A Infiltrada 2 - Capítulo 10: Tornado & Vulcão

Londres. Inglaterra.


Um homem de baixa estatura, gordinho e feições que lembrava em pequena parte as pessoas de origem escandinava, deu uma forte tragada no charuto que segurava enquanto analisava um papel com extrema atenção.


Mal podendo conter a excitação, enterrou a ponta do charuto no cinzeiro e já foi olhando ao redor procurando pelo telefone. Encontrou-o na mesinha de cabeceira ao seu lado. Pegando-o, discou dois números.


“Recepção.”


“Por favor, me conecte com o quarto 501.” Disse em inglês, com forte sotaque sueco.


“Um momentinho.”


Enquanto esperava cantarolou Fur Elise até que depois de alguns toques, uma voz grave entrou na linha e após algumas frases trocadas, voltou a desligar.


Dentre alguns minutos houve uma leve batida. Levantou-se e abriu a porta do ostentoso hotel no centro de Londres, encontrando Rafael, do outro lado, alto e severo. “Bom dia parceiro.” Cumprimentou com estranha alegria.


Ele somente assentiu. Rafael, de origem italiana, era bem reservado, não falando muito nem com seu próprio parceiro de tantos anos. Aquela frase “falar menos, fazer mais” era bem a cara dele.


“Pela sua cara, imagino que tenha chegado a algo.”


“Exatamente.” Urs sorriu. “Dê uma olhada e me diga o que acha.”


O italiano pegou o papel que o outro lhe estendia e leu-o atentamente.


“Dois dos nossos homens morreram ontem.” O baixinho foi falando, sem agüentar esperar que o alto lesse tudo. A excitação em sua voz era tamanha.


“E feliz está por ter menos duas pessoas respirando o seu precioso oxigênio na Terra?”


O outro riu, em parceria. “Feliz porque eles eram os responsáveis por seguir o tal general da NSA. Sabe o que isso significa?”


“É, parceiro...” Rafael quase sorriu. “Acho que encontramos nossa procurada.”


O sueco sorriu-lhe enquanto ia até uma gaveta e já puxava seu passaporte de lá. “Está na hora de irmos para a América e colocar o trabalho profissional para rolar, meu caro. Vamos acabar logo com isso.”











EUA






Não era a primeira vez que Bella achava que estivesse sonhando e não, na verdade, vivendo sua própria vida. Cada vez mais fixava a idéia de que, quando não tivesse mais nada para fazer, trataria de escrever um script com sua história e mandaria direto para o Steven Spielberg.


“Acorda novato.” Aquela voz ríspida, grossa e máscula parecia vir de muito longe misturada ás explosões e gritos humanos e desumanos de seu sonho. Deveria pertencer ao pesadelo seguinte, já que não a associava a coisas boas.


Tentou afastá-la de lá, afinal, não a queria, mas voltou a repetir-se:


“Acorda novato. Porra!” O resmungo em tom baixo fez o seu efeito. Mas antes mesmo que pudesse ter realmente certeza de que não estivesse mais sonhando, foi acordada bruscamente quando uma mão fechou-se sob sua boca e um corpo içava-a para cima.


Assustada, teve um sobressalto e tentou gritar, mas qualquer som que sua garganta proferira fora abafado pela máscula mão que apertava sua boca. Agitou-se, mas um braço circundou sua cintura e puxou-a de encontro a um corpo duro como pedra, bem em suas costas.


Uma respiração calma e quente arrepiou sua nuca enquanto aquela boca se aproximava de seu ouvido e sussurrava: “Sou eu, porra. Fique quieta.”


Era o general. Sem nem pedir permissão, seu corpo relaxou reconhecendo ali um lugar seguro. Não sabia quando seu próprio organismo passara a reconhecê-lo de tal forma, e não simplesmente se eriçar como um gato que se depara com um cachorro pulguento. Mas a verdade era que agora era assim e infelizmente não poderia fazer nada para mudar aquilo.


Quando achou que estava sob controle, o generalíssimo retirou a mão que sustentava sua boca, permitindo que ela respirasse fundo, o que logo ele reprovou.


“Fique quieto. Eles estão por perto.”


“Eles?” Questionou, mas não precisou de resposta. Ao longe, há vários metros dali, distinguiu dois homens trajando o uniforme opaco da polícia de Washington e mais um terceiro caminhando pouco atrás.


Os dois estavam escondidos atrás de uma árvore secular, com tronco suficientemente grosso para escondê-los. “Oh merda...” Suspirou a criminosa ao mesmo tempo em que sentia que o general a apertava mais contra seu corpo. Estava sentada no colo dele e sua respiração bem em sua nuca, calma e serena, como se nada demais estivesse acontecendo. Também... Ele era treinado para ter calma e serenidade; era seu trabalho.


Ficaram assim por algum tempo até que ouviram vozes por perto, há poucos metros de onde se encontravam.


“Nenhum movimento estranho ontem depois das nove da noite?” Uma voz nasalada perguntava. O guarda noturno pareceu negar com a cabeça e logo os três homens começaram a se distanciar com a promessa de vistoriar mais um pouco por ali e depois partir para os arredores.


Quando passaram bem rente a árvore, Bella prendeu a respiração e fechou os olhos rezando para que não os vissem. Sentiu o general apertando-a ainda mais contra seu corpo e travou uma luta interna contra a pressão e a reação de seu organismo a aquele homem. Podia jurar que sentia cada porinho de seu porte físico bem avantajado e que também só o calor que emanava do corpo dele era suficiente para aquecê-la naquela manhã fria.


Depois de alguns segundos torturantes os indesejados foram se distanciando, com os policiais interrogando o pobre guarda, e sumiram de vista. Somente então que a criminosa se permitiu respirar fundo e sentir o coração voltar ao normal.


“Vamos embora logo.” O general murmurou fazendo com que se arrepiasse involuntariamente. Ele afrouxou o aperto em seu corpo e apoiando sua cintura, impulsionou-a para cima. Segurando-se no tronco da árvore, a criminosa tentou manter estabilidade e se situar e antes mesmo que desse duas piscadas, o homem já estava de pé e pronto para a luta. “A NSA também está no meio disso, e daqui a pouco os helicópteros estarão rondando os perímetros.”


“Como você sabe?”


Ele revirou os olhos. “Eu sou o dono daquela porra.”


O general e sua modéstia imensuráveis. Impressionante.


O corpo da criminosa estava todo dolorido, fruto da noite mal dormida e sufocada por imagens de explosões e gritos. Parecia que no momento em que pregara o olho nos braços do general no seguinte já acordara. Sentia-se exausta e acreditava ser capaz de vender a alma por uma boa noite de sono, sem contar os ferimentos do dia anterior.


Vida de foragida era uma merda mesmo. Um dos seus outros planos para quando aquela situação se assentasse, era procurar um programa de televisão bem popular, talvez a Oprah, e dar uma entrevista falando para as crianças não repetirem a vida dela em casa.


Mas sabia que até lá... Bem, até lá... Era melhor nem pensar.


Sentindo um olhar queimando-a, percebeu que o general encarava-a dos pés a cabeça e não pôde deixar de sentir um pouco desconfortável com aquilo. Nunca tivera pudores, se orgulhava disso, mas aquele homem tinha uma forma de olhar que... Era melhor deixar quieto.


Olhou para as próprias vestes e se deparou com o feio hábito todo sujo e maltratado. Oh, ótimo, sua auto-estima estava tão alta naquele pedaço de tecido. O que acontecera com os criminosos dos filmes que viviam no “bem bom”, só no champanhe e caviar? Cadê a porra do salto agulha e da arma na cinta liga? Cadê? CADÊ?


Deixando sua revolta de lado, Bella limpou a garganta e encarou-o: “E então, o que faremos?”


“O que você faz todos os dias, novato: Merda.”


“Nossa, que bom saber que seu humor está bem afiado hoje. Precisaremos de algo para cortar o caminho.”


Ele penetrou-a com um olhar severo, tentando, com certeza, intimidá-la... Mas bem, aquele olhar mal dele estava causando outros efeitos na criminosa recentemente.


Por fim suspirou, ignorando e começou: “Todos os anos por essa época costumo vir no cemitério, então minha saída daqui não trará suspeitas.”


“Espera...” Cortou-o. “É aqui que seus pais estão enterrados?”


