A Visita dos Franceses - Capítulo 13: Convívio

[Bella]

– E vocês – Jake apontou um dedo para os Éclat – longe de Ness.
Num piscar de olhos, Renesmee já estava nos braços protetores de Edward, ao meu lado. Jacob tremulava descontrolado. Rosalie sibilava, e o seu rosto era mortal.
Mas não chegava a uma fração do ódio que exalava da mãe de Arthur.
Os gêmeos se posicionaram como Dominique, protetoramente.
– Achei que tínhamos um acordo, criança – lembrou Stuart, com um tom ameaçador na voz.
O Jacob quase lobo rosnou.
– Temos que estabelecer algumas limitações – bufou.
Isso estava passando dos limites. Era ótimo que Jake quisesse proteger Nessie, mas esse era nosso papel – meu e de Edward. Os pais protegem sua criança do perigo. E os Éclat não eram perigosos.
Arthur estava sereno. Como se esperasse que isso ocorresse.
Aproximei-me, alerta, de Jacob. Lentamente, toquei seu ombro inquieto.
– Jake – sussurrei – Está tudo bem.
Ele virou os olhos castanhos para mim. Eram tristes.
– Não, não está bem Bella. Isso vai se repetir. Eles não são os Cullen.
– Você está sendo egoísta. Nós suportamos Leah até hoje.
Isso o fez rir.
– Tem razão. É um feito e tanto.
– Realmente acha que eu deixaria meu melhor amigo se relacionar com pessoas que eu não confiasse? Ou minha própria filha?
À menção do nome “amigo”, seu corpo relaxou. Era de novo meu Jake.
– Bobão – brinquei, puxando-o para um abraço.
O qual não durou muito.
– Argh – dissemos em uníssono. Ambos os aromas desagradaram nossos olfatos depurados. O calor desagradável dele ardia feroz em minha pele dura. Meus braços de ferro o castigaram. Soltamos-nos no mesmo instante.
Ele se empertigou, virando para Dominique.
– Me perdoe, por favor. – disse, com a mandíbula travada.
Impossíveis rugas de desconfiança apareceram em sua testa pálida.
– Ele está sendo verdadeiro, Minny – soprou Lilith, provavelmente desfrutando dos poderes de Edward. Ele balançou a cabeça, aprovando.
– Então vamos seguir o que tu disseste. Impor limites – os olhos dela faiscaram.
Nessie estendeu os braços para Jacob.
– Jake será bonzinho.
Ele sorriu, confirmando as palavras de Renesmee.
O que não convenceu a eles.
– Nada contra você nos afrontar. Adoraria pôr meus conhecimentos de luta em prática. Não que isso seja necessário.
– Então qual é a condição?
– Longe de Tue – repetiu.
– Sem problemas.
Dessa vez eles não apertaram as mãos.
– Um belo dia que não foi perdido, afinal – conclui Edward.
– Heureusement – exclamou Arthur.
Eu e Nessie franzimos a testa.
– Ops. Felizmente, quero dizer.
Rimos, e o som proveniente foi como acordes de harpa ou flauta. Amava minha nova voz.
– Eu quero aprender a falar francês Tue. Você me ensina enquanto eu te ensino inglês – propôs Nessie.
Ele deu um sorriso radiante.
– È claro... Nessie? – e esperou a sua aprovação.
Deu de ombros.
– Estou acostumada. É meu apelido.
Lancei um olhar avaliativo a Jake. Sua fisionomia era tranquila.
Fiquei feliz em perceber seu esforço.
Ergui meu pulso para ele, e mostrei minha pulseira-amuleto.
O pingente com o pequeno lobo talhado estava lá, ao lado do belo diamante, representando a eternidade e a intensidade de nosso convívio.
O meu com Edward. O meu com Jacob. O meu com os Cullen. O nosso com Ness.
E agora, com os Éclat.
E esses laços continuariam a crescer para sempre.
Percebi que ria para o vento.
Emmett ergueu uma sobrancelha.
– A vitória é mesmo doce, Bella. Mas temporária. Aproveite-a até chover de novo.
– Eu já o venci outras vezes, Em. É maravilhoso – zombei.
Ele ia rebater, mas Edward o impediu.
– Epa, trato é trato. A roupa já foi lavada.
Percebi do que eles falavam. Ergui o queixo, presunçosa.
– Calado.
Enquanto gargalhava novamente, Edward pôs Nessie no chão.
– Vamos caçar?