Ressurreição - Capítulo 09: Escudo

[Bella]

Emmet e Rosalie conversavam na sala, enquanto Esme e Carlisle nos esperavam, ansiosos. Eu sabia que deviam estar loucos para ver a vampira que voltava à vida.

- Bella, Bella! Volta à vida e quase destrói a casa! Com uma energia assim, poderíamos acender todas as luzes dos EUA! – Emmet ria deliciado por sua piada suja e for a de hora, tentando me constranger. Rosalie bateu nele com a almofada fofa que estava segurando, estourando-a na cabeça de Emmet, e ele ficou coberto de penas.

Edward revirou os olhos e cochichou em meus ouvidos.

- Tem certas coisas que nunca mudam.

Concordei. Eu já me acostumara com Emmet

Esme veio e me deu um terno abraço, deixando-me com uma sensação de culpa. Ela soluçava enquanto falava.

- Minha querida, você é importante para todos nós, a amamos muito! Nunca mais, eu a proíbo, nunca mais sairá sozinha! – soluçou.

Eu me senti tão constrangida ao ver a dor que causei nela, era muito fácil ferir os sentimentos de Esme. Carlisle chegou depois dela, me abraçando, a curiosidade emanando de seus olhos.

“ Oh, não “ Pensei.

Carlisle ia perguntar sobre o processo de ressurreição, eu tinha certeza sobre isso.

- Bella – começou ele -, eu gostaria de saber o que você lembra disso.. você me surpreendeu, isso deveria durar um mês. E você levou apenas um dia!

Fiz uma careta feia. Exatamente a mesma cara feia, de quando eu havia me transformado.Ser um experimento científico era algo que não me agradava muito.

Semi-cerrei os olhos.

- Hum, tudo escuro, não senti nem lembro de nada….

Mas respondi rápido demais, minha voz falhou no final. Os sinos não soaram tão bem. Escutei Edward trincando os dentes, ele ia me encher de perguntas depois, isso era evidente. Suspirei.

Então um grito estridente, agudo e infantil irrompeu pela sala.. Quando vi, a causa do grito voou para cima da mesa cara e fina de Esme, pousando elegantemente sobre ela. Seus olhos me fitavam, cheios de malícia e provocação.

- Minha mesa não … - chorou Esme, ao fundo.

Edward riu e se afastou de mim propositalmente, dando de ombros. Emmet gargalhava e Rosalie resmungava incoerentemente frases desconexas. Carlisle foi o único que manteve os olhos atentos e cautelosos.

Eu recuei, dando um passo para trás. Agachei-me e rosnei, irritada com aquilo tudo, eu me irritava muito quando me afastavam de Edward por menorzinha que fosse a distância imposta. Ele me deixou sozinha para enfrentar os leões.

Eu não ia esquecer de hoje. Nem que passasse dez mil anos. Voei para cima da mesa de Esme, pousando delicadamente sobre ela. Isso iria impor mais respeito, principalmente de Emmet.

Minha pele começou a brilhar na cor do metal líquido de meu escudo, só que agora era visível. O aço pingou de minhas mãos, subindo pelo ar, tomando uma forma de densa nuvem, carregada de eletricidade, soando como minúsculo trovões.

O olhar de todos chegava a ser audível. Eu havia me tornado ainda mais forte. Mais letal. Com minha morte, meu escudo se aperfeiçoou, como uma reação de auto-defesa. Me tornei letal demais. Emmet não resistiu, enquanto me olhava, ao impulso de me desafiar. Ele queria provar que era mais forte, o burro.

- Emmet, não! – Sibilou Edward.

Mas era tarde demais. Ele havia pulado para cima da mesa de Esme, me agarrando fortemente.

A mesa quebrou de vez.

Emmet ficou cheio do metal líquido que emanava do meu corpo – ele praticamente o inalava – o metal era denso e palpável quando pingava para for a do meu corpo. Emmet começou a contercer-se como se tivesse convulsões. Podia ver o líquido entrando pelo seu nariz e saindo pelos seus olhos, ouvidos, e boca. Então ele não pôde aguentar – e caiu no chão, convulsinando.

Fiquei tão atônita, que fiz um esforço, e o escudo voltou para dentro de mim, entrando por cada poro meu.

- Emmet! –gritei.

- Emmet! – gritaram em coro os outros.

Eu estava me sentindo terrivelmente culpada. Edward ria baixinho e Esme chorava soluçando pela mesa.