Nem precisou de resposta. Tinha certeza que sim. E aquilo explicava muitas coisas, como por exemplo, ele saber exatamente para onde se encaminhar no dia anterior, como se já tivesse feito muito daquilo antes.


Observando bem ao redor, constatou que aquela região era diferente do resto do cemitério. Era mais... Cuidada. É. Aquele adjetivo era o que mais se adaptava. Mesmo estando no inverno, sabia que aquelas árvores se encheriam de flores de todos os tipos na primavera, fazendo daquele lugar um imenso jardim florido entre as sepulturas.


Era um lugar que, se fosse morta e pudesse escolher, gostaria de repousar eternamente.


“Isso não importa agora.” Cortou-a, sempre objetivo. “Você continua uma freira e esse disfarce vai te assegurar por mais algum tempo.”


“Do jeito que estou vão me tomar por uma freira mendiga.” Revirou os olhos. “Tenho que inventar uma história emocionante para me darem esmola enquanto eu estiver sentada nos degraus da igreja...”


Ele bufou daquele jeito “o que eu faço com você?” e pegou alguma coisa no chão. Quando Bella foi ver, era uma sacola contendo um hábito dentro.


Olhando aquilo aturdida, se perguntou por que o general andava com roupas religiosas consigo: seria um fetiche? Até que caiu a ficha.


“Você saiu daqui?”


“Claro. Queria que eu deixasse um Rolls Royce parado à noite inteira na frente da igreja?”


Bella engoliu em seco. A menos que fosse sonâmbula e tivesse ido com o general, ela havia ficado sozinha ali por um par de horas, no mínimo. Dormindo, desprotegida, com o risco de algum zumbi filho da puta comê-la no meio da noite sem que ela tivesse chance de descobrir que o Michael Jackson não fizera Thriller por acaso.


Aquela idéia pareceu chateá-la um pouco, mas se permitiu fingir indiferença. Ele estava ali, não estava? Ela estava bem, não estava? Que se dane, então!


Pegou a sacola em silêncio e foi para o outro lado da árvore se trocar. Retirou as vestes sujas e trocou pelas novas, indagando o que o general falara para as freiras do convento para poder pegar aquelas roupas.


Ele prosseguiu, explicando: “Quando terminar de se vestir, nós vamos nos separar. Há umas dez quadras daqui, saindo pelo portão leste, há uma igreja. Você só tem que ir para lá onde está tudo acertado para você sair da porra da cidade, o que é imprescindível. Era só para você sair daqui a uma semana, mas você não pode ficar mais em Washington, não é mais seguro.”


“Como se algum lugar fosse.” Sussurrou baixinho. E então, sem permissão, as palavras do padre Andrew voltaram-lhe a mente: “E outros virão buscá-la. Nenhum lugar é seguro para você.”


Então era isso não era? Sairia dali do cemitério e iria para outro lugar. E depois outro. Outro. E mais outro, sem nunca ter um fim. Viver para fugir e fugir para viver. Para sempre. E sempre... E sempre... E sempre...


Sentindo um cansaço tomar conta de seu corpo encostou-se no tronco da árvore fechando os olhos por alguns momentos. Sabia que o tempo era curto e que estava andando em corda bamba, mas não podia evitar desejar que fosse inteligente o suficiente para inventar a porra de uma máquina do tempo, para poder voltar no passado, talvez ainda no ventre de sua mãe, e por batuques em código Morse informar as conseqüências futuras de estar traindo a CIA.


Bom, há um bom tempo pensava a respeito da teoria do caos ou efeito borboleta, em que, pequenas decisões hoje, podem acatar grandes conseqüências no futuro. No caso, seus pais se venderam para os Volturi, e agora, no presente, a filha deles era foragida da NSA.


O que ela seria capaz de dar para conseguir, hoje, uma boa noite de sono? Ou pelo menos um dia de liberdade? Ou, em circunstâncias mais simples, uma garrafinha de Vodca pura?


Bem... Se ela se entregasse para a NSA, teria todo o tempo do mundo (pelo menos até a sentença) para dormir em sua cela... Poderia ter direito a um último pedido que fosse se embebedar até o julgamento... Bem, poderia, com certeza, ter algo melhor para dormir do que chão de cemitério!


Quando voltou a abrir os olhos, quase levou um susto ao se deparar com a figura do generalíssimo parado bem em sua frente. “Hey general!” Protestou. “Ainda não terminei!” Já tinha posto o hábito, mas ainda faltava fechar os botões nas costas.


Como costumeiro, ele pouco se importava com o estado de uma dama para revelar sua presença. Cavalheirismo não era um de seus fortes.


Com os olhos estreitados em fenda formando um olhar desafiador, ele já foi disparando, com um dedo apontando ameaçadoramente para o rosto dela. “Olha aqui, novato. Não ouse sequer pensar em desanimar nessa altura do campeonato.”


“Quem está desanimando aqui, general?” Inquiriu, olhando para ele como se fosse louco.


“Você.” Rosnou. “Vou te avisar só uma vez. Eu não te treinei para ser fraco e não perco meu tempo com gente fraca. Então trate de tirar essa porra de cara de sofrimento do rosto antes de prosseguirmos.”


“Desculpe, mas é a única que eu tenho.” Revirou os olhos.


Ele estreitou os seus, olhando-a ameaçadoramente. “Eu sei as merdas que você está pensando, mas você chegou até a porra desse lugar e agora vai continuar, está entendido?”


“Eu não falei que não iria.” Teimou, revirando os olhos novamente. “Agora dá para abotoar os botões para mim, já que você me interrompeu com todo esse papo animador?”


Antes que sequer recebesse respostas, virou-lhe as costas e afastou os cabelos para o lado, dando livre acesso para que deslizasse suas mãos entre os botões e fechasse-os. Quase suspirou de alívio a se ver livre da mira de seu olhar, embora o sentisse cravado em suas costas.



Depois de alguns segundos de hesitação, mãos quentes e másculas rumaram para o fim das costas lisas e definidas e Bella cerrou os olhos sentindo o calor que provinha do corpo dele, dos pequenos pêlos de suas mãos roçando com sua carne, fazendo-a arrepiar-se.


Quando terminou o trabalho, fechando o último botão perto de sua nuca, sentiu a respiração dele no pé de seu ouvido e logo, ele rosnava:


“Pensei que já havia aprendido a lição, novato. Ninguém me engana. Não tente se esconder atrás de uma porra de máscara irônica, porque eu consigo ver além dela. E você sabe que eu estou certo.”


“Bem, alguma vez na vida você vai estar errado, e eu acho que é agora.” Bufou, e então se voltou para ele. “Eu só estou pensando um pouco na vida, general, não quer dizer que eu...”


“Está pensando em desistir.” Revelou com toda a certeza em seu tom. Não sabia quando passara a entender tão bem aquela porra de mulher e conseguir ver algo escondido em seus olhos ou até na maneira em que falasse. Na igreja, quando trocaram um breve olhar com as mãos unidas, viu uma sombra nos olhos da criminosa que o deixara com uma pulga atrás da orelha.


“Mas é muita prepotência mesmo de sua parte...” Resmungou. “Agora consegue até ler meus pensamentos?”


“Está desanimando.” Disse, novamente.


“Não estou.”


“Está!”


“Não estou!”


“Está.”


“Caramba, general!” Bella resmungou, já ficando nervosa. “Que diferença isso faz afinal?”


“Muita, novato.” Disse pesadamente.


Bella revirou os olhos olhando para a imensidão de sepulturas. Qual a parte que o general não entendia que... Bem, ela era uma criminosa, se encontrava na berlinda e que além da NSA havia mais gente atrás dela, só querendo sua cabeça morta ou viva? Bem, era de desarmar qualquer um.


Mas isso não era motivo para estancar no meio de um cemitério, não mesmo. Era só desânimo rotineiro.


“Olha aqui, você não disse que logo os helicópteros vão varrer a área? Essa conversa não faz nenhum sentido, com você tentando dar uma de psicólogo. Por que, desculpa te informar general, mas como psicólogo você é um excelente cabeleireiro gay.”


Ele estreitou os olhos daquela maneira enfadonha. “Antes os helicópteros do que botar tudo a perder por causa de um criminoso que pare no meio do caminho.”


“Mas eu não falei nada!” Protestou. “Você está tirando isso da sua cabeça!”


