O Sopro do Vento - Capítulo 11: Para Sempre E Sempre

Acordei com o barulho no andar de baixo. Levantei da cama, mas vi que mamãe estava sentada do meu lado, sorrindo.

- Bom dia, meu amor. – ela disse, beijando meu rosto.

- Bom dia mamãe. – eu disse, ainda confusa por estar acordando naquele momento. – O que está fazendo aqui?

- Vim trazer seu café na cama. – ela me mostrou uma bandeja enfeitada com rosas. Em cima, cereal com leite, ovos, pão e um copo de suco de laranja. – Sua avó Renée fez questão de preparar tudo. – ela sorriu. Ela sabia que eu faria tudo em nome da vovó. Peguei um pedaço de pão e mastiguei. Eca, eu pensei. – Hoje vai ser um grande dia, sabe? Alguns de nossos antigos amigos estão vindo. Alguns não puderam vir. O Charlie e a Sue virão mais Seth e Leah. As amazonas também. Até Billy Black virá. Jake foi buscá-lo há alguns minutos, virão logo.

- Irei conhecer Billy? – eu disse, animada. Ao longo desse tempo eu só havia ouvido a voz do Billy. Não fazia a menor idéia de como ele era.

- Sim. Os Denali também vêm. – mamãe suspirou. Sabia que ela sentia uma pontada de ciúmes da tia Tanya.

- E você vai ser a vampira mais linda da festa, mamãe. – eu sorri. Ela me deu um beijinho no rosto enquanto eu terminava de comer.

- Bom, agora precisamos que você desça. Mas, lembre-se, o exagero de sua tia não é contestável. Não diga a ela que está demais, tudo bem?

Ai. Eu pensei. O que será que ela fez? Não demorei muito para descobrir. Saindo da entrada do quarto onde estava havia um longo tapete dourado que descia pela escada até a sala principal. Entendi que lá todos estariam me esperando para que eu descesse. Grandes balões dourados e pérolas estavam pendurados no teto, formando arcos. Uma estátua de um grande anjo em mármore havia sido colocada no meio do salão. Um anjo tocando harpa. Só percebi que o anjo tinha o meu rosto quando cheguei mais perto. Do lado de fora havia um caminhão onde pessoas estavam trazendo castiçais dourados e velas enfeitadas. Mesas haviam sido postas do lado de fora da casa, todas enfeitadas com toalhas brancas, forros dourados e arranjos de rosas brancas com meu nome esculpido em pequenas peças de metal pintadas de dourado.

- Precisa ver o que ela fez na sala de televisão. – mamãe disse, sorrindo.

- Eu acho que já vi o suficiente. – eu disse, ainda abismada com a falta de limites da minha tia. – Onde estão os outros?

- Edward está explicando ao pianista como tocar a música que ele compôs pra você. – ela me disse, fazendo um sinal de silêncio e piscando o olho. – É uma surpresa, mas acho que você terá surpresas demais por um dia.

- O que você quer dizer com isso? – eu perguntei a ela.

- Nada demais. Você vai descobrir logo, logo.

De dentro da cozinha, falando ao telefone, uma figura baixa surgiu em meio a vários balões, segurando uma toalha de mesa e uma plaqueta com papel e caneta na outra.

- Eu quero a estátua de gelo às quatro e meia da tarde, entendeu? Será que eu vou ter que soletrar mais uma vez? Renesmee... R-E-N-E-S-M-E-E. Sim, dois Es no final. Meu senhor, eu dei a foto e disse, ela deve ter um metro e sessenta. Não me interessa se você fez com um metro e meio, eu quero em tamanho real! Coloque saltos na estátua, não me interessa. Eu quero a estátua de gelo da minha sobrinha em minha casa hoje à tarde e ponto. – ela desligou o telefone. – Ah, Nessie, que com que acordou. Temos várias coisas pra fazer. Bella, você já deu seu presente à Nessie?

