[Bella]
Era uma procissão silenciosa e cheia de dúvidas no interior de cada um.
Nós tínhamos perguntas a fazer, mas todos já podiam deduzir o principal: eles não eram perigosos.
– Vocês devem estar se acabando de curiosidade, mas eu não posso...explicar. É ver para realmente crer. – disse Emmett, confirmando as minhas hipóteses.
Alice deu uma risada tão baixa, que só podia ser para si mesma.
– Eu vi e ainda não acredito.
Perguntei-me do que eles estavam falando.
No que Alice não acreditaria? Algo inexplicável, obviamente.
Apesar do sigilo, todos estavam artificialmente calmos.
Jasper dera seu jeito de resolver tensões coletivas.
Contudo eu quase podia sentir uma espécie de injeção de adrenalina percorrendo pelas minhas veias eternamente congeladas, apesar de saber que isso era apenas fruto da minha intensa apreensão.
Rosalie tentava arrancar informações de Emmett usando seus encantos.
– Em... porque Esme veio junto? Por favor, fale pelo menos para mim! – e fazia um olhar implorante e irresistível.
Mas Emmett era forte.
– Estamos quase chegando, linda.
Ela bufou impaciente.
– Carlisle está os... acolhendo? – indagou Esme.
O rosto dele se franziu.
– Conhecendo ele isso é bem possível. – respondeu.
– Acredito. – disse ela casualmente, confiando na decisão do marido.
Eu ia perguntar se ainda faltava muito para chegarmos, mas meu olfato detectou repentinamente novos olores que se aproximavam.
Um deles eu reconheci ser de Edward e Carlisle, por seu aroma agradável e familiar. O outro – mais distante – fez meu nariz enrugar. Cachorro molhado... Jacob.
O último se assemelhava ao primeiro e agora ficava mais intenso.
Era tão peculiar, delicioso e intrigante que nos fez estacar imediatamente.
Alice parecia extremamente confusa.
– Eu não vi – ou senti – isso lá em casa.
Emmett parecia estar se divertindo imensamente.
– Okay, eu acho que já torturei demais vocês. Apurem os ouvidos e me digam. O que ouvem?
Fiz o que ele mandou e fechei os olhos para me concentrar.
Eu ouvia as batidas ocas e distantes de corações lupinos, ouvia a orquestra de vida animal da floresta e dois batimentos quentes e acelerados.
Um deles inquestionavelmente vinha do ser em meus braços.
Mas... E o outro?
– Me sigam – falou Emmett, enfim, e atravessamos a mata em um pulo apressado.
O Sol alcançou nossas peles impiedosamente, mas ele não foi capaz de impedir que eu os visse.
Eram, sem dúvida, olhos intensamente belos e dourados nos fitando.
Uma repentina vertigem me invadiu quando os focalizei.
Eram quatro adultos. E uma criança no colo de um deles.
Seu coração batia.
Como o de uma ave.
Como o de Renesmee.
3 comentários:
Lindo!!!!!!!!!
Eu amei o jeito simples que ela usou pra descrever o meio-vampiro no final.
nossa que legal coll
amei amei amei
bjs Mari Fonso
Será algurm como a Nessie ??
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