“Pare de tentar me enganar, ou enganar a si mesmo, novato, porra!” Ele rosnou. “Aqui estão os fatos e você terá que se adaptar com todas essas situações, senão não sairemos daqui.”


Ela levou as mãos para o ar em frustração. “Ótimo, então irei sozinha. Afinal, eu sou bem capaz de fazer isso sem você.” Disse, teimosamente.


“Ótimo, vá. Dê lembranças á McCarthy por mim.”


Virou-se para ele, tempestuosa. Na verdade, era uma bela cena de se ver. Uma freira apontando um dedo de forma acusadora para um homem imponente de dois metros. “Qual é a porra de seu problema, hein? Se você quer que a NSA me pegue, fale logo! Porra, você é a NSA, então me pegue logo! Não é como se eu fosse parar no meio uma rua, agitar os braços e fazer sinal de fumaça para a NSA me encontrar. Você pouco se importa com o que eu estou pensando, você só se importa se vamos continuar ou não. E eu digo que iremos continuar, não é o bastante?”


Seria o bastante, mas não se ele não tivesse passado por situações semelhantes anteriormente. Sabia o que vinha depois do desânimo, do descontentamento, das dúvidas e indagações. Chegara aonde tudo aquilo desembocava, e saíra de lá de forma surpreendente. Só estava tentando evitar que seu novato caísse na própria armadilha e depois fosse pego. Odiava-se por se importar, mas não podia evitar aquela porra.


“Não é questão de me importar, é questão de botar tudo a perder.” Rugiu. “Se eu começo uma coisa, eu termino novato. E não é você que vai me gerar problemas dessa vez.”


“Ótimo.” Bufou, levando as mãos para o ar, novamente. “Então agora eu não tenho nem mais direitos de pensar em como será meu fim, só porque estou nessa porra de cemitério! Só porque não consigo ver um motivo para continuar fugindo, o que pelo visto farei até o último dia de minha vida... Só porque não sei quando tempo agüentarei essa vida de merda! Só porque tinha sonhos e eu só queria que eles se realizassem!” Exclamou, com efervescência. “É por isso que eu seria um problema? Por estar sendo humana? Desculpe general, mas não consigo ser uma máquina como você.”


Quando deu por si, estava falando o que estava entalado em seu peito há semanas que só se intensificara com toda aquela ação e a ida ao cemitério. Bem, aquele lugar era o melhor exemplo de mostrar que tudo tinha a porra de um fim, não importasse como fosse o começo. A única coisa que fizera fora agir como um ser humano normal e indagar se quando o braço da morte a abraçasse se estaria fugindo ainda. Teria uma família? Realizaria seus sonhos? E desejar... Desejar ardentemente que pudesse voltar no tempo e fazer a coisa certa, algo que nunca fizera.


Mas também não significava que desistiria... Mas também não significava que agüentaria para sempre.


“Não vê um motivo para continuar?” Rugiu ele, depois de ouvir sua explosão. “E o assassinato de seus pais, não significa nada para você?”


“Mas é lógico que significa!” Declarou, chocada por ter feito sequer a menção de ter suposto o contrário.


“Quando você levantou naquela sala de controle marítimo, você tinha um objetivo. Você não desistiu, por quê?”


“Por eles.” Sussurrou, depois de um tempo.


“Então, novato, pense neles quando perceber que essas porras começam a surgir ao seu redor. Você não pode desistir no meio do caminho.”


“O problema é esse! Realmente estamos no meio disso tudo?”


“E o que importa quanto tempo isso irá durar? O importante é que você faça a porra que deve ser feita!”


“E o que deve ser feito? Isso? Acho que não. Eu não quero passar o resto da minha vida fugindo... Meu único objetivo é achá-los! E o que fizemos até agora? Nada! Eu só estou indo de um lugar para outro! Fiquei um mês no orfanato e agora estou aqui, indo para não sei aonde. Cadê a parte em que colocamos tudo em pratos limpos e começamos a bolar o plano perfeito? Como chegarei lá?”


“Como nós chegaremos lá.” Corrigiu, com aspereza.


A pequena discussão que começara com o general talvez tentando animá-la em prosseguir mudara drasticamente para uma sessão de incertezas e lavação de roupa suja. Talvez aquela briga nunca tivesse acontecido se o general não tivesse cutucado e nem se os ânimos ali não estivessem dos melhores.


A questão era que a criminosa estava chegando a seu limite, e todo ser humano quando chega essa linha, perde a razão e todo o senso de perigo. Foi isso que fez com que ela olhasse para o general com ironia e perguntasse:


“Ótimo, então agora se trata de ‘nós’? Que estranho, pois pelo o que me lembre, quando uma vez ofereci contar tudo o que sabia sobre eles, você simplesmente se levantou, me olhou como se quisesse me matar e saiu, como se eu estivesse cometido um crime, ou sei lá o quê! Você diz que eu sou o problema, mas quem garante que não é você que vai fuder com tudo com esse seu jeito arrogante de ser? Por isso, sou eu quem pergunta general, qual é o SEU problema afinal?”


Como todos estivessem de muito bom humor e com sonos completos e o generalíssimo ser conhecido por sua extrema calma e paciência, o amor e compaixão que tratava todos seus colegas e afins, qual não foi à surpresa de nossa infiltrada, ao ver seus olhos pegarem fogo e ele agarrar seu braço, apertando-o com força.


“Não cometa o erro de esquecer com quem você está falando, Swan.” Rixou, com a voz baixa, porém que alcançava muito bem seus objetivos. “Não sou nenhum moleque que vai aceitar provocações de uma criminosa de merda.”


“Me larga...” Disse entre dentes. Bem, o general conseguia manter o controle em muitas situações, mas aquela mulher conseguia levar tudo ao limite e mais além. Ainda mais por tocar em um ponto que ele odiava que entrasse em pauta. Seus motivos.


“Você pode ter saído da porra da NSA, mas continuo sendo quem manda aqui. Você pode achar que sabe alguma coisa de merda por ter trabalhado para aqueles filhos da puta, mas estou no ramo bem antes que você...” Olhou-a com desprezo. “Meu trabalho é prender gentinha como você, pessoas de sua laia, criminosos de merda que acham que sabe tudo. Então não ouse me questionar.”


Com aquelas palavras o generalíssimo colocou fogo no pavio da dinamite e nem se deu ao trabalho de distanciar-se. Uma coisa que Bella não suportava era ser mandada... Uma coisa era aturar na NSA, outra totalmente diferente era ali fora. E também, não era do tipo de pessoa que levava desaforo pra casa.


“Aaaah!” Exclamou levando as mãos para o ar, fingindo falsa surpresa, mas a raiva estava evidente em sua voz. “Então é esse o motivo de todo esse papo ter começado afinal! Você quer controlar meus gestos, meus atos, até meus pensamentos! Então agora você é meu dono e eu o cachorrinho que segue o dono fielmente de olhos fechados, enquanto ele toma conta do meu futuro?”


“O que você estava esperando?” Questionou irônico. “Um parceiro de polícia que dividisse rosquinhas? Eu tenho um motivo para ser general, eu lidero, eu mando, e você obedece. Só isso.”


“Era exatamente o que eu estava esperando, se você quer saber.” Cuspiu. “Duas pessoas unidas por uma causa em comum! Não estamos em um treinamento, e você não é meu treinador que me diz o que fazer. Nem muito menos vou pagar de subordinado, quando há muito já saí dos portões da NSA! Eu não vou desistir, general, mas para continuarmos você terá que me aceitar como eu sou!”


“Não ouse me impor condições.” Ele disse entre dentes. “As coisas aqui são do meu jeito, novato. Tanto por que, você não tem escolha.”


Ela olhou-o longamente, absorvendo aquelas palavras, e então o questionou: “Você acha que eu não tenho mesmo?”


Ao mesmo tempo em que dizia aquilo, ouviram o som de um helicóptero distante dali. Aquele zumbido foi o suficiente para deixá-los em silêncio, somente encarando-se debaixo da grossa árvore. O motivo inicial por aquela conversa ter iniciado, afinal, era porque o general sentia que as estruturas da ALFA-I estavam minguando, mas agora, o rumo estava mudando totalmente. Quando nenhum som foi mais ouvido, o general decidido a acabar logo com aquilo, pegou-a pelo pulso e falou de forma ríspida: “Já chega de seu papo nobre, novato, mas eu já cheguei aonde eu queria. Agora vamos embora.”


