E Se Alice Salvasse Emmett... Daria Na Mesma! - Capítulo 04: Um Mais Um É Igual A Um

Alice

Todos me encarando perplexos, até mesmo Emmett. O que será que eles estão pensando? Será que eles me aceitam? Aliás, será que Emmett aceitará a minha partida? Ele foi a primeira pessoa que eu me familiarizei desde o começo, e pela parte dele, o mesmo aconteceu. Éramos amigos, mas nós iríamos nos separar eventualmente, não?!

Ninguém respondia nada, apenas me encaravam. Isso era bom ou ruim? Eu não via nada também, eles não tomavam nenhuma decisão.

Por fim, resolvi tomar a frente.


- E então, o que vocês acham?!

Charlotte olhou para Peter e depois olhou profundamente para mim.

- Se isto a fará feliz, Peter e eu estamos de acordo.

Ah... Que bom!

- Jura?

- Sim, adoramos você, querida. E ter você conosco nos fará muito feliz. Aliás, fará certa pessoa em especial bem mais feliz!

Nós duas rimos com aquilo, eu sabia que ela se referia a Jasper. Aliás, Peter e Charlotte me apoiaram, mas Jasper se manteve quietinho. Por que será?!

- E quanto a você, Jasper?! – Charlotte tirou as palavras de minha boca.

Ele ficou olhando sério para Charlotte, talvez analisando as possibilidades de vivermos juntos em plena felicidade. Será que ele aceitaria?

- Jasper? – era Peter, que agora se levantava e ia ao meu lado direito, pois Charlotte estava a meu lado esquerdo.

Jasper se levantou e veio até mim. Deus, eu adoro quando os seus fios dourados balançam enquanto ele anda. Dá certo charme!

- Senhorita Alice – ele pegou minha mão, – seria inacreditável se pudéssemos passar algum tempo juntos! – Ele deu um beijinho em minha mão, ai... Eu me sentia nas nuvens quando ele fazia isso, eu ficava toda arrepiada.

- Muito obrigada por aceitar, Jasper!

- Eu é que agradeço por você me aceitar da maneira que eu sou. Sei que não sou das melhores pessoas, mas também sei que ainda há coisas boas dentro de mim para compartilhar com você!

- E se, mesmo assim, não tiver nada, eu serei a sua lua guia... Eu tenho felicidade para dar e vender, e gostaria de dividir com você. Eu gostaria de passar muito tempo com você!

- Me agrada muito saber disso, senhorita Alice.

- Não, por favor, apenas Alice!

- Ok, Alice.

Ai, eu adoro quando ele fala meu nome. Soa tão bem!

- Bem, então eu acho que está tudo bem! – era Peter.

- Na verdade, não, tem algo mais que eu gostaria de acertar.

Ao falar isso, Emmett, que estava encarando o quadro que escondia o buraco na parede, se virou instantaneamente para mim.

- Emmett. Eu tive a aprovação de Charlotte, Peter e Jasper para partir com eles, eu gostaria de saber se você aprova.

- Você sabe minha resposta. – Ah, eu sabia que eu acabaria machucando um dos dois, seja Emmett ou Jasper. Mas, não posso fazer nada, não é mesmo? Ou tenho algo a fazer?

- Bem...

- Eu só espero que você não se esqueça de mim e de tudo o que passamos juntos.

- Não, nunca, Emmett. Eu me lembro perfeitamente da primeira vez que eu o vi, ainda deitado no chão, todo ensanguentado e aquele urso ainda em pé, pronto para atacar. Nunca vou me esquecer de você, nunca vou me esquecer da sua bondade e inocência. Nunca!

Fui até ele e abri os braços, ele ficou me encarando, relutando contra o abraço. Mas ele não resistiu, me deu um super abraço me tirando do chão.

- Se precisar de alguma coisa, baixinha, é só me procurar... Acho que vou ficar por aqui mesmo.

- Obrigada por tudo, Emmett, muito obrigada mesmo! – Ele me colocou no chão. – Mas eu tenho outros planos para você.

- Jura? E o que é?!

