezes para não chorar, mas o barulho da sala se tornava intenso demais e eu Esme fomos ver do que se tratava.

Edward

"GAROTOS! CHEGUEI!" Carlisle cumprimentou empolgado enquanto batia a porta da sala com força recebendo um grito de Esme vindo da cozinha. Algo que envolvia "quebra mesmo, dinheiro caí do céu!"

"Tenho uma ótima notícia!" Carlisle disse empolgado parando em frente á televisão o que fez com que tanto Emmet quanto eu desviasse o rosto a fim de conseguir pegar mais do jogo que ali se passava. Claro, não um jogo tão importante quando o que aconteceria naquele final de semana.

"Nenhuma notícia me fará feliz de novo..." Emmet bufou melodramático de seu assento e começou a se afogar com a latinha de refrigerante, mas logo engasgou parando com a enorme façanha.

"Tenho certeza que ficará feliz!" Carlisle replicou pegando algo dentro do cós da calça.

"Duvido..." O criador do drama ressonou.

Então Carlisle estava com vários papeizinhos retangulares laranjas na mão trazendo um notável Y e N cruzados (o símbolo dos YANKEES), e RED SOX.

"Acho que vocês garotos gostariam de assistir um bom jogo de qualidade e ao vivo..." Carlisle falou fingindo desprezo pelos ingressos, mas não conseguindo conter o sorriso no rosto.

Ao olhar para Emmet vi-o paralisar para logo depois seus olhos iluminarem, e como um raio de luz estar abraçando Carlisle super emotivo e com lágrimas nos olhos.

"Cara, eu te amo. Você é meu salvador!"

"Chega Emmet." Carlisle replicou rindo.

"O que está acontecendo?" Esme e Bella irromperam na sala olhando para a cena confusa. Dirigi-me rapidamente em direção á Bella e peguei em sua mão.

"Emmet está feliz por ter conseguido ingressos para o jogo."

Ela revirou os olhos. "Homens. Ei, você vai?"

"Não queria deixar Tony e Nessie sozinhos." Falei culpado.

"Amor..." Ela iria falar alguma coisa, mas Carlisle interrompeu segurando no meu ombro.

"Filho, você é mais pai coruja do que eu fui! Não precisa ficar cem por cento para seus filhos! É só os deixar serem cuidados por alguém por uma noite, não mata ninguém..."

"Não sei..." Olhei para Bella que também estava preocupada.

"Ah deixa vocês dois, viu! Ouça, eu não suporto jogos," Esme começou sempre tão prestativa e simpática. "Então todos vocês vão, e eu cuido da Nessie... Já que Tony provavelmente vá querer ir."

"Ok. Ok. Tá tudo muito bom... Tá tudo muito bonito... Mas eu tenho um jogo bombástico para assistir, ok? E aí quem vai?" Emmet interrompeu terrivelmente excitado com a notícia.

Edward

"BELLA?" Chamei minha mulher pela não sei quanta vez. Agora eu me arrependia pela casa grande que havia construído, mas quando o sonho era de uma família numerosa ela era perfeita. "Tony, você viu sua mãe?" Perguntei para o garoto que vinha correndo pelas escadas. "Cuidado, você pode cair de novo." Adverti.

"Acho que ela está na varanda do quarto" Ele falou pensativo. "Não sei..."

"Obrigado, filho. O jantar já está pronto. Limpe as mãos e venha."

Ele assentiu e saiu correndo enquanto eu subia as escadas até o quarto principal. Lá dentro não encontrei Bella em lugar nenhum, e o berço de Nessie estava vazio.

As portas francesas que davam para a varanda estavam abertas deixando por ela entrar uma suave brisa que bagunçava as cortinas brancas.

Caminhei até lá e observei então minha mulher sentada em uma poltrona acolchoada, com Nessie embalada protetoramente em seus braços. As duas dormiam lindamente.

"Não sei... Como... Terminar..." Bella murmurava no sono. Sorri.

Aproximei-me dos amores de minha vida e fiquei com dó de acordá-las para o jantar que eu havia preparado. Elas estavam lindas, simplesmente maravilhosas.