Ela soltou-se dele, bruscamente: “Agora que a conversa está ficando boa?” Questionou irônica, até dizer: “Eu irei, mas antes você tem que me dizer para onde estou indo.”


“Você não precisa saber”. Retornou ríspido.


“É evidente que sim.” Protestou. “É do meu futuro que estamos falando! Você gostaria disso se estivesse no meu lugar?”


“Não importa.”


“Pois não importa para você!”


“Vamos embora.” Ele ralhou, encarando-a como se pudesse pegá-la nos braços e jogá-la longe para que batesse a cabeça em alguma sepultura por ali. “Sempre foi assim entre nós, e sempre será novato. Você sabe quem manda aqui.”


Sabia? Não. Ninguém mandava em ninguém ali. Quando escapara da NSA escolhera seguir o general (ele não mandara) e assim foi também a passagem pelo orfanato. Nunca mandara nela, ela que nessas ocasiões já havia aquiescido.


Ele poderia ser general, sim. Mas da NSA. Não dela.


Ainda se lembrando das palavras ásperas de poucos segundos, ela disse, evitando que a amargura e a dor que sentisse transparecessem em sua voz.


“Você não precisa mais andar com ‘pessoas de minha laia’, general. Para que, afinal, sujar sua farda impecável com a companhia de gentinha como eu? Não estamos indo para lugar nenhum, então vamos acabar logo com essa parceria de araque aqui mesmo e já enfiamos embaixo da porra de uma sepultura. Posso muito bem prosseguir sozinha.”


“Ótimo, então vá.” Disse irônico. “Tenho certeza que não conseguirá dar dois passos sem minha ajuda.”


Bella teria ido embora de bom grado depois dessa, salvando o orgulho e sentimentos de ambos de sofrerem danos mais profundos... Mas depois daquela frase irônica do general, bem, já dissera que não levava desaforo para casa.


“Você está tão em cima de seu pedestal, que não consegue ver que tenho um motivo para ser a ‘gentinha’ que você fala. Desprezas o próprio país falando assim, porque foram os EUA que me indicou com a ALFA-I! Se não posso dar dois passos sem sua ajuda, porque será que eles se dão ao trabalho de me colocar no topo da lista?”


“Não seja hipócrita.” Ele bufou ironicamente. “Você sabe que não teria chegado a lugar algum sem mim.”


“Talvez sim, talvez não. Mas mesmo assim...” Deixou a frase vaguear no ar, até completar. “Dois passos é melhor do que o nada que eu consegui com você.”


Quando ele foi abrir a boca para retrucar algo, ela cortou-o, continuando: “Na verdade, nada é só o que todos conseguem de você. Eu sou a escória que você fala, mas pelo menos eu saberia respeitar alguém que me amou e acreditou em mim minha vida inteira! Mas quer saber de outra coisa também? Você assim como não dá nada, também não receberá nada. E mesmo que hoje você ainda tenha o amor e a confiança de Mary, logo, logo você vai perder. Pergunte ao ataque cardíaco dela.”


Mesmo tendo prometido não contar a freirinha, não pôde evitar naquele momento. É. Talvez fosse melhor falar logo de uma vez.


Os olhos dele se arregalaram um pouco com aquela afirmação, mas logo parecia sereno novamente. “Você está mentindo.”


“Bem, se você é o rei de saber quando alguém está mentindo para você, porque não olha nos meus olhos agora e vê se não é verdade?”


Encararam-se por um longo tempo, os dois cheios de amargura e raiva um pelo outro. Bella por fim desviou o olhar com desprezo e foi se distanciando.


Mas não conseguiu muito, pois logo ele a pegou pelo braço novamente, juntando os dois corpos com firmeza. O contato com o calor daquele homem másculo, fez com que a criminosa agisse de uma maneira que não gostaria, mas mesmo assim, permaneceu firme e encarou-o, enquanto ele rosnava:


“Estamos sendo honestos um com o outro, então? Não pense que usando um hábito faz de você o melhor de nós. Pensa que engana quem com esse papo de chegar aos Volturi por vingança de seus pais? É tudo por você!”


“Por mim?” Repetiu atônita.


“Você quer chegar neles para se vingar do que fizeram com você! Por todas as porras de anos em que a usaram como a porra de um perfeito patinho, da forma como a enganaram quando fez de tudo para que gostassem de você. A menininha Swan, a desprezada e mal amada, a rejeitada por todos. Você pouco se importa se eles mataram seus pais, a única coisa que quer é se vingar por você!”


O choque que se apoderou de Bella depois de ouvir aquelas contestações foi tão intenso que ela ficou sem rumo por alguns minutos. Algo dentro de seu ser pareceu se quebrar, como se alguém extremamente malévolo tivesse pisoteado e deixado lá os cacos destroçados.


Após a surpresa, encontrou o olhar dele, e o seu tinha tanta fúria... De tal forma, que até o insensível generalíssimo conseguiu perceber que havia atravessado uma linha muito... Muito tênue.


E sem aviso algum, ela já havia envergado o braço para trás e disparado um soco em seu rosto.


Sua surpresa foi quando percebeu que acertara. O general encolheu-se com o impacto enquanto uma mão partia para o maxilar ferido. Incrédulo pelo o que havia acontecido, ele massageava a área machucada.


O general não poderia nunca, em um milhão de anos, ter dito aquelas palavras. Ele poderia achar que sabia de tudo, mas não sabia o que estava dentro da mente dela, não sabia de suas lembranças, nem de seus motivos. Ela amava seus pais, e não seria ele quem diria que pouco se importava com o fim que tiveram.


“Parabéns general, você conseguiu!” Bateu palmas de forma irônica, olhando-o com desprezo. “Finalmente conseguiu o que sempre quis há mais de um ano! Parabéns!”


Somente Deus e eles próprios sabiam quantas vezes já haviam brigado; tantas... Tantas vezes que era difícil contar e precisar. Alguns minutos antes poderia ter dado um fim naquele arsenal de ofensas e decidido continuar caminho com ele... Mas não poderia conviver ao lado de um homem que machucara o que ela acreditava... Botara seu caráter na berlinda, seu coração. E ela não aceitaria isso, não mesmo.


Não agüentando mais olhar a face daquele quem a magoara, virou-se para ir embora, mas foi surpreendida quando uma das mãos livres do homem pegou seu pulso com tanta força que a circulação dela corria o risco de cessar.


Seu olhar carregava tanto ódio, que a criminosa se perguntou se aquele fora o mesmo dirigido á Marcus, na Rússia.


“Você vai pagar caro por isso, Swan.”


“Eu já estou pagando, general. Há muito tempo.” Olhou-o por cima e seus cabelos, livres do véu, caiam como cascata por seus ombros. “E você não sabe nada sobre mim, sobre meus pais, sobre ninguém. Você me subestima, mas meu trabalho sempre foi enganar gentinha como você.” Retrucou na mesma moeda, com desprezo. “Não sei por que criei a ilusão que eu poderia me dar bem com você, que poderíamos trabalhar juntos. Talvez eu seja sonhadora mesmo, por ter me dado ao trabalho de ter acreditado em você.”


Seus olhos verdes estavam em um tom mais escuro que o normal e eles se olhavam com uma profundidade que era como se estivessem enxergando ambas as almas.


E então, falando entre dentes, disse: “Você não tem escolha. Precisa de mim.”


“Não...” Abanou a cabeça. “Não preciso de um dono, não preciso de uma hierarquia. Quer saber, para mim já chega! Eu tenho dignidade, e você conseguiu feri-la, e isso eu não aceito que ninguém faça. Se você se acha tão auto-suficiente, então vá achar os Volturi sozinho, que eu também farei. Não preciso de ninguém, general. Não preciso de você!”


Uma veia saltava latejava perigosamente em sua testa enquanto ele a encarava com os olhos estreitados, absorvendo suas palavras. O barulho do vento foi à trilha sonora por alguns segundos, até ele por fim soltar seu pulso e dizer, com a voz grossa:


“Então vá embora.”


Os olhares se encontraram naquela fúria ardente, e ela se viu desejando, com todo o coração, que o seu demonstrasse que não hesitaria nenhum segundo em partir; que não tinha medo de seguir sozinha, mesmo que, internamente, algo tivesse se agitado ante sequer a idéia de não vê-lo mais.


