Como um leão enganado tentando cegamente fazer seu caminho pela selva, eu andava de um lado para outro sem descanso pela grossa neblina esperando pela saída do Chefe Swan. Durante esse tempo, eu pensei um pouco sobre o pai de Bella. O que ele pensaria de mim? Eu iria conseguir sua aprovação? Isso parecia bobagem para estar se pensando assim, mas ao mesmo tempo era prático. Afinal, se o Chefe Swan não me aprovasse, eu não tinha esperanças com Bella. Era difícil me encontrar repentinamente tentando jogar pelas regras humanas.
Então vi o Chefe Swan entrar em sua patrulha e dirigir para longe. Eu pulei no meu carro, que estava estacionado atrás de uma arvore próxima, e dirigi pela rua. Eu fiquei mexendo com os controles do painel por um tempo, tentando achar as condições ideais para um passageiro humano. Fiquei rapidamente impaciente.
Suspirando, eu sai do meu carro e voltei a caminhar na neblina. Enquanto eu andava, eu podia ouvi-la se movendo dentro da casa. Comecei a me preocupar. E se ela não quisesse me ver? E se os eventos da noite anterior finalmente pesaram nela e ela ficasse mortificada por me encontrar de pé lá? Se esse fosse o caso, eu iria educadamente sair de sua vida.
Então Bella saiu da casa, usando grossas roupas, a névoa fez sua pele de marfim brilhar. Ela desceu a entrada e parou quando viu meu carro. Ouvi seu coração acelerar. Eu sorri. Talvez ela gostou de me ver, afinal. Eu abri a porta de passageiros para ela. Ela ainda poderia recusar minha presença em sua vida e eu não ficaria no seu caminho. Ainda, eu tinha que fazer a oferta..
“Você quer ir comigo hoje?” Eu estava maravilhado pela expressão em seu rosto quando a peguei de surpresa. Bella realmente fazia as expressões faciais mais encantadoras.
“Sim, obrigada,” ela disse educadamente, embora sua voz soasse levemente controlada. Ela entrou no meu carro e eu fechei a porta atrás dela. Andei no meu ritmo natural, deslizando no meu assento. Liguei o carro, ansiando nos levar para a escola o mais rápido possível. Por mais que eu quisesse ficar perto dela, eu tinha que por um limite no tempo que passava com ela em um espaço fechado.
“Trouxe o casaco para você,” eu mencionei, esperando que ela não pensasse muito sobre o gesto. “Não queria que você ficasse doente nem nada disso.” Seus olhos permaneceram em mim por um momento antes dela responder.
“Não sou tão frágil assim,” ela disse. Contraditoriamente com suas palavras e para minha satisfação, ela puxou a jaqueta para o seu colo e deslizou suas mãos delicadas pelas mangas. Eu percebi como ela pressionou seu nariz contra o couro, inalando. Eu estava feliz que ela achava meu cheiro prazeiroso, mas principalmente eu estava incomodado que ela havia sido atraída por uma das armas vampiras usadas para iludir sua presa.
“Voce não é?” eu contradisse baixo para mim mesmo. Delicada… frágil… humana.
Ela não tinha idéia de quanto perigo ela realmente estava em estar tão próxima a mim. Era enervante pensar o quão facilmente eu poderia drenar todo seu sangue antes mesmo dela perceber o que aconteceu. Rosnei em minha cabeça por até pensar dessa maneira. Ela era frágil demais para estar na presença de um vampiro. Era ridículo para ela dizer que não era delicada.
Eu estava tão perdido em meus pensamentos que nem percebi por quanto tempo havíamos nos sentado em silêncio. Olhei para ela e a vi agitada. Estava surpreso que ela ainda não havia caído em cima de mim com todas as suas perguntas. Eu sorri.
“Que foi, hoje não tem jogo de vinte perguntas?”
“Minhas perguntas te incomodam?” ela perguntou, suspirando.
“Não tanto quanto suas reações,” eu disse um uma maneira provocadora, não querendo revelar totalmente o quanto essa mulher me enervava.
Ela franziu as sobrancelhas. “Eu reaciono mal?”
“Não, e é esse o problema. Você leva tudo tão bem – não é natural. Fico me perguntando o que você realmente está pensando.”
“Sempre digo a você o que realmente estou pensando.”
“Você edita,” eu acusei.
“Não muito.”
“O bastante para me deixar louco.” Ela era uma mentirosa terrível.
“Você não quer ouvir,” ela balbuciou, quase sussurrou. Havia um tom fraco de dor em sua voz.
Isso era uma piada? Ela já estava editando de novo, logo depois de eu ter explicado o quanto eu queria saber o que ela realmente estava pensando, honestamente! Era enfurecedor como o meu ‘talento’ involuntariamente ía de encontro com sua mente branca. Eu não podia fazer nada além de me perguntar o que ela estava escondendo de mim.
Eu entrei para o estacionamento da escola antes que nenhum de nós falasse de novo.
“Onde está a sua família?” ela perguntou.
“Eles usaram o carro da Rosalie.” Eu dei de ombros, brevemente relembrando a mensagem silenciosa de Carlisle dizendo que Rosalie levaria todo mundo para a escola já que eu tinha outros interesses em mente. Eu estacionei próximo ao M3, ciente dos humanos que estavam ao redor de boca aberta. “Chamativo, não é?” Sem mencionar obscenamente pretensioso, mas aquela era Rosalie, e eu já tinha passado do tempo de perdoar seus defeitos.