- Estou esperando Edward para darmos juntos. – mamãe sorriu.

- Mamãe, ainda falta muito para meu aniversário. Hoje é só o baile. Setembro ainda está longe. – eu disse.

- Em setembro faremos outra festa e daremos mais presentes, querida. Sem papel de embrulho, é claro. – Ela olhou para a minha mãe e piscou. – Edward, precisamos de você aqui. Já acabou o que tem que fazer?

Ouvimos meu pai em outro cômodo dizer que sim. Em meio às bolas, o vampiro de cabelos acobreados iguais aos meus surgiu. Ele sorriu para mim e disse logo em seguida.

- Venha cá. Nós temos uma surpresa pra você. – ele sorriu. – Mas antes, feche os olhos.

Hesitei um pouco para fechar os olhos. Será que essa seria uma das surpresas que eu teria naquele dia? Os segui para o lado de fora da casa. Andamos um pouco a mais, então eu sabia que estávamos indo em direção à garagem. Quando chegamos lá, paramos e ele falaram, quase sincronizados para eu abrir o olho. Lá estava ele. Meu carro. Um New Beetle conversível, amarelo como o carro da tia Alice, enrolado numa grande fita cor-de-rosa.

- Ele é lindo, papai, mamãe, muito obrigada. – eu os abracei e me soltei para conferir o meu presente. - Dentro, na ignição, uma chave com um grande chaveiro em formato de R estava pendurada. Seus bancos eram de couro branco e havia um lobinho de pelúcia pendurado no retrovisor. Sabia que havia sido idéia da mamãe.

- Você vai precisar dele ano que vem, quando for à escola. – papai falou.

Eu parei de olhar para o presente e olhei em direção a eles. Eu havia ouvido direitinho? Escola? Um lugar onde havia vários humanos?

- Escola? – eu perguntei.

- Sim, meu amor. Você demonstrou um controle enorme sobre seus instintos. Sua avó dormiu no mesmo quarto que você, e você sequer demonstrou nenhuma reação contra. É claro, você irá freqüentar uma escola particular em Port Angeles. Não podemos colocá-la em Forks High, pois acabamos de sair de lá. Como explicar outra Cullen e muito parecida com a Bella? – papai me explicou.

- Pai, não importa o local, desde que seja uma escola. – eu sorri. Eu não podia estar mais feliz. Eu realmente iria ter amigos normais, humanos. É claro, eu teria que tomar o máximo de cuidado. Mas isso não importava muito. Tomaria todo o cuidado possível, estaria sempre alimentada e bem abastecida de sangue animal para que não acontecessem acidentes.

- É claro, seu pai vai te dar algumas aulas antes. Você vai entrar numa turma adiantada. Por isso teremos até setembro do ano que vem. – mamãe me falou. Setembro? Ano que vem? Era mais que um ano. Pelo menos eu iria para a escola e logo eu estaria comemorando meu próximo aniversário com amigos humanos.

- Nessie!!! – eu ouvi os gritos da tia Alice vindo em direção à garagem – venha aqui, por um minutinho. Preciso que você ensaie com os pombos que vão trazer sua coroa até você.

- O que? – mamãe disse, espantando-se com tamanha besteira – Alice, sem pombos dentro de casa. Você está maluca?

- Ah Bella, só umas pombinhas. – ela disse, fazendo beicinho. – Você disse “qualquer coisa menos os fogos”.

- Até os fogos seriam menos exagerados que as pombas, Alice.

- Está dizendo que aceitaria os fogos ao invés das pombas? – ela sorriu.

- Acredito que sim. – ela falou.

- Ótimo, os homens já vieram instalá-los. – ela sorriu triunfante e correu para dentro de casa.

- Ela já sabia que eu optaria por trocar os pombos pelos fogos, não é, Edward? – mamãe perguntou, ainda de costas para a gente. Suspirou e sabíamos que ela já tinha sua resposta.

