A Visita dos Franceses - Capítulo 12: Beisebol

[Bella]

Pancadas de chuva castigavam a clareira.
A água que antes seria mortalmente fria para mim, agora era incrivelmente natural. Quase imperceptível.
Esme explicava algumas de nossas regras para os visitantes. Ela falava de um modo maternal até com recentes conhecidos.
A idéia de maternidade me alertou para um fato: Ness e Arthur são meio-humanos. Possivelmente, seus sistemas imunológicos deviam ser castigados pelos mesmos males que atingiam as pessoas normais.
A segurança de Nessie me deu mais uma esperança.
Mas antes que eu abrisse a boca, Dominique tirou duas grossas capas de chuva de dentro de uma bolsa que só podia ser de Alice. Seu olhar doce encontrou o meu, e ela deu um sorriso quase culpado.
– Coisa de mãe, sabe? Arthur e Renesmee não podem pegar um resfriado, visto que têm uma temperatura interna tão alta.
E lá se foi minha última chance.
– Aqui Bella! – chamou Alice. Minhas pernas estavam muito pesadas para me obedecerem.
Ouvi os cochichos de Emmett e Jazz, que já apostavam nos resultados dos jogos.
– Nós ganhamos, mas Edward percorre mais vezes o campo.
– Isso acontece na maioria dos jogos, Em! Não é aceitável. No entanto... Eu dou um palpite. Nessie vai nos surpreender.
Emmett riu ruidosamente.
– Isso também é óbvio: Ela muda todos os dias! Mas – ele passou a sussurrar, e senti seu olhar em minhas costas – e Bella?
Jasper fez silêncio por um tempo. Percebi que ele avaliava minhas emoções.
– Está nervosa. Ela acha que não vai conseguir.
– Outra coisa natural. Isso está ficando entediante – zombou Emmett.
Ri para mim mesma; Emmett sempre conseguia me tranquilizar com suas piadas.
Um relâmpago partiu o céu bem acima de nós.
– Preparar! – E todos correram para seus lugares.
O coraçãozinho de Nessie palpitava incansável.
Revisei minhas funções. Cobrir as interbases, repassar a Edward – o corredor - e bater na bola. Fácil.
O trovejo assustador iniciou o jogo.
Alice arremessou a bola para Stuart, mas Emmett conseguiu rebate-la antes que chegasse ao francês. Começamos mal.
Rosalie agora disputava um possível home run com Lilith. Rose disparou na gente, mas Lilith ganhou velocidade e a ultrapassou lançando a bola para mim.
Eis o momento da verdade. Esperei não fechar os olhos.
– Passe para mim, Bella! – Edward berrou.
Tudo parecia se mover em câmera lenta. A bola vinha em minha direção, devagar.
Segure-a! Ouvi uma vozinha em minha cabeça.
Resolvi obedecer. Não havia escolhas.
Senti o globo se fechar em minhas mãos. Consegui, pensei com alegria.
Me virei para entrega-la. Tudo ainda acontecia em câmera lenta.
Mas estavam todos parados!
Foi quando percebi que a bola estava em farrapos na minha mão direita.
Esme apitou.
– Bola destruída! Trocar!
Trocar? Olhei confusa para ela.
– Isso sempre acontece, querida – respondeu, entregando uma nova para Alice.
Bufei. Mesmo vampira e praticamente perfeita, eu não tinha talento para esportes.
A atenção de todos se prendeu na nova disputa em campo. Arthur, iria correr para fora do campo afim de agarrar e devolver a bola para Dyllan. Nessie lutaria para atira-la para Edward.
Dominique estendeu os braços e rebateu. Ela também era recente, como eu. Bem forte.
Mas eis a grande diferença entre nós duas: Ela sabia jogar.
Seria um home hun. Praticamente impossível de pegar.
Mas em um piscar de olhos, Renesmee voltou ao campo, com a bola nas mãos e o sorriso mais lindo do mundo no rosto.
Arthur voltou, arfando.
– Como fez isso?
Ela deu um sorriso torto, idêntico ao que estava naquele exato momento no rosto de seu pai. Encolheu os ombros, apenas, e passou para Edward.
No decorrer das nove partidas, a única bola destruída foi a que segurei. Comecei a cogitar na possibilidade de Esme ter me acobertado.
Quando a chuva cessou, terminamos o jogo com o placar inalcançável para qualquer humano, e o nosso time vitorioso.
Mal pude conter o riso quando vi a cara irritada de Emmett.
– Sem revanches, você prometeu – disse Edward, em meio às gargalhadas.
– Hunf. Espere o próximo inverno, maninho – e tirou do bolso da jaqueta algumas notas para Jasper. Ele sorriu radiante para Ness.
– Viva a genética!
– Viva a Bella – Edward sorriu para mim – Você fez o que pôde. Obrigado.
Fiz beicinho e ele riu ainda mais alto.
Cansada, mas eletrizante, Nessie disputou uma corrida com Arthur até a casa.
Quando chegamos, encontramos a cena que eu mais temia ver.
Jacob arrastara Renesmee para longe de Arthur. Dominique estava lívida.
Os dois rosnaram. Ela caminhou lentamente, curvada, até Jake.
– Não ouse encostar um dedo sequer em meu filho.

4 comentários:

Laurinha disse...

 Aff, tanto ciúme pra nada! Agora os vai ter briga.
rsrsrsrs a Esme cobriu a Bella! kkkkkkkkkkk
Vc tem toda a eternidade pra aprender a jogar.

Larissa Prates disse...

Eu ainda tento entender pq os Cullen precisam de tempestade para jogar beisebol! Alguem pode me explicar?

Carlota disse...

Pois eles fazem muito barulho a jogar

Larissa Prates disse...

ataaa....Obg!! Eu realamente não fazia a minima ideia!

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