“Era o que eu devia ter feito há muito tempo.” Disse de forma resoluta e antes de se virar, olhou-o mais uma vez e então disse: “E meus parabéns por afastar mais alguém de sua vida! Parabéns mesmo, você conseguiu.” E então, sem nem um olhar a mais, girou nos calcanhares e foi embora.


E foi assim que os dois se separaram naquela sexta feira de Janeiro. Ambos com raiva um do outro, mas lá no fundo, estavam magoados pelas coisas que haviam sido ditas.


Enquanto a freirinha se distanciava, o general Cullen observava-a partir em sua alta estatura, com uma mão massageando o maxilar com fúria, com tanta amargura no coração que nem deu espaço para sentir a preocupação, que o assomaria mais tarde, por vê-la partir sozinha pelas ruas de Washington.




Se em algum momento passara pela mente dela desistir, agora não mais. Provaria a todos, inclusive ao general, que era capaz de sair dos EUA, ir atrás dos Volturi e vingar seus pais. Seus pais, não ela!


Naquele dia frio, com um vento chato insistindo em despentear os cabelos recém-penteados, os cidadãos da capital da maior potência mundial caminhavam pelas ruas se dirigindo ao trabalho ou levando suas crianças para a escola, sem perceber a criminosa que caminhava no meio deles.


Porém todos notavam a freira, e esse fato fazia com que ela não passasse tão despercebida como gostaria já que era obrigada a responder os cumprimentos polidos de alguns habitantes.


Com as mãos apertando fortemente o tecido do hábito e envolvendo sobre seu corpo em sinal de proteção, Bella caminhou por entre os transeuntes lançando pragas e maldições para sua vida e todos envolvidos nela.


Caminhava desorientada, sem saber o que fazer, mas não estava arrependida do que tinha feito. Está certo que o general era o responsável por ela se ver livre, mas ele também era um escroto e depois que dissera aquelas coisas sobre seus pais sabia que não poderia mais suportar ver a cara dele.


Sempre soubera que ele era de difícil convivência, mas também não poderia simplesmente aturar tudo de bom coração. Uma hora a coisa estourava, e fora o que acontecera há poucos minutos. Maldito seja ele também! Achava-se o dono de tudo e todos, e nem tinha o disparate de repartir com ela os planos responsáveis por seu futuro!


Ao passar por uma banca de jornal, uma das manchetes tratava do acidente na D-5. Parou só um momento olhando para a foto dos destroços do carro, quando uma mulher ao seu lado comentou:


“Irmã, eu vi o local, está horrível. Meu irmão acabou de me ligar dizendo que está impossível passar por lá e teve que fazer um contorno enorme para chegar ao trabalho.”


“Onde esse mundo vai parar, não?” Sussurrou e pôs-se a caminho.


Mas apesar da raiva que sentia por aquele homem, também se sentia chateada. Ele era o mais perto de “alguém” que ela jamais tivera... Ele era a única pessoa que podia contar, e agora não mais o tinha.


Mas por que ele tinha que dizer aquelas coisas, também? Por que tinha que ser sempre... Tão... Ele?


Passou por uma filial das Starbucks e controlou o desejo quase insaciável de entrar e pedir rosquinhas açucaradas como aquele cara sentado perto do toldo, mas tinha só um pouco de dinheiro e não poderia gastar com aquilo.


Se tinha uma coisa que concordava com o diabo em pessoa, era que precisava sair de Washington urgentemente. E como para salientar essa importância, um helicóptero passou ali perto e ela instintivamente se encolheu. Mas julgando ser suspeito, endireitou-se e continuou a caminhada.


Precisava de um modo de escapar e...


“Há umas dez quadras daqui, saindo pelo portão leste, há uma igreja. Você só tem que ir para lá onde está tudo acertado para você sair da cidade, o que é imprescindível.”


Precisava achar aquela igreja! Pouco importava se fora o general que arranjara e ela dissera que não precisava mais dele para nada... Não era hora de ter orgulho, precisava se mover pelos seus instintos básicos de sobrevivência e bom senso, e sair daquela cidade o mais rápido o possível.


Demorou um pouco para encontrar a igreja, mas por fim achou uma capelinha ali perto, bem diferente da catedral do padre Andrew. Olhou ao redor, procurando uma estrela cheia de luz que fosse indicando um caminho ou a porra de uma porta secreta que a levasse a outra dimensão, mas tudo o que achou foi à contínua parede da capela.


Sentou-se nas escadarias frontais e mergulhou a cabeça nas mãos.


Novamente, o número de ‘merdas’ que dizia mentalmente era quase impossível de contar tamanha a rapidez em que eles eram proferidos. Sua cabeça latejava e seu corpo continuava exausto por toda a ação da noite anterior não salientado pela noite mal dormida.


Uma coisa que ela não podia admitir era ser pega. Não, de jeito nenhum. Não suportaria a humilhação de voltar a encontrar o general com algemas prendendo suas mãos. Preferiria morrer.


Então, foi com aquelas pensamentos, que ouviu uma voz gritando:


“Ei! Irmã!”


Primeiramente pensou que não era com ela, mas quando os gritos se tornaram insistentes, ergueu a cabeça para chamar a atenção de quem quer que fosse para poder parar com aquele gritar dos infernos.


Então viu uma van parada bem em sua frente. O vidro estava aberto e por ela uma freira olhava para ela.


“Você é a irmã Catherine?”


Depois de alguns minutos bem lentos, Bella por fim respondeu: “Acho que sim.”


“Então entre!” Sorriu-lhe.


A criminosa levantou-se e então, a porta da van rolou, revelando várias noviças que a cumprimentaram com um “bom dia.”


A ALFA-I entrou e assim que a porta se fechou, o veículo entrou em movimento. A motorista então, falou: “Ainda bem que o padre ligou para nós enquanto ainda estávamos no convento, senão você perderia sua carona!”


Percebeu então que o padre em questão deveria ser o general. Quase sorriu ao imaginá-lo imitando um padre com toda sua voz de trovão, mas logo o sorriso foi embora quando a raiva que sentia assumiu seu corpo novamente.


“Nossa, que sorte.” Sorriu. “Ainda bem que Deus me concedeu essa graça.” Improvisou. E assim seguiu viagem.


E em nenhum momento pôde parar de pensar no general. Haviam vividos muitos momentos, bons e ruins, mas tudo o que ela podia pensar naquela hora era nos ruins, principalmente aqueles do cemitério. Mesmo que as palavras não tivessem sido duras o suficiente, o olhar o fora. Era como adagas, uma sentença de morte. Ela daria tudo para não ser olhada daquela forma outra vez. Não suportaria.


Estava tentando se convencer que o melhor era aquilo mesmo, quando começou a se desesperar. Para onde estava indo afinal, porra? E se na verdade não fossem freiras e sim um bando de seqüestradoras sádicas esperando para chegar ao deserto em Nevada e enterrá-la na areia?


“Então,” Umedeceu os lábios e virou para a noviça que roncava ao seu lado. “É, deixa para lá.”


“É Gioconda. Ela toma alguns remédios fortes e sempre está dormindo.” Uma noviça atrás dela sorriu de forma compassiva.


“Para onde estamos indo afinal?” A criminosa perguntou.


“Não sabe?” Arregalou os olhos, surpresa.


“É que... Bem,” Limpou a garganta. “Eu tenho alguns problemas de memória...”


A outra sorriu. Sério, estava vivendo tempo demais em meio a pessoas religiosas. Era melhor sair daquela vida antes que dissesse que encontrara Jesus.


“Estamos indo para o Maine.”


“MAINE?” Não pôde evitar o grito. As religiosas olharam-na assustadas, mas ela logo se recuperou. “Você só pode estar brincando.”


“Pois é.” Deu de ombros. “Sorte sua que você vai ficar em Rhode Island. Lugar bem mais bonito aquele.” Sorriu.


Bella ficou atônita.


“Eu vou... Para Rhode Island? Não estou indo com vocês?”


“Não... O padre pediu para nós uma carona para uma amiga necessitada, e nós damos. Em poucas horas você estará em Rhode Island e nós seguiremos viagem.”


‘Meu pai’, foi tudo o que a criminosa pensou. Estava indo para o estado onde ficava a fazenda Hammersmith, onde passara uma semana com a NSA... Onde dormira no mesmo quarto que o general Cullen... Onde o beijara pela primeira vez.