Então nessa observação eu notei uma espécie de manuscrito meio caído da poltrona. Peguei-o, contudo a letra de Bella enchendo várias das páginas chamou minha atenção.

Seria um diário dela?

Não... Bella não escrevia diário, e ela nunca me contara também.

Eu estava pronto para deixar de lado quando rabiscos maiores chamaram minha atenção.

"FIM?"

Então eu li o que vinha antes. Havia frases riscadas e vários borrões.

"Então os dois estavam felizes e realizados com uma família linda..."

"Ela não podia imaginar o que poderia estar melhor..."

"Felizes para sempre?"

Então com uma olhada mais atenta notei que aquele era uma espécie de livro contando a nossa história.

Eu reprimi um riso ao ver o título em letras garrafais.

"Entre o Amor e o Pecado."

Então ela queria terminar o livro, mas não estava contente com o resultado.

Olhei para sua face linda e então uma idéia veio em minha mente. Peguei uma caneta no quarto e escrevi.

Ao terminar, coloquei o livro lentamente da mesma maneira que estava, e beijei a testa de Bella. Um sorriso se formou em seus lábios enquanto ainda estava adormecida.

Nessie abriu então os pequeninos olhos verdes e sorriu com os bracinhos estendidos em minha direção.

Fez um barulhinho engraçado com a boca e eu rindo a peguei em meus braços e a embalei.

Ela era uma mistura linda de Bella e eu... Mas o que mais chamava a atenção eram os olhos intensamente verdes e o tufo de cabelos castanhos no alto da cabeça.

Sky veio em minha direção e começou a latir me chamando para algo.

"Shi... Menina... Shi." Mas já era tarde demais. Bella acordou toda assustada e foi meio difícil até perceber que Nessie não fora seqüestrada e estava em meus braços.

"Dormi demais foi?" Perguntou esfregando os olhos.

"Não, amor... Pode dormir mais se quiser." Beijei-a levemente.

"Não... É... Eu tenho que fazer ainda algumas coisas..."

"Então vamos jantar antes. Fiz o seu prato favorito."

"Você é perfeito, marido." Ela brincou se levantando e passando os braços pela minha cintura, passando por baixo do pacotinho que era nossa filha. "Eu amo você."

Eu ri. "Que grande novidade."

Ela deu um tapa de leve no meu ombro e descemos juntos as escadas até a sala de jantar.

Depois do jantar, Nessie dormiu e Tony ficou assistindo TV, enquanto eu e Bella ficávamos sentados juntos em nossa biblioteca. Sky estava embolada em sua caminha bem ao nosso lado provavelmente sonhando com o cachorro do vizinho pelo qual se apaixonara.

Bella ficou maneando uma bíblia em suas mãos, com o cenho franzido.

"O que foi...?" Mordi de leve seu pescoço o que a fez se voltar com um sorriso.

"Estava pensando em algumas coisas..."

"Tipo?"

"Bem... Você sempre falou em vocação. E eu nunca entendi direito essa palavra."

Suspirei enquanto a puxava mais para perto de mim fazendo com que sua cabeça encostasse-se a meu peito.

"Vocação é como se fosse um chamado... Uma voz que vem em sua cabeça e te mostra um caminho a seguir. E vocação é sempre voltada ao outro... É uma doação." Acariciei de leve seus cabelos. "É como se fosse um dom, uma aptidão que você tem... Algo que você consegue fazer melhor do que outras coisas..."

"Então você dizendo que tinha vocação sacerdotal significava que... Você tinha o dom de ser padre?"

"Bem... Acho que me enganei com minhas vocações... Mas na época, achei que sim..."

"E qual é sua vocação agora? Todos nós precisamos ter uma vocação não é?"

Eu ia abrir a boca para responder quando a campainha tocou indicando a chegada de Jasper e Alice, que vieram para jogar cartas, um hábito que havíamos adquirido para passar algumas noites juntos e trocar idéias. Ficaria para outra hora a conversa com Bella, então.

Bella

"EDWARDDD!" Berrei, bufando. "Não acredito que você está me obrigando a vestir isso."