Não deu tempo de ver mais nada. Quando percebi, estava voando – não, eu estava sendo jogada no riacho.

- Alice! – protestei inutilmente, enquanto eu caía na água.

Alice ria infantilmente. Sua risada era mais linda que a nona sinfonia de Beethoven. Espirrei água nela por vingança. Ela corria de um lado para outro como um bebê. Decidi que minha ocupação em tempo integral como irmã dela, seria agora de cutucá-la com varinha curta. E provocá-la bastante!

Eu estava feliz. Sentia a água, o sol. Todos ao me verem ali, riram comigo, até Emmet – que já estava recuperado.

Eu estava viva – e estava com Edward.

Mais tarde, quando eu já estava seca, Alice me chamou.

- Bella? Como você pôde…. – cantou ela, suas sobrancelhas se unindo em um olhar de cortar o coração.

- Eu achava que seria pior se fôssemos todos – expliquei.

- Hum, posso entender. Mas precisava me congelar? – Franziu a cara.

- Desculpe, foi mesmo imperdoável. Mas me diz, dói ser congelada?

- Não, não dói..mas…- hesitou – imagino que para humanos deve doer, os músculos ficam travados depois – e riu prazerosamente- você congelou o cachorro!

Engoli seco…Jacob….eu deveria acertar isso com ele depois…com Jacob e Reneesme.

- Estou perdoada? – Levantei uma sobrancelha, duvidando.

- Sim, claro – não me convenceu.

- Qualquer coisa para me perdoar, Alice! – implorei.

Foi a frase mágica. Tudo bem. Não podia ser tão ruim assim. Alice deu um gritinho e quicou várias vezes. Esperei.

- Vou fazer sua festa de Bodas com Edward!

Meus olhos quase saltaram das órbitas – isso não era ruim... Isso não era o 7º círculo do Hades. Não era um pesadelo.

Era muito pior. Era apenas Alice.

- Alice, Bella e Emmet Cullen! - Esme falou em voz audível de dentro da casa. Dava para notar o quanto ela estava irritada. Epa dos grandes.

- Vocês quebraram a minha mesa! Portanto nada mais justo que cuidem da faxina da casa por 8 meses seguidos!! Os três! E eu não quero ouvir um pio a respeito, estão me entendendo?

Emmet fechou a cara. Eu o fuzilei com os olhos e Alice mostrou a língua a ele. Todos os outros riam prazerosamente, até Edward. Eu não podia suportar isso. Dei um passo à frente, na direção de Emmet. Rosalie sibilou. Fingi que não ouvi.

- Emmeeeeet querido - falei, ronronando - você vai ficar com a casa toda só para você né? - pude ouvir Alice rindo baixinho, toda esperançosa. Edward e Carlisle se aproximaram para ouvir.

- Rárárá! Sonhe, Bella, sonhe! Tire o vampiro da chuva, porque decididamente estamos nessa juntos! Vou amar ver você varrendo a casa...!!! - Gargalhou.

Não dei por menos.

- Ah, mas você vai. Vai mesmo. Vai bem bonitinho, meu amorzinho. Né que você vai?? - ameacei, enquanto a nuvem de cristal líquido começou a trovejar em volta de mim. Dei um sorriso.

Ele recuou.

- ALICE E BELLA CULLEN, ESTOU OUVINDO TUDO, AINDA ESTÃO ACHANDO QUE ESTÃO COM A RAZÃO? POIS VÃO CUIDAR DO JARDIM INTEIRO AO INVÉS DA CASA. E SERÁ POR 8 MESES! E SE EU OUVIR MAIS QUALQUER COISA, NEM QUEIRAM SABER O QUE VAI ACONTECER COM VOCÊS!!

Fiquei imóvel. Alice arregalou os olhos. Até Edward e Carlisle pareceram lívidos. Rosalie era a única que dava um meio sorriso, enquanto Emmet rolava de rir no chão, visivelmente satisfeito por termos pegos uma pena maior que a dele - e pior. Arrumar aquele jardim cheio de bichos, que estava um matagal... Isso era tarefa para homem. Mas Esme estava tão irritada, como nunca tínhamos visto. Aliás, eu sempre duvidava da capacidade de Esme de se irritar. Estava, claramente, enganada.

Alice ficou estática. Estava tendo uma visão. Ficou mais furiosa ainda e saiu pisando duro, com Jasper ao seu encalço.

Edward riu também ao olhar para Alice.

Perguntei para ele.