Então era para lá que queria que fosse. O que tinha lá? Era improvável que fosse ficar na fazenda, era bem possível que fosse ser pega por lá.


Pensando que o infeliz não havia lhe dito nada daquilo, irritou-a ainda mais. Bem, aquele era justamente o ponto. Fazia tudo sozinho, como se colocasse uma faixa na testa dela dizendo ‘demente’, como se não fosse capaz de ser a mente da relação. Mas não daria cola para ele colar nenhuma faixa em sua testa, e mesmo se já possuísse uma, se agitaria tanto que ele não conseguiria o desejado.


Aquele era um dos piores dos muitos defeitos do general... Sinceramente, ela não fazia a mínima idéia do por que o suportara por tanto tempo.


Fizera o certo no cemitério. Livrara-se dele, e pronto. Não era o que queria sempre? Agora sim poderia fazer o que bem entendesse... Mandaria em si mesma, sem ninguém para atrapalhar.


“Há algo em especial em Rhode Island?” A noviça perguntou, notando a forma como Bella ficara depois de saber para onde iria.


Fingiu-se indiferente: “Não. É um lugar como outro qualquer.” Deu de ombros, encerrando o assunto.




“Mas que merda, George!” Vociferou o general segurando o celular com extrema raiva, enquanto com a outra mão continuava a massagear o maxilar ferido. “Eu estou na porra do meu dia de folga!”


Poucas pessoas tinham o cacife de falar com o diretor da NSA daquela maneira. O generalíssimo Edward Cullen era uma delas.


“Eu sei Cullen...” Uma voz cansada do outro lado da linha falou, brandamente. “Mas precisamos de você aqui. Nossos nerds relataram o acidente que houve aí em Washington. Você estava por perto?”


Controlou-se para não jogar o celular longe. “De fato, eu cheguei a ver a cena.”


“Precisamos de você aqui imediatamente! Recebemos uma denúncia anônima dizendo que um foragido da polícia estava por aí e logo após há esse acidente. Há um boletim de ocorrência por roubo de uma moto... E se isso tiver algo a ver com a ALFA-I?”


Quase dando um soco na própria mandíbula, estava a ponto de responder o que ali tinha a ver com uma determinada ALFA I, mas controlou-se: “De fato, pode haver uma conexão. Eu estou investigando por aqui, e já encontrei alguns homens nossos também. Ainda não acharam o motorista da moto. Achamos que foi para o norte.”


“McCarthy estava por perto também quando ocorreu... Mas ele disse que só viu a explosão, e não viu ninguém na moto.”


“Mas a moto estava dirigida por alguém, afinal, ainda não existem motos que dirigem sozinhas, porra!” Vociferou.


“Calma, Cullen. Mas venha até a NSA, precisamos de você aqui, urgentemente. Sei que é seu dia de folga, mas também sei que não faltará com seu dever.”


O general estudou a rua por alguns segundos até responder, com a voz seca. “Eu irei.” E desligou.


Mas que merda! Além da bosta que estava aquele dia, precisava voltar para aquela porra de lugar dar ordens para as pessoas acharem à infeliz.


“Filha da puta!” Rosnou, sabendo que tudo aquilo – exatamente tudo – que passava nos últimos tempos era por causa dela. Sempre ela.


Não suportando mais aquela bosta, saiu de seu carro e foi em direção a alguns homens fardados de preto que se destacavam do resto da polícia de merda daquela cidade. Eram homens da NSA.


“Já mandaram helicópteros varrerem a área?” Vociferou para um.


“General.” Prostrou continência e depois informou. “Já sim, senhor! Há três na área.”


“Pois mande o dobro, incompetente! Essa porra de mulher já nos escapou demais, quero por minhas mãos nela ainda hoje.” Vociferou e virou-lhe as costas, observando então a cena que se estendia.


O fogo já havia parado há algum tempo, graça á ajuda dos bombeiros, mas mesmo assim ainda estavam se tomando algumas providências para que o carro queimado não oferecesse risco algum.


“Vejam o que podem encontrar de informações sobre os motoristas.” Disparou ordens a um subordinado que prostrou continência e já se pôs a trabalho.


Os corpos dos dois perseguidores ficaram carburados, mas ainda era possível identificá-los. Ajustando os óculos de sol e colocando as mãos nos quadris, o generalíssimo observou o trabalho de seus homens.


Para ser bem sincero, se não tivesse se lembrado algumas vezes, ele mesmo teria acreditado que não tinha nada a ver com aquilo. Ser competente é outra coisa.


“Viajarei para Maryland agora.” Disparou para seus homens. “Quero um relatório completo até ao meio dia na minha mesa.”


“Mas meio dia é daqui... Duas horas.”


“E? Alguma reclamação senhor Turner?”


O tal Turner engoliu em seco. “Não, senhor.”


“Ótimo.” Ajustou os óculos e voltou a seu carro. Acelerando em direção a estrada para Maryland, concluiu que era bom mesmo que voltasse para a sede. Precisava fazer seu papel de ótimo militar na NSA, para não levantar porra de suspeitas. McCarthy já estava tentando queimar seu filme em meio ao conselho, não poderia deixar que o filho da puta criasse centelhas na mente deles.


Depois de algumas poucas horas chegou à sede de NSA em Fort. G. Meade. Estacionou o Rolls Royce na vaga privativa e saiu com toda sua imponência.


“General.” O funcionário que ficava ali prostrou continência.


O rude somente jogou-lhe as chaves e falou para dar uma “geral” no carro. “Quero brilhando.”


Nos corredores da NSA, passou reto pelos novatos daquele ano. Se era possível, eram ainda mais incompetentes do que os do ano anterior.


Passou pela área inteligente da sede e seguiu direto para sua sala. Em cima de sua mesa, já estavam os relatórios do acidente em Washington. Nem se deu ao trabalho de mostrar aprovação pela rapidez com que os papéis chegaram, quase ao mesmo tempo em que ele. Afinal, para mandar tais coisas existiam meios ainda mais rápidos. Não fizeram nada mais que suas obrigações.


Analisando os papéis procurou alguma coisa que os incriminasse. E encontrou algo sutil, mas que, porém ele, se não soubesse de nada, poderia ter desconfiado.


Algumas testemunhas diziam ter visto duas pessoas na moto, sendo que uma delas estava com uma espécie de vestido preto. Uma descrição podre das roupas do motorista estava lá, mas mesmo assim o general mudara-as logo após o cemitério e dera um jeito de se livrar das anteriores.


Mas havia McCarthy... Aquele filho da puta!


Arrancou a parte que falava do segundo integrante da moto e queimou. Não faria falta.


Nesse momento uma batida à porta tirou-o de seus pensamentos. Com um irritante “Que é?” como acolhida, um subordinado avisou que George queria vê-lo em sua sala imediatamente.


Ele assentiu e recostou-se de melhor forma em sua poltrona de couro, enquanto a porta se fechava em um clique suave.


De repente, sem a porra de sua permissão, seus pensamentos foram para a pessoa que mais odiava no momento. Era certo que sempre estivera em conflitos com aquela criminosa, mas aquele dia fora o pico de todos. Ela não precisava dele? Agora, não era? Porque para sair da NSA, para fugir em cima de uma colheitadeira e para ficar um mês no bem e bom no orfanato, precisava. Mas agora não mais, não é?


Começava a odiar-se também, porque se sentia traído... Quase como que usado. O grande generalíssimo poderia ser útil, fazendo papel de idiota, arriscando sua própria reputação tirando-a dali, mas ela... Ela depois que tinha terminado o que queria com ele, poderia ir embora e deixá-lo, não era?


“Mas que merda.” Vociferou, batendo com o punho fechado na mesa.


Levantou-se e foi até a sala de George, resoluto a acabar com aquilo. Não permitiria que ninguém, - nem mesmo aquele projeto de criminoso – pisasse nele e o usasse daquela maneira. Ninguém mexia com ele, estava na hora de seu novato também aprender aquilo.


Entrando na sala do diretor da Agência de Segurança Nacional, encontrou-o sentado na frente da bandeira do país e da organização, analisando uns papéis.


