Damon Visita... - Capítulo 26: Uma Visita Para Jéssica Stanley

Me recompus na hora!

Aquela princesa cumprimentou o policial Charlie Swan com um sorriso e entrou pela porta da lanchonete.

Ela era linda, seus cabelos castanhos caiam em belos e hipnóticos cachos por suas costas delicadas. Ela seguiu até o balcão e pediu um café com leite, delicado e doce como ela aparentava ser.

A balconista marcou o pedido e se virou para fazê-lo, Jéssica virou as costas para o balcão e correu os olhos pelas pessoas na lanchonete. Quase que como mágica ela parou em mim.

Ah como é chato ser irresistível!

Ok não é chato não!

Ela se desencostou do balcão e andou em minha direção.

Eu nem reparei que sorria para ela, mas ela reparou...

Alguns passos a mais e ela parou em minha frente com seu olhar curioso e seus lábios mais que perfeitos prontos para me dizer algo... E eu estava doido para ouvir o que eles teriam a me falar logo mais.

- Eu creio que te conheço... – na verdade não era bem o que eu esperava, mas servia.

Eu fiz uma cara de perdido e tomei um pouco de meu refrigerante, tentado fazer de conta que não me importava com sua presença ali... Ok, eu era confiante, eu não podia demonstrar que estava em desespero profundo, não?!

Mas espera como assim ela se lembra de mim??

Ooops...eu a fiz esquecer-se da última vez, será que eu havia falhado???

Eu dei de ombros, era tudo que eu podia fazer...

- Eu acho que não, eu nunca me esqueceria de uma princesa como você - ela sorriu e se sentou na minha frente, que menina fácil!

- Mas é verdade, eu juro que já lhe vi em algum lugar.

Eu a encarei, eu deveria fazê-la esquecer? Hum... melhor não. Eu decidi entrar no jogo e dei um sorriso.

- Sério? Onde?

Ela ficou totalmente desarmada a me ver sorrir.

- É...é...eu não me lembro. – ela praticamente debruçou na mesa para me admirar.

Uma garçonete se aproximou para trazer o que ela havia pedido.

- Jéssica aqui seu pedido.

- Ah! – ela pareceu acordar do transe. – Obrigada, eu...eu lhe devo quanto mesmo?

- Dois e trinta...

- Não a deve nada Jéssica, pode colocar na minha conta, por favor? – eu encarei a garçonete que fez que sim com a cabeça e saiu.

- Eu não gosto dela! Tão prepotente! – Jessica disse olhando para seu copo.

- Não deixe que ela dê rugas ao seu rosto tão belo.

Ela sorriu para mim e em um segundo, é claro, ela nem lembrava mais do que estava reclamando.

- É mesmo, eu não...eu não me importo com o que quer que seja...

- Jéssica, - eu decidi tomar os rumos da conversa – você tem namorado por acaso?

- Namorado?! Oh Deus não! – eu percebi quando ela puxou sua mão para debaixo na mesa e como escondeu seu anel de compromisso. Mas que safadinha!

Eu a olhei nos olhos e perguntei mais uma vez com a minha hipnose:

- Como chama seu namorado?

- Mike... – ela respondeu.

- Ele não é um Cullen ou Denali não, né?

- Não... – ela respondeu sem emoção e eu a tirei do transe.

- Então, - ela pareceu perdida – eu sei que te conheço, mas não lembro seu nome – ela sorria confusa.

- Sou Damon Salvatore.

- Ah... – ela pareceu procurar em sua mente por alguém com esse nome, ela estava incrivelmente confusa, o que a deixava adorável. – Você é de fora?

- Como sabe?

- Eu não me lembro de nenhum Salvatore... – ah sim, agora me lembrei que Alice falou que ela era uma das fofoqueiras da cidade... Que estúpido da minha parte.

Eu peguei na mão de Jéssica e ela ficou sem fôlego.

- O que acha de darmos uma volta por ai?

Ela apenas fez que sim com a cabeça.

