A Visita dos Franceses - Capítulo 20: A Guarda Italiana

[Bella]

As sombras altas encapuzadas pararam de andar. Os olhos vermelhos congelaram em uma simpatia absolutamente falsa.
Exceto o olhar da figura mais baixa – ela não quis se prestar a demonstrar a mesma felicidade forçada dos outros.
– Ora, ora, estou aqui novamente na frente da família Cullen – disse a voz agradável de Aro.
– Não sabemos o que querem aqui, Aro – falou Carlisle, respeitosamente, enquanto Edward tomava uma postura austera.
Demetri soltou uma fungada que soava com muito escárnio. Aro o ignorou.
– Estamos averiguando alguns fatos, querido amigo. O rapaz aqui – ele tocou o ombro de Demetri – sentiu algo diferente na região, mas imagino que Bella tenho o confundido com seu dom maravilhoso.
Então essa era a nossa chance! Ele achava que eu era a culpada.
– Sim. Recebemos a visita de amigos, e eu os envolvi em meu escudo.
O rastreador ergueu uma sobrancelha.
– E por que faria isso?
Agradeci por minha mente ser tão rápida e por não poder mais corar.
– Instinto – encolhi os ombros.
Edward me fitava cauteloso. Piscou de modo quase imperceptível para mim.
Estava dando certo.
Mas uma repentina expressão no rosto de Edward me deixou ansiosa.
Jane sorriu. Na verdade, ela mostrou os dentes agressivamente.
– Então porque sua filha não está aqui?
O gelo que estava descendo voltou a entalar minha garganta. E agora?
– Ela viajou com nossos amigos – respondeu Edward por mim.
Ela abriu ainda mais o sorriso.
– E que amigos são esses que não conhecemos e que são merecedores da desconfiança de sua esposa?
O ânimo já despencara há séculos. Eu nem sabia mais o que era ânimo.
Aro percebeu a falha em nossa defesa. Não em meu talento – ele estava lá, intacto e potente como sempre. A falha fora em nosso emocional.
– Acho melhor eu obter respostas por meios mais convincentes, meu jovem – disse ele, olhando sugestivamente para Edward. Esme vacilou levemente atrás de mim.
Depositei todo o ódio, medo e sede (sim, eu já tinha sede de novo) nas paredes de meu escudo. Ah, se eles pudessem atacar Jane e aqueles outros!
Eleazar nos olhava de cima. Seus olhos estavam esbugalhados e de um vermelho irritante. Claramente dopado, pois Chelsea não saía de sua cola.
Edward estendeu uma mão, hesitante, a Aro. No momento do toque, mais uma vez a carga pesada caiu sobre ele, de tantas informações ao mesmo tempo.
Aro se desvencilhou dele abruptamente. Estava pasmo.
Meu estômago embrulhou.
O brilho doentio em seus olhos trouxe-me quase... nojo.
– Quem eram esses?

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