“Cullen, finalmente!” Exclamou em alívio. George era o diretor, mas se sentia bem melhor com o generalíssimo por perto. Ele que dava às rédeas a organização. Fazia seu trabalho melhor do que ninguém. “O que diabos aconteceu com seu rosto?”


“Nada.” Resmungou.


“Enfim, descobriu alguma coisa importante nas investigações?”


“Sim, descobri.” Disse, mas logo se calou. E o diretor da NSA viu algo que antes ninguém havia visto em toda a convivência com o general. Ele hesitara.


Engolindo em seco, pensou no que estava prestes a fazer. Denunciá-la-ia? Falaria de seus passos e de seus possíveis passos? Assim, finalmente, tiraria o seu da reta e faria a coisa certa para seu país que prometera proteger acima de tudo no dia em que se formara.


Mas então... Não poderia fazer aquilo.


Significaria ser o hipócrita que ela falara, significara ser o sem coração, o frio, o impenetrável... O que era capaz de tudo para alcançar seus objetivos.


O que importava aquilo afinal? Nada... Mas do mesmo jeito, não poderia fazê-lo.


Por fim, voltou a olhar para George e respondeu: “Só descobri que o motorista foi para o Nordeste.”


George estudou o generalíssimo por alguns segundos por baixo dos óculos, até assentir: “É, melhor que nada. Vamos mandar as buscas.”


E assim, o general virou-se para ir embora. Odiando a si mesmo, ao mundo e, sobretudo, aquela maldita mulher.

56 comentários:

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

primeira aki tbm!!!!!
suahushauhsuausa liga não, so competitiva msm...
ler e dar nota dps!!!

MEU generaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal
tva com abstinência d vc, amor
sudads

Mary Alice L. disse...

Aqui e meu ponto final.
Aparti de agora e coraçao na mão e torcendo para a Natalia postar.
Ela demora muito.
Rai belissima foto.
E que lindo e o outro capitulo né. Muito emocionante.
E B. estou esperando voce me mandar o convite.

Mary Alice L. disse...

Que droga e essa não falei do Fic sera que eu bati a cabeça ou foi minha irma gemea. MAIS EU NÃO TENHO IRMÃ GEMEA.

Olha a Natalia a cada dia me supera e um dia na vida queria poder escrever bem assim como ela. Mais Rai que maldade sua voce fica pensando na sua abstinencia enquanto o General esta com a cara amasada? Pensa em abstinencia e pra mim e não para voce. Vá cuidar do teu homem que tentarei segurar o Emm ele não pode fazer mal a infiltrada. Mais que droga e essa que voce esta tomando que só faz pensar em voce mesma garota. Olha pro teu homem e veja o vermelhão no rosto - não tem como eu sei.
Mais ai sera que estou ficando louca. De uma hora pra outra começo a falar besteira.

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

Lice, pois eh, eu percebi tbm q vc fala besteira de repente... rs
Td bem, vou tentar pensar mais no general do q em mim (como se eu ja n fizesse isso o suficiente)... Segura o Emm nao, deixa ele bater na Bella pra ver se acerta bem na cabeca e ela percebe que ela ama o Dudu... hsusahusa td so loca, faze o q?!

Mary Alice L. disse...

E obrigada pela a sinceridade. Assim meu coração despedaça 'amiga'.
Mais se preocupe com o Emm não. Estou segurando ele por enquanto. Mais o cara e meio metro maior que eu não sei se vai ser por muito tempo. Então avisa o General ja que nós dois não estamos nos falando.

ketelly disse...

Adorei o cap, mas deu vontade de esmurrar esses dois cabeças duras....
Por pouco o Gege nao entrega o Novato....
doida pra ler o procimo.
ñ demore muito
bjs

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

Pq naum estão se falando? Eu estou sendo mto possessiva? Q boooom =D
Arranja tipo akelas correntes enormes q prende na parede, manja akeles cachorros de borracharia de filme q é uma raiva só? Eles ficam com uma corrente dessas... Tenta, vê se dá certo...rs

Laurinha disse...

A BELLA É DOIDA?!
Quero saber onde ela estava com a cabeça!
E o gege?! Será que ele vai mandar caçar ela?
Ai Ai!

Leticia Rathbone disse...

Nossa sem palavras o capitulo foi de arrancar o folego!!!
A gente quero saber como a Alice e o Jasper estão sera que o meu Jazz vai pra essa tão guerra? Espero que não sera que eles jaz superaram essa da amiga ser a infltrada? Acho que não isso é um tanto que tralmatico... =/

GabiClara disse...

:´(

Mary Alice L. disse...

Rai não consegui responder lá em cima então vai aqui.
Sim voce esta muito possessiva mais eu tenho que ajudar o General a proteger a infiltrada então se eu der mole como no começo pode acontecer de ela ser pega e o General se dar mal. Então estamos deixando para nós encontrar no proximo capitulo. Estou a quase uma mes sem o General. Agora serio ja tinha lido esse capitulos então só estava comentando. Obrigada pela a dica mais não usarei.

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

É, acho que ele espera. Ultimamente eu tenho causado muita distração nele 66'
no lugar q vc tva lendo a fic antes, está em qual cap? a proposito, qual é o nome do site?

Iara Melo disse...

quando vai sair o próximo??

Alice Volturi disse...

Amanhã! ;)

Mary Alice L. disse...

Gabi sempre sem fala e? E a segunda vez que voce fica assim bestificada.

Mais Rai estou lendo em uma ai sera que a Alice vai brigar se eu falar o nome? Se ela falar que esta tudo bem eu passo. Mais parei nesse aqui por isso que aqui e meu ponto de partida. Agora eu começo a acompanhar a infiltrada com voces. Estarei com voces e a mais de tres meses a Natalia nõa posta acho que aqui ficara como lá. Estou aqui hoje a noite para ver. Mais não pra ler pois minha mãe não quer deixar..... Tenho que morra com mamae?

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

sauhsahusuahusha Liga num, mamãe é td assim msm. Ah, se tá no mesmo cap q aki, deixa quieto, prefiro ler aqui.
Falndo em ler, eu axei akela fic q vc flo, a Poisonous and Diabolic. Vo te fala, menina, aquilo é uma p******a só! Mas é legal. Eu parei d ler qnd a Bella tah na clínica pra aborta. Eita biskt, viu!? Nossa... Tá, já parei.
Mudando d assunto mas não saindo do mesmo (hã?):
GENERAL, VOLTA PRA CAMA!!!!! suahsuhas

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

Utilizando-me do palavreado do General Dudu...:
A. VOLTURI, QUER POSTAR A P**** DO CAPÍTULO 11 LOGO?
kkkkkk'
Ai, Gege, sempre me subindo à kbça....

Viihs disse...

Pow, o G.C é foda! Adoro ele! Mas ele não devia ter falado aquilo pra a Bella, coitada.

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

Eu axei q ele foi mto rude...

Nikita disse...

gente vc perseberam q é ate bom dos 2 não estarem + juntos???
(eu sei ....parece meio louco tbm )
+ não e não!!!cara se eles comtinuase juntos e + facil os detetives pegarem eles!!!
já um tempo separados não...
ai os proximos capitulos prometem muito choro e , aquele tipo de pensamento(cade o gege em??? e pq ele não aparece para ajudar a belle?)
+ como a gente sempre se surpreendi com a naty ...então a unica coisa q sei e q não sei de nada!!!uahuahuahauha
a é ... e falando em naty...
quando ela vai postar o proximo,quando ela VAI POSTAR O PROXIMOOOOO!!!!
deussssssss
jessussssssssss
cara
!11!!!
a nati tá ta se fazendo muito de mázinha !! po!!ficar até o carnaval sem...ta di zuando da minha cara!!!
po ...]
só pode !!!ela ...cara ....to quase desistindo já...ahhhh qual é !!!
a naty tem q postar LOGO!!!
e sim o capitulo ta otimooo!!!

Helena Le95 disse...

Nossa essa briga deles foi feia!!!!!
Espero q eles se desculpem ou q o natalia faz acontecer algo mto legal.
Adoro essa fic!!!!!!!
Quando vao postar o proximo cap ???? To loca pra lê.

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

GENERAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL qro vc ♥

Alice Volturi disse...

A autora está terminando de escrevê-lo, e assim que terminar o postaremos aqui! ;)

Rainbow Butterfly Fanfics disse...

Naty, não credito q vc tá fazendo isso com a gnt!!!