"Não estou obrigando, amor. Só acho necessário." Retrucou ajustando o boné do seu time do coração em minha cabeça. "Está linda."

"E eu? E eu?" Tony perguntou vindo com uma fantasia de jogador de beisebol.

"Está lindo, meu amor..." Abracei-o enquanto colocava seus cachinhos para dentro do boné. "Mas acho que você e seu pai deveriam ir sozinhos... Sabe coisas de homens..."

"Não, não! Você vai sim senhora Cullen." Edward interrompeu me puxando para ele. Edward estava aprontando algo, eu sabia. "Todos estão indo! É o melhor jogo da temporada e..."

"E eu ligo muito para beisebol certo?"

Ele riu. "Um esforçinho?" Fez um bico maravilhoso.

Bufei, vencida.

"Ok."

"AEEE!" Pai e filho comemoram pulando que nem dois palhaços.

Eu mereço...

"Tem certeza que ela está bem, Esme?" Perguntei pela décima vez.

Tá! Depois que me tornara mãe estava muito preocupada com cada passo de meus filhos. Nunca pensei que fosse criar esse tipo de paranóia, mas pelo visto, eu não era tão insensível assim.

"Bella... É uma filha não um vaso de porcelana!" Respondeu rindo pelo telefone. "Nessie está ótima, e acredite, eu já cuidei de dois filhos, e muito bem, e você pode comprovar isso olhando para o lado..."

"É... Certo." Controlei a risada. "Desculpe sogrinha. Agora vou ver alguns nocautes." Ela riu e eu desliguei sendo logo perfurada pelo olhar incrédulo de meu marido, meu filho, Emmet, Jasper, Jacob, Mike (que namorava firme com Tanya) e Carlisle.

"Que foi?"

"Bella... Não estamos indo á uma luta de boxe!" Emmet falou.

"Que seja." Encolhi os ombros. "Que fila enorme..." Murmurei protegendo meus olhos do sol.

Edward prontamente me segurou pela cintura, enquanto com a outra mão segurava Tony que parecia agitado.

"Por que não pudemos trazer Sky?" Perguntou.

"Por que Sky é independente e escolhe aonde quer ir ou não." Lancei um olhar severo para Edward que somente me beijou seguido de um sorriso.

"Ei, Bella. Não ligue para esses homens." Leah veio ao meu lado. Ela agora estava com Jacob depois que os dois começaram a se aproximar e a paixão foram inevitáveis. "Só sabem pensar em jogos, jogos..."

"Mentira." Edward riu. "Eu só penso em minha família." Sorriu para mim torto, e eu dei um tapa em seu ombro pela cara de pau.

Lá dentro aquele mar de cores combinadas e aquele gramado verde me deram ânsia.

Ok. Estava exagerando. Até que era legalzinho.

As arquibancadas eram enormes e sentamos bem na primeira fila. Os torcedores do Red Sox de Boston era um bando de loucos, e bem... Os do Yankees também se levarmos em conta que Emmet estava presente.

O jogo começara e eu e Edward estávamos sentados lado a lado na arquibancada, mas quando as pessoas começaram a gritar – e eu fiquei com medo de ser arremessada ou coisa do tipo – praticamente sentei no colo do meu marido, passando meus braços cuidadosamente ao redor de seu pescoço.

Ele somente riu enquanto acariciava minhas costas.

Tony estreitou os olhos para a gente e junto com Emmet colocou o dedo indicador na língua exposta.

"Pais, vocês não se desgrudam, parece chiclete!"

Nós rimos, pensando que Tony provavelmente estava naquela fase de "declarar guerra ás garotas" e logo, estaria na cama de Edward pedindo por conselhos 'amorosos'.

Então Emmet e Jasper quicavam no assento e ficavam naquela posição tensa- nem levantada, nem sentada - quando chegava a algum momento crítico do jogo.

A vontade que eu tinha era de dormir. Era um bando de gente com bastões, e luvas e correndo pelo campo. Eu não conseguia ver uma lógica naquilo.

"CACHORRO QUENTE! Quem quer cachorro quente?"

