Um Novo Sentido Para A Existência - Capítulo 02: A Transformação

Estávamos desesperados, pois os outros pastores saiam correndo em desespero, creio eu que aqueles eram realmente os primeiros vampiros que enfrentaram em sua vida. O vampiro loiro veio em minha direção, e acabei golpeando-o com a lança e cortando sua cabeça. O vampiro ruivo estava indo em direção aos senhores Lutz e Marconez, quando percebeu a minha aproximação, e fugiu pelos telhados das casas de Londres. O outro vampiro, de cabelo castanho, percebeu minha intenção e veio atrás de mim fazendo os senhores Lutz e Marconez correrem, saindo assim de meu campo de visão.

Olhei para o lado e vi o Sr. Angel, branco e sem vida. O vampiro de cabelos castanhos estava se aproximando, olhando meu pescoço como se fosse a melhor refeição que ele já havia provado em toda sua existência.

- Já que você nos persegue como seu pai, darei um presente a ele... Você será um de nós e ele terá de caçar o próprio filho que será condenado a esta vida amaldiçoada! - Ameaçou ele.

- Não faça isso, eu não quero machucar você! Deve haver outra forma de você viver, acharemos um jeito. Deixe-me ajudá-lo? Por favor?? - Disse na intenção de preservar minha vida.

Mas não houve tempo para pensar e falar nada. Ele estava com seus dentes alocados em meu pescoço, transformando-me em algo que concerteza causaria cala frios em meu pai, e onde certamente ele caçaria o próprio filho se fosse necessário.

O vampiro havia desgrudado de meu pescoço. Ele virou-se, olhou para mim e disse:

- Espero que aproveite a sua imortalidade amaldiçoada assim como eu... Daqui a três dias, você se tornará o ser mais perigoso que existe neste mundo! O grande pastor caçará você, aproveite e mate ele você mesmo, antes que eu o faça!

Mal sabia ele que meu pai já estava morrendo. A imagem dele não saia de minha cabeça. O veneno começou a arder em minhas veias e minha cabeça parecia que iria explodir. Percebendo o que estava acontecendo, encontrei um barracão abandonado e lá me lancei silenciosamente a aguentar esse veneno e a dor insuportável da transformação.