Venny disse...

eu quero o prox cap
eu quero o prox cap
eu quero o proximo cap
eu quero o ja!!!

geovana disse...

caramba , quando vao postar mais ? aaaai que ansiedade , quem escreve é muito ma em fazer todo esse drama com nois asaushuahs ' gege (L)

SofiaLautner disse...

Não vale :/
Só pq essa é a Fick que eu mais gosto
Morrendo de Tédio aqui ¬¬'

Gizabellagonalves disse...

como eu leio os proximos capitulos da infiltrada 2

Alice Volturi disse...

Eles ainda não foram escritos! ;)

Thaah Steew disse...

Quando o proximo capitulo vai ser postado???????????

Alice Volturi disse...

Não há previsão! ;)

leticia dias disse...

Oii nossa tou amando a infiltrada, só falta ela postar logo o capítulo 11, eu tou louca pra ver oque vai acontecer com a bella.

Gizabellagonalves disse...

natalia,isso é maldade, porque demoraste tanto,ficamos nessa ansiedade toda, enquanto a coitada da bela esta lá ferida,sozinha, sem o amado edward,sem saber onde ir, e eu sempre vindo ver se ja postou.Adoro suas hitorias deveria escrever livros.

Anacarolinasrp disse...

ta demorando d++++++++++++++

ñ vejo a hora do proximo capitulo ser postado...
bjssssss

Deka disse...

Cadê o restante minha gente.???To super curiosa.!

Deise disse...

Ain gente,fala sério néah ? Cadê o resto? Quando demora demais a história começa a perder a graça,a perder o "encanto"..

Deise disse...

Ain gente,fala sério néah ? Cadê o resto? Quando demora demais a história começa a perder a graça,a perder o "encanto"..

Gabii disse...

Quando sai o prox cap?
Ñ aguento + esperar!

Ket Kezia disse...

Guando é q vai sair o próximo tá demorando d++++
Pliss!

Helena Le95 disse...

Quando sai o proximo capitulo???????
Quero ler logo!!!!

Daniela disse...

eu gostei muito da 2 temporada por favor mande mais capitulos

Ana Carolina disse...

anda logo ta demorando d++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
ñ vejo a hora de ler os proximos capituloS!!!!!!!!!!!!!!

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

AAAAAAAAAAAH EU QUERO O GENERAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Naty, num faz isso cmg, toh quase morrendo akie!!!!

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Naty escreveu na comu dela:
"Gente, estou escrevendo o final do capítulo (já mudei umas mil vezes), e posso dizer que está tenso.
Bem, talvez eu me arrependa de dizer isso, mas é o seguinte. Em uma das versões desse restante do capítulo havia uma espécie de "declaração"... Eu tirei. Escrevi outras versões, só que ontem voltei a colocar de novo... E bem, não sei AINDA se vai mesmo continuar, mas isso é para mostrar como está tenso, pq declaração nessa fic tem que ter muitos "porra" e é bem dificil de escrever, se vcs me entendem, rs
Talvez eu me arrependa de ter dito isso, pq vai que eu tire né??! Mas... Se continuar, é bom vcs daram uma escutada nessa música aqui.
Making Love Out of Nothing At All - Air Supply
É simplesmente a música mais perfeita de todos os teeeeeeeeeeeempos, décadas, milênios!! a letra dela é uma das mais bonitas e profundas que eu já vi na minha vida e é dela que eu estou tirando a declaração!!
Lembrando que, pode não haver esse momento NESSE capítulo, mas caso houver... fica a dica, rs..."

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Esse ela colocou em outro dia(parte 1):
"Bom, esclarecendo o que já esclareci... O capítulo é tenso pra ... enfim, é tenso. Estou tendo dificuldade para escrever SIM, assim como tive para escrever o primeiro beijo deles, a fuga da NSA e todas esses momentos 'chave da fic'... Pressão eu sinto o tempo todo, mesmo sem ninguém dizer nada. Quer pressão maior do que esse número pequenino por volta de 2000 que são os membros da comunidade? Além dos leitores nos blogs e sites que não participam daqui.
Todo mundo sabe que sou perfeccionista e quero sempre o melhor... Eu escrevo algo que EU gostaria de ler e que me faça feliz. Em DRR escrevi muitas coisas para cumprir prazos que me arrependi amargamente depois de ter escrito, e prometi a mim mesma que nunca faria novamente.
Eu sei que muitos vão parar de ler a fic, vão achar chato, e simplesmente vão seguir suas vidas... Mas eu vou continuar com AI e postar os capítulos no ritmo que der.
Eu nem venho sempre aqui dar satisfação, pq fico mal de dizer MAIS UMA VEZ que não terá posts e como a situação é tensa...

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Esse ela colocou em outro dia(parte 2):
Quanto ao andamento da história... Ela está prontinha em minha mente.. Sei o que vai acontecer no próximo capitulo, no outro, no outro, no último e o epílogo eu simplesmente mal posso esperar para escrever, MAAAS você pode saber o que tem que escrever, mas a forma como o trem anda é complicado.
Eu sei que nesse capítulo o general VAI se "declarar" (por favor, o conceito de AI de "declarar" não é o mesmo que está no dicionário!) para Bella, sei em que situação, mas é dificil escrever cada reação, cada palavra de modo que seja BOM e COERENTE com a história e as personagens.
O baguio é tenso e de vez em quando tenho vontade de chamar alguém para me ajudar com AI, rs
Bom, falei, falei, mas o resumo é: Estou trabalhando no capítulo em ritmo árduo.. Quero dar o melhor para vcs e respeitar essas 2000 pessoas que leem. Quanto a demora, é você que decide se vai continuar a ler ou não. Obrigada a todos que dizem que vai continuar, afinal é para vcs que escrevo!!
E aproveitem AI pq será minha última fanfic!!
Volto depois com mais notícias, rs
Beeeijão
NAT"

Mariana trindade disse...

olha Nat, sou leitora fiel das fic deste blog e respeito muito sua seriedade em não que colocar os cap. escritos de qualquer maneira e agradeço pela qualidade desta fic digna de virar livro.
E vc pode contar que eu irei esperar o tempo que for preciso pelo prox. cap
Mas sabe estou morrendo de curiosidade
bjs estou pacientemente aguardando...

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

NOSSA!
TO MUITO ATRASADA!
OS COMÉNTÁRIOS SÃO DE 2 SEMANAS!
ENFIM,MARA ESSE CAP,LOQUINHA PRO PRÓXIMO,E LOUCA PRA ME ATUALIZAR NO BLOG TAMBÉM,JÁ QUE TO SUPER ATRASADA.....BOM BEIJINHO! FUI!

Bellaads disse...

oh vou dizendo logo eu amo essa fic
e não é o tempo qe vai me fazer esquecer dela
e a prova diissooo é qe e vo esperaro tempo q for
RESCISO para ler a o cap.11
POOOOOOOOOOOORR FAVOR NÃO para de escrever
pq vc é mitoooooooOOOOOOOOO criativa
e troxe para nos leitoras OTIMOS momentos nessa fic
vc é FILHADOPAIMENTE incrivel e não deixe ning5em tirar isso de vc
ESPERO com prazer estou louca pra ler não posso negar mais vo esperar!!!!

Geise Kelly disse...

Adorei!!! Pessoal pra quem não encontrou, o capítulo 11 eu achei nesse site:
http://www.fanfiction.com.br/historia/54884/A_Infiltrada/capitulo/49
o nome do capítulo é ETERNA ESCOLHA e simplesmente é demais!!! Entrem e vejam, digam o que acham, mas é incrível esse capítulo!!!

Venny disse...

Por favor postem logo o cap 11!!!
Ja estou desde o principio deste ano a espera dele!!!!
Eu preciso do gege!!!!! PLEASE!!!!!!

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

Porra!!! So mt sortuda cara... Achei a metade do cap 11 na internet lalalala ainda num li, mas no recado diz q são 36 páginas do word só a metade, então eu posso imaginar o que nos aguarda...
aaaaaaaaaa indo ler *----------------------*

Rainbow Buttefly Fanfics disse...

se a Alice deixasse, eu até flava, mas num podi...

Laila Cullen disse...

Ameiiiiiii

Isi disse...

Huahuahuahuahuahuahuahuahua estou completamente viciada nessa fic, estou realmente amando *-* quando sai o livro?

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