"SEU CORNO DOS INFERNOS! ME COLOCA AE QUE EU ARREMESSO ESSE NEGÓCIO BEM NO MEIO DO SEU RABO!" Nem preciso comentar que a fala tinha os direitos autorais de Emmet, certo?

"Por favor, Emmet, tem crianças aqui." Edward criticou.

Emmet deu de ombros e continuou gritando só que desta vez tampando os ouvidos de Tony que esperneava querendo liberdade.

Então uma musiquinha infernal começou do mesmo lado da arquibancada e arqueando meus olhos distingui todos os membros dos Garanhões da Cidade.

Como eu não havia notado eles antes?

Eles largaram definitivamente o salão de beleza logo depois de Alice processá-los e prometer cassá-los até a morte.

"YANKEES É O MAIOR TIME DO MUUUUUNDO... OS OUTROS OS TÉCNICOS SÃO MULHERZINHAS!"

"Por Deus" Gargalhei. "Até aqui? Isso já tá virando perseguição."

Edward riu enquanto apontava para Mike que olhava tristonho para os ex- companheiros. O pé dele batucava no ritmo da música, mas ele logo parou quando viu Tanya o observando atentamente.

"Parece que ele realmente entrou nos eixos..." Edward comentou.

"Eixos? Mike?" Caçoei.

"HOME RUN!" Ah! Meus ouvidos! Se eu saísse daquele jogo ouvindo o mesmo que antes seria um milagre. Por que meu marido gosta de beisebol mesmo?

Por que homens gostam de beisebol?

"!" Uns pares de homens gritaram. "GO YANKEES!"

"Tempo!" Um dos quatro juízes pediu e logo a multidão se sentou bufando esperando pela volta do jogo.

"Edward, cara... Você tem que jogar algumas maldições!" Emmet se debruçou sobre Edward com o olhar implorativo.

"Emmet, você quer que eu bata sua cabeça em algum lugar para ela poder voltar ao normal?" Ameacei.

"Ai que violência. Depois não sabe por que Tony é violento!"

"Meu filho não é violento!" Levantei-me exaltada, com as mãos na cintura.

"É isso ae! Eu não sou violento!" Tony comentou ao mesmo tempo em que jogava vários canudos dos Giraffas em cima do técnico do Red Sox bem abaixo no campo.

"E vocês fiquem quietos!" Alice berrou. "Estamos em jogo paz e amor! A mídia tá filmando sabe? Se pegarem vocês brigando?"

"É verdade!" Emmet se preocupou todo ajustando o cabelo. "Tenho que fazer boa imagem."

Revirei meus olhos.

"Quer alguma coisa?" Edward me perguntou.

"Um doce." Sorri.

Ele gargalhou. "Juro que não foi minha influência..."

Revirei meus olhos. "Vá lá logo. Quer alguma coisa, Tony?"

"Pipoca!" Brilhou os olhinhos.

Edward me deu um rápido beijo e subiu para ir pegar os doces e pipoca.

Ele estava demorando demais e eu comecei a me preocupar. Qual é, vai que ele aproveitou a situação, encontrou alguma gatinha atendente e resolveu completar alguma cota invisível de mulheres?

Por que vamos combinar, ele passou oito anos sem ninguém, exceto no começo por Tanya e eu por fim. HEHE.

Espera! Risada idiota, nada! Ele poderia estar me traindo nesse exato momento.

Tá. Eu sabia que ele não faria isso, mas eu não confiava nas mulheres! Sim, elas eram um perigo que eu deveria realmente me preocupar.

Estava quase me levantando para salvar meu patrimônio, quando a voz do narrador do jogo anunciou:

"ATENÇÃO, POR FAVOR! CHEGOU UM MOMENTO TÃO QUERIDO POR TODOS! EU SEMPRE ME EMOCIONO COM ESSE MOMENTO! É TÃO LINDO! OLHO NO TELÃO!"

Então de repente aparece um vídeo de Emmet.

Rose quase teve um ataque epilético quando um Emmet todo metido a fortão e brutamontes se declarava á ela pelo telão dizendo que a amava e queria que fosse sua esposa.

