A Visita dos Franceses - Capítulo 11: Âmbar

[Bella]

Uma claridade acinzentada iluminou fracamente os traços perfeitos do homem ao meu lado. Um forte trovão ecoou pelo quarto, confirmando que o dia seria chuvoso. A desesperança me abateu: Eu teria mesmo que jogar beisebol. Pelo menos não era vôlei.
Acompanhei as linhas de Edward até chegar a seus olhos. Eles não ostentavam o topázio que eu esperava ver, e isso me deu uma nova expectativa de adiar o evento.
– Você precisa caçar – falei, tentando esconder minhas verdadeiras intenções. Mas ele não prestou atenção no que eu disse, pois estava com as mãos envolvendo meu rosto, olhando pensativo nos meus olhos.
– Acho que o tom de âmbar nos seus olhos está se esvaindo, Bella. Em breve você terá os olhos dourados. Mas a cor atual é bem... mística. Bonita.
Ri dos adjetivos exagerados que ele deu aos meus olhos.
– Prefiro os seus – e segurei seu rosto também.
– Melhor que vermelho?
– Infinitamente – e puxei seu rosto para o meu. Ele me deu um beijo rápido e se ergueu, andando na direção do closet. O olhei confusa.
– Renesmee está acordando.
Reuni toda a coragem e me vesti. Quando cheguei ao quarto de Nessie ela bocejava longamente.
– Bom dia mamãe – sorriu abertamente, uma cascata de bronze caindo em seu rosto. Afastei um cacho de sua testa.
– Bom dia meu amor. Teve bons sonhos?
Ela tocou meu rosto e eu visualizei minha própria imagem e a de Edward com roupas de beisebol. Droga, ela já sabia.
– Hum... Papai te contou que vamos jogar hoje?
– Não. Tio Emmett – ela olhou por cima de meu ombro e deu mais um sorriso radiante. – Bom dia papai!
– ‘Dia Nessie. Pronta para um bom jogo de beisebol? – Edward estava ao seu lado agora, beijando sua testa.
– Sim! Nunca joguei antes. Será que sou uma boa jogadora?
– Depende. Se você for como eu era... – sacudi a cabeça, afastando a idéia.
– Sua mãe não jogava bem antes. Agora ela vai se esforçar, não é?
Golpe baixo. Estreitei os olhos para ele.
– Darei o meu máximo.
Caminhamos juntos para a casa de Carlisle, Renesmee pendurada no pescoço do pai, os dois falando sobre o quão desnecessário era ela usar seus talentos com ele, já que ele lia sua mente.
Quando chegamos, Emmett já empilhara o equipamento necessário para o jogo. Ele lançou um olhar divertido e competitivo a Edward. Ele respondeu com um meio sorriso.
Rosalie, Jasper e Alice se juntaram a nós, todos vestidos adequadamente com camisas de times que os próprios Cullen criaram para diferenciar as equipes.
– Eu escolhi Lilith e Stuart para nosso time – Alice anunciou para Edward.
– Okay.
– Eu quero Dyllan e Dominique – falou Rosalie.
– Nessie é nossa – acrescentou Edward.
– Então Arthur ficará conosco – a adrenalina corria na voz de Em.
Esme veio ao nosso encontro, com roupas de juíza.
– Isso vai ser divertido.
Vasculhei em minha cabeça alguma desculpa para adiar ainda mais a partida.
– Nessie precisa tomar o café-da-manhã.
– Ela vai caçar mais tarde conosco, amor – disse Edward, mais uma vez acabando com minhas esperanças.
Os Éclat vieram por fim, o pequeno Arthur junto a eles. Jasper pareceu esperar mais alguém.
– Carlisle saiu para o trabalho. – respondeu Dyllan ao rosto especulativo de Jasper.
– Então já podemos ir? – perguntou Esme.
Calafrios passaram pela minha espinha.
Um trovão cortou o silêncio. Alice sorriu.
– Vamos.