[Carlisle]
O tempo revelou a escolha que ela fizera – ela escolhera o poder ao lado de Aro. E eu não houve nada que eu dissesse que a fizesse reconsiderar. Ela acreditava que fora criada para ser vampira e que deveria se aceitar como tal. Era extremamente avessa à idéia de negar os seus instintos.
O meu coração, claro, partiu-se pela segunda vez.
Arrasado, e extremamente desgostoso com aquele que dissera ser meu amigo, eu parti para sempre da Itália, com a firme convicção de nunca mais os encontrar, não enquanto não esquecesse o que fizeram.
Foi assim que fui para Londres desejoso de me redimir. Comecei a ajudar mais e mais pessoas, fazer medicina, salvar vidas, isso me trazia paz. E quando irrompeu aquela gripe espanhola, trouxe Edward para filho, Esme para esposa, Rosalie para irmã.
E encontrei, novamente a minha paz.”
Tudo isso passou-se com uma velocidade estonteante pela minha cabeça, enquanto eu reconhecia Heidi.
- Heidi... Eu... não tenho o que dizer.
- Ah mas eu tenho... e Carlisle, eu sinto o seu cheiro mudar. Notei que esse seu braço está enfaixado... Não vá me dizer que o que tememos aconteceu.
Heidi sabia então da aventura de Caius.
Aquiesci com a cabeça.
Heidi arregalou os olhos, numa expressão extremamente infantil.
- Carlisle, temos que encontrar Caius, e rápido! Eu já vi um vampiro se transformar naquela coisa, e garanto a você, não é agradável de se ver! – Ela começou a discar um número no celular.
Revirei os olhos. Pegar o avião com uma das guardas de Aro, era no mínimo, muita sorte – ou muito azar. Eu teria que pagar para ver.
Então eu comecei a suar, e a tremer.
Heidi largou o telefone. Seus olhos de lentes roxas lampejaram para mim.
- Carlisle, agüente, Carlisle, tenha força de vontade!
Eu comecei a ver tudo adquirir tons de preto-e-branco, e de repente todos pareciam carnes vivas para mim.
Fechei os olhos.
- Heidi, tenho que sair desse avião.
Heidi não esperou que eu terminasse, que eu lhe informasse sobre o que ela deveria fazer. Simplesmente colocou meus braços por sobre seus ombros e sussurrou:
- Eu ainda sou aquela menina que o salvou. Parece que vou lhe salvar, outra vez.
E em pulo sobrenatural, ela rompeu pela janela do avião, eu queria protestar, todas aquelas pessoas!
Enquanto Heidi caía comigo em direção ao Mar, o avião ia voando e perdendo altitude. Eu conseguia ouvir os gritos daquelas pessoas.
Olhei para o belo rosto de Heidi e percebi que a minha consciência começava a ficar em segundo plano, e meu instinto começava a dominar. Estava difícil manter os pensamentos.
O segredo de Renesmee não podia morrer comigo.
- Heidi, olhe para mim, Heidi, olhe para mim. – supliquei, enquanto caíamos.
- Sim, - ela olhou-me solícita.
- Tenho um segredo que você precisa jurar que entregará às pessoas certas.
- Carlisle, não há necessidade, Caius salvará você.
- Nós não sabemos se ele conseguirá, Heidi, e quero lhe pedir que se eu me transformar, não lutará comigo. Fuja e avise Aro.
- Não o deixarei. – Ela parecia Bella falando, o que fez lembrar de Renesmee.
- Ouça.... Ouça-me.
Ela me olhou atenta enquanto sentíamos o mar gelado nos envolver.
- Heidi, o segredo de Reneesme só deverá ser contado se algo me acontecer, certo?
- Ok, Carlisle, pode confiar em mim, eu levarei o seu segredo.
Então ali, cercado pelo mar verde e aparentemente infinito, eu lhe falei de Nessie. Contei o que poderia acontecer. Confiei-lhe o meu segredo.