- O que Alice viu que ficou tão brava?

- Se você souber, também ficará - garantiu-me ele, rindo mais ainda. Minha cara deve ter ficado muito irritada, porque Edward logo parou de rir, ficando bem sério. Sério demais.

- Quer saber MESMO o que Alice viu?

- Sim, queria saber, Edward eu não acho justo que somente você saiba e eu não.

- Também não é justo que eu lhe conte tudo o que os outros pensam, não concorda? - argumentou.

- Isso se não me envolver! - vociferei.

- Bem, Alice viu você e ela levando um balde de água fria. O detalhe é que ela não conseguiu ver o local onde vocês estavam, só conseguiu ver o resultado final. Acha que pode ser Emmet...

Não acreditei. Pisquei os olhos centenas de vezes, tentando digerir a idéia. Eu e Alice, vampiras, rápidas em respostas-reflexo, levando um balde?

Jurei para mim mesma que, se isso de fato acontecesse, eu iria quebrar os dois braços do infeliz responsável por tamanha façanha. E se fosse Emmet? Sacudi a cabeça. Ele não seria tão louco e burro, seria?

- Hum, Bella, você me deve umas respostas - Edward sussurrou, tentando me distrair, com certeza, e conseguindo - como foi sua transformação, meu amor? Eu notei que você ficou na defensiva quando Carlisle lhe perguntou.

- Oh, isso... Foi um pouco dolorido, Edward, mas nada que eu não pudesse suportar.

Pude ver seu rosto ao ouvir a minha confissão de dor. Ele contraiu cada músculo em uma expressão de agonia. Foi por isso que sempre que eu sofria eu evitava que Edward soubesse. A dor dele era a minha dor, e a minha dor, era a tortura dele.

- Bella, se eu soubesse... Se eu pudesse.... - ele não conseguiu terminar a frase, que parou no ar, deixando um toque de tristeza...

- Psst.. - Coloquei os dedos nos lábios dele - Não lamente. O que é a dor perto do poder que ela traz? Eu me tornei muito mais forte agora, Edward. E duvido muito que alguém agora possa me ferir. Isso é bom. - objetei.

- Ah! - ele respirou, segurando o ar - eu tenho tanta sede de vingança; eu queria matar Alec.

Eu deveria ter ficado atordoada com sua confissão. Mas dessa vez não fiquei. Eu também tinha a mesma sede.

- Esse dia vai chegar, Edward, e você com certeza matará, não Alec, mas Aro. Eu matarei Jane, e tenho certeza a própria Nessie deve estar planejando sua vingança contra Alec pelo que ele tentou fazer com Jacob. E se der na telha, até Alice e Jasper lutarão, provavelmente contra Demetri. - olhei ao longe, a floresta fria, sentindo os presságios agourentos de meus planos - Mas até esse dia chegar, temos de estar todos juntos.

Eu sentia mais sede de vingança que qualquer um deles. A vingança queimava em mim, mais forte que a própria sede de sangue. Como se fosse pastosa, eu podia sentir o seu gosto de fel na minha língua.

A imagem dos bruxos gêmeos eram tortuosas demais para mim, incitando meu corpo a lutar.

Sim, eu lutaria, nós lutaríamos. Olhei para Edward, que agora se retorcia como se estivesse escalando a grama. Percebi então, um pouco tarde, que meu escudo também funcionava como um imã poderoso - quem estivesse muito perto seria atraído para as nuvens trovejantes que emanavam de mim. Concentrei-me. A "tempestade" passou.

- Desculpe - Disse, constrangida.

- Não se desculpe, querida, - ele falou, equilibrando-se , tocando sua mão no meu rosto, visivelmente perturbado e lívido - você está apenas provando o quanto está apta a lutar.

- Estou mesmo? - minha voz de sinos cintilou aguda, não acreditando no que ele dizia. Ele sempre tentava me proteger de minha idéias de lutar.

- Sim, está! Quer aproveitar que acordou poderosa e caçar uns leões da montanha? Já que ainda não tomou sangue desde que levantou.

- Não antes de caçar você - sorri, maliciosamente, olhando eles com olhos famintos, olhos famintos de amor e desejo...

Edward soltou uma gargalhada.

- Como se pudesse me alcançar! - E correu para as montanhas.

Enquanto Edward corria, veloz, eu fiquei ali parada, refletindo na melhor maneira de o surpreender. De caçá-lo. A sede tinha ficado em segundo plano... Corri para a floresta, quando percebi que estava me demorando demais. Edward iria ficar todo convencido se eu não o alcançasse. Injusto. Muito injusto.

