[Bella]
Foi engraçado observar Emmet ser algemado. Um vampiro nessas condições, eu não poderia perder. Saquei meu celular e tirei uma foto dele. Eu e os outros saímos com a maior educação possível do Aeroporto, mas assim que chegamos na rua, decidimos que seria melhor pegarmos um avião fretado por aqui mesmo, e não
Não demorou muito e já estávamos sobrevoando o atlântico, quando meus olhos começaram a arder. Fazia tempo que não havia tido uma visão. E então vi uma adaga ensaguentada. Fiquei tensa no mesmo minuto. O que seria essa adaga? Olhei de relance para Alice, e ela estava com aquele olhar vago. Levantei da poltrona onde estava sentada ao lado de Edward, e a sacudi.
- O que você está vendo? O que você está vendo?
- A nossa paz. Reneesme correndo pelo quintal. Jacob e você rindo. Rose e Emmet de malas. Eu e Jasper rindo com Edward.
- Você vê Carlisle? - eu perguntei.
- Não. É estranho, eu não o vejo, mas parece que está ali, é como se todos olhássemos para o nada, um lugar vazio no meio do espaço.
- Não vês nada sobre uma Adaga? - Perguntei, assustada. A última vez que eu vi um machado, minha cabeça fora cortada. Mas uma adaga não seria páreo para nós.
- Eu não sei... não vejo nada. - ela sacudiu a cabeça, confusa. Edward olhou para mim, apertando os lábios de preocupação.
- Não deixarei que a machuquem - ele prometeu.
- Não deixarei que escapem - eu devolvi. - Edward, eles devem morrer. Todos eles. Só assim teremos a nossa paz.
- Então seria isso a guerra final? Cullens versus Volturis? - Jasper se remexeu, olhando-me curioso.
- Isso seria o começo de um estilo de viver. - Rosalie retrucou.
- Na verdade, isso mudaria o mundo como o conhecemos. Seremos a família mais poderosa e muitos irão querer nos matar - Edward pensou alto.
- Certamente estaríamos prontos, querido, ou você acha que não? - eu sorri. E para provar do que eu falava, meu escudo se soltou de mim.
O metal líquido projetou-se como uma bolha brilhante, já não trovejante, eu aprendera a controlar, por volta de um quilômetro de diâmetro a partir do avião. De controle da bolha, eu virei todos de cabeça pra baixo.
Após transcorrido um longo tempo de brincadeiras no avião, chegamos ao nosso destino: VOLTERRA.
Alice roubou novamente um Porsche turbo 911, dessa vez, verde-limão. Edward ficou murmurando coisas como o carro ser chamativo demais, enquanto Rose considerava seriamente a hipótese de comprar um igualzinho. Eu era a única que permanecia calada, pois até Jasper, normalmente à deriva quando está em grupo, estava cantarolando musiquinhas. Alice freou o carro.
- Chegamos. - Ela disse.
- Ótimo! - Fiz um aceno afirmativo com a cabeça. Entramos todos juntos, lado a lado, por aquela mesma entrada fatídica da Torre do Relógio, em que certa vez, Edward quase encontrou a morte - e eu o meu inferno.
Depois de andando um bom tempo por aqueles corredores sem vida, não pude deixar de notar os sangues que corriam pelo chão, secos, formando um rastro apagado, mas tenebroso. Estávamos indo em direção ao Poder Vampírico Central, a elite transcendental: Aro, Caius e Marcus. Jane e Alec já eram cartas foras do baralho. Seria tranquilo, então.
Mas eu estava enganada. A medida que fomos andando, a adaga na minha visão tornava-se nítida e brilhante. Estremeci, mas não deixei Edward perceber. Entramos na câmara, na ante-câmara, no salão de " pesca ", no Hall luxuoso e imenso do castelo. Prosseguimos. tudo adquiria ao meu ver, contornos medievais, de torturas infindas, de dores inimagináveis. Quantas pessoas foram torturadas ali? Em um determinado ponto do Hall, havia uma estante imensa, onde crânios jaziam ali, e abaixo desses crânios, havia uma espécie de funil, em cima do que parecia ser uma jarra. Se fosse humana, certamente, vomitaria diante dessa visão. Como vampira, o meu ódio pelos volturi cresceu, e pequenos cristais brilharam sobre a minha pele,cristais prateados.
- Estávamos esperando por vocês. - Aro riu e aplaudiu, trazendo consigo Chelsea, Marcus e Caius - O clã unido, que nunca se deixa separar, nem mesmo diante da morte.
Rosalie sibilou, e voou na direção de Aro. O ataque de Rose me desconcertou; explodi meu escudo, mas já era tarde. Chelsea despontou por trás de Aro, e fixando o olhar em Rosalie, a seduziu. Alice, que estava na frente de Edward, á minha frente, e atrás de Rosalie, também foi tomada por esse poder horrendo e desigual. Minha bolha chegou apenas a tempo de proteger Edward e Jasper.
Edward ficou com o rosto impassível, mas o seu olhar espelhava o terror. Ele amava Alice demais. E Jasper olhava de nós para Alice, com medo de perder sua amada, com medo de nos perder. Olhou indagativamente para mim.
