E Se Alice Salvasse Emmett... - Capítulo 06: Mau Comportamento

Carlisle

Cheguei com John Willian à casa do bancário Stuart Faltez. Ele possuía várias propriedades na cidade, incluindo a casa no qual eu estava interessado em alugar...

A empregada que nos atendeu apenas nos mandou entrar e disse para esperarmos na sala. Ela anunciaria para Faltez que estávamos aqui.

- Doutor – era Willian, - tem certeza quanto a casa?

- Absoluta, não posso deixá-los no meio do nada...

- Está bem...

Faltez tinha muito dinheiro, e poucos amigos. Willian era um dos únicos amigos dele. Se bem que Willian era uma pessoa fácil de conviver. Ele era amigável a todos e não via maldade em quase nada, nem ao menos acreditava no quanto Flatez era inescrupuloso ao despejar as pessoas dos imóveis por atrasarem um único dia de pagamento...

Faltez veio até nós.

- E como está John? – sim, ele era amigo o bastante para chamá-lo pelo primeiro nome.

Eles deram as mãos.

- Estou bem, e você Stuart?

- Também estou bem. Mas o que lhe trás aqui?

- Bem, você deve conhecer o doutor Carlisle Cullen?

- Doutor? – ele me olhou com desdém – Não, nunca preciso de médicos... – Ainda bem pra mim, e sorte sua...

- Bem – Willian se sentiu envergonhado com a atitude do “amigo”, – o doutor Cullen quer alugar uma casa sua...

- Alugar?! – ele pareceu se interessar... – E de qual delas falamos?

Eu decidi tomar a frente.

- Da residência da Rua Helm.

- Helm? Ah sim... Eu sei qual é. Mas poderá pagar “doutor”? – ele me tratava com desdém ainda.

- Certamente que sim, posso até adiantar um ano se quiser – seus olhinhos brilharam.

Willian se assustou.

- Um ano? Acho que não precisa tanto doutor...

- Bem, mas se quiser eu não vejo problema – era o interesseiro... Eu já estava me estressando com isso.

- Bem, para falar a verdade não quero mais alugá-la, quero comprá-la. Diga-me o preço e estarei disposto a comprá-la.

- Bem, se é assim... Siga-me até o escritório. Pegarei a escritura para ver o quanto ela vale.

Flatez foi à frente. Willian me parou e sussurrou.

- Tem certeza que quer comprá-la? As casas aqui não são fáceis de vender...

- Tenho sim, não se preocupe.

- Não quer falar com sua esposa antes?

- Tenho certeza que ela apoiará – e então segui o tal bancário. Willian veio logo atrás, todo desolado.

Esme

Cheguei em casa. Eu precisava ver como estavam meus filhos...

- Edward? Rosalie?

Eu entrei chamando-os, Rosalie estava em cima das escadas de braços cruzados?

- Por que ele primeiro?

- Filha! Está tudo bem? – corri até ela para abraçá-la, mas ela desceu a escada sem me dar chance.

- Primeiro vamos impor limites...

- Do que você está falando Rosalie?

- Eu não quero ser chamada de filha, ok?

- Mas...

- É de ficarem tratando o Edward e eu como irmãos que ele não gosta de mim!

Ah, Edward... O que ele tinha feito dessa vez?

- Rosalie, querida, não diga isso, o seu... – ela me olhou brava, – Edward gosta de você... Mas não da maneira que você queria...

- É, eu sei... E vou reverter isso, ah se vou! E o primeiro passo é: nada de filha, ok?!

- Se quer assim... – aquilo não estava sendo fácil... – E posso saber onde Edward está? – não queria mais realmente falar com ele...

- Eu não sei... Deve ter saído!

- Sabe de seu... Digo, sabe do meu marido então?

- Carlisle? Ah, sei sim.

- Onde ele está?

- Foi atrás do dono dessa casa aí do lado... Outro ponto que devo esclarecer.

- Ok, diga – eu já estava ficando brava...

- Não quero ver esses dois que vão trazer para morar.

- Ok. Não vou obrigá-la, contanto que faça isso apenas pela bondade que eu sei existir em seu coração... - eu cortei minha frase no meio por perceber que ela não estava prestando atenção.

Ela assoprou sua franja para cima.

- Ah, tá...

- Bem, assim que Edward chegar, diga a ele que estou procurando por ele, entendeu? Pode fazer isso?

- Ah sim, claro... Você quer falar com ele...

- Rosalie?!

- Ok, eu direi.

- E se Carlisle vier...

- Ok, eu entendi, você quer falar com ele também...

- Isso. E quanto ao seu comportamento mocinha, vamos esclarecer isso nos meus termos depois!

Rosalie me olhou espantada, mas dessa vez não respondeu nada.

Carlisle

Comprei a casa de Faltez. Uma grande sorte eu ter guardado dinheiro já que não tínhamos no que gastar mesmo...