Adentrei pela floresta adentro, seguindo o cheiro de Edward. Era um cheiro que eu reconheceria em qualquer lugar, mesmo se estivesse a quilômetros de distância. Eu não era nada boa em rastrear - mas era boa em rastrear Edward. A noite começou a cair, mas isso já não significava mais nada. A noite era apenas uma ausência de luz. Não representava perigo, já que eu era forte para me defender sozinha. Lembrei-me vagamente, através das memórias humanas, na fatídica noite em Port Angeles. Tremi, enquanto sentia o vento em meu rosto. Decididamente, ser vampira fora a escolha certa. Eu era um imã para pesadelos, quando era humana. Talvez, se eu não tivesse jamais conhecido Edward, eu teria partido para o que muitos chamariam de Céu. Mas sem ele, jamais teria sido o Céu. Teria sido apenas uma eternidade escura.

Então ouvi uns rosnados. Um coração batendo. Um cheiro forte, de animal.

Vi Leah Clearwater, linda em seu corpo não envelhecido de 25 anos. A última vez que eu a vira, fora na guerra contra os Volturi, anos e anos atrás. Seus cabelos curtos, desfiados e desgrenhados combinavam com seus olhos, que cintilavam ódio mortal. Eu sempre soube que Leah odiava vampiros. Mas como vim a saber, ela me odiava muito mais.

Leah aproximou-se em um passo.

- Cullen. - Seu rosto trazia convicção.

- Clearwater - Reconheci-a.

Ela aproximou -se. Não poderia dizer se era tola ou corajosa. Eu era uma vampira forte, e ainda tinha sede de sangue. Ela era humana, e por mais que fedesse e fosse também um animal, ela era frágil.

- Então a sanguessuga, como diria Jacob, conseguiu acabar de vez com a minha felicidade.

- Como é? - Arfei.

- Não se faça de desentendida, Bella. Você sabe muito bem do que estou falando.

- Juro, Leah, que não faço nenhuma idéia. - Tentei sorrir.

- ARRRRGH! Então você só pode ser burra mesmo! Eu estava gostando de Jacob. Sabe, eu podia ter tido uma chance com ele, quando o conheci. Quando Sam me deixou. Mas então ele conheceu você.- Ela gesticulou enojada, para mim - Quando ele viu que você jamais ficaria com ele, eu sinceramente, fiquei muito feliz! Quem sabe poderia, então, ser amiga dele, e aos poucos, conquistá-lo? Então você aparece de novo. Grávida. E para piorar, dá sua filha de presente para Jacob. Duas vezes eu perco os homens que gostaria de amar!

- Puxa, Leah, mas heh, bem, sabe, Eu não sou a culpada disso tudo, sempre deixei claro as coisas a Jacob. E quanto a Renesmee, nem eu aprovei esse casamento, a culpa é somente desse imprinting de vocês. - Fiz um esforço para continuar sendo gentil com ela.

Leah olhou-me com cara de nojo, franzindo o nariz. Claro, eu não deveria ser muito cheirosa para ela, cheiro de vampiros eram gelados demais para os narizes sensíveis de lobisomens. Então ela me encarou.

Meus olhos arderam. Minha visão embaçou, e vi uma boca de lobo se abrindo escancarada para mim. Pisquei os olhos, olhando atônita para Leah. Não! Ela não podia estar pretendendo isso. Me atacar? Ela enlouquecera?

Leah agora espumava de raiva.

- Sabe, eu não ligo a mínima se a injunção de Sam determina que temos que respeitar o pacto. Eu odeio vocês. Eu odeio você. E estar na sua frente, agora, é um presente.

Ela tremia violentamente e sua forma começou a nublar.

Então ela agachou-se, olhando para mim, mas seus olhos era a única coisa humana que lhe restava.

Seus dentes afiados miravam o meu pescoço.

Não deu por menos.

Leah avançou, convicta, na minha direção.

Eu não queria ferí-la, então tentei não colocar muito de minha força quando ela me derrubou no chão. Segurei-a firmemente com as duas mãos, abrindo sua boca, mantendo-a longe de meu pescoço.

- Leah, leah, por favor, não faça isso, eu não quero machucar você!

Mas não adiantou gritar. Ela irradiava ódio mortal de cada fio de sua pelagem. Ela rugia ameaçadora, imprimindo muita força para me atacar.