"Eu sei que... Bem, eu fui meio lerdo ultimamente... Eu sei que você tem esperado alguma atitude minha, mas eu queria que fosse especial. E... Bem... Você sempre reclamou de minha paixão pelo beisebol, e... Então, quis mostrar de alguma forma que você é mais especial do que um jogo. Mesmo esse sendo o melhor do mundo e..."

"NÃO ACREDITO! NÃO ACREDITO! Aleluia! Finalmente!" Comemorava enquanto pulava em cima de um Emmet todo feliz e romântico pela primeira vez na vida.

"Amor, você gostou mesmo?" Emmet estufou o peito, já se achando.
"AMEI!"

"É uma piada." Ri observando-os, enquanto me lembrava de certo plano "cerveja" por aí.

Agora que finalmente as coisas haviam acabado, era hora de eu procurar por Edward e enfiar a mão na cara da mulher que o estivesse prendendo.

"É MEU PAI E MINHA MÃE!" Tony disse orgulhoso encarando alguma coisa no telão. O dedo dele apontava naquela direção, e todos para lá olhavam.

Como assim? Tony havia descoberto quem eram seus pais verdadeiros?

"Tony! Eu sou sua mãe, entendeu?" Já ia brigando com ele. Quando que ele aprenderia isso? Não era por que ele não nasceu de mim que ele não era meu filho!

"Não, mãe. É você e do pai que eu to falando!" E apontou novamente para o telão.

"O quê...?" Comecei, e vi então uma foto de muitos anos atrás no telão. Era uma foto em que estávamos todos fantasiados no Halloween em 2007!

O que eu estava fazendo no telão? O quê? O quê?

Então uma legenda ia se formando à medida que a imagem ia se movendo.

"Era uma vez... Um padre que achava ter encontrado sua vocação... A vocação religiosa... E uma mulher que acreditava que não precisava de Deus e que odiava religiões..."

"O quê?" Repeti encarando aquilo boquiaberta. Seria aquilo uma alucinação?

SENHOR! Só pode.

As pessoas começaram a gritar "UHUL" ao ver as cenas no telão.

"ADORO ESSES MOMENTOS MINHA GENTE... EU CHORO!" O locutor que mais parecia um Galvão Bueno declarou.

"Contudo o destino prega peças e depois de dois anos eles finalmente ficaram juntos e hoje são casados, felizes e tem uma família maravilhosa."

Eu ainda estava boquiaberta, ainda mais quando...

"E hoje..." Mas não era uma legenda, e sim a voz de Edward.

Do meu Edward.

Procurei por ele e o vi em cima das arquibancadas vestindo um lindo smoking e segurando um buquê de rosas vermelhas nas mãos, falando em um microfone.

Eu arfei. Ele estava lindo, e todos os olhares se prenderam embasbacados no meu lindo marido que descia flutuante em minha direção.

"ELE É O EX-PADRE EDWARD CULLEN!" O locutor fez o favor de pronunciar.

"UHUL!" Houve gritos na platéia. Edward ignorou e continuou descendo as escadas.

"E hoje... Estou aqui... Para dizer á minha mulher que eu a amo. Mas infelizmente, não do mesmo jeito que eu a amava no começo..." Foi descendo lentamente as escadas e eu fiquei de pé com a mão no coração esperando o ataque a qualquer minuto. "Pois eu amo mais. A cada dia mais. E eu não me canso de dizer isso á ela. Amanhã completaremos um ano de casados e eu quero desejar á nós muitos e muitos anos ainda..." Sorriu torto e chegou de frente á mim me estendendo o lindo buquê.

"OHHHHHHHH..." O suspiro foi uníssono do público.

"CULLEN MARIDO ESTENDE UM BUQUÊ DE ROSAS PARA CULLEN ESPOSA..." O locutor ficaria detalhando mesmo cada movimento nosso?

"Edward..." Comecei com lágrimas nos olhos pegando o buquê. "Você me faz cada coisa..."

"É efeito de amar você. Você me faz querer ser melhor." Sorriu, e se ajoelhou em minha frente.