Agora eu precisava saber se Edward já estava em casa. Eu havia ficado preocupado por não tê-lo achado...

Bem, eu voltaria para a cabana depois para ver meu amor novamente.

Edward

Eu pensei em ver como Esme estava, mas fiquei preocupado que Carlisle não gostasse de me ver por lá.

Eu fui até a floresta, tinha que ter um descanso de Rosalie. O problema é que me bateu remorso... E eu estava voltando pra casa...

Esme

Deixei Rosalie perplexa na sala e subi para meu quarto. Eu precisava achar roupas para a pequena Alice, mas nada do que eu possuía parecia servir para ela...

Bem, eu teria que comprar roupas para ela de qualquer jeito. A coitadinha não merecia ficar com algo enorme no corpo!

Desci as escadas. Rosalie ainda estava na sala.

- Mocinha, mande Edward ficar aqui assim que chegar. Estarei de volta em breve.

Peguei minha bolsinha, minhas luvas e a sombrinha. Quando abri a porta, dei de cara com a coisa mais linda do mundo. Impossível continuar brava com alguém quando se tromba com o meu amor...

- Está saindo?

Sorri.

- Na verdade, estamos...

- Vocês?

- Não, nós – peguei no braço de Carlisle.

- E para onde vamos?

- Comprar roupas para Alice e o rapaz.

- Ah... Rosalie não vai?! - Rosalie pareceu se animar.

- Não, ela está de castigo! – Rosalie se emburrou.

- Castigo?

- Sim, eu te conto no caminho.

- Mas não podem me deixar aqui!

- Pensasse antes de agir daquela forma, filha...

Rosalie se emburrou de vez. Carlisle e eu seguimos porta a fora.

- Não acha que está sendo um pouco rígida, querida?

- Na verdade, me parte o coração tratá-la assim, mas ela não foi educada... Ela disse que não quer que a chamemos de filha e praticamente insinuou que é nossa culpa Edward não gostar dela... Pois continuarei a chamá-la de filha e a ele de filho...

- Ah... – Carlisle ficou pensativo, mas não disse nada.

Rosalie

Eu não acredito! Eu estou de castigo! Isso é... é...

Edward

À medida que eu chegava em casa, pude ouvir os pensamentos de Rosalie... Ela estava... estava de castigo? Como assim?

- Rosalie...

- Você! Escuta aqui mocinho, você me deixou em encrencas!

- Eu?!

- Exatamente!

- Mas...

- Mas nada, a culpa é sua! Estou de castigo!!!

- E vai ficar?

- Eu tenho opção?

- Tem...

- Ah é? Qual?!

- Não obedecer...

Rosalie parou e ficou me olhando.

- Mas...

- Mas o quê?

- A Esme quer falar com você... E Carlisle também...

- Qual deles te colocou de castigo?

- Esme – tive que segurar o riso.

- Você conseguiu deixar Esme brava a esse ponto?

- Não tem graça!

- Ah tem sim irmãzinha, você não imagina como sua cara está hilária...

- Eu não sou sua irmã!

- Rosalie – agora fiquei bravo, – se fosse Carlisle, aí sim você estaria de castigo e encrencada. Esme não tem coragem de fazer nada contra você. Duvido que ela tenha te falado algo agressivo, para ser sincero...

- Pois acredite. Ela disse!

- Você precisa controlar seu humor...

Rosalie cruzou os braços e se sentou brava no sofá. Fui até ela.

- Rosalie... – coloquei a mão em seu ombro.

- Não encoste em mim! – ela reagiu de forma violenta. – Desaparece de perto de mim! – ah como eu queria poder fazer isso...

- Rosalie, eu sei que está nervosa, desculpa...

- Não desculpo, sai de perto de mim!

Rosalie levantou brava e subiu correndo para seu quarto. Um dia eu ainda quero entendê-la...

Pensando bem, na verdade, eu acho que não quero, não... Estou bem assim!

Alice

Eu estava olhando pela janela. A floresta parecia tão tranquila daqui...

Logo sairíamos e eu não precisaria mais me esconder. Esme iria me ajudar a me tornar alguém melhor. Eu já podia ver que seríamos amigas...

Mas eu não via nada relacionado à filha dela... Aquela bela moça que o tal Edward iria conversar só pra dizer que não a amava...

Eu ainda podia ver Jasper. Ele agora estava apenas com outros dois vampiros, um casal... Eu não sabia dizer ao certo o que ele estava querendo fazer, mas não deveria ser algo bom. Carlisle havia dito para que eu nunca fosse procurá-lo, e eu honraria a minha palavra.

Voltei para perto do rapaz.

- Sabe, eu não sei onde você morava, mas faz tempo que não tenho uma casa e ainda mais na cidade! Acho que será divertido! Você?... Desculpe, às vezes esqueço que você não pode me responder... Ainda! - sai contente com a ideia de que daqui um dia, só mais um dia, eu poderia saber o nome de meu belo desconhecido.