Ela afastou-se por um instante, e eu pude me levantar. Ela ficou me rodeando, de um lado para o outro. Eu não podia me distrair, então me concentrei em me defender, sem tentar usar qualquer poder que viesse ferí-la. Rezei para que Edward não viesse agora, me procurar, senão com certeza o pacto seria quebrado.

Eu tinha que ser capaz de resolver isso sozinha.

Mas meu desejo não foi seguido – o meu corpo se defendeu.

A nuvem trovejante me circundou, densa, palpável, aumentando a circunferência de proteção a cada respirar. Tentei por para dentro, mas não consegui. Percebi que se o perigo fosse real, a nuvem não me deixaria.

Leah parou por um segundo. Suas batidas de coração aceleraram, e sua respiração ficou ofegante. Pude farejar – o ódio dela aumentando. Seus olhos estavam fixos em mim, como se atravessassem a densa nuvem. Lobisomens deviam enxergar bem demais, pensei.

Fiquei estática em minha posição, apenas arqueando os joelhos para bloqueá-la se fosse necessário.

Então Leah foi sugada pela nuvem.

“ oh, não “!

E então Leah estava grudada em mim, seu corpo de lobisomem peludo, quente e sufocante, enorme, tentava se desvencilhar de meu corpo. Seus olhos começaram a girar, o metal líquido saindo por seu nariz, seus ouvidos. Tentei afastá-la, protegê-la, mas não conseguia. O escudo era mais forte do que eu!

E aquele cheiro era nauseante, insuportável, quente. Eu teria de bom grado a chutado, se pudesse…. Como fediam esses lobisomens!

Então Leah – lobo teve uma convulsão, soltando-me, caindo no chão, ainda dentro da Nuvem trovejante, que soava alto como trovão. Eu não tinha dúvidas. Edward iria ouvir.

Nem bem terminei esse pensamento, e Edward apareceu na clareira, perto da árvore, rosnando, ameaçador.

Seus olhos procuraram o perigo – e viram a penas a nuvem densa e Leah-lobisomem no meio dela. Edward não conseguia me ver, a nuvem tinha ficado preta. Percebi que quanto mais tempo demorasse para recolher meu escudo, mais preta a coisa ficava mesmo.

Leah podia morrer. Como eu ia retroceder, quando sabia que ela atacaria? Meu corpo sabia disso. E se recusava a deixar sua proteção.

Edward ficou atônito. Eu podia vê-lo embora ele não pudesse.

- Bella, Bella, concentre-se, Bella, você vai matar Leah! Nós não podemos quebrar o Pacto!

- Edward, eu não consigo, essa coisa não vai para dentro! – E observei Leah convulsionando, vomitando um líquido metálico.

E no momento em que nossa falta de palavras foi signficativa, nessa floresta agourenta, enquanto eu observava as árvores na esperança de resolver esse problema, um lobo uivou.

- Seth Clearwarter! – Edward gritou.

Seth apareceu, segundos depois, o lobo cor de areia, irradiando preocupação. Percebi que ele não sabia o que fazia. Na verdade, percebi que ele não sabia o que fazia comigo. Então ele tomou sua forma humana diante de Edward.

- Seth, não entre na cerração, Bella e Leah estão ali dentro. Se você entrar ali, morrerá.

- Mas minha irmã…minha irmã! Eu consigo ouvir os gritos dela, nós precisamos salvá-la, Edward!

- Eu sei, Seth – ele pareceu amargurado – mas nem eu posso fazer isso sem morrer. Pelo que vi, Leah atiçou o instinto de defesa de Bella, e nem mesmo Bella está conseguindo controlar isso. Se eu entrar, pode ser que esse instinto interprete como ataque, e a coisa pode ficar feia de verdade.

- Então o que faremos? – Seth choramingou.

- Esperaremos.

Um barulho de muitos corações começaram a se ouvir, um por um, ali na clareira. Olhei na direção em que o sol se punha e pude vê-los.

Eram 35 lobisomens olhando fixamente para mim. Entre eles, pude ver a posição-líder de Sam.

2 comentários:

miriam vilela disse...

Ela vai matar a Leah e tratado sera rompido!!!! HAAAAAAAAAA SE CONTROLA BELLA!!!!!!!=O

NessCullen disse...

Se controle mas é você.Se ela matar Leah, melhor, aquela vira-lata já estava a persisar de levar uma lição!Beijocas,
NessCullen

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