“Hmm, uau,” ela ofegou. “Se ela tem isso, por que pega carona com você?”
“Como eu disse, é chamativo. Nós tentamos nos misturar.”
“E não conseguem.” Ela riu e sacudiu sua cabeça enquanto saíamos do carro. “Então por que Rosalie dirigiu hoje se ele é mais visível?”
“Você não percebeu? Agora estou quebrando todas as regras.” Todas as regras que um vampiro jamais conheceu. Meu envolvimento com Bella era verdadeiramente pecador. Mas já havíamos feito nossas decisões e não havia como voltar atrás agora.
Eu a encontrei na frente do carro, respirando profundamente o ar fresco. Eu fiquei o mais perto que pude sem me impor enquanto caminhávamos campus adentro. Eu gostaria de ficar mais perto ainda mas tinha medo que ela repeliria meu toque. Também haviam muitos humanos próximos nos observando. Se eu ousasse ficar tão perto dela, não queria fazê-lo em frente de tantas testemunhas. Eu poderia estar quebrando todas as regras, mas não havia necessidade de piorar meu comportamento com estupidez imprudente.
“Por que vocês tem carros assim?” ela perguntou. “Se procuram ter privacidade?”
“Um luxo,” eu admiti, sorrindo levemente. “Todos gostamos de dirigir rápido.”
“Imagino,” ela murmurou por baixo da respiração.
Ai meu Deus… ai meu Deus… ai meu Deus… Jessica Stanley estava praticamente hiperventilando em seus pensamentos. Arrependidamente olhei longe de Bella pesar por um momento, apenas para encontrar Jessica sob o abrigo da marquise do refeitório. Se seus olhos se arregalassem mais um pouco, não iria me surpreender se eles saltassem da cara. Mas… Edward… e Bella… mas… ai meu Deus… Jessica continuou com seus pensamentos convulsionados.
“Oi, Jessica” Bella cumprimentou quando estávamos a alguns metros de distancia. “Obrigada por lembrar.”
Jessica estendeu a jaqueta de Bella sem nenhuma palavra. Bem, nenhuma palavra que fosse dita em voz alta. Eu decidi que era hora de distraí-la, principalmente porque seus pensamentos vazios e sem importância estavam me irritando.
“Bom dia, Jessica,” eu disse educadamente.
“Err… oi.” Ela finalmente tirou seus olhos de mim e olhou para Bella. Ai meu Deus… Edward… tão gostoso… e Bella… ai meu Deus… Eles estão namorando ou o que? Ai meu Deus… Os pensamentos infantis estavam realmente testando minha paciência. “Acho que vejo você na trigonometria.” Ela deu um olhar significativo para Bella. Eu quero cada mínimo detalhe… Ela está apaixonada ou algo? Melhor ela falar tudo… Eu vou torturá-la para contar se precisar….
“É, a gente se vê lá,” Bella se despediu.
Jessica se afastou, fazendo uma pausa duas vezes para nos espiar por cima do seu ombro.
“O que você vai dizer a ela?” Murmurei.
“Ei, pensei que você não podia ler minha mente!” ela sibilou..
“Não posso,” eu disse, assustado. Então entendi que ela estava pensando a mesma coisa. “Mas posso ler a dela… Ela estará esperando para pegar você de surpresa na sala.”
Ela gemeu enquanto tirava meu casaco e me entregava ele, botando o seu. Dobrei o casaco em meu braço, segurando seu cheiro perigosamente perto de mim.
“Então, o que você vai dizer a ela?” Eu perguntei de novo.
“Que tal uma mãozinha?” ela implorou. “O que ela quer saber?”
Eu sacudi minha cabeça e ri. “Isso não é justo.”
“Não, você não está compartilhando o que sabe… Isso é que não é justo.”
Eu deliberei por um momento enquanto caminhávamos. Paramos na frente de porta da sua primeira aula.
“Ela quer saber se estamos namorando escondido. E ela quer saber como você se sente com relação a mim,” Eu disse.
“Caramba. O que devo dizer?” ela perguntou, se esforçando muito para parecer inocente. Adivinhei que a sua pequena atuação foi pelo bem dos humanos que estavam abertamente encarando enquanto passavam por nós.
Eles estão juntos? Edward Cullen nunca fala com ninguém … esquisito…
Ele está com aquela menina, qual é o nome dela? Não é a novata? Uau…
“Hmmm.” Fiz uma pausa. Minha mente estava sendo assaltada com a curiosidade humana. Me distraí pegando uma mecha solta de seu sedoso cabelo. A coloquei novamente no lugar na base de seu pescoço. Foi uma sensação maravilhosa e segundo o seu batimento cardíaco, ela pareceu gostar também. Embora o aumento súbito de seu fluxo de sangue combinado com o aroma de seu cabelo impregnando meus dedos realmente causou um fluxo fresco de veneno em minha boca. Engoli e ignorei um dos meus aspectos que eu mais odiava.
Tomei a decisão certa logo ali para tornar o nosso relacionamento público. Eu egoisticamente queria que cada humano soubesse que eu estava com Bella. “Acho que pode dizer sim à primeira pergunta… Se não se importa… É mais fácil do que qualquer outra explicação.”
