Damon Visita... - Capítulo 28: Uma Visita Para Leah Clearwater

Desisti de perguntar para a Ângela. Algo em meu ego dizia para não seria bom fazê-lo.

Sai do imponente prédio com uma ideia em mente: fugir do mundo!

Como isso não me era possível, apenas fugir da humanidade já me parecia de bom tamanho.

Fui até meu carro e sentei, fechei a porta e puxei um mapa no porta luvas. Ok, eu tinha GPS, mas ele era tão sem sentimentos, ele achava que eu devia virar ou seguir sem me importar com o que eu sentia! Ele me lembrava alguém, alguém frio, alguém... Ok, lembrei, ele me lembrava a mim mesmo....

Eu procurava pela afetividade do nada. Eu decidi procurar a paz e a tranquilidade de um lugar afastado de pessoas: a floresta.

Segui pela pista por uma estrada, passei pela entrada da casa dos Cullens e segui reto, queria estar longe o suficiente para não os ver.

Andei sem rumo, percebi quando o ar começou a mudar, eu estava perto de uma praia, com certeza. Dava pra sentir, mesmo que dentro do carro, uma suave briza do mar.

Estacionei na estrada, com proximidade da orla, desci e pouco tempo depois eu estava pisando na areia. A praia não era quente e aconchegante, na verdade, era fria e desabitada, a não ser que os trocos das árvores sejam moradores...

Andei para próximo da água, peguei algumas pedrinhas e comecei a jogá-las, uma por vez de forma até que preguiçosa.

Não havia ninguém nas proximidades, mas não demorou a sentir a presença de um animal.

Era um lobo. Hmm... Eu deveria me preocupar? Ah, acho que não, não me lembro de qualquer história em que lobos comam corvinhos inocentes.

Bem, isso não contando o Tyler e a seus amiguinhos sacos de pulga. Mas eles não sabiam que eu era um “corvinho inocente”.

O animal, então, saiu do emaranhado de árvores e galhos verdes pegajosos e veio em minha direção. Devia estar curioso, afinal, não havia ninguém por perto, apenas... Eu!

Olhei bem para ele, e então percebi que seus olhos eram incomuns. Eu deveria me preocupar agora?

- Oi totó... – ele resmungou e então se virou para ir embora. – Ok, vai embora, como todos fazem comigo. Vai logo, é melhor para você! – Agora foi a minha vez de resmungar.

Contudo, o lobo ficou me ouvindo e depois, quando eu terminei, ele entrou na floresta.

Segundos depois, eu levei um baita susto.

- Moço?

- Oi.

- Você está bem?

- Sim. Por que não estaria? – só porque ninguém me ama?

- Bem, você falou coisas bem... Bem tristes...

- Disse? Bem, eu disse apenas... – Ué, espera aí... Ela ouviu? – Hei, não tinha ninguém aqui comigo... – Será que ela estava perto? Provavelmente sim, pois chegou rápido.

- Sim, tinha alguém...

- Não, não tinha... Tinha só um...

- Lobo?

- Sim, como você sabe? Você o viu?

- Digamos que eu apenas sei. – Ela sorriu meio que tristemente. Algo me diz que ela é uma boa companheira de bar.

- Como sabe? Ele é seu bichinho de estimação? – zoei com ela.

- Não, sou eu!

- Você? Ah, conta outra vai...

- Sim, sou uma loba, na verdade.

- Aham... E eu sou a Chapeuzinho Vermelho!

- E meu irmão também é um lobo, assim como nossos amigos, moradores da região com o DNA de metamorfos no sangue.

- Ah... – Coisa de louco. Aliás, louca... Em Forks tem hospício, por acaso? Se não houver é um bom ramo para se investir!

- Você não acredita em mim, não é?!

- Hmmm... Deixa eu recapitular: você é uma loba, que tem um irmão lobo e amigos lobos.

- Sim.

- Aham...

- Ainda não acredita, né?!

- Você quer a resposta falada, escrita ou desenhada?

- Ah, melhor nenhuma delas, acho que já sei.

- Que bom, o cérebro lobinho funcionando!

- Ok... Bem, conhece a região?

- Sim. Ou, pelo menos, parte dela. – A parte das mulheres lindas e impegáveis Cullens...

- Conhece a reserva Quileute?

- Reserva de quem?

- Quileute. É nossa, dos lobos. – Ah, sim, aquela história de lobo de novo.

- Não, mas... Gostaria de me levar, ser minha... agente de turismo?

- Sim!

