Damon Visita... - Capítulo 33: Uma Visita Para Maria García

Voei de volta para a floresta. Eu estava de saco cheio daquele lugar. Estava quase criando coragem para voltar a minha casa em Mystic Falls quando vi algo que me chamou a atenção.

Desci para um galho e comecei a observa aquela bela figura.

Ela era uma vampira, mas não como qualquer outra. Ela tinha feições diferentes das habituais, seus cabelos negros contrastavam com sua pele clara. Ela tinha olhos vermelhos, tanto quantos seus lábios. Aliás, que lábios!

Seu cheiro, já de longe, era muito bom, o que me garantia que ela não era uma loba fedida e sim uma bela vampirinha.

Linda... Linda não, ela era uma gata!

Cara, eu ia chegar junto, claro que ia. Afinal, me chamo Damon Salvatore e elas não resistem ao meu charme!

Ela parecia triste, olhava perdida para o nada. Aquilo me partiu o coração. Ok, não foi para tanto, ela parecia mais pensativa, na verdade. Mesmo assim, adoro mulheres frágeis!

Se bem que, gosto mais de uma mulher que seja bem decidida, que chegue junto. Mas, para variar de vez em quando, serve uma frágil e desimpedida. E essa me parecia como mais uma de minhas vítimas – no bom sentido. Bem, não tão bom assim...

Voltei a ser eu mesmo, em carne e osso, sentado no galho onde eu estava pousado. Meu peso fez um leve barulho, o que a fez olhar para cima.

- Quem é você?

- Damon Salvatore – pulei do galho, cheguei perto, peguei sua mão, fiz uma leve reverência e beijei sua delicada mão.

Ela me olhou por inteiro, deveria estar gostando do que via, pois seus olhos brilhavam. Também não deve estar acostumada com isso, até mesmo porque ela não me parecia ser uma menina muito fácil. Até mesmo porque a última que me foi fácil, tempo depois, seu marido apareceu.

Sim, eu gosto de desafios... Apesar de que, às vezes, eles não compensam – como o crime.

- Dom interessante o seu... – ela disse

- Hein?

- Seu poder, achei ele bem interessante.

- Ah, eu sei que sou irresistível... – ela me cortou.

- Eu quis dizer isso que você pode fazer, a manipulação de mente e...

- Mas, como você sabe disso?! Eu nem usei em você!

Ela sorriu, como que se tivesse sido pega fazendo coisa errada.

Balancei a cabeça, como que para me situar.

- Você é quem mesmo?

- Ah, sim, sou Maria... – ela pareceu pensar por um segundo. – Maria Garcia!

- Hmm, Maria, gosto desse nome, tem um toque bíblico e ao mesmo tempo é sexy e... – ela estava me encarando, eu falei demais, já percebi. Melhor mudar de assunto. – O que faz aqui Maria?

- Estou a passeio, sim, a passeio! É isso! E você?

Minta Damon!

- Também! – tentei mentir de forma convincente. - Gosta daqui?

- Oh, sim, sim, claro! Tem coisas bem interessantes aqui por perto.

- Sim, tem sim – pensei nas Cullen, – e como tem, hein?

Os olhos dela brilhavam enquanto ela olhava para o nada. No que ela estava pensando?

Ela suspirou.

- É, aqui é quase um paraíso! – Como eu queria saber no que ela estava pensando!

- Bem, é... Como você chegou aqui?

- Ué?! Da forma mais convencional: andando!

- Ah, certo... Andando, mas o que a trouxe aqui? – eu sorri. – Não queira bancar a espertinha e falar que foram seus pés!

- Tenho um assuntinho a tratar com alguém.

- Hmm... Com quem?

- Um certo soldadinho da Guerra Civil. – Ah cara, isso de novo?

Fiquei emburrado, ela notou e pareceu perdida.

- O que foi?

- Nada.

- Se não fosse nada, você não ficaria assim!

- E como você sabe?

- É, eu não sei... Mas – ela andou em volta de mim, – me conte! – e sussurrou. – Por favor...

Ah cara, fazendo assim, com tanto jeito, é claro que eu contava.

- Também sou soldado e ninguém me procura!

- Sério?!

- Sim...

- Da Guerra Civil?

- Foi...

- Ai que lindo! E foi só da Guerra Civil ou houve mais alguma guerrinha?

- Não, foi só essa mesma, até porque eu já tinha sofrido demais. Sabe como é guerra, né?

- Hmm... – ela pareceu desconfiada.

- Ok, eu fugi! E daí? Fui marcado num livro besta como desertor, mas eu não ligo! Até parece que eu deixaria a fortuna da família para o inútil do meu irmão!

- Ah, você fugiu?

- É, eu fugi, e daí? Algum problema?

- Não, muito pelo contrário. Eu sei como as guerras podem ser torturantes!