“Não me importo,” ela disse em uma voz fraca.
“E quanto à outra pergunta de Jessica… Bom, estarei ouvindo para saber eu mesmo a resposta.” Sorri. Então virei e me afastei antes que o seu cheiro pudesse incomodar ainda mais os meus sentidos de vampiro.
“A gente se vê no almoço,” falei por cima do meu ombro, fazendo ainda outra exposição pública que ela era minha.
Virei um canto e encontrei Jasper apoiado numa parede, braços cruzados. Ele me olhou com as sobrancelhas levantadas. Suspirei. Ele deve ter me ouvido antes. Fiquei ao lado dele e me inclinei.
“Vamos nos sentar em outra mesa durante o almoço,” murmurei, assegurando ele.
Jasper deu de ombros. “Assumi que iriam. Só estou um pouco surpreso que você tornaria tão público.”
“Sei o que estou fazendo,” franzi.
Ele deu de ombros novamente. “Tenho certeza que sabe. Você deve estar fazendo algo certo. Nunca senti tanta de felicidade em você antes.”
Sorri e Jasper riu sem graça. “Então o que você está fazendo aqui?” Mudei de assunto.
“Matando aula,” ele respondeu. “Meu professor idiota de Historia Americana está lecionando sobre a Guerra Civil. Eu decidi que seria melhor sair.” Eu ri, sabendo muito bem o quão sensível ele poderia ser sobre esse assunto.
“Tudo bem, te vejo depois então,” Eu bati em seu ombro. Ele me deu um sorriso sábio enquanto eu caminhava para minha primeira aula.
Ah… Álgebra. A matéria de matemática que muitos humanos achavam excessivamente difícil. Para mim, era a atividade mais mundana. Eu já tinha memorizado há muito tempo cada função e derivada. Para evitar um aborrecimento absoluto procurei nas mentes dos humanos para ver como Bella estava. Ela apareceu nos pensamentos de Mike Newton, no entando ele não pensava nela naquele momento portanto rapidamente o bloqueei da minha mente. Suspirei e deslizei mais ainda no meu assento. O tempo passou muito lentamente.
Fiquei completamente aliviado quando era hora da minha segunda aula, Educação Cívica. Não devido ao assunto, mas porque permitía que eu ficasse mais perto de onde Bella estava na sua própria classe. Também, significava só um período de distância de uma futura conversa entre Jessica e Bella. Eu estava antecipando muito isto. Contudo, o meu bom humor foi rapidamente estragado quando o professor abriu o livro e começou a zumbir sobre a cidadania naturalizada. Nunca antes o Ensino Médio tinha sido tanto um purgatório para mim.
O tempo passou mais devagar ainda…
Com uma imensa ansiedade, pulei do meu assento no segundo que o sino tocou e andei rapidamente para minha aula de Inglês. Enquanto me sentava, já podia ouvir os pensamentos muito empolgados de Jessica. Sorri para mim mesmo mas então notei que Sr. Mason me deu um olhar estranho. Rapidamente recompus meu rosto, virei para encarar uma parede e concentrei na mente de Jessica.
Sr. Mason pediu atenção e disse a Ben Cheney para começar a lição de hoje — que acontecia de ser Hamlet de Shakespeare. Ben Cheney ficou de pé e começou a ler a passagem que Sr. Mason tinha solicitado. Isto facilitou para mim simplesmente me desconectar da sala e me concentrar na conversa que eu queria ouvir.
“Ser, ou não ser – eis a questão,” começou Ben em uma voz bastante trêmula. Tive que conter o impulso de virar os olhos. “O que é mais nobre? Sofrer na alma, As flechas da fortuna ultrajante, Ou pegar em armas contra um mar de dores, Pondo-lhes um fim?”
Ai meu Deus apenas me conte tudo, estou morrendo aqui! Jessica pensou.
“Morrer, dormir – Nada mais – e por via do sono pôr ponto final, Aos males do coração, e aos mil acidentes naturais, De que a carne é herdeira.”
O que eles fizeram, voaram para casa? Huh, ele dirige como um louco… isso é tão legal.. eu ri em silêncio para mim mesmo.
“Num desenlace, Devotadamente desejado. Morrer, Dormir – Dormir – sonhar talvez: mas aqui está o ponto de interrogação, Porque no sono da morte que sonhos podem assaltar-nos, Uma vez fora da confusão da vida? É isso que nos obriga a reflectir.”
Ugh! O que ela quer dizer com que aquilo não foi um encontro? Deus, ela é um tédio…
“É esse respeito, Que nos faz suportar por tanto tempo uma vida de agruras. Pois quem suportaria as chicotadas e o escárnio do tempo, As injustiças do opressor, as afrontas dos orgulhosos, A tortura do amor desprezado, as demoras da lei, A insolência do oficial, e os pontapés, Que o paciente mérito recebe do incompetente, Quando o próprio poderia gozar da quietude, Dada pela ponta de um punhal? ”
Oh uau… uau… uau… uau… é oficial… eles estão namorando… eu tenho que contar para todo mundo! Eu não estava aborrecido que Jessica iria informar a escola inteira sobre meu relacionamento com Bella. Na verdade, eu senti um pouco de orgulho.