O dia passou rapidamente. Billy Black já havia chegado e foi bastante agradável conversar com ele, até a hora em que tia Alice apareceu, me puxando escada acima para me arrumar. Entre alisamentos e cachos, ela, com a ajuda de minhas avós e tia Rose, prendeu meu cabelo e colocaram a tiara. Mamãe ficou fotografando e filmando tudo. Uma maquiagem leve foi feita em meu rosto. Não usei o medalhão, pois tia Alice dizia que não combinava com meu vestido. Em seu lugar, um cordão fino de ouro com um pingente em formato de coração havia sido colocado.

- É meu presente pra você. – Vovó Renée me disse. – Era meu e eu sempre o levava comigo. Agora você levará um pedaço de mim pra sempre.

Coloquei o vestido dourado e pérola que tia Alice mandou fazer para mim. Nessa altura, todas as mulheres já estavam prontas. Vovó Esme com um vestido de alças verde-escuro, vovó Renée com um vestido numa tonalidade linda de rosa, tia Rose com um lindo vestido vermelho, tia Alice em um vestido rosa pink e curto e mamãe em um vestido azul marinho lindíssimo, longo e com um grande decote nas costas. Seus cabelos estavam presos em um coque bagunçado e usava brincos compridos de brilhante. Estava linda.

- Seus convidados a esperam. – Tia Alice disse. – Desceremos primeiro, seu pai e sua mãe vão descer contigo.

Demorou alguns instantes e papai entrou no quarto. Estava muito elegante em seu smoking.

- Que cara de sorte eu sou. – ele sorriu, me puxando pelas mãos. – Se eu não tenho a esposa e a filha mais belas desse mundo, ninguém mais tem. Eu sorri de volta e o abracei.

- Eu amo vocês. – eu disse, enquanto uma lágrima rolava em meu rosto.

- Nós amamos você também, meu amor. – mamãe me deu um beijinho. Ainda bem que ela não tinha lágrimas. Sua maquiagem estaria arruinada.

Abrimos a porta do quarto e descemos pela escada ao som da música que papai fez para mim. Era o som mais lindo que eu havia escutado. Tão linda quanto a canção de ninar da minha mãe. – Obrigada, pai, é linda. – eu sussurrei a ele, que retribuiu com um sorriso. Pude ver o rosto de todos os convidados, vampiros ou não, sorridentes. Ouvi murmurarem como eu estava linda e como eu parecia com a minha mãe. Isso me deixou muito feliz. À beira da escada, ele estava me esperando. Meu Jacob. Seu cabelo havia sido cortado mais curto, estava usando smoking como o resto dos homens da casa. Ele estava lindo. Ele se aproximou e estendeu a mão para mim. Eu a toquei e senti minhas bochechas queimando em brasa.

- Uau. – ele disse e sorriu. Como na primeira vez, senti minhas bochechas queimarem. – Você está... está... linda! – ele completou.

- Você também está, Jake. – eu disse.

- A baixinha me deu um trato. – ele disse, enquanto me encaminhava para o lado de fora. Os convidados nos seguiam até onde seria realizada a festa. – Até cortou meus cabelos. Nada mal.

A festa se desenrolou formidavelmente. Todos os nossos amigos estavam lá. Os vampiros que nos ajudaram. Meus “tios” Denali estavam lá. Era engraçado ver mamãe grudada em papai toda vez que tia Tanya se aproximava. Papai também devia achar. Tudo ia bem até que o tio Emmett resolveu pegar o microfone e fazer uma declaração para mim.

- ... E ela era tão pequena e desengonçada. Parecia a mãe quando ainda era humana. – ele dizia, com voz de choro. – Quase cabia na palma da minha mão. Tão linda. Ai ela cresceu tão rápido. Com quem eu vou assistir meus desenhos preferidos agora?

- Emmett, desce logo aqui, antes que eu vá ai te buscar. – Tia Rose gritou com ele.

