“Ora, ora... se não é meu irmão apaixonado... o que foi aquela cena de jogar Felix contra a parede Marcus? E essa garota? Acha mesmo que ela é Didyme?? Mas não é meu irmão... acredite... talvez ela possa se tornar seu pior pesadelo.” – Claro que Aro falaria tudo isso. Ele sempre me incentivou a esquecer a irmã dele. Nunca aceitou o fato de que iríamos embora, queríamos viver a nossa existência em paz... sem regras e sem violência.
“Bem, vejo que a noticia já se espalhou não é meu irmão? Sim... eu vou ficar com a pequena Allie... voce tem Suplicia, Aro... Caius tem Athenodora... e eu meu irmão? Perdi minha companheira há muitos anos atrás e voce sabe como tenho vivido desde então... Portanto, poupe-me de discursos sem fundamentos, minha decisão esta tomada e não há nada que me fará mudar de idéia. Darei uma semana para que se acostume com a idéia. Tenho certeza de que conseguirei transforma-la.”- Dei por encerrada a discussão.
“Não, não acabamos aqui senhor Marcus. Voce nem ao menos saberá se ela quer ser sua companheira. Voce decidiu por ela. Será que isso será bom para voce? Quer mesmo esquecer Didyme? Minha irmã que o amou com tanta devoção?”- Aquilo fora um golpe baixo. Eu não estaria trocando Didyme, que sempre fora meu amor, mas sim me dando a oportunidade de ser feliz e amar novamente.
“Bem Aro, como já lhe disse não estou trocando Didyme... apenas me dando chance de ser feliz. Agora se me permitem vou ao meu quarto me arrumar, vestir algo apropriado. Preciso conversar com Allie. Até breve meus irmãos.”- Antes que alguém pudesse dizer algo a mais, eu me retirei da sala de trono e dirigi ao meu quarto. Retirei o manto negro, e olhei para meu terno preto que vestira por baixo dele. Ao me olhar no espelho, coloquei em meu rosto, um sorriso. Mas não era esse sorriso que eu queria. Pensei em Allie e então o sorriso verdadeiro brotou em meu rosto. Ao olhar-me novamente vi meus cabelos. Há anos não os cortava, apenas o mantinha limpo e cuidado.
Eu realmente estava com uma cara péssima. Lembrei-me de quando conheci Didyme, e de como eu era. Vestia um belo terno italiano branco e meus cabelos eram curtos. Lembro-me das palavras dela... Buongiorno Signore. Deve essere l'amico di mio fratello Aro. Piacere, io sono Didyme.
Era cruel lembrar-me dela, mas assim acredito que voltasse para meus bracos.
Sai pelos corredores e fui em direção ao quarto de Heidi. Ela concertes realizaria meu pedido. Bati levemente na porta. Senti seu cheiro, ela estava em seus aposentos.
“Heidi minha cara... como vai? Preciso de um imenso favor seu. Será que posso entrar? Não queria incomodá-la, mas será necessário ser agora.”- Ela fez referencia e com a mão indicou para que eu entrasse.
“Senhor, em que posso ser útil? Não me atrapalha em nada senhor, eu estava organizando o caminho da próxima caçada.”
“Gostaria que cortasse meus cabelos. Igual a quando voce se juntou a nossa guarda Heidi. Quero curto como antigamente. Será possível realizar esse meu desejo? “- Heidi espantou-se com meu pedido, mas tinha certeza de que ela, melhor do que ninguém nesse palácio saberia fazer o que eu queria e de forma correta”.
“Claro meu senhor. Por favor, sente-se naquela cadeira. Vou buscar o que preciso e num piscar de olhos retorno.”- Eu assenti. Em breve estaria com Allie e eu queria que visse o que estaria fazendo por ela. Uma semana inteira eu teria para aprender seus traços humanos antes de se juntar a mim definitivamente.
Heidi havia voltado com uma tesoura. Cobriu-me com uma toalha e começou a cortar meus cabelos.
“Tem certeza meu senhor? Uma vez que começar não terei como corrigir mais...”
“Certeza absoluta Heidi. Por favor, conclua o que pedi.”- Apenas comecei a olhar meus cabelos caindo ao redor da cadeira, sem olhar no espelho, não queria mais me recordar da imagem que acabara de ver no espelho. Os cabelos continuaram caindo, Heidi os cortava em velocidade humana, lentamente para não errar em nenhuma tesourada.
“Pronto meu senhor.”- Ela virou a cadeira para o espelho e então eu pude ver o resultado de seu trabalho. Havia ficado melhor do que eu imaginava.