- Pode ir com eles, Jasper... De alguma maneira, faremos isso dar certo... - falei, tentando consolá-lo, mas eu sabia que não havia maneira nenhuma - éramos dois e eles, agora, 6.
Agachei-me desesperada. Edward podia ler minha mente agora, que estava dentro do escudo.
- Bella, querida, não temos escolha. Eles nos matarão quer lutemos ou não.
" Onde está Demetri? " - Indaguei silenciosamente.
- Ele está atrás da formação, parece estar guardando a entrada que dá para os aposentos..
" Carlisle! " - Arfei, em choque.
Sim.
Rosnados ferozes saíram do meu peito e de Edward. Ele apertou minha mão.
- Se você morrer, eu não viverei. Você é a minha vida, Bella.
- Se você morrer, eu também não viverei. Não posso cogitar uma vida sem você.
- Não, você deve viver, por Renesmee. - Ele falou, emocionado.
- Se por ela devemos viver, você também deve lutar.
Edward voltou a encarar o Clã que avançava ameaçadoramente, a nossa frente. De minha posição de escudo, observei, em choque, Alice, Jasper e Rosalie avançarem contra nós.
Eu não sabia exatamente o que deveria fazer, ou como evitar que uma luta cruel e desigual tivesse início.. Em minha mentem, eu vi Edward morto, Alice e Jasper de mantos esvoaçantes, desejosos de sangue e mais sangue, acompanhando através das eras o Poder de Aro, a Frieza de Marcus, a sede de vitória de Caius. Aonde quer que minha mente viajasse, aonde quer que ela penetrasse, via morte e desolação. E ao longe, bem longe, minha mente lembrou-se de que o restante do nosso clã sobreviveria afinal. Contariam entre eles histórias de como fomos corajosos, nós que vencemos a morte, morrendo no final. Reneesme certamente choraria, e Jacob, que outrora fora dividira minha atenção e o meu amor com Edward, como se sentiria ele? Vingaria-se de nossa morte, morrendo também por nós? E Esme, e Emmet... E Jonny e Jimmy, novos integrantes curiosos, será que partiriam para sempre esquecendo a família que eles vieram conhecer?
A única coisa que eu sabia, era que a morte levantava-se face a face, é fácil escolher um lado quando o lado oposto, levanta-se contra você. Você não tem nenhuma escolha, nenhuma alternativa, a não ser enfrentar o que o destino lhe impõe. Ergui a cabeça firme e imóvel, e preparei-me para o que seria a batalha de minha vida.
Um estrondo porém, no meio do silêncio que se levantava entre a formação inimiga - onde inimigos agora eram Alice, Rosalie e Jasper, atraiu a atenção de todos. Demetri, que guardava uma porta ao fundo, jazia morto, os nacos brancos espalhados por todos os lados. No lugar de onde deveria enxergar-se uma porta, via-se um lobo peludo e branco, alvo como a neve, de uma brancura ímpar. Enorme. Imenso. No entanto, desse lobo, não emanava calor. Emanava frio. Gelo. O Lobo soltou um uivo e avançou para nossa direção. Caius e Marcus arregalaram os olhos, e começaram a tremer de medo e pavor. Somente Aro parecia tranquilo, mas um breve sorriso no canto de Edward veio me dizer, que a calma de Aro era apenas aparente.
O Lobo-Neve avançou um passo. Dois. Três. Chegou perto de Aro, e olhava de Aro para nós, de nós para Aro. E então fixou-se
Chelsea, apavorada, saiu em desabalada carreira, aos berros. Marcus atracou-se com Edward, e eu com Caius. Rose, Alice e Jasper, voltando a si, perceberam o que lhes havia acontecido. Félix surgiu das sombras, e por trás de Alice, atacou-a ferozmente. Os três puseram-se contra ele, mas a despeito da força de Rose, e dos sentimentos possivelmente manipulados por Jasper, Felix valia por três. O lobo imenso olhava de uns para outros, aturdido, querendo tomar posição, mas sem saber quem atacar.
- Perdida, beleza? que tal morrer outra vez?
- Sinceramente, Caius, quem está em desvantagem aqui é você. E não estou em um dia bom para morrer sabe - Minha voz tocou nas paredes do local, fazendo-a subir duas oitavas.
Eu estava tão furiosa, tão braba, queria tanto acabar com tudo, que meu metal líquido explodiu para além de mim, para fora de mim, e circundou Caius, que envolto na bolha eletromagnética, caiu no chão, convulsionando. O lobo branco veio e metendo a cabeça na bolha, acabou ali mesmo com Caius, fazendo cair o pilar do poder imortal.
Olhei ao redor - Edward lutava contra Marcus, e quase levou um golpe fatal desse. Marcus havia puxado uma adaga, igual aquela que vi em minha visão. Quase levou um golpe fatal - Edward fora deixado sem um braço. Eu corri na direção dele, mas Marcus foi mais rápido e decepou-lhe o outro braço. Meu coração parecia ter-se decepado junto.