- Bem...

Uma semana depois...

Charlotte

Alice e eu nos tornamos melhores amigas. Ela é muito divertida e engraçada, e isso a torna uma pessoa muito fácil de socializar.

E o melhor de tudo era ver que Jasper havia se transformado totalmente, agora, ele era a pessoa mais carinhosa e atenciosa possível. Ele era outra pessoa. Alice, realmente, havia feito a melhor escolha, a de ter ficado com o Jasper.

Está tudo indo muito bem, e agora a única coisa que pensamos é em passear, viajar. Alice nos deu roupas novas – fomos a uma loja de noite para pegar emprestado, algum dia devolveremos – e agora estamos indo para Nova York. Nossa, nem acredito que iremos ver a famosa Estátua da Liberdade, já ouvi falar tanto dela!



Jasper

A vida é como percorrer o mundo inteiro a fim de chegar ao fim do arco íris. Você passa por inúmeras estradas cheias de duas vias, cheias de desvios e atalhos. Quem faz a escolha certa, chega antes no pote de ouro.

Eu, por exemplo, percorri os caminhos mais escuros possíveis, passei por trilhas que apenas voltavam ou iam para os lados, eu nunca seguia para frente.

Contudo, sempre há de vir a sorte. E eu tinha a minha chance.

Agora, com a minha pequena fada, Alice, não me imagino mais sozinho. Ela me completa, me faz sentir inteiro. Essa é a minha vida, esse é o meu destino, ficar com Alice para sempre.



Emmett

Não me importo mais com Alice, ela escolheu seguir um rumo diferente do meu, e eu a compreendo, por mais estranho que seja. Mas ela, como a boa pessoa que é, me deu uma ótima ideia.

E agora, estava eu seguindo para Columbus, em Ohio.

Pelo o que eu entendi, eles estariam em uma casa da família. Ela era grande, decorada com pedras cinzas e tinha grandes janelas. Ah, e o melhor, não ficava no centro da cidade, ficava ao redor dela. Bem o estilo deles.

Percorri toda a extensão de terra perto de Columbus sem me preocupar em ser visto ou não. Se alguém me visse, eu era um fantasma. Buu!!!

Mas achar a casa deles não era algo difícil, era fácil de reconhecer a casa a partir do momento em que você conhece os moradores dela.

Parei em frente à porta, e então dei duas batidinhas. É óbvio que as minhas “batidinhas” fizeram um estrondo e ecoaram pela casa. Até cheguei a pensar que não havia ninguém morando lá, pois o barulho ecoou muito facilmente, mas então, uma pessoa abriu a porta.

Ela era a mesma, nada havia mudado, o mesmo cabelo, o penteado, as suas cores preferidas na roupa.

- Emmett! Oh, meu Deus, que bom que você veio! – ela me deu um super abraço, e, é claro que eu retribui abraçando-a de volta.

- Esme, como você está?! Está tudo bem?!

- Sim, está tudo ótimo, mas... Onde está a Alice?!

- Bem, a gente se encontrou com...

- Emmett!

- Carlisle, como você está?

- Muito bem, obrigado. Você veio sozinho?

- Sim, é o que eu ia dizendo. A gente estava caçando uma noite e então Alice encontrou Charlotte, ela é bem legal, mas deu um belo susto em nós.

- Ela é vampira?

- Sim, Esme, mas ela é legal. Aliás, me lembra muito você, sempre muito carinhosa e delicada.

- Emmett, que surpresa!

- Edward!

Nos abraçamos.

- Aquele barulho que parecia a porta sendo derrubada era você, então?!

- É, desculpa!

- Tudo bem, mas... Continue. Aliás, entre!

Esme me convidou e então fui entrando. Mesmo não conhecendo a casa por dentro, eu já me sentia totalmente em casa. Por isso, fui direto a um sofá e lá me joguei.

- Então, encontramos Charlotte, e ela tem o seu marido, que se chama Peter, e ambos estavam de passagem pela cidade com um outro vampiro, que se chama Jasper.

- Oh, meu Deus! – assustei Esme.