“Perfeito Heidi. Obrigada minha querida.”- Ela sorriu para mim.
“As suas ordens mestre.”- Sai de seu quarto e fui ao meu. Rapidamente entrei no banho para retirar o restante de cabelo que ficara caído em meu rosto. Olhei para meus frascos de perfume que Heidi sempre deixava para mim, todos intactos. Heidi era a pessoa que cuidava de nossos objetos de uso pessoal, bem como roupas. Ela era detalhista nesta parte. E independente de termos um cheiro próprio, eu escolhi um dos perfumes, que pelo título, deveria ser francês.
Fui em direção ao enorme closet de meu quarto, ao uma das quatro portas que ali havia, percebi que tinham apenas terno preto e mantos. E mais duas portas com as mesmas vestimentas. Foi então que na ultima, encontrei o que desejava, roupas básicas e de cores claras. Finalmente alguém pensava em tudo nesse palácio.
Vesti uma camisa pólo azul clara, e uma calça jeans escura. O tom caia bem em contraste com minha pele gélida. Olhei-me no espelho e vi o Marcus de muitos anos atrás. Sai de meu quarto satisfeito com o resultado. Desci ate a recepção para pedir a Gianna que preparasse algo para Allie comer, foi quando ao me olhar, a coitada caiu da cadeira.
“Quem é voce? Demetri, me ajude!”- Ao cair da cadeira, ela gritou e Demetri imediatamente estava na recepção.
“Acalme-se Giana, sou eu Marcus. Marcus Volturi. Pode confirmar isso a ela Demetri?”- Demetri me olhou de boca aberta e fez referencia.
“Sim, Gianna é nosso mestre Marcus. Levante-se...”- Ela levantou e fez referencia também.
“Perdoe-me senhor... é que esta diferente!
“Tudo bem... será que poderia preparar uma bandeja de comida para levar para Allie? Ela deve estar faminta. Demetri, foi tudo bem no quarto dela??”- Questionei. Eu havia deixado-a por apenas uma hora, não seria possível que algo aconteceria a ela.
“Sim... houve alguns barulhos, o que eu considero ser um choro baixo, houve barulho de banho e então silencio, apenas a respiração dela. Não sei dizer ao senhor se dormiu, achei melhor não incomoda-la.”
“Fez muito bem meu caro.” – Assim que terminei de conversar com Demetri, Gianna já trazia uma bandeja cheia de comida humana. Mantinha-mos isso no castelo pois alem de Gianna, tínhamos outros empregados humanos.
“Senhor... aqui tem suco de laranja, torradas, geléia e frutas. Creio que para o momento, é o melhor para ela comer... qualquer problema me chame por favor.”- Ela passou a bandeja para mim e eu a agradeci.
Voei com a comida escada acima sem tirar nada do lugar e parei na frente de seu quarto. Bati lentamente e ali nao houve nenhuma reação. Abri a porta devagar... estava tudo escuro, exceto pela luz do abajur ao lado da cama acesa. Ela estava dormindo. Coloquei a bandeja próximo ao abajur e vi que sua respiração era difícil. Ela não estava respirando direito e seu rosto estava vermelho e ainda havia vestígio de lagrimas.
Passei a mão levemente pelos seus cabelos. Minha garganta gritava. Mas eu não seria capaz de fazê-lo agora, não enquanto eu não explicasse tudo a ela.
Devagar ela começou a se movimentar. Abriu os olhos e os esfregou. A me ver ela se jogou para longe de mim.
“Quem é voce? O que quer de mim?” – Eu ri da reação dela. A mesma que Gianna teve.
“Acalme-se Allie. Sou eu Marcus. Apenas mudei o corte de cabelo e as roupas. Não vou te machucar, lembre-se disso. Vejo que vestiu as roupas que Heidi a trouxe. Bela camisola, se me permite, te favorece.”- Ela suspirou aliviada quando me viu.
“Esta diferente meu senhor Marcus. Perdoe-me.”- Ela abaixou a cabeça, como se fosse um membro da guarda, proibido de dirigir a palavra a mim.
“Por favor, me chame de Marcus.”
“Eu tenho instruções dadas por Aro, através de Demetri, que tenho que respeitar-te como um rei, bem como os demais, senão serei punida e isso não quero. Senhor Marcus, tem uma coisa que devo lhe contar...” – Não acredito que Aro já havia exercido seu poder sobre minha Allie. Mas o que será que ela queria me contar?
“Vamos minha cara... diga o que tem vontade de contar-me?” – Ela aproximou-se de mim e calmamente pegou a minha mão.