“Quem tais fardos suportaria, Preferindo gemer e suar sob o peso de uma vida fatigante, A não pelo medo de algo depois da morte, Esse país desconhecido, de cujos campos, Nenhum viajante retornou, e que nos baralha a vontade, E nos faz suportar os males que temos, Em vez de voar para o que não conhecemos?”
Ugh…ela ainda nem beijou ele ainda... Eu endureci levemente na minha cadeira. Poderia Bella verdadeiramente me desejar do jeito que eu a desejava?
“Assim a consciência nos faz a todos covardes, E assim as cores nascentes da resolução, Empalidecem perante o frouxo clarão do pensamento, E os planos de grande alcance e atualidade, Por via desta perspectiva mudam de sentido, E saem do reino da ação.”
Isso é tão legal! Ele nem prestou atenção na garçonete bonita… Uau, Edward Cullen realmente gosta dela...
“Agora, silêncio, A bela Ofélia! – Nymph, naqueles horizontes, Sejam todos meus pecados lembrados.” Bem Cheney murmurou o fim do Soliloquy muito rápido e escorregou em sua cadeira, exausto.
Ai meu Deus, olhe ela corando… ela está vermelha que nem beterraba… eu também ficaria envergonhada se eu gostasse de Edward Cullen mais do que ele de mim…
Perdão? Eu estava sem palavras. Eu salvei sua vida duas vezes, como Bella não via o quanto eu me importava com ela? A profundeza das minhas emoções ultrapassavam mais do que tudo que ela poderia imaginar. Então os pensamentos de Jessica se viraram para Mike Newton e eu bloqueei sua mente.
Eu passei minha aula de Educação Fisica inteira contemplando a conversa delas, analisando cada palavra que ouvi. Eu levantava minha raquete de Bafminton quando precisava mas fora isso, não prestei atenção nenhuma.
Eu geralmente achava a mente de Jessica parecida com a de um papagaio, repetindo qualquer coisa que ela ouvisse, então realmente duvidei que ela editou muito do que Bella a havia dito. Era racional presumir que Bella fora tão honesta quanto possível com essa sua amiga. Um fato que me incomodou muito.
Duas coisas me incomodavam. Primeira, Bella acreditava que seus sentimentos eram mais fortes que os meus. Um vampiro não lida com essas coisas levemente e uma vez que escolhem um par, é pra vida inteira. Sempre estive consciente que uma vez que sua vida acabasse, a minha também acabaria. Eu estava muito desapontado comigo mesmo por não deixar meus sentimentos claros. Segundo, Bella parecia querer que eu a beijasse. Eu estava aterrorizado com o que aconteceria se meus venenosos dentes ficasse em algum lugar perto de seus quentes e macios lábios. Ao mesmo tempo, eu estava honrado que ela pensava em mim dessa maneira.
No fim da aula, o primeiro problema pesava mais que o segundo. Fiz desse o meu dever, de deixar as coisas claras. Agora que nós finalmente nos revelamos um para o outro, ela tinha que saber o quanto era forte o que eu sentia por ela. Eu rapidamente me troquei e marchei para a sala onde ela iria estar saindo, me inclinei e esperei.
“Você não vai se sentar com a gente hoje, não é?” eu ouvi Jessica perguntar dentro da sala.
“Acho que não,” Bella respondeu com certa dificuldade. Sua incerteza cortou no fundo no meu ser.
Jessica emergiu primeiro, Bella saindo atrás dela. Ela viu meu olhar e seus olhos se arregalaram em surpresa. Eu nunca me cansaria dessas suas expressões faciais adoráveis. Jessica por outro lado, me deu uma olhada e virou seu rosto. O sentimento era mútuo, eu pensei.
“A gente se vê, Bella.” Sua voz era insinuadora, incômoda.
“Oi,” eu cumprimentei. Eu me diverti com tudo que aconteceu, mas minha irritação prévia ainda estava proeminente em minha mente.
“Oi,” ela disse.
Não dissemos mais nada e calmamente caminhamos para o refeitório. Eu precisava encontrar as palavras certas para me expressar claramente, para assim ser bem entendido. Eu não estava acostumado a ter que pensar como humano e não estava certo do que dizer para ela. Eu seriamente duvidava que confessar que eu iria amá-la até o dia de sua morte era uma coisa apropriada para se dizer.
Liderei o caminho até a fila, olhando de tempo em tempo em seu rosto. Eu estava esperando encontrar algo lá que me ajudaria a entender. Mas, não havia nada. Ela não encontrou meu olhar, ao invés disso ficou brincando nervosamente com o zíper de seu casaco. Ela estava se escondendo de mim, de novo. E eu só ficava mais irritado por não poder lê-la de jeito nenhum.
Andei para o balcão e comecei a encher uma bandeja com comida humana, todo o tempo tentando adivinhar o que ela iria preferir.
“O que você está fazendo?” ela disse. “Não está pegando tudo isso para mim, não é?”
Eu balancei a cabeça, caminhando para pagar a comida.
“Metade é para mim, é claro.”
Ela levantou uma sobrancelha. Eu estava brevemente incomodado que ela não podia ver o obvio. Embora ela soubesse meu segredo, o resto da população humana não sabia. Naturalmente, eu tinha que manter o disfarce.
Segui o caminho para a mesma mesa onde nos havíamos sentado antes, percebendo o quanto havia mudado para nós, embora estivesse tudo exatamente igual. Eu estava atento aos olhares dos humanos próximos enquanto nos sentávamos um na frente do outro, e também da minha própria família, mas não me importei. Eu tinha coisas mais importantes para lidar.