O lobo-branco ao olhar Edward sem os dois braços, Pulou na direção de Marcus, levando ele também a conhecer seu fim.
Esqueci que existia Alice, Jasper, Rosalie e Félix.
Esqueci que existia Carlisle.
E esqueci... Renesmee.
Ajoelhei-me diante de Edward, meus olhos procurando os dele, enquanto os dele afogavam-se nos meus.
Por onde, por qual caminho, que se deve buscar, que se deve procurar uma esperança para se viver? De tudo o que eu tinha vivido até agora, foi por Edward que meu coração pulsou uma última vez, quando sofridamente deixei a vida que conhecia para trás. Mesmo por Renesmee, ainda preferia a vida de Edward à dela, pois fora por ele - sempre fora por ele - que todo o meu ser encontrou uma razão para viver.
E agora ali estava Edward, sem os dois braços, olhando-me com ardente curiosidade, como se quisesse ler meus pensamentos, e fui grata por não poder ler. Porque se ele pudesse ler, certamente não encontraria em mim nojo, e nem pena - apenas encontraria em mim, acordes suaves de dor. Porque eu podia suportar qualquer coisa, mas jamais poderia suportar que ferissem o meu amor. Que arrancassem dele qualquer parte que fosse - assim como ele jamais suportara a dor quando recolheu meus pedaços - era algo que eu não podia tolerar.
- Está doendo..? - Foi tudo o que consegui murmurar para que não traísse os meus pensamentos.
- Não, não há dor - mas a testa dele estava franzida em atroz agonia - mas existe... a vontade de a tocar, de a abraçar e não poder, Bella. Que bom que você está bem, minha querida, não importa como fiquei, contanto que você esteja bem...
Coloquei minha mão em volta de seus ombros e o puxei para que ficasse de pé.
- Logo colaremos os seus braços... - espremi meus lábios um contra o outro. Era dolorido falar a palavra " colar " e " Edward " na mesma frase.
- Olhe, olhe... Alice, Jasper e Rose deram cabo de Félix...estão queimando-o...
- Acabou, Edward. Acabou para sempre. - Olhei para ele, tentando sorrir.
- Não, querida...receio que isso seja apenas o começo. A vingança das esposas deverá ser terrível. Não demorará muito e seremos caçados.
Alice veio quicando na nossa direção.
- Vencemos, vencemos! Deixe de ser pessimista, Edward, o futuro imediato é bom - Ela cantou, seu riso enchendo o ar, e então estávamos todos rindo, como se tudo fosse uma grande piada.
E então um arfar frio soprou nas nossas costas, minha e de Edward. Alice arregalou os olhos.
O imenso lobo-branco, com sua pelagem como a neve, colocou-se de pé, e não pude deixar de admirar sua beleza. Era mais bonito que ursos polares, mais bonito que os Huskies da neve. Eu me aproximei devagar e afundei a mão na pelagem dele.
- Carlisle? - falei, baixinho, como se temesse assustá-lo. O imenso lobo-branco piscou um olho, confirmando.
- Ele está dizendo que sentiu tanto a nossa falta, e que sofreu muito, pois o prenderam aqui. Ele ainda não sabe voltar à forma humana, então receia que terá de ficar um tempo assim. - Edward falou, lendo os pensamentos de Carlisle.
- Oh, sim, eu entendo... mas você voltará conosco?
- Não - Edward continuava traduzindo, agora tocado pela emoção - não posso deixar que Esme me veja assim, ela não aguentaria... ela me amaria e cuidaria de mim enquanto lobo, mas prefiro primeiro vê-la na forma humana e explicar eu mesmo o que ocorreu. Peço que vocês não contem a ela. Eu irei para a Antártida, e ficarei lá até fazer a metamorfose. Inventem qualquer coisa. Por ora, é Adeus..
Alice estava dura como mármore, Rosalie parecia que havia morrido e fora entalhada no mesmo lugar. Jasper era o único dos três que esboçava reação, acenando com a cabeça, concordando que era o melhor.
- Faça o que precisa ser feito, Carlisle, e depois volte. Volte para nós, você é o pai de Edward, o chefe de nosso clã. Nós não existimos sem você. - eu falei, com a voz entrecortada por silvos agoniados.
O grande lobo deixou cair lágrimas do tamanho de bolas de tênis, deu um rugido e se foi.
Edward caminhou até seus dois braços que estavam cortados no chão, e não o deixei me olhar para pedí-los, adiantei-me sem olhar pra ele, e recolhi os dois braços. E assim, sem falar nada, dispusemos nos a voltar para Forks, para onde havia a guerra de
- É Reneesme. - Alice revirou os olhos. - Com Emmet, Jimmy, Jonny, Esme e Jacob vindo para cá. Estão dentro do avião. para Volterra. - e atendeu o celular fazendo uma careta de quem não sabia que era Nessie.
4 comentários:
Carlisle se transformou num lobo? O.olegal...
Acho que de 'legal' não tem nada!
Beijocas,
NessCullen
que vai ganha a guerra
Rodrigo, concerteza ée os Cullen's
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