"CULLEN MARIDO SE AJOELHA NA FRENTE DE CULLEN ESPOSA... OH, ACHO QUE É PEDIDO DE ALGUMA COISA... RIMOU! RARAÊ!"

"Oh Deus!" Ri em meio às lágrimas vendo que aquele romântico incurável ainda reservava mais surpresas.

Alguém seqüestrando meu Edward na loja de doces? Bobagem!

Quando um Edward Cullen trouxesse um sorriso escondido na boca durante o caminho inteiro até o jogo e demorasse em voltar com pipoca e doces, pode ter certeza que ele estava preparando algo romântico.

"Não é algo muito tradicional, mas desde que não somos tão tradicionais assim... Você aceita se casar comigo de novo, Bella?"

E estendeu uma caixinha de veludo idêntica a do casamento que ao se abrir revelou um belíssimo anel.

"Mas... Eu já tenho... Aliança..." Falei boba como sempre.

Ele encolheu os ombros. "Você merece. Decidi que todos os anos, em todos nossos aniversários de casamento, devemos renovar os votos."

"EDWARD COLOCA ANEL NO DEDO DA ESPOSA..."

Então ele colocou o anel em meu dedo e abanando a cabeça para ver se aquilo era mesmo verdade o beijei, e logo vários aplausos ecoaram pelo estádio.

"E ELES SE BEIJAM! QUE BEIJO DE CINEMA! QUE TENTAÇÃO! UI, QUE CALOR!"

"Tony, tampa os olhos." Ouvi a voz de Rose.

"E O JOGO DEVERIA CONTINUAR, MAS ALGUÉM MORREU NO BANHEIRO! MAS NÃO É IMPORTANTE, QUE LINDO..."

Eu sorri ao me afastar de Edward com as lágrimas entupindo meus olhos e escoando por minhas bochechas.

"Você não existe..."

Ele sorriu torto. "Minha mulher merece. Eu te amo."

"Eu te amo muito... Muito..."

"E O JOGO CONTINUARÁ! ENTRA YANKEES E RED SOX NO CAMPO DE NOVO..."

O jogo se desenrolava lá, mas eu não conseguia despregar meus olhos do meu amor.

Sentei no colo dele novamente e um sorriso bobo se desprendia de meus lábios enquanto olhava para ele. Eu ficava assim... Boba com a perfeição do meu amor.

Quando que eu um dia imaginaria que casamento fosse algo... Que eu deveria ter feito desde que eu havia nascido?

Ele tirou uma rosa vermelha do buquê, e cortando o galho com os espinhos, pousou-a atrás de minha orelha, afastando uma mecha de meu cabelo para trás, e sorrindo.

"RED SOX EMPATA O JOGO!"

"SAÍ DAÍ PERNA DE PAU!"

"SUA MÃE É MINHA!"

"VOCÊS VÃO VER ONDE EU VOU ENFIAR ESSE SOX!"

"Um ano..." Suspirei. "Quem diria que um dia sequer estaríamos juntos?"

Ele sorriu de um jeito maroto. "Bem, nós ficaríamos juntos de qualquer jeito..."

"Iríamos?" Arqueei uma sobrancelha.

"Sim..." Ele mordeu os lábios, divertido e brincou com meus cabelos. "Sabe quando você me perguntou sobre vocação outro dia?"

Assenti inebriada por seus olhos intensamente verde.

"FALTAM SÓ ALGUNS SEGUNDOS... E RED SOX E YANKEES ESTÃO EMPATADOS..."

"Você lembra-se de tudo o que você me falou e o que perguntou?" Assenti.

Ele então sorriu mais ainda se aproximando mais de mim e sussurrou em meu ouvido.

"Pois então fique sabendo, senhora Cullen, que..." Mas... De alguma forma desconhecida mais uma vez, seja o que quer que Edward fosse me dizer, fora interrompido novamente.

"E YANKEES VENCE A PARTIDA!"

"AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!"

"Edward, cara! VENCEMOS! VENCEMOS!" Emmet então raptou meu marido e começou a abraçá-lo efusivamente.

"Emmet, como você é estraga-prazeres!" Retruquei.

"Ah qual é Belinha..." Retrucou largando meu marido e sorrindo para mim. "Você terá Edward o tempo todo vai..."