- Jasper? E o que aconteceu?! – era Carlisle preocupado – Edward era o único em sã consciência, afinal, ele sabia como a história terminou, viu tudo pela minha mente. Sacana.

- É, bem, Jasper no final das contas se mostrou ser um cara legal, o que a Alice via era verdade, ele realmente matava vampiros, mas por ordem de outra pessoa, uma tal de Maria lá no México. Eles até nos contaram a história deles, que essa tal de Maria controlava cidades e tudo mais...

- Sim, é mesmo. Antigamente, alguns vampiros tinham essa certa “vocação” para arranjar problemas, transformavam outros para servir em seu próprio benefício conquistando cidades. Os Volturi chegaram a intervir algumas vezes.

- Sim, mas eles se safaram. Jasper se safou, aliás. E desde então, desde que saiu de lá com Peter e Charlotte, ele nunca mais matou tanta gente assim, ou transformou alguém. E, quando Alice viu ele pessoalmente, ficou apaixonada e daí... pouff... o cupido acertou ela e ele, e os dois agora estão juntos viajando com Peter e Charlotte.

- Mas, e você? Ficou como?!

- Bem, eu estava chateado com tudo aquilo, mas eu sabia que eu não mandava na Alice, ela tinha o direito de fazer o que bem entendesse. E Alice foi bem legal comigo, ela me lembrou daquele bilhetinho que você nos entregou – respondi para Carlisle. – E então me lembrei que, quando eu vi a Rosalie pela primeira vez, eu também me senti tonto, atordoado, eu queria tê-la para mim. Foi aí que eu pensei, vou lá ver se ela ainda está disponível para mim, ou para minhas tentativas.

- Boa sorte! – era Edward, sacana como sempre;

- Obrigado.

- Ah, tenho certeza de que ela irá adorar a ideia de tê-lo por perto, ela gostou de você quando te viu, sabe?!

- Bem, assim espero.

- Irei chamá-la. – Esme se levantou, mas tornou a se sentar. – Não foi preciso.

Olhei para o topo das escadas, e lá encontrei o anjo mais divino que poderia existir, a rainha mais charmosa do Planeta e a mulher mais bonita entre todas as mais elegantes do mundo inteiro. Rosalie.

- Oi, Emmett... – Ela estava envergonhada?!

- Oi, Rosalie. – Me levantei e fui ao seu encontro na escada, enquanto ela descia. – Eu gostaria de saber se podemos dar uma volta? O tempo está nublado mesmo. Podíamos ficar atirando pedrinhas no rio. O que você acha?

- Eu acho perfeito, vou só trocar de roupa e de sapatos, pois não são apropriados. – Ah, ela fala tão bonito! – Mas já volto. Questão de segundos.

- Ok.

Subi o restante dos degraus e em alguns segundos, lá estava ela saindo de uma porta – a de seu quarto, provavelmente – com um lindo vestido mais curto do que o anterior e um sapatinho baixo. Ela caminhou vagarosamente pelo corredor, me deixando louco com sua beleza estonteante. Ela parou perto de mim e então ofereci o braço, ela encaixou seu braço no meu e então descemos as escadas.

Quase saindo, Esme chamou.

- Emmett, acredito que de hoje em diante você ficará conosco.

- Sim, se não for incômodo...

- Claro que não – ela disse ofendida. – Já estou indo preparar seu quarto!

Esme subiu as escadas, Carlisle foi junto, Edward ficou apenas olhando.

- O que foi?

- Parabéns a vocês dois, que dê tudo certo!

- Obrigado.

- Obrigada, Edward.

Saímos da casa e fomos dar uma voltinha perto de um rio ficava lá perto. Assim que chegamos lá, nos divertimos jogando pedrinhas na água, nos molhando sem querer e então nos molhamos querendo mesmo. Bem, eu me molhei querendo e levei Rosalie junto – ela não gostou muito por conta da sua trança, mas cedeu aos meus encantos.

E assim, na água, apenas nós dois, eu tive a chance de tocar os lábios de mel da minha encantada rainha, Rosalie.

FIM.