E a medida que ia contanto, e que íamos saindo do mar, eu ofeguei.
Ofeguei, não de cansaço, ou de dor, mas de quem sabia o que lhe esperava. Era semana de lua cheia, então eu sabia...que me transformaria. Na próxima hora, no próximo minuto, ou no próximo segundo, talvez. Seria seguro Heidi ficar comigo? Seria seguro que eu a permitisse estar perto de mim e do perigo que eu me tornaria?
Quando chegamos na areia, notei que a minha pele estava colada sob a camisa. Eu havia crescido.
Então começou. O tremor final. O tremor que me conduziria a uma vida de instintos, a uma vida sem minha família.
- He..He...He...ii...
- Caius, socorro, Marcus!!
Eu já não entendia mais nada. A voz dela chamava por Caius, por Marcus.. Mas como? Estávamos tão longe de Volterra, tão longe da Itália, em alguma ilha perdida do pacífico, esquecida pelo mundo. Fechei os olhos e então alguma coisa me chamou. A coisa, era tão parecida com Aro.. Engraçado.....
- Carlisle, meu amigo, firme! Olhe só, só existe um tipo de antídoto para isso, e é o próprio veneno de nossa raça. Como agulhas naturalmente não penetram a nossa pele, você terá de ser mordido por quantos vampiros tivermos aqui. Vai doer, mas vai passar!
Abri os olhos
Ao sinal de Aro, todos eles vieram na minha direção e me morderam. Nos braços, na perna, no pescoço, eram tantas mordidas, que urrei de dor. Nem um humano que sentisse tal dor sobreviveria para contar a história. Eu estava sendo estraçalhado.
Os venenos penetraram em mim, brigando com o calor infernal do veneno das Crianças Lua.
Eu teria alguma chance?
Eu tonteei. e vista ia e voltava, em preto e branco e depois colorido. Então eu cri que havia perdido a luta e quando todos os vampiros pararam de me morder e partiram, deixando apenas Caius ao longe, na areia da praia, observando talvez as cenas de seu passado, eu chamei Heidi.
- Heidi, ouça.. o segredo de Renesmee...
- Sim, meu senhor?
- Renesmee tem o poder de tornar um vampiro louco, insano, vivendo na realidade que ela moldar em sua mente. e não só de um vampiro por vez, mas de mil, dois mil, de uma só vez. Não sei até aonde a extensão pode chegar, eu fiz muitos testes com animais sabe...
- Mas como, como... Há quanto tempo o senhor sabe disso?É reversivel? Sabe, Jane e Alec ainda não voltaram ao normal! - a voz dela subiu uma oitava.
- Heidi, prometa...prometa-me...que não contará a Aro...
- O senhor sabe que isso terá de mefazer partir, mas Demetri poderá me localizar... Farei o possível, mas não sei se conseguirei...
- Por favor... Por favor...
- Eu prometo.
Eu tonteei. e vista ia e voltava, em preto e branco e depois colorido. Então eu cri que havia perdido a luta e quando todos os vampiros pararam de me morder e partiram, deixando apenas Caius ao longe, na areia da praia, observando talvez as cenas de seu passado, eu chamei Heidi.
- Heidi, ouça.. o segredo de Renesmee...
- Sim, meu senhor?
- Renesmee tem o poder de tornar um vampiro louco, insano, vivendo na realidade que ela moldar em sua mente. e não só de um vampiro por vez, mas de mil, dois mil, de uma só vez. Não sei até aonde a extensão pode chegar, eu fiz muitos testes com animais sabe...
- Mas como, como... Há quanto tempo o senhor sabe disso?É reversível? Sabe, Jane e Alec ainda não voltaram ao normal! - a voz dela subiu uma oitava.
- Heidi, prometa...prometa-me...que não contará a Aro...
- O senhor sabe que isso terá de me fazer partir, mas Demetri poderá me localizar... Farei o possível, mas não sei se conseguirei...
- Por favor... Por favor...
1 comentários:
Tem uma parte repetida aí!
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