- E como você sabe? Por acaso serviu como enfermeira?

Já estava pensando nela toda sexy de enfermeira! Com um vestidinho branco, um decotão enoooooorme, cinta liga branca e aquele chapeuzinho estranho com uma cruz vermelhinha pra dar um charme. E dava até pra ver a lingerie vermelha por baixo. Hmm, sexy!

- Não, na verdade... – Ah cara, minha imagem sumiu, sumiu. Que pena! – Eu era do alto escalão.

Ah cara, melhor ainda! Imagine essa deusa de fardinha grudadinha, a lingerie podia ser pretinha pra combinar, mulher gosta dessas coisas! Aposto que ela ia usar um sapato bem sexy e o pelotão todo ia babar. O inimigo ia trocar de lado na hora! Eu trocava! Nem pensava! Já estava lá! Oo!

- Onde você serviu?

- Em Monterrey.

- Mas a Guerra Civil chegou lá no México? Era México lá, né?

- Na verdade, ainda é México lá. – Ops, falei ao invés de pensar.

- Mas então, o que teve lá?

- Bom... Longa historia... – ela disse pensativa. Sabe, ela devia ficar linda de fardinha pensativa. Como eu queria ter sido seu soldado. – Mas, então, saudades daquele tempo?

- Sim, de certa forma.

- Jura?

- Juro... – ela ficou mais tristinha.

- Ah, mas não fica triste não. Até porque eu sou um soldado, lembra?! E olha só, sou um gato, tenho cabelos negros como o seu, olhos azuis, pele macia, sei cozinhar, escolher vinhos, embora eu prefira whisky... Sou simpático, companheiro, posso até dizer “eu te amo” em pouco tempo. Minha cama é macia, meu quarto é grande, fica numa mansão e tenho uma linda Ferrari negra.

Ela ficou boquiaberta. Eu já esperava por isso!

- Ah, e o melhor de tudo, estou solteiro. – Ela continuou me encarando de boca aberta. Não podia acreditar em tudo aquilo. Era sorte demais para apenas uma pessoa. – E aí, quer conhecer minha cama?

- Deixa eu pensar... – Será que exagerei?

Ela me agarrou no segundo seguinte e começou a me beijar!

Sim! Sim, até que enfim!

- Espera! – eu a afastei um pouquinho de mim – Só me responde duas coisas antes.

- Sim! O que você quiser?

- Você num gosta do Stefan não, né?

- Quem é Stefan?

- Isso aí! – Ela ia me beijar de novo. – Opa, mais uma coisa.

- O quê?! – Ela parecia zangada.

- Você não é casada não, né?

- Eu, não... – ela pareceu estranhar a pergunta. – Por que?

- Nada minha deusa!

* * *

É claro que a levei para Mystic Falls!

Infelizmente, demos de cara com o malinha do meu irmão.

- Damon, você...

- Não enche! – era Maria que fechou a porta na cara dele. – Aquele era seu irmão?

Ah cara, eu amo essa mulher!

- Por acaso, era sim, mas... Esquece ele! Porque, agora, eu tenho mais uma coisinha para perguntar a você.

- Ah, mais perguntas? – ela pareceu chateada.

- É a última. – Ela bufou. Ok, minha vez. Respeitei fundo e mentalizei o meu textinho. – Eu gostei muito de você, e como você bem notou, nós temos muito em comum. Então eu estive pensando, já que você está solteira e eu também, que tal você me dar as honras se casando comigo? Mas, assim, só por isso, por acaso, sabe?!

Ela parou e ficou me encarando. Devia estar se relembrando de todas as minhas características que eu havia lhe dito antes. Como ela não respondia, percebi que tinha me precipitado e completei pausadamente:

- Eu compro um anel pra você... Mas, por favor, me responda algo!

- Não ligo para um anel, é que foi tão fofo, tão...

- Isso é um sim?

Ela sorriu para mim.

- Claro que sim!!

E assim, eu coloquei Elena e Stefan para correr e... Ok, está na hora de vocês aí pararem de bisbilhotar a vida alheia. Que feio!

* * *

Narrador

Alguns dias depois, eis que o correio deixa uma carta na casa dos Cullen. Jasper pega o papel na caixinha, abre, lê e começa a dar pulos de alegria.

- Que isso? Pirou? Virou sua mulher? – era Emmett intrigado com a cena.

- Não cara, é que minha ex vai casar!

- E tudo isso é alegria?

- Sim, ela vai casar com o corvo!

- Como é? – Carlisle surge da sala ao lado.

- Sim!

Edward também surge todo feliz.

- Estava na hora!

- Eu compro uma casa para eles, se quiserem! – era Carlisle animado.

- Isso pede uma comemoração! – Emmett grita sorridente.

- Cara, e que sejam muito e muito felizes! E que a Maria nunca mais me encha as paciências!

FIM.