“Vê como minha respiração e fraca e meus batimentos também?” – Colocou minha mão sobre seu peito. – “Eu tenho sopro no coração e câncer no pulmão direito, não tenho muito tempo de vida. Os médicos haviam me dado duas semanas apenas, foi quando encontrei Heidi que me prometeu cura em um hospital da Itália, por isso vim parar aqui... O que eu queria dizer e que eu realmente posso morrer amanha, então nada do que vier acontecer comigo terá problema, a única solução para mim seria mesmo a morte... eu me conformo com meu destino, Senhor” – O que? Ela era doente?? Como assim, tão bela e doente?
“Allie, eu sinto muito... queria uma semana para poder conhecer-te melhor... saber de tudo, mas pelo visto teremos que mudar os planos... Terei que falar com meus irmãos.” – peguei seu rosto em minhas mãos. Ela começou a chorar.
“A única coisa que não quero e morrer sozinha. Por favor, não saia de perto de mim... por incrível que pareça sinto que te conheço há tempos... e como se voce pertencesse a minha vida, meu senhor.” – Eu jamais sairia do lado dela.
“Jamais sairei do seu lado, ao menos que voce queira.” – Olhei fundo em seus olhos... Uma lagrima escorreu pelos seus olhos verdes.
“Obrigada Marcus...” – Ela deu um leve sorriso em meio ao choro. Foi quando, que como se fosse um ima, eu levantei seu rosto com apenas uma mão e fiz com que olhasse dentro de meus olhos vermelhos e então o inesperavel aconteceu. Os nossos lábios se tocaram suavemente e eu senti os laços de nossa relação se unificando para assim permanecerem eternamente.
“Voce não sabe o quanto esperei por isso... meu amor.” – Sussurrei em seus lábios, enquanto ela me fitava com seus olhos cheios de emoção.
“Esperei por voce durante toda a minha vida senhor... cumpra meu destino, por favor. Apenas prometa-me que cumprira meu destino.”
“Cumprirei meu amor e de meu lado jamais sairá” – Seu pobre coração cansado começou a bater mais forte que podia, enquanto eu lentamente voltava a colar meus lábios no dela.
10 comentários:
Quee lindoo!
Tadinha da Allie,está doente!E esse Aro em? Não dá uma folga!rsrsrs
Acho tão bonito o jeito que o Marcus fala com a Allie! hehehe ! é lindo!
Estou adorando a fic!Éstá muito legal!
parabéns Karem!
Achei lindo!
Pena que a fic é daquelas que o tempo passa rápido, é melhor e mais gostoso de ler quando o tempo passa um pouco mais lento.
Ótima fic Karem! bjinhus.
otima. quem diria um dos volturis usando roupa casual. meu sonho é ver o aro assim. ri muito do susto deles. parabens! esta otima
A Gianna caiu da cadeira?? kkkk
Coitada '
Amandoo a short-fic Karem.
Gratulations!!
own que lindo! queria saber como Marcus ficou, com certeza ficou um gato! pobrezinha da Gianna caiu da cadeira. espero que Marcus transforme logo a Allie mesmo que não fale com os "irmãos" dele.
ushausuhashs A Giana caiu da cadeira e eu tbm!!!! saushuahs
Cara, seria muito estranho se tipo, a gente encontrasse com ele assim na rua (dãã, nunca iria acontecer, mas...). Imagina????? Eu ia ficar mó Ô.Ô
ushausha fik ótima, parabéns, frôr!!!
Owwn , quee lindo *-*
Tô torcendo pro Marcus e a Didyme.
Já era de se admirar que só tivesse manto no closet
dos Volturi né?
~> Perfect! Perfect! Perfect!
OBS: Sempre amei as suas fics, principalmente
as dos Volturi.
Só uma dúvida: Como o cabelo do Marcus cresceu se ele é um vampiro?
Quer dizer, quando se é vampiro o corpo não muda mais. Mas essa sempre foi uma dúvida minha, será que o cabelo cresce? Porque eu acho que a Alice teria cabelo comprido se ela pudesse, na minha opinião. Só que muita gente acredita que mesmo depois da morte o cabelo e as unhas continuão crescendo. Será que é verdade? Eu acho que não. - Dúvida cruel.
Mas em fim, fora essa pequena dúvida, a fic é boa, parabéns. =)
QUE LINDO!!!!!!!!!!!!!
ESPERO QUE ELA SOBREVIVA ATÉ A TRANSFORMAÇÃO E QUE ELES SEJAM FELIZES PARA SEMPRE, POIS EU GOSTO DO MARCUS E ELE MERECE UM FINAL FELIZ.
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