“Pegue o que quiser,” eu disse, empurrando a bandeja em sua direção.
“Estou curiosa,” ela disse pegando uma maçã, brincando com ela em suas mãos, “o que você faria se alguém o desafiasse a comer comida?”
“Você está sempre curiosa.” Eu fiz uma careta, sacudindo minha cabeça. Se ela fosse um gato, sua curiosidade já a teria matado. Tudo bem então, vamos satisfazer sua perigosa curiosidade.
Olhei para ela, segurando seu olhar enquanto levantava o pedaço de pizza da bandeja e fazia um show dando uma grande mordida, mastigando rapidamente, e então engolindo. Eu lutei contra a vontade de fazer cara feia para a comida humana que eu acabei de digerir, sem mencionar o fato que eu iria ter que expelir isso depois. Fora isso, me incomodou que ela pensasse que eu era muito fraco para lidar com um coisa tão simples.
“Se alguém desafiasse você a comer terra, você poderia, não é?” eu pedi condescendente.
Ela enrugou o nariz. “Eu comi uma vez… num desafio,” ela admitiu. “Não foi tão ruim.”
Eu ri. “Suponho que eu não esteja surpreso.” Apenas Bella para saber como é comer terra. Ela era verdadeiramente uma criatura fascinante. Ai meu Deus… Edward acabou de rir… Vou falar com a Bella quando eu tiver uma chance… Olhei sobre o ombro de Bella para ver Jessica olhando intensamente.
“Jessica está analisando tudo o que eu faço,” eu mencionei. “Ela vai te falar tudo depois..” Eu empurrei o resto da pizza para longe, não querendo mais inalar aquele cheiro. Agora ele está dando a pizza para ela… O que isso significa? Jessica continuou a me incomodar com seus pensamentos. Embora tivessem sidos seus pensamentos irritantes que me levaram para a verdade dos sentimentos de Bella, era difícil sentir qualquer gratidão por ela.
Bella largou a maçã e deu uma mordida na pizza, desviando os olhos. Era hora de ter a conversa que eu estive imaginando em minha cabeça por mais de uma hora. Eu decidi começar com o detalhe mais inocente.
“Então a garçonete era bonita, não era?” Eu perguntei casualmente.
“Você realmente não percebeu?”
“Não. Não estava prestando atenção. Haviam muitas coisas em mente.” Homicidio… vingança…. assassinato em massa… apenas para falar alguns.
“Pobre garota,” ela simpatizou. Eu não podia mais esperar.
“Uma coisa que você disse para Jessica … bom, me incomoda.” Minha voz pareceu um pouco rouca e eu esforcei para me recompor. Afinal, ela não era a fonte do meu incomodo, eu não tinha ninguém para culpar além de mim mesmo por minha falta de clareza. Eu precisava ser gentil com ela o tempo todo.
“Não me surpreende que você tenha ouvido alguma coisa da qual não gostou. Você sabe o que dizem sobre ouvir a conversa dos outros,” ela me lembrou.
“Eu avisei que estaria ouvindo.”
“E eu avisei que você não iria querer saber tudo o que eu estava pensando.”
“Avisou mesmo,” eu concordei relutantemente. “Mas você não está exatamente correta. Realmente quero saber o que está pensando… Tudo. É que apenas preferia… que você não ficasse pensando certas coisas.”
Ela me deu um olhar zangado. “Essa é uma diferença e tanto.”
“Mas esse não é realmente o ponto no momento.” Suas evasões estavam testando minha paciência.
“Entao o que é?” ela perguntou. Eu cruzei minhas mãos e me inclinei para frente enquanto ela se inclinava para mim, uma mão em seu pescoço.
“Você acredita sinceramente que gosta mais de mim do que eu de você?” Eu murmurei, aproximando-me mais ao falar, me perdendo em seus olhos castanhos.
Ela pareceu repentinamente ter problemas para respirar. Ela desviou o olhar e deu um profundo suspiro. Quando ela exalou eu tive que brevemente cortar o ar em meus pulmões para me prevenir de inalar.
“Você está fazendo aquilo de novo,” ela murmurou.
Meus olhos se arregalaram em surpresa. “O que?”
“Me deslumbrando,” ela admitiu, voltando a me olhar.
“Oh.” Eu franzi o cenho. Essa não era a minha intenção de forma algumma, eu estava meramente tentando obter a verdade dela sem a interpretação barata de Jessica Stanley.
“Não é sua culpa,” ela suspirou. “Você não pode evitar.”
Chega de evasões! “Você irá responder à pergunta?”
Ela olhou para baixo. “Sim.”
“Sim, você vai responder, ou sim, você realmente pensa isso?” Minha irritação saiu por minha voz.
“Sim, eu realmente penso isso,” ela disse calmamente, mantendo seus olhos na mesa. Naquele precioso segundo, percebi a razão do porque ela estava sempre escondendo de mim. Ela também estava apaixonada por mim. Eu estava tão incrivelmente emocionado que ela pensasse em mim como alguém que ela pudesse amar.
“Você está errada.” Eu a informei suavemente, tentando com todas as minhas forças expor meus sentimentos em minha voz.
Ela olhou para mim e seu rosto suavizou quando ela olhou em meus olhos.
“Você não pode saber disso,” ela discordou em um sussurro. Ela balançou sua cabeça em duvida, me rasgando em pedaços novamente…
“O que a faz pensar assim?” eu perguntei, querendo saber como ela poderia duvidar de meus sentimentos. Eu procurei seus olhos, rezando para que essa fosse a única vez que ela não editaria.
Ela olhou de volta e seus olhos começaram a brilhar. Eu estava rapidamente perdendo a paciência. Eu queria saber a verdade naquele momento, e eu não queria esperar horas ou possivelmente dias. Bufei a esse pensamento. Ela tirou sua mão do pescoço e ergueu um dedo.
“Me deixe pensar,” ela insistiu. Eu parei de bufar e reconquistei a minha paciência agora que eu sabia que ela iria providenciar uma resposta. Eu a assisti pressionar suas palmas juntas, cruzando e descruzando seus dedos até que finalmente falou.
“Bom, além do óbvio, ás vezes…” ela hesitou. Por favor não comece a editar agora, eu implorei em minha mente. “Não posso ter certeza – eu não sei ler mentes – mas às vezes parece que você está querendo dizer adeus quando está dizendo outra coisa.”
“Perceptiva,” eu sussurrei. De algum modo ela conseguia ver através de mim cada vez que eu tentava lhe dar um caminho aberto parra fugir para longe. Mas eu era um vampiro, eterno, e eu iria suportar esse tipo de dor e mágoa por ela quando eu sabia – sendo uma humana delicada – que ela não iria ser capaz de fazer o mesmo. “Mas é exatamente por isso que está errada,” eu comecei a explicar. Obviamente eu iria… esperar. Havia mais algo que ela disse que era obvio para ela. Meus olhos se estreitaram enquanto eu perguntava, “O que você quer dizer com ‘o obvio’?”
“Bom, olhe para mim,” ela disse. Er… Eu já estava olhando para ela. “Sou absolutamente comum – bom, a não ser pelas coisas ruins como todas as experiências de quase-morte, e por ser tão desastrada que me torna praticamente incapaz. E olhe para você.” Ela acenou sua mão para mim, mandando seu cheiro diretamente em meu rosto, meu estomago se revirou.
Eu franzi, minha raiva chamejando, tanto por suas palavras quanto por minhas próprias reações físicas. Por que diabos ela estava mentindo para mim? Comum? Dificilmente! Então minha raiva sumiu quando o entendimento começou a me tomar. Ela simplesmente não percebia a criatura incrível que verdadeiramente era.
“Você não se vê com muita clareza, sabia?” Exceto talvez por sua descoordenação. “Vou admitir que você está absolutamente certa sobre as coisas ruins,” eu ri, “mas você não ouviu o que todo macho desta escola estava pensando no seu primeiro dia aqui.”
Ela piscou, atônita. “Eu não acredito…” ela balbuciou para si mesms.
“Confie em mim, só desta vez. Você é o oposto de comum.” Eu disse o mais sinceramente possível.
Seus olhos pareceram satisfeitos mas o rosado em suas bochechas me disse que ela estava envergonhada. Então ela pareceu sacudir quaisquer emoções que estava sentindo.
“Mas não estou dizendo adeus,” ela assinalou.
“Você não entende? Isso prova que estou certo. Sou eu quem me importo mais, porque se eu posso fazer… ” – sacudi minha cabeça, lutando com a dor daquele pensamento -” “se partir é a coisa certa a se fazer, então vou me machucarei para evitar de te machucar, para manter você segura.”
Estranho o suficiente, ela me olhou fixo. “E você não acha que eu faria o mesmo?”
“Você nunca precisaria fazer essa escolha.” Claramente não era eu quem precisava de proteção. Então eu sorri ao pensamento do tipo de proteção que ela parecia precisar.
“É claro, manter você segura está começando a parecer uma ocupação de tempo integral que requer minha presença constante.”
“Ninguém tentou me assassinar hoje,” ela disse casualmente. Por uma fração de segundo ela pareceu ponderar algo, mas seus olhos revelaram um tom de culpa, mas então aquilo também sumiu rapidamente. Ela estava contemplando futuras catástrofes?
“Ainda,” eu acrescentei.
“Ainda,” ela concordou.
Tantos perigos poderiam facilmente acontecer a ela em numerosos lugares – desde uma cidade como Seattle até sua própria casa. Eu repentinamente me senti como se eu estivesse em com tempo contado. Eu supus que isso é estar envolvido com um mortal. Chances são raras e se erros fatais são feitos, humanos não podem retificá-los por que eles não tem uma eternidade para se gastar em tais coisas. O tempo era agora. Sem mais disfarces, sem mais máscaras. Eu iria tirar meu disfarce humano para ela e revelar tudo de mim.
“Tenho outra pergunta para você.” Eu comecei casualmente, esperando que o convite que eu tinha em mente não a iria assustar considerando o modo que ela tem tratado seus admiradores até agora.”
“Manda.”
“Você realmente precisa ir a Seattle nesse sábado, ou essa era só uma desculpa para dizer não a todos os seus admiradores?”
Ela fez uma careta. “Sabe de uma coisa, ainda não perdoei você pela historia do Tyler,” ela me alertou. “É por sua culpa que ele se iludiu em pensar que vou ao baile com ele.”
“Ah, ele teria encontrado uma oportunidade de convidar você sem minha ajuda… eu realmente só queria ver sua cara,” eu ri. “Se eu a tivesse convidado, você teria me rejeitado?” eu perguntei, ainda rindo para mim mesmo.
“Provavelmente não,” ela admitiu. “mas eu teria cancelado depois – fingindo doença ou um tornozelo torcido.”
Eu estava confuso. “Por que você faria isso?”
Ela balançou a cabeça com tristeza. “Pelo visto, você nunca me viu na aula de educação física, mas acho que você que iria entender.”
“Está se referindo ao fato de que você não consegue andar em uma superfície plana e estável sem encontrar alguma coisa em que tropeçar?”
“Obviamente.”
“Isso não seria um problema,” eu disse confiante. Eu nunca a deixaria cair. “Tudo depende de quem conduz.” Assim que ela abriu a boca para protestar, eu a cortei, determinado a voltar ao assunto. “Mas você não me disse – está decidida a ir a Seattle ou não se importa se nós fizermos algo diferente?”
“Estou aberta a alternativas,” ela cedeu. “Mas tenho um favor a pedir.”
Suas questões sempre me deixavam em alerta. Ela era tão imprevisível, eu nunca sabia quando ela me pediria para deixá-la em paz. “O que é?”
“Posso dirigir?”
Eu franzi a testa. “Por que?” Ela acabou de admitir ser o individuo mais propício a acidentes e ainda assim queria ficar atrás do volante?
“Bem, principalmente porque quando eu disse a Charlie que ia a Seattle ele me perguntou especificamente se iria sozinha e, na hora, eu ia mesmo. Se ele me perguntasse novamente, eu provavelmente não iria mentir, mas não acho que ele vá perguntar de novo, e deixar minha picape em casa só trairia o assunto à tona sem nenhuma necessidade. E, além disso, porque a forma que você dirige me dá medo.”
Virei meus olhos. “De todas as coisas sobre mim que poderiam te dar medo, você se preocupa com minha forma de dirigir.” Eu balancei minha cabeça em desdenho, mas então me ocorreu que ela não planejava em contar ao seu pai sobre seu paradeiro. “Você não quer contar a seu pai que vai passar o dia comigo?”
“Com Charlie, menos é sempre mais.” Ela soou certa sobre isso. “Aonde nós vamos, falando nisso?”
“O tempo estará bom, então vou ficar longe dos olhares públicos… e você pode ficar comigo, se você quiser.” Eu usava o aviso de Carlisle o máximo possível, a permitindo escolher seus limites.
“E você irá me mostrar o que quis dizer sobre o sol?” ela perguntou, empolgada.
“Sim.” Eu sorri para sua resposta, então pausei, sabendo muito bem o que aconteceria se ela visse minhas feições alienígenas no sol. “Mas se você não quiser ficar… sozinha comigo, eu ainda prefiriria que você não fosse para Seattle sozinha. Eu tremo só de pensar nos problemas que você poderia encontrar numa cidade daquele tamanho.”
Ela pareceu aborrecida. “Phoenix é três vezes maior que Seattle,” isso só em termos de população. “Em tamanho…”
“Mas ao que parece,” eu interrompi, “sua hora não havia chegado em Phoenix. Então eu preferiria você perto de mim.” Eu usei suas próprias palavras da noite interior para solidificar meu argumento. Observei seu rosto, sem esperanças que ela iria concordar comigo. Então seu rosto ganhou uma expressão resignada.
“Mas acontece que eu não me importo em ficar sozinha com você.”
“Eu sei,” eu suspirei, meditando o fato que ela realmente deveria se preocupar, embora eu não quisesse. “Mas você deveria contar ao Charlie.”
“Por que eu faria isso?”
Minha raiva explodiu. “Para me dar um pequeno incentivo para levá-la de volta.”
Ela engoliu em seco. Ela pareceu estar pensando sobre o que eu havia falado, mas então ela pareceu certa. “Acho que vou correr o risco.”
Eu exalei, frustrado, e desviei os olhos.
“Vamos falar de outra coisa,” ela sugeriu.
“Do que você quer falar?” eu perguntei, ainda incomodado que ela tinha intenção de fazer as coisas muito fáceis para o monstro em minha cabeça.
Ela olhou em sua volta e pegou os olhares curiosos de minha família. Obviamente eles estavam ouvindo cada palavra, isso não era surpresa. Eu não tinha privacidade em minha família. Embora eu estava fazendo um belo esforço para bloquear seus pensamentos. Ela olhou novamente para mim e seus olhos brilharam com curiosidade mais uma vez.
“Por que foi àquele lugar nas Great Rocks no fim de semana passado… para caçar? Charlie disse que não era um bom lugar para trilhas, por causa dos ursos.”
Eu olhei para ela. Para uma pessoa tão intuitiva eu me surpreendi que ela não perdeu algo tão obvio.
“Ursos?” ela arfou, e eu sorri com malicia. “Sabe de uma coisa, não é temporada de ursos,” ela reclamou.
“Se você ler com cuidado, a lei só diz a respeito de caça com armas,” eu a informei.
Eu olhei seu rosto com prazer enquanto ela assimilava minhas palavras. Era definitivamente choque, embora ela tentasse esconder. Incredulidade pareceu ser a emoção dominante em seu rosto.
“Ursos?” ela repetiu com dificuldade.
“Os pardos são os preferidos de Emmett.” Eu mantive minha voz casual mas meus olhos estavam analisando sua reação. Ou melhor, falta dela.
“Hmmm,” ela disse. Ela olhou para baixo e mordeu a pizza, precisamente no ponto em que eu havia mordido.
Eu sou um idiota, eu me repreendi. Eu tinha que me achar e deixar meu veneno por toda a pizza que agora ela estava comendo. Ela mastigou vagarosamente, e então tomou um longo gole de Coca. O veneno não teve efeito nela? Não faria um estrago real a menos que ela tivesse uma ferida aberta em sua boca e entrasse diretamente em seu sistema sanguíneo. Mesmo assim, eu não podia acreditar em minha estupidez.
“Então…,” ela disse depois de um momento, finalmente encontrando meu olhar. Continuei a observando ansiosamente. “Qual é o seu preferido?”
Eu levantei uma sobrancelha e fiz uma careta em desaprovação. Ela parecer muito ansiosa para saber detalhes do meu estilo de vida monstruoso, isso me incomodava. “Leão da montanha,” eu respondi, decidindo ser honesto.
“Ah,” ela disse em um modo educadamente desinteressado, buscando por seu refrigerante de novo. Outra reação absurdamente calma. Certamente, ela sentia mais que isso.
“É claro que,” eu disse rapidamente, tentando me fazer soar mais humano, “precisamos ter o cuidado de não causar impacto ambiental com uma caçada imprudente. Tentamos nos concentrar em áreas com superpopulação de predadores – indo o quão longe precisarmos. Sempre há muitos cervos e veados por aqui, e eles servem, mas qual a diversão nisso?” Eu sorri provocando.
“Qual diversão mesmo.” ela murmurou com outra mordida na pizza.
“O inicio da primavera é a temporada de ursos preferida de Emmett,” eu continuei, tentando extrair uma reação dela, “eles estão saindo da hibernação, então são mais irritáveis.” Eu sorri, lembrando de nossa pequena aventura final de semana passado. Ursos emergiram de uma caverna, parecendo mais irritados do que eu e Emmett já os havíamos visto. Emmett estava positivamente radiante de felicidade.
“Não há nada mais divertido do que um urso pardo irritado,” ela concordou, concordando com a cabeça.
Eu ri baixinho, sacudindo minha cabeça. “Me diga o que você está realmente pensando, por favor.”
“Estou tentando imaginar – mas não consigo,” ela admitiu. “Como vocês caçam um urso sem armas?”
“Ah, nós temos armas.” Eu mostrei meus dentes em um breve e ameaçador sorriso. Ela tremeu levemente e fiquei impressionado que ela teve reações humanas e normais, embora não fossem o suficiente. “Mas apenas não do tipo que consideram quando redigem as leis de caça. Se você já viu um ataque de urso pela televisão, você deve poder visualizar Emmett caçando.”
Ela tremeu de novo, dessa vez mais fortemente e eu estava satisfeito que ela finalmente pareceu entender o perigo. Ela espiou pelo refeitório até Emmett, que estava olhando para longe. Eu segui seu olhar. Embora ela não pudesse ver, eu sabia que havia um sorriso enorme e presunçoso espalhado em seu rosto.
Eu ri. Ela olhou para mim, calma como sempre.
“Você é como um urso também?” ela perguntou em voz baixa.
“Mais como um leão, ou é o que me dizem,” eu disse levemente. “Talvez nossas preferências sejam indicativas.
Ela tentou sorrir. “Talvez,” ela repetiu. Seus olhos foram para longe. “Isso é uma coisa que eu poderia ver?”
“Absolutamente não!” Eu exclamei. Como ela possivelmente queria me ver caçar? Ela tinha um desejo de morte? Ela se inclinou para trás, atordoada e com os olhos arregalados de medo. Eu me inclinei para trás também, cruzando meus braços em meu peito. Eu não tinha intenção de assustá-la, mas eu não poderia tê-la pensando em coisas tão estupidamente perigosas.
“É assustador demais para mim?” ela perguntou depois de um momento, sua voz ainda um pouco trêmula.
“Se fosse apenas isso, eu levaria você esta noite,” eu disse, minha voz cortando. “Você precisa de uma dose saudável de medo. Nada poderia ser mais benéfico para você.” Qualquer coisa para fazê-la ter um pouco de senso de auto-preservação.
“Então por que?” ela pressionou.
Eu a encarei por um longo minuto.
“Depois,” eu disse finalmente. Eu fiquei de pé. “Vamos nos atrasar.”
Ela olhou em sua volta, talvez percebendo pela primeira vez que o refeitório estava quase vazio. Ela se levantou, agarrando sua mochila do encosto de sua cadeira..
“Depois, então,” ela concordou. Ela disse isso com tal finalidade que eu sabia que essa mulher extraordinária não iria esquecer. Então eu resolvi passar o resto do dia escolar mentalmente escrevendo um discurso para ela.
Por um lado, ela precisava entender os riscos de estar envolvida comigo. Por outro, a ultima coisa que eu queria era que ela pensasse que tudo o que eu desejava era matá-la. Eu não iria fazer isso, eu não poderia.
Eu iria ter que escolher minhas palavras com muito cuidado.
2 comentários:
humm..... O Emmet urso, Edward leao, Bella servo
Perfeita a fic!
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