"VENCEMOS! VENCEMOS!" Jasper e Carlisle se abraçavam efusivamente, logo um Mike pulou em cima deles e começou a comemorar também. Até Rose e Alice começaram a pular, embora eu imaginasse que elas estivessem boiando no assunto.

"YANKEES É O MELHOR TIME DO MUNDO! YANKEES! YANKEES!"

Então uma câmera móvel apareceu nos filmando, e as nossas imagens começaram a aparecer no telão.

Logo Emmet se empolgou todo.

"AAAE! ESSE FOI O MELHOR JOGO DO MUNDO! RED SOX TOMOU NO SOX!"

Então Alice o empurrou.

"Aproveitando a oportunidade! Eu estou lançando uma grife nova! Lá você pode encontrar roupas dos Yankees e também dos Garanhões da Cidade! Você pode parcelar em..."

Então Rose o empurrou:

"MORRA DE INVEJA, LAUREN SUA VACA! Você viu? EMMET ME PEDIU EM CASAMENTO! Ele me ama e você não!" E mostrou a língua seguido de um gesto obsceno com o dedo.

Então Derek dos GC empurrou Rose:

"Mande um e-mail para a gente! Você poderá ter nossa organização em sua cidade! Temos meias, sacolas, e até cuecas com o símbolo do GC! E nosso telefone é raiz quadrada de..."

"ESPERAR! ESPERAR!"

Ah meu Deus! Não me diga que... Ele voltou.

"EU VOLTAR!" Então pousando de pára-quedas – literalmente- ao nosso lado veio um BORAT vestido com um macacão azul fluorescente. Ele flexionou os músculos, deu uma reboladinha e veio correndo com os braços estendidos em câmera lenta em nossa direção.

Eu puxei Edward para meu lado, e me encolhi contra seu peito, afinal eu estava em território de doidos!

"BORAT! AMIGO FIEL!" Emmet então pulou na direção dele e os dois praticamente rolaram juntos. "Cara, por que você ainda anda com bazuca?"

"Complicar perder hábito." Respondeu.

"BORAT!" Tanya então pulou nele também. "Eu sempre fui sua fã! Desde menininha!"

"Chamar-me de velho?"

"Quem é esse cara?" Tony perguntou.

Então Borat foi de frente para a câmera deixar sua mensagem:

"Eu querer dizer minha palavras..." Então olhou dramaticamente para a câmera e depois para mim e Edward. "EU NUNCA VER PADRE TER FILHO! NUNCA! NEM VER PADRE CASADO! NEM VER PADRE BEIJANDO DE LÍNGUA E..."

"E você saí daí infeliz!" Gritei.

E se as coisas não poderiam ficar mais loucas, um bando de torcedores do RED SOX aparece marchando em nossa direção.

"Olha aqui! Essa porra de jogo foi roubado!"

"Ih! Mal predador!" Emmet lançou a faísca cruzando os braços no peito o que foi logo repetido por BORAT e Derek.

"É perdedor, Emmet!" Rose consertou envergonhada.

"Que seja! Vocês vieram aqui para saber aonde o SOX pode ser enfiado?" Emmet ameaçou.

"Olha aqui seu torcedor de merda..."

"UHUL! FIGHT! FIGHT!" Tony pulou batendo palminhas com as mãos.

"Gente, paz e amor!" Alice tentou interceptar, mas logo todos estavam gritando e discutindo ao mesmo tempo.

Minha cabeça começou a doer horrores. Eu queria sair dali! Era um bando de loucos! Alucinados! E...

Então me lembrei. Encarei Edward.

"Edward... O que você ia me dizer antes dessa bagunça toda?"

Ele riu e me beijou calmamente, então...

"Eu ia te dizer que..."

"EU SAIR DAQUI! VOCÊS SER LOUCOS!" Então BORAT arrumou seu pára-quedas e ameaçou saltar de algum jeito da arquibancada.

"Eu quero ir! Eu quero ir!" Emmet quicou. "Eu sempre quis andar!"

"É voar, idiota."