Começamos a ir em direção ao carro, aí lembrei de todos os agentes de turismo que eu já vi na minha frente.

- Só uma coisa: qual será o pagamento pelo serviço?

- Ah... Você escolhe!

Ah... Será que é agora que eu me dou bem? Deus, meu Pai, continua olhando por esse corvinho inocente e excluído... Cara, você é foda!!! I Love you forever...

- Então, eu quero um beijo.

- Ok.

- Mas um bem longo.

- Ah...

- E cheio de paixão.

- É...

- Algum problema? Lobos não beijam? Só lambem? Sabe, não ligo de você fazer em mim em certas circunstâncias...

- Ah...

- Não fique encabulada. Vamos logo para esse passeio.

Abri a porta do carro para ela entrar, e então ela se sentou. Na mesma hora, ela ficou perplexa pelo interior de meu carro. É claro que minha Ferrari é digna de um vampiro encantador como eu.

- Por onde começamos? – disse assim que me acomodei no banco.

- Quer dar uma volta pela pista que passa perto da praia? Lá dá para ver todo o oceano e até as mais altas rochas do penhasco.

- Ah, ok...

Liguei o carro e fomos andando. Chegamos lá e vi a tal rocha do penhasco. Nada de impressionante, apesar dela ficar falando que a rocha é isso, a rocha é aquilo, que pular da rocha é demais... Coisa louca de lobo!

Estacionei o carro, me virei para ela e comecei a brincar com seus cabelos. Sabe, ela fede, eu não tinha percebido isso até então. O cheiro dela me lembrava daquele outro ser encarniçado da casa dos Cullens.

- Sabe o que eu não sei de você? O seu nome.

- Ah, me desculpe. É Leah. Leah Clearwater.

- Clearwater? – E ainda fede com esse sobrenome? Meu Deus, 2012 está demorando para chegar e acabar com todo o planeta! – Bem, o meu Damon Salvatore.

- Damon?

- Sim, já ouviu meu nome antes?

- Ah, acho que sim. Algo relacionado àquela loira psicopata dos Cullens!

Loira psicopata? Ah, sim, a mesma coisa que aquele saco podre disse quando cheguei lá na casa dos Cullens. Mas, nossa, por que todos a odeiam tanto? Só porque ela é linda e esnobista? Ela até que pode fazer isso, sabe...

- Ah, sim... Então aquele fedorento... Quer dizer, aquele rapaz é seu irmão?

- Não, aquele é o Jacob, meu irmão se chama Seth.

- Ah. – Meu Deus, mundo, acabe logo! – Mas, então, aproveitando a nossa vista, você não quer fazer algo mais legal?

- Tipo o quê?

Liguei o ar ventilado do carro, o fedor estava começando a me incomodar.

- Tipo, o meu pagamento.

- Ah, bem...

- Relaxa, querida.

Fui para perto dela. Meu Deus, o fedor era insuportável. Dei um beijinho na bochecha, foi o máximo que consegui sem que eu pudesse vomitar nela – o que eu fiz assim que me virei, saí do carro e fiquei de joelhos no chão.

- Ah, você está bem? – ela disse saindo do carro.

- Sim, eu só estou... Ah... – O que eu ia falar para ela? “Não, estou muito mal, porque você fede mais do que gado morto há seis dias?” – Estou bem... Foi só um enjoo de andar nessas pistas todas curveadas.

- Ah, coitado. Nossa família tem uma casa. Na verdade, é do Sam, nosso líder, lá tem a Emily, ela pode cuidar de você!

- Ah é? E ela por acaso é lobo também?

- Não, ela não...

- Ótimo! Vamos para lá agora! – me levantei o mais rápido possível, o que me permitia parecer humano ainda, e entrei no carro. Ela entrou e se sentou do meu lado. – Onde fica mesmo a casa dela?

- Deles, dela e do Sam.

- Tá, tá... Onde fica mesmo?

- No meio da floresta, mas para isso pegamos uma estrada pequena de terra em meio à estrada 101.

- Ok, é a que estamos, certo?

- Sim, mas ainda tem chão pela frente.

- Ok, o tanque está cheio mesmo...

3 comentários:

Gabii disse...

''Ihh Damon, vc ñ vai conseguir nada com a Emily, e se tentar o Sam faz pikadinho de Damon, se cuida!!!''
rsrs

tete disse...

Ai, que legal!!!!!To doida pelo proximo capítulo!Quero só ver a cara da Leah quando descobrir que o Damon é um vampiro!!!!!!

leah disse...

espero que a leah goste do damon

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