Em um certo momento, tia Alice pediu para que eu dissesse algumas palavras para todos.

Peguei o microfone, com certa timidez, mas o que eu tinha para falar era necessário.

- Obrigada a todos por terem vindo. Só tenho a agradecer essa noite a todos aqui. Aos meus amigos, por terem me defendido e estarem ao lado dos Cullen em um momento tão ruim. – pude ver os vampiros sorrindo para mim. – Aos meus tios Jasper e Emmett. Um por eu me fazer sentir tão bem e o outro por ser sempre meu companheiro de brincadeiras. As minhas tias Alice e Rosalie. A primeira por me ensinar tanta coisa, sobretudo sobre moda. – todos riram. Ela deu palminhas e um sorriso. – E a tia Rose por ter me esperado tanto quanto à minha mãe. – Eu olhei para ela e pude ver que sua fisionomia mudara. Se pudesse chorar, estaria aos prantos. – Aos meus avós paternos por cuidarem de mim. Aos meus avós maternos, por me aceitarem. Ao Billy por sempre atender às minhas ligações com entusiasmo e sem ao menos me conhecer pessoalmente.

- O prazer é meu, Nessie. – Billy Black gritou de algum lugar.

- Ao Jake por ser meu companheiro, meu melhor amigo. Com quem passarei a eternidade... literalmente. – Todos riram, menos tia Rosalie e Leah Clearwater. - À minha mãe por me amar desde que eu estava dentro de seu ventre e não ter desistido de mim. E finalmente, ao meu pai, por ter escolhido Isabella Swan para ser sua. Sem vocês dois, eu não estaria aqui, e é por isso que eu amo vocês mais do que a minha própria vida.

Mamãe soluçava um choro sem lágrimas enquanto me abraçava. Papai veio nos abraçar e nessa hora fogos de artifício rasgavam o céu em vários formatos. Corações, estrelas e o meu nome.

- Mas como ela... Deixa pra lá. – mamãe questionou os talentos de tia Alice.

Uma música lenta começou a tocar. Jake pediu a vez da dança, pois eu já havia dançado uma valsa com meu pai, meus avós e meus tios. Tio Emmett, resolveu que não queria dançar valsa. Sem avisar a ninguém e de última hora, colocou um cd de salsa. Achei divertidíssimo, mas tia Rosalie e tia Alice o puxaram da pista de dança antes que ele pudesse pegar as maracas que havia comprado.

- Está se divertindo, lobinha? – Jake me perguntou.

- Sim, está tudo perfeito. – eu falei. – Te contei que vou freqüentar uma escola humana?

- Só umas quinze vezes esta noite. – ele riu.

- Então, é assim, ser feliz? – eu perguntei.

- Se é como eu me sinto perto de você, então, sim. – ele beijou a minha testa.

- E será assim todos os dias de nossa vida? – eu perguntei.

- Um dia de cada vez, Nessie. Que bom que teremos a eternidade para descobrir, não é?

- Então, eu descobrirei felicidade para sempre!

- Pensei que isso só existia nos livros. Não no mundo real.

- Jake. Acorda. Não estamos no mundo real. – eu ri. – Isso existe em nosso mundo.

- Felizes para sempre, então? – ele quis saber.

- Para sempre e sempre. – eu disse, selando o começo de uma nova vida com um beijo.

7 comentários:

REBECAMOTTIN disse...

LiNdO.!.!.!.!.!!!

Rebecamottin disse...

LINDO.!.!.!.!!!!

Danielejosiane_pb@hotmail.com disse...

bju oq a bella cum edward achou ??
kkkk...+ foi mtu lindu esse final !!

Gleiziany disse...

Ameiiiiii demaiis"!!
Adoro quando da tudo certo!

sarinha86 disse...

Amei !!!!!!!!!!!!

Jéssica disse...

é lindo mais ela e muito jovem mas o q dizer para 2 corações apaixonados?

Brunapetacular disse...

lindooooo!

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