Então os dois se posicionaram no pára-quedas e saíram da arquibancada deixando o resto das pessoas discutindo com os torcedores.

Eu já estava borbulhando de raiva. Sky surgiu de algum canto e começou a morder a canela de todo mundo que logo corria atrás da cachorra através das arquibancadas.

Então o som de sirene de polícia começou a ecoar, e todos paralisaram.

"POLÍCIA!" E vários torcedores começaram a correr em círculos.

Estava um pandemônio e minha cabeça doía horrores.

Eu tinha que me livrar daquilo!

"Edward... Tira-me daqui." Murmurei em seu ouvido. Ele prontamente me ouviu e me pegou no colo correndo comigo escadas acima.

Eu ri da tentativa dele, e mais ainda dos gritos e a loucura que deixávamos para trás.

Edward parecia um analgésico para mim.

Há alguns segundos estava quase soltando minhas tripas fora, mas agora só conseguia pensar nele, e no meu amor, por ele.

"UHUL!" Um Emmet e um Borat alucinados passaram de pára-quedas ao nosso lado.

Revirei meus olhos.

"Está a fim de um bom e velho chocolate?" Perguntou me colocando de volta ao chão e se dirigindo até a loja.

"Hm... Adoraria." Sorri.

Ele voltou com duas grandes barras e rimos que nem crianças enquanto rasgávamos o pacote e dávamos grandes mordidas.

Então, olhei para todos os lados a fim de conferir se nenhuma outra personagem perambulava por ali.

Ao constatar que não... Sorri, e me voltei para Edward. Paz, finalmente.

"Você pode agora, por favor, me falar o que queria me dizer?"

Ele continuou comendo o chocolate, me provocando com seus olhos verdes.

"Edward!" Bati nele com a barra, o que o fez rir na mesma hora.

"CADÊ A BELLA E O EDWARD?"

Ah Deus! Eu nunca me livraria deles?

"NINGUÉM VAI ME PRENDER! NINGUÉM PRENDER A MAIOR ORGANIZAÇÃO DO MUNDO!"

"Cala a boca, menino!"

"Vamos fazer um coro! Vamos evangelizar essas pessoas que estão indo para o caminho do inferno! COMO ZAQUEU... EU QUERO SUBIR..."

Então Edward, ignorando o resto, se inclinou na mesa e sua boca tocou no lóbulo de minha orelha, gerando os tão conhecidos calafrios.

Eu respirava com dificuldade, por que apesar de estar casada há um ano com ele, eu nunca estaria devidamente vacinada contra seu irrevogável charme.

E bem... Duvidava que houvesse algum dia alguma cura para isso.

"Descobri a minha verdadeira vocação, Bella" Falou em tom divertido.

"E qual seria?"

Ele então sorriu torto e murmurou: "Amar você."

7 comentários:

Bellaads disse...

ai qe show
e acho q sou a
1°comentar
fic show espero q nunk acabe
rsssssssss

Naty_14 disse...

q loucura esse capitulo. q lindo esse final, tao fofo. ateh naum sei qndo gnt. bjus

Mariana trindade disse...

Parabens Nat este cap foi muito louco o que quer disser muito bom + eu queria saber se é realmente o ultimo se for ja to com saudades
Sabe que sou sua fã e se não for pedir muito dava para ter 2ª temporada
Eu simplismente adoro essa fic e queria não melhor quro muito uma cont.
bjs de uma fã fiel.

Mariana trindade disse...

ae galera que curti o blog quem tiver orkut pode participar da comunidade
é so proucurar pela comunidade fiks de forks
Quem quiser contato eu tb estou la
bjs vamos fazer desta comu mais uma grande familia
beijinhos espero vcs

Laurinha disse...

Q show!!!!!!!!!!!!!
Foi lindo!!!!!!!!!!!!!
O capítulo mais louco, doido, tirado do pior que a loucura tem a oferecer...
+ foi incrível!!!!!!!!!!!!!!!
EDWARD & BELLA para sempre.............e sempre...

Deka disse...

Q lindo.!!!!!Deixaram o Tony pra trás.???Coitado.!!!!

Camilla disse...

Lindo!!!!

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