Sol Poente - Capítulo 8: Reencontro

Após me perder em pensamentos, senti uma força enorme me atrair para dentro... Não somente do bosque, melhor especificamente: para o fundo do rio. Aquelas aguás que pensara serem tão calmas, na verdade eram tão rudes comigo! Vi apenas um feiche de luz vermelho, não entendi por que, mas tinha que segui-lo. Veja bem: não era dever, e sim necessidade. A medida que íamos nos aproximando, as águas iam voltando a ficar tranquilas... Agradáveis... Tão... Hipnotizantes...

Foi quando percebi que estava saindo do território de Forks.

E a medida que eu ia tentando sair do transe, a correnteza ia ficando cada vez mais forte. Tentei gritar, mas quem me ouviria? Estava debaixo d'água por inteiro. Ouvi apenas:

- Preciso de você tanto quanto sei que precisa de mim

- Estou com dores - tive forças para responder

- Vejam só, uma vampira com dores! Preciso resolver isso já.

A figura me deu uma pasta esverdeada, a qual comi toda. A próxima coisa, que senti, foi um formigamento em meu corpo. Logo, não me mexia. Assim, cansada, fechei os olhos, e fui arrastada para algum lugar. Não havia nada que eu pudesse fazer.

* * *

Acordei. Não via ninguém ao meu redor. O céu escuro, um verdadeiro show de luzes em meio a tempestade. Cada barulho, cada cheiro, cada mínimo movimento me causava arrepios.

* * *

Logo pela manhã, via que aquela não era Forks. Estava nublado, e as pessoas idosas me fitavam cuidadosamente. Sabia que havia algo muito errado. Após ter ficado deprimida, ser quase afogada, ser largada em uma floresta desconhecida, chegar com o cabelo feito naquela cidade parecia milagre. Mesmo que eu tenha vindo andando.

Para uma cidade tão nublada como aquela, foi estranho não ver vampiros. Será que seria isso que aqueles senhores perceberam? Não seria possível, sempre fui tão discreta em relação a ser vampira!

Entrei em uma biblioteca, aluguei meu livro predileto, "Razão e Sensibilidade".

Foi então que ouvi uma voz fraca:

- Senhorita, vamos fechar. Pude perceber que esta muito fria, pode ser hipotermia. Aceitaria um café?

Pensei bem. Se ela não fosse boa pessoa, eu não sou humana.

- Sim - eu respondi.

Assim, fomos andando pelo acostamento, nada de calçadas, até um bar.

- Ai meu Deus - reconheci. Eu sabia exatamente onde estava.

O bar. A estrada sem calçada. Eu sabia exatamente onde estava. Eu já estivera ali, no pior, o último momento de minha vida, minha trasformação. A pequena cidade dos King.

E foi entre olhares misteriosos, drinques e uma voz familiar, calorosa, reconfortante, fina e delicada, entrava junto a outras que eu temia. Eles formavam um grupo. Vampiros. A primeira, de cabelos de fogo, que me arrastara ao fundo do rio, abraçada a um loiro, que me pareceu perigoso. Outro casal, ele de pele mais escura, abraçado a uma mulher de cachos negros, tão lindos... Então, ela disse:

- Hey, você, acho que te conheço... Meu Deus! Querida, venha aqui, acho que temos muito a conversar, Rose.

Nesse instante, a voz familiar se transformou em um rosto familiar. Vera.

2 comentários:

Bebetty_rp disse...

O QUE?!?!:0

Anonimous disse...

Vera? Choquei!

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