Antes de sair eu passei no caixa e paguei a garçonete que olhava de forma condenatória para uma Jéssica agarrada ao meu braço. Eu acho que logo logo a fofoqueira viraria fofoca, mas e daí?

Ela era bonita, ela me deu bola, eu não ligo muito para o que os outros pensam...bem, é o que dizem, né?!

Saímos da lanchonete.

Eu, como o bom cavalheiro que aprendi ser há uns bons cem anos atrás, abri a porta para ela entrar em minha linda Ferrari negra.

- Você tem um carro muito bonito - ela me disse quando entrei.

- Não tão lindo quanto seus olhos – ok, eu já tinha ganho ela mesmo!

* * *

Jéssica me disse onde morava e que sua mãe não estava em casa, ela também disse que seu pai havia dado um belo pontapé na bunda da mãe, ainda quando ela estava no colegial, mas ninguém sabia disso ainda.
Ela me soou uma menina sem amigos, sabe?

Ela me soou uma menina, até me agarrar e me jogar contra o sofá.

Ela estava me beijando loucamente em segundos, mas seria um pouco constrangedor se a sorridente mamãe das fotos entrasse pela porta, eu tive que pará-la.

- Hei? E se sua mãe chegar? Não prefere o seu quarto não?

Ela pareceu pensar e olhou para a foto em cima da mesinha de centro.

- É, é melhor mesmo!

Jéssica me puxou escada a cima. Sabe que eu não pensava que ela fosse de tomar tanta iniciativa assim? Parecia até meio bobinha quando a vi com as amigas outro dia.

Ela foi rápida, em poucos minutos subimos até o quarto dela. Alias, só pra constar, ela tropeçou em três degraus da escada! Como alguém consegue tamanha façanha?!

Sabe, eu podia dizer que o quarto dela tinha isso e as coisas, mas nem reparei muito não. Eu estava mais preocupado em saber qual era a cor da calcinha dela do que em reparar na mobília. Se é que me entendem, sabe?

Ela parecia até mais entusiasmada que eu. Mal entramos no quarto e ela já pulou no meu pescoço e começou a tirar minha roupa.

Sabe, eu achei imensamente que dessa vez a coisa toda ia dar certo!

Eu estava convencido disso!

Eu comecei a tirar a roupa dela também e foi nesse momento que ouvimos um carro apertando o alarme...droga!

Ela levantou da cama correndo.

- Meu Deus é minha mãe!!!

- Jéssica, filha você está ai? – ouvimos a voz de uma senhora lá debaixo – Filha?

Droga, ela começou a subir!

Jéssica pegou minha roupa e jogou sobre mim.

- Você tem que ir e agora! – ela sussurrou!

- Jéssica o Mike está me ajudando com as compras, não seja mal educada!

- O Mike?! – ela sussurrou em pânico e decidiu responder – Mãe eu já vou, estou me trocando!

- Ah, ok! – aquilo a fez parar.

Eu ainda a ouviaela conversar com alguém no cômodo de baixo.

- Você tem que ir agora Damon! Se o Mike nos pega estamos perdidos!

- Quem é Mike?! – resolvi bancar o sacana e deitei na cama dela.

- É meu namorado, droga...

- Hum...você mentiu pra mim, é?

- É eu menti! E agora você tem que ir! – ela puxou meu braço e completou desesperada
– Por favor!!!

Eu levantei da cama e me troquei.

Ela correu para o banheiro, provavelmente para retocar a maquiagem, foi minha deixa para sair pela janela.

Aquela situação já havia ficado humilhante demais...

Pulei da janela no mesmo segundo em que meus braços viravam asas negras. Eu deixaria meu carro ali por hora, eu estava chateado.

Voei sem destino, pensando o como minha vida estava uma bagunça.

Não importava o rumo, não importava o tempo, não me importava nada!

O vendo batia em minhas penas e me fazia relaxar, eu permaneceria assim por alguns segundos ainda...

Quando é mesmo que tudo passou a dar errado na minha vida?