Sol Poente - Capítulo 5: Problema Técnico

Ninguém sabe disso. Sabe, aquilo não foi algo muito... Certo. Ir a casa dela, a tal da Bella. Ela mora sozinha, com o pai, nada de cães, o que facilitava minha “visita”. Bom, a casa dela não é grande, mas é bonita, bem arrumada. Fui as quatro horas da manhã, enquanto ela ainda estava dormindo. Ela é estranha - fala enquanto dorme.

Olhei para o despertador: ela acordaria exatamente as seis da manhã. Eu fui relativamente rápida... Mas aconteceram imprevistos. Depois de confirmar o que eu já sabia - que ela não tinha nenhuma roupa que não parecesse velha. Aliás, todas eram velhas. E feias. Que era organizada demais. Que não tinha diário. E que a mãe perdeu o carregador do celular, porque ela tinha um bilhete que dizia “compra carregador para a mamãe”. E quem quer que seja que tenha arrumado aquele quarto... Nunca teve noções de que “verde não combina com amarelo” Enfim, eu vi tudo o que queria, escutei o que falava dormindo, pensamentos sem graça alguma sobre Edward, e estava pronta para sair. Mas quando saia pela janela, chutei a luminária, que acabou por cair, o que acordou ambos os moradores da casa. A garota fez um movimento para acender o abajur, e assim eu me coloquei debaixo da cama. E ali fiquei, esperando que ela voltasse a dormir, mas isso não aconteceu.

-Nossa, como isso caiu? Charlie deve ter acordado. Vou fechar a janela. Será que aquele animal entrou? Vou ver se esta na casa.

Ela não somente fechou a janela, como trancou-a. E levou a chave consigo. Foi fazer a sua vistoria na casa. E então eu teria que esperar. Mas mal Bella saiu, eu vi o objeto que derrubara, e não me controlei, realmente gritando:

-Que luminária horrível!!! Como alguém comprou isso?- Eu gritei, mas não esperava resposta.

-Eu achei que tinha gostado. E ela é boa para os estudos... Por que não disse que não tinha gostado? Espere... Foi ela que caiu? Quebrou? Talvez eu saiba consertar... Vou até aí ver.

-Papai? Por que ir no meu quarto? Com quem está falando? Acho que ela quebrou sim... Quer uma ajuda?

-Estou falando contigo, é claro. Mas onde você está? Eu gostaria que você viesse... Mas não é nada grave... Mas por favor, traga novas pilhas. As antigas saíram pela janela.

Comecei a ficar um tanto quanto nervosa. Especialmente quando ouvi os passos dele, e o barulho dela tropeçando pela escada. Até que ela se cortou com a embalagem das pilhas. O pai dela foi vê- la. Mas quando chegaram a conclusão de que estava bem, retomaram seu rumo. Sentiram o cheiro forte do meu perfume, e começaram a procurar alguém que arrombara a casa. Mas meu silêncio foi tão perfeito que acharam que se algum ser havia estado ali, não tardara em sair. Mas enquanto Charlie fora dormir, ela foi fazer os deveres de casa que tinha esquecido. Desativou o despertador. E eu fiquei ali debaixo da cama. As oito ela percebeu que estava atrasada, e se lembrou de ter colocado a mochila debaixo da cama. Não tive reação. Eu somente fiquei paralisada. Ela, na pressa mesmo vendo que tocara em algo gelado, saiu correndo.

Foi só então, depois da casa ficar vazia, que eu pude sair. Tive que ter muito cuidado, uma vez que todas as janelas estavam trancadas, e saí pela porta da frente. Assim, acabei por não ir a aula, e saí pelo dia e pela noite, para evitar comentários e perguntas que prefiria não responder. Mas a minha semana não foi fácil. A próxima besteira de Edward nos colocaria ainda mais em risco. E essa não seria uma das garotas que ele iria beber o sangue.

1 comentários:

Laila disse...

E intereçante